A Brilhante Ideia de David Nolan escrita por Queen Mills


Capítulo 15
Capitulo 15 - When desire knocks on the door


Notas iniciais do capítulo

Esse capitulo foi um pouco dificil de escrever. Eu tentei explorar minhas habilidades de escritas (que não são muitas) e acabei que gostando do resultado final. No entanto, eu gostaria de saber o que vocês acharam.

Obrigada pelos comentários no ultimo capitulo.

Divirtam-se.



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REGINA

Iniciar o dia com uma comida leve e saudável fez Regina ter uma manhã ótima. Emma havia saído com Henry, ambos foram atrás de um profissional que concertasse vídeo game, já que de alguma maneira o garoto havia quebrado o aparelho. Ela aproveitou a manhã livre para fazer algumas coisas.

Começou regando as plantas que pareciam gritar por um tratamento mais adequado e até tivera tempo de praticar ioga. Aproveitando que estava sozinha, ela acabou lembrando de que sua médica havia lhe recomendado um livro próprio para caso de gravidez.

“É bom para mãe de primeira viagem”.

Ela não era tecnicamente uma mãe de primeira viagem.

Mas achou que era uma boa idéia comprar o livro. Devido ao fato de que Emma havia saído com o carro, Regina acabou pegando o casaco e indo para a rua procurar uma livraria a pé. Felizmente o apartamento onde elas moravam era bem próximo a varias lojas: café, supermercado, butique, mercearia, padaria e por fim, uma livraria.

Entrou e pode observar como o local era simples. A tinta azulada já estava tão antiga que Regina podia jurar que estava virando um tom cinza. As prateleiras de livros eram enormes, estavam todas lotadas e havia uma seção própria para cada assunto, várias caixas estavam espalhadas pelo corredor e apenas uma mulher parecia organizar tudo. Ela se aproximou devagar e aparentemente o barulho de seu salto chamou atenção da mulher.

Ela possuía cabelos escuros e grandes, olhos castanhos, vestia uma camiseta amarela e calça jeans clara. Sua aparência poderia até ser de uma mulher jovem e bonita, no entanto, ela parecia visivelmente cansada e entediada.

— Olá. – Regina cumprimentou. A mulher lhe deu um sorriso pequeno.

— Esta interessa em algum livro especificamente? Quer ajuda? – Questionou ao ver Regina começar a procurar algo.

— Minha medica indicou um livro para gra...

— Gravidez.

Regina a olhou. A mulher começou a caminhar até uma sessão de livros e fez um gesto para que a Rainha a seguisse.

— Muitas mulheres vêm aqui a fim de encontrar livros para isso. Já me acostumei. Aqui. – Ela apontou para algumas prateleiras. – Você pode encontrar o livro que quer e até escolher outros, isso fica ao seu critério. Se precisar de ajuda eu estarei ali.

Regina assentiu. Ela começou a procurar o livro que fora lhe indicado e acabou encontrando outros dois que pareceram lhe interessar. Quando por fim terminou, quinze minutos depois, foi ao caixa.

— Esse livro é muito bom, você vai gostar. – A mulher disse sorridente. Regina sorriu. – Algumas mulheres sempre voltam aqui devido a esse livro, esperando encontrar outros parecidos. Você esta grávida de quantos meses?

— Acho que terei tempo suficiente para ler e voltar aqui atrás de outro livro, espero que você tenha em mente outros para me indicar. Um mês.

A mulher riu.

— Eu tenho alguns para indicar assim. Você mora aqui por perto? Pois sempre que quiser pode vim aqui, eu tenho vários livros que pode te ajudar nessa fase.

— Sim, na verdade demoro pouco menos de vinte minutos para chegar aqui. Quem sabe não compareço aqui alguns dias. A propósito qual o seu nome?

A morena sorriu entregando a sacola com os livros.

— Eu sou Starla.

— Regina.

Ambas sorriram se cumprimentado pela mão. Regina ainda ficou