A Brilhante Ideia de David Nolan escrita por Queen Mills
Notas iniciais do capítulo
Bem, desculpe a demora, dessa vez não foi por falta de tempo. Eu respondo os comentários amanhã e... MEU DEUS QUANTOS COMENTÁRIOS!
Sério muito obrigada a quem comentou, algumas pessoas deram algumas dicas que eu com certeza vou usar, eu agradeço muito por isso. Eu espero que gostem do capitulo.
EMMA
— Estou quase certa de que ele não vai precisar da nossa carona. – Emma falou, tentando não se embaralhar com as palavras. Afinal não era todo dia que ela beijava a ex-inimiga.
“Mas bem que podia...”
Emma suspirou, quando é que ela começara a ter esses pensamentos? Não era apropriado pensar dessa forma. Mas não importava o que ela fazia, a cena do beijo se repetia em sua mente. Depois do beijo Regina havia prestado atenção no filme, em momento algum o comentara ou havia virado o rosto para Emma. A loira, no entanto, não assistiu uma cena se quer do filme. Às vezes ela tirava seus olhos da morena apenas para conferir Henry – que por sinal havia se saído muito bem, ela estava orgulhosa –, mas ela passara todo o filme observando cada canto do rosto da rainha. E do corpo também, com todo o respeito.
— Como pode ter tanta certeza? – Regina questionou após dar um longo gole no café. Depois que o filme acabara, as duas seguiram Henry sem pronunciar uma palavra sequer. E quando o garoto resolveu jogar boliche com a garota, as duas pararam para tomar café e comer.
A morena mordeu um pedaço de morango que viera na torta que ela pedira e, por um momento, longo por sinal, Emma ficou sem reação. Ela observou o movimento sexy que aqueles lábios vermelhos faziam e desejou voltar a alguns minutos atrás quando o beijo acontecia, assim talvez ela pudesse prender Regina na cadeira do cinema e beijá-la novamente.
Ou até enjoar.
Mas ela duvidava muito que isso aconteceria.
— Intuição. – Emma respondeu de forma rápida. Quanto menos tempo falava, melhor era para o seu cérebro se concentrar em decorar cada traço do rosto a sua frente.
Regina ergueu uma sobrancelha.
— Sua intuição? – Ela zombou. – Então agora vamos seguir sua intuição, Miss Swan? O que ela diz para fazermos depois?
Emma sorriu. Aquela provocação que Regina fazia, antigamente era o suficiente para irritar a loira de forma rápida, mas naquele momento aquilo estava a fazendo desejar Regina mais. Mas a questão era: Desde quando se interessava por mulheres? Desde quando estava interessada em Regina? Espera... Ela realmente estava interessada em Regina?
— Eu quero tomar uma cerveja. A melhor de NY, então...
— Então?
— Você poderia ir comigo.
Regina a olhou. A loira podia ver a cabeça da mulher trabalhando, afinal, não era como se a rainha gostasse de cerveja. Então ela resolveu acrescentar.
— O lugar é muito calmo, tem sinuca e karaokê. Além de uma alimentação muito saborosa e de bebidas que você com certeza vai aprovar.
Regina riu.
— E como você pode ter tanta certeza?
A loira sorriu mostrando os dentes.
— Intuição.
[...]
Emma havia conhecido aquele bar pouco tempo antes de Hook aparecer em NY. Ela havia ido por recomendação de um colega de trabalho e não se arrependera. O lugar era calmo, quentinho e freqüentado por uma boa gente. Ela tinha feito amizade com o dono e com um barman. Então não pode deixar de ficar satisfeita quando percebeu que Regina havia conseguido se adaptar bem ao local. Quando a loira informara a esposa do chefe da casa que Regina estava grávida, a própria mulher começou a dar dicas de gravidez.
A mulher que levava o nome de Andrea, havia tido quatro filhos. Os quatros já estavam devidamente arrumados na vida. Dois estava casado, um noivo e o outro viajando por cada canto do mundo. Ela começara a contar histórias de quando estava grávida de algum deles, diferente do que Emma imaginara, Regina pareceu gostar do rumo que o papo estava levando. Quando a loira percebeu já estava na mesa de sinuca apostando com outros clientes, enquanto “sua garota” conversava com Andrea na mesa.
