A Brilhante Ideia de David Nolan escrita por Queen Mills


Capítulo 18
Capitulo 18 - This is the smell.


Notas iniciais do capítulo

Boa Noite Swens

Estou tão animada hoje que ignorei o fato de que tenho que acordar as seis e to escrevendo agora, uma da manhã. Tive uma grande dificuldade com essa capitulo, eu não consegui faze ele sair. Prometi a uma pessoa postar semana passada e não consegui, me desculpe

Antes de tudo: Amo pássaros, sério. Amo!

Boa leitura.



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REGINA MILLS

Você percebe como um garoto de quatorze anos pode te manipular quando ele consegue te levar a casa de uma desconhecida. A intenção é nobre, por parte do garoto, mas não deixa Regina muito satisfeita. Na verdade não a deixa nem um pouco satisfeita.

FLASHBACK ON

— Mãe, mãe. — Disse olhando para cada uma. — Eu tenho uma coisa para falar.

O quão perigoso poderia ser aquela frase? Definitivamente muito. Ela mordeu os lábios tentando não parecer nervosa, tentando se convencer que não estava nervosa. Dada a forma que ela buscou e apertou à mão de Emma Swan por debaixo da colcha, ela acreditava que havia extrapolado todo o limite da palavra nervosa.

— Estamos ouvindo, garoto. — Foi à loira quem respondeu. Ela apertou de volta a mão de Regina, trazendo um pouco de segurança para a morena.

— Eu estive pensando muito esses últimos dias. Ultimamente estou me sentindo um pouco sozinho e, eu sei que não é culpa de vocês. Em Storybrooke ambas passavam boa parte do dia trabalhando, não estou reclamando disso. Mas a questão é que eu preciso de algo que possa me divertir ou passear, brincar, etc. — Henry começou. Regina fechou os olhos. — Por isso eu decidi que eu quero um pássaro.

Regina abriu os olhos novamente, com certa confusão.

— Você quer um pássaro? — Questionou, chocada. Então tudo aquilo era apenas porque queria um pássaro?

— Sim. E eu sei o que você vai falar, que animais dão muito trabalho. Mas eu quero um pássaro, por favor, mãe é a única coisa que te peço. — Ele implorou.

Regina olhou para Emma. A loira deu de ombros como se quisesse dizer que apoiava o garoto.

— Certo, podemos te dar um pássaro. — Ela respondeu. Estava tão aliviada por não ser uma namorada como sua mente havia cogitado também, que naquele momento aceitaria qualquer coisa.

— Ótimo. Pois eu tenho uma amiga que esta doando alguns, eu queria que vocês me acompanhassem até a casa dela. — Ele pediu. Emma assentiu.

— Agora? — A loira perguntou bocejando.

— Sim, se possível. Esse é o horário que ela esta disponível. — Ele pediu.

Regina apenas suspirou. Sua seção de descanso havia terminado sem nem começar.

FLASHBACK OFF

Animais era o sinônimo de sujeira. Regina não gostava de sujeira, isso era tão obvio quanto... Bem, era obvio. Mas Emma e Henry apresentavam uma animação fora do comum. Estavam numa casa caindo aos pedaços que mais parecia um zoológico de pássaros. A pintura parecia não existir, mas Regina pode ver um tom amarelado nas paredes. O quintal era enorme, maior até que a casa, e ali preenchendo todo o espaço, havia todo o tipo de pássaros. Alguns separados, outros juntos. Mas tinha sujeira e o cheiro era bem ruim, sem contar no chão que era de areia e misturava com a comida dos animais.

Regina queria sair dali.

Ela queria, desesperadamente, tirar os seus sapatos caros e limpos daquele chão imundo. Queria tampar o nariz e não ser obrigada a sentir aquele cheiro insuportável.

— Estou morando aqui já faz dez anos, sou apaixonada por pássaros desde que era pequena. — A mulher contava para Henry e Emma. Dada a aparência da mulher, Regina acreditava que “desde que era pequena” já fazia uns trezentos anos. Talvez a mulher fosse alguém dos contos de fadas. Talvez Cruella numa versão Branca de Neve apaixonada por pássaros, com a belíssima aparência de Rumpelstiltskin e um toque sutil de algum ogro.

— Há quanto tempo você “coleciona” pássaros? – A morena questionou, procurando algum lenço no bolso para tentar impedir que seu nariz sentisse aquele cheiro horrível.