— A ultima vez que te vi por essas bandas você estava namorando aquele rapaz todo chatinho. – Josh, o dono do bar, comentou com a loira após dar um longo gole de cerveja. — E agora te vejo com aquela morena que mais parece uma rainha. Que evolução, Emma.
Alguns rapazes e duas moças que estavam jogando com eles, deram risada concordando. Emma sorriu.
— Eu não sei do que você esta falando, Josh. – Ela respondeu antes de dar uma tacada na sinuca. Sorriu ao conseguir encaixar uma bola na rede.
— Não seja modesta querida, você esta entre amigos. Pode falar a verdade. – Josh insistiu.
— Você não tem um bar para gerenciar? – Emma respondeu ainda sorrindo. — Então vá gerenciá-lo e não encha meu saco.
— Eu vou levar a minha mulher para passear no parque, se quer uma dica, leve a sua também qualquer dia desses. É um lugar maravilhoso e calmo, tenho certeza que ela vai apreciar. – Josh respondeu se despedindo. — E em momento algum você negou o que eu estava falando, portanto, irei considerar que você realmente evolui amorosamente.
— Você não presta, ainda fico surpresa por um cara de a sua idade falar tanta besteira.
— Eu estou jovem querida, olha minha bela aparência. – Ele sorriu e ajeitou os cabelos arrancando gargalhada da loira. — Volte mais vezes aqui e traga Henry, gostaria de vê-lo novamente.
A loira assentiu e observou o homem ir até a mesa onde Andrea e Regina estavam, ele fez alguma gracinha fazendo ambas rirem e logo saiu do barzinho. Emma caminhou de volta a mesa sob o olhar atento da morena.
— Andrea me disse que você vinha aqui com o seu noivo macaco. – Regina comentou enquanto beliscava uma batatinha.
— Não se preocupe querida, você é mais especial que ele. – Regina engasgou e Emma riu baixinho. — E bem mais bonita também.
— Emma... – Regina começou a falar.
— Esta a fim de dançar? Venha. – A loira a interrompeu. Levantou-se e puxou Regina para um lugar mais afastado, uma banda tocava uma musica lenta. Boa o suficiente para iniciar uma dança.
Manter o corpo colado com o da rainha talvez não tenha sido uma boa idéia por parte da loira. Naquele momento ela pode ter certeza de como estava desejando Regina Mills e não sabia como estava controlando aquele desejo intenso que esta possuindo seu ser. A morena dançava conforme o ritmo da música, mas em momento algum tirou os olhos castanhos do rosto da salvadora.
— Você pretende ignorar o que aconteceu? – Emma tomou coragem para iniciar o assunto que ambas não haviam conversado ainda.
— Ignorar o que exatamente? Você pode ser um pouco mais especifica, por favor. – Regina pediu.
— Se você prefere assim: Estou falando do cinema, no beijo.
Regina ficou tensa.
— Eu não acho que precisamos falar alguma coisa. Foi no calor do momento, nada mais do que isso.
Emma suspirou.
— Você se arrepende? Se pudesse voltar no tempo, você teria me parado?
— Emma...
— Apenas me responde, seja sincera, por favor.
Emma agarrou mais a morena, grudando ambos os corpos. Ela pode sentir um arrepio percorrer o seu corpo e se perguntou mentalmente se isso acontecia com a rainha também. Regina ficou alguns longos minutos em silencio, apenas o som da música era escutado. Ela olhava para Emma como se avaliasse com cuidado o que iria dizer, parecia escolher as palavras certas.
— Emma, você e... – No entanto, quando começou a responder a pergunta de Emma, a morena sentiu uma tontura forte seguida de uma dor profunda na barriga. Ela gemeu e antes de cair nos braços da loira desacordada, pode escutar Emma gritar por ajuda.
[...]