— Oito anos, querida. É uma experiência tão agradável, pássaros são melhores que pessoas. — Ela prosseguiu falando. — Venha garoto, irei lhe mostrar alguns.

Henry e Emma a seguiram. Obviamente que Regina não foi atrás. O caminho que a mulher fazia era uma trilha para o suicídio dos sapatos da morena. Conforme Henry e Emma se aproximavam, os pássaros se animavam. E então começou o barulho do inferno: a cantoria. Regina tinha a certeza que aqueles pássaros estavam cantando alguma musica de macumba, talvez estivessem convocando o diabo ou desejando sua morte, o que a faria agradecer imensamente. Ela achou um lenço e imediatamente o levou até o nariz.

Ela caminhou pela parte limpa do lugar, se é que pudesse chamar algum lugar ali de limpo. Onde estava a vigilância sanitária? Aquele lugar precisava ser denunciado. Parou perto de uma gaiola, havia vários pássaros ali que ela desconhecia completamente, então seus olhos viu a cena. Ela arregalou-os. Sentiu o estomago revirar, a gravidez a fazia mais sensível a essas situações. Havia dois pássaros mortos ali, enquanto alguns animaizinhos alimentavam-se deles.

O nojo era tão grande que ela não soube como segurou o vomito. Apenas virou-se e caminhou até ficar a uma distancia legal do trio.

— Essa é a Kaka, é um pouco barulhenta, mas é muito bonita. — A velha disse ao perceber Emma observando um pássaro. — É uma das minhas preferidas, apesar de eu sentir uma imensa falta da minha coruja.

— Coruja? — Henry se intrometeu na conversa. — O que aconteceu com ela?

Regina temia a resposta. Ela permaneceu numa distancia segura dos três.

— O que aconteceu com a coruja? Bem, é uma história um tanto triste. Normalmente eu a deixava presa, mas certo dia de ação de graça eu acabei abrindo a sua gaiola e esqueci-me de fechar. E vocês sabem como é o dia de ação de graça, é tudo muito corrido, a casa lotada de gente, a família inteira. A questão é: Quando eu percebi a coruja sem querer entrou no forno junto com o peru.

Regina abriu a boca.

— Essa é... Uma história muito... Triste. — Emma gaguejou ao se lado. — Eu sinto muito.

— Não se preocupe, querida. Acontece. — A velha disse, simpática. — No ano passado o pássaro preferido de Sarah, minha sobrinha, faleceu. Acabou que entrando no quarto do meu marido e em vez de comer o pão, comeu o remédio dele.

Regina se mexeu inquieta. Que tipo de casa era aquela?

— Mas não se preocupe, fizemos um excelente funeral. Enterramos aqui mesmo no quintal. — Ela disse apontando para a terra que localizava em baixo dos pés de Regina. A morena pulou para o lado de Emma, ficando atrás da mesma. — Mas então, e vocês? Gostaram dos pássaros? Pretende levar algum?

— Senhora Albert, é com infelicidade que digo que temos que ir embora agora. Não estou me sentindo muito bem, sabe como é a gravidez. — Regina anunciou, conseguindo a atenção imediata de todos. Emma mostrou um semblante preocupado. — Talvez voltaremos outro dia.

— Oh minha querida, compreendo, a gravidez é algo muito delicado. Recomendo que tome sopa de galinha, é uma maravilha, ajuda bastante. — Recomendou. — Espero pela visita de vocês mais vezes.

— Tenho certeza que iremos visitar. — Regina respondeu enviando um sorriso. Era tão obvio que jamais voltariam a pisar naquele lugar.

— Eu não terei um pássaro não é? — Questionou o rapaz, assim que entraram no carro. Regina suspirou.

— Barulhentos demais. — Reclamou. Ela citou apenas o barulho, poderia citar vários outros motivos, no entanto, manteve a boca fechada.

— Então ficarei sem animal? Mãe, você prometeu no caminho que iria pensar com carinho. — Henry disse fazendo bico. Emma olhou para Regina, o mesmo olhar pidão do filho.

— Você já pensou em um cachorro? — Regina sugeriu, mesmo que não aprovando a ideia. — Adolescentes normais geralmente gostam de animais assim, entende? Talvez se vocês acharem um pequeno pode levar para o apartamento.

Regina estava ocupada demais olhando para a sujeira que aquele lugar havia feito no seu sapato que acabou perdendo o sorriso e os olhares cúmplices que Henry e Emma deram.

[...]

Emma gargalhava. Regina observava a cena sem saber muito que fazer. Há quase cinco horas ela, Henry e a loira estavam procurando um animal para o garoto. Ele havia gostado de uma tartaruga, mas ela não seria “útil” aos seus planos. Havia se afeiçoado a alguns gatinhos, mas a loira tinha alergia. Por fim conseguiram dois – sim, dois – filhotes de labrador retriever. Dois era um numero exagerado, segundo Regina, mas ela não conseguiu dizer não a Emma e Henry. A carinha inocente e olhar pidão de Henry amoleciam o seu coração, acabou percebendo que o de Emma a fazia perder a noção.

— Eles são uma gracinha. — A loira disse. Ela estava deitada no chão da sala, os dois cachorros faziam a festa em sua volta. Pulavam, latia e brincavam.

— Tanto faz. Vocês já decidiram os nomes? — Perguntou Regina. Henry se aproximou com os potes de ração de ambos os cães.

Emma se sentou e observou atentamente o filho dar comida aos pequenos filhotes. Esses que pareciam estarem bem esfomeados.

— Na verdade não. Fizemos uma pequena lista de nomes, mas não gostamos de nenhum. Henry parece mais enjoado que eu. — Emma explicou.

— Precisamos de nomes legais. Não quero nomes comuns. — Henry disse.

— Não irei participar disso. — Regina avisou.

— Vocês já pensaram no nome para o bebe? Já sabem se é menino ou menina? — Henry questionou.

— Estamos pensando nos nomes ainda. E quanto ao sexo do bebe, só iremos descobrir quando nascer. É um pedido de sua mãe. — Emma explicou, com um sorriso nos lábios.

— Ah! Eu estou curioso, seria legal ter um irmãozinho ou uma irmãzinha. Eu queria aproveitar Nova York para comprar presentes. — Ele disse um pouco decepcionado.

Regina sorriu carinhosamente.

— Não se preocupe, Henry. Iremos fazer isso. Podemos achar presentes bons para ambos os sexos, okay? — Emma disse. O entusiasmo do garoto voltou após as palavras. — O que acha de passear com os cachorros lá em baixo? Eles precisam de diversão e você também.

Ele olhou para Regina, pedindo permissão. A morena assentiu rapidamente e o garoto rapidamente pegou os cachorros e saiu dali. O lugar que Emma falava era o espaço vazio que tinha no prédio, espaço grande e que poderia trazer grande diversão aos cachorros e a Henry.

— Já esta quase na hora da janta, vou preparar algo para nós comermos. — Regina anunciou. Ela levantou-se e caminhou até a cozinha sem perceber que Emma estava logo atrás. — Vai me ajudar?

— Pretendo. – A loira disse sorrindo. — O que pretende fazer hoje, majestade?

— Não sei, esta com vontade de experimentar alguma comida? — Regina questionou. Emma sorriu, fazendo a morena estremecer. Não era um sorriso normal, era quase um sorriso malicioso. A loira se aproximou prendendo Regina contra a geladeira.

— Eu não estou com muita fome de comida, majestade. Mas sinto vontade experimentar outra coisa. — A loira sussurrou. Ambas estavam tão próximas que Regina já sentia a respiração da outra.

Ela procurou forças para afastar Emma, mas não encontrou. Seus sentimentos estavam confusos sobre aquilo, de alguma forma parecia errado, mas para Regina estava tudo certo. Aquilo parecia perfeito, aquilo parecia ser exatamente o que ela precisava. E ela não entendia o porquê. Quando os lábios de ambas estavam próximos a se tocar, o telefone da morena que estava no quarto dela, tocou.

Elas não se afastaram imediatamente. Na verdade Regina acabou desviando o rosto e colocando no ombro de Emma, quase que num quase abraço. Ela cheirou o cangote da morena e foi naquele momento que seu corpo ficou em choque. A loira pareceu não entender a rigidez que a morena saiu daquele abraço, ela caminhou rapidamente até o quarto. O celular mostrava a imagem e o no “Robin Hood”.

Mas ela não atendeu.

Ela se quer se preocupou em desligar.

Emma Swan cheirava canela e chocolate.


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Notas finais do capítulo

UEPA! Finalmente chegou essa cena. Estava ansiosa para isso, tipo muito. Regina finalmente sentiu o perfume de Emma. Para quem não se lembra é só ler o capitulo 11, o começo.

Preciso de ajuda de vocês, sou péssima com isso: Recomenda nomes de cachorros? Thanks