Ela havia avisado Henry por telefone o que havia acontecido. Nesse meio tempo conseguira achar um lugar para comprar um café e voltar até a sala de espera do hospital. Aparentemente não era nada sério, como uma enfermeira havia lhe dito. No entanto, Emma não hesitou em ligar para a obstetra de Regina, que veio imediatamente atrás de sua cliente. E como era médica particular, acabaram que permitindo a entrada para atender a paciente.
Mas ficar sem noticias estava tirando ela do sério. Por fim, viu quando a obstetra de Regina se aproximou.
— Como ela esta? – Questionou rapidamente se colocando de pé.
— Ela vai ficar bem, foi apenas um susto. Acredito que Regina esteja passando por momentos com muitas emoções. Uma das minhas recomendações é que ela não faça muitas atividades pesadas ou que exige muito esforço. E Regina não pode enfrentar momentos tensos ou ficar estressada. Ela ficara de repouso essa noite aqui, se quiser entrar e vê-la fique a vontade.
Emma assentiu. Não hesitou em seguir as instruções de uma enfermeira para o quarto de Regina. Ela bateu na porta e quando recebeu a permissão, entrou.
A morena estava deitada olhando para a janela. Suas roupas foram substituídas pela roupa padrão do hospital, ela parecia um pouco pálida e visivelmente cansada.
— Hey. – Emma chamou sorrindo de leve. Regina tirou os olhos da janela e a olhou, ajeitou-se sentando na cama.
— Você pode fechar a janela, esta ventando muito. – A morena pediu. Emma caminhou até a janela e fechou, deixando apenas a cortina aberta.
— Como se sente? – Questionou assim que sentou na cadeira que ficava ao lado da cama.
— Exausta, o que a doutora falou? E onde esta Henry?
— Falei com Henry agora pouco, ele vai vim para cá. Já deve estar a caminho. A doutora disse que você precisa descansar e que vai ficar aqui de repouso essa noite, mas amanhã vai estar liberada.
Regina assentiu, as duas ficaram alguns minutos em silencio que foi apenas interrompido por alguém batendo. A morena permitiu a entrada e logo depois Henry estava indo em direção a ela, abraçando-a.
— Como à senhora esta? – O garoto questionou sentando-se na cama.
— Cansada e precisando de uma boa noite de sono.
— O que aconteceu exatamente?
— Emma e eu fomos até um bar que ela conhecia... – Regina começou a explicar emitindo o cinema.
— O bar do Josh. – Emma explicou e o garoto assentiu, compreendendo.
— Nós comemos um pouco e... Num certo momento fomos dançar e eu desmaiei. – Regina falou.
— Só isso... Estranho. Mas vocês passaram a tarde toda nesse bar? – O garoto voltou a questionar, curioso. Emma olhou para Regina.
— Não exatamente. Nós... Passeamos antes. – Regina explicou mentindo. O garoto assentiu.
— Talvez seja isso, o passeio deve ter gastado todas suas energias. Você tem que se cuidar melhor, mãe. – A forma carinhosa que Henry falou fez à consciência de ambas as mulheres pesar.
— Já esta ficando tarde, vocês deveriam voltar para casa, comer alguma coisa e amanhã cedo voltam para me buscar. – Regina sorriu. – E eu preciso dormir um pouco.
Henry e Emma assentiram, o garoto deu um beijo na testa e se despediu da morena. Assim que o rapaz saiu, a loira se aproximou da morena.
— Amanhã cedo eu estarei aqui, quer que eu traga alguma roupa?
— Eu agradeceria.
— Você não quer que eu fique aqui com você essa noite? Pode precisar de...
— Não, não vou precisar de nada. E você não pode deixar Henry sozinho em casa.
— Mas...
— Sem mas, Emma.
— Bem... Descanse bastante então. Qualquer coisa me ligue, o numero esta...
— Gravado no meu celular, sim eu sei.
— Argh!... Descanse então.
— Eu farei isso.
— Boa noite, prefeita.
— Boa noite, Miss Swan.
Emma se retirou do quarto e junto com Henry caminharam até o carro, durante o caminho de volta para a casa o rapaz começou a contar animadamente sobre o filme que ele assistira. A loira tentava segurar o sorriso, ela fingia cara de surpresa, mas a verdade é que em vários momentos ela realmente estava surpresa, passara todo o filme prestando atenção nele e em Regina que nem se preocupou em assistir o filme.
Quando por fim chegarem ao apartamento, Emma desceu a sacola de livros no qual Regina havia comprado enquanto Henry chamava o elevador.
— O que vamos comer hoje? – O garoto questionou. – Você vai arriscar cozinhar algo?
Emma balançou a cabeça negativamente.
— Pizza? – Perguntou com um sorriso sapeca.
— Pizza! – Seu filho respondeu com o mesmo sorriso. Ele entrou no apartamento pegando o telefone e indo para a sala, ligando para alguma pizzaria que conhecia bem.
Enquanto isso Emma tirava os livros de Regina da sacola e os colocava em cima da mesa.
“Atendente: Starla. Volte sempre!”
Emma franziu a testa. Quem seria Starla? O bilhete viera junto com os livros, provavelmente deveria ser alguma funcionara da livraria que Regina fora. Livraria essa que a loira queria conhecer mais tarde, ela iria precisar comprar alguns livros também. Seu telefone tocou e não hesitou em pega-lo rapidamente.
Eu gostaria de saber quem foi a pessoa que invadiu o meu celular e colocou duzentas e quinze músicas novas. – RM
Emma sorriu ao ver a mensagem da Rainha.
Culpada. Mas eu lhe disse que iria te fazer escutar algumas músicas boas, aproveite esse tempo que tem nesse hospital e aprecie as melhores bandas de rock do mundo. – ES
Precisamos conversar depois com o que você considera “algumas músicas”, porque duzentas e quinze com certeza não são algumas. Você esta cozinhando? – RM
— Sua mãe não vai gosta de saber que estamos pedindo pizza, o que eu falo para ela? - Emma perguntou se sentando ao lado do sofá que Henry estava.
— Diga que esta fazendo macarrão, ela vai acreditar.
Sim, macarrão. Quer? – ES
Eu adoraria, a comida daqui é horrível. – RM
Se não tivesse me expulsado do hospital eu até pensaria em realmente te levar um pouco. Já começou a escutar as músicas? – ES
Sim, acabei de começar. Esta querendo que eu escute alguma música especifica? E eu não te expulsei, Swan. – RM
Talvez eu queira uma especial. – ES
Qual? Eu escuto agora. – RM
Se você insiste. Escute I Just Want You do Ozzy Osbourne, depois me diga o que achou. – ES
Emma gostava bastante daquela música, mas achou interessante que Regina escutasse e prestasse atenção na letra. O celular tocou novamente, Henry a olhou interrogativamente.
Irei ouvir, Swan. Até amanhã. – RM
— Quem é que você tanto conversava? – O garoto questionou minutos depois da loira já ter deixado o celular de lado. Henry tinha por natureza ser curioso e Emma sabia bem disso.
— Sua mãe. Coloquei algumas músicas para ela escutar hoje cedo, estávamos falando sobre isso. Porque a curiosidade? – Foi à vez de a loira questionar.
— Vocês estão bem próximas ultimamente. Perdi alguma coisa? – A voz do rapaz era cheia de segundas intenções.
— Não sei do que você esta falando. Mas e você, ultimamente tem andado muito estranho, esta escondendo alguma coisa?
— Não sei do que você esta falando.
A campainha tocou e Emma sorriu aliviada, ela se conhecia muito bem para saber que se Henry resolvesse a pressionar ela provavelmente iria contar tudo ao rapaz, desde elas seguindo ele até o beijo. Portanto, pegou o dinheiro na carteira e foi pegar a pizza.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Música que a Emma falou para a Regina escutar: https://www.youtube.com/watch?v=oPvE5a_mwnY
Esta com tradução para quem precisa.
Vou tentar postar nesse final de semana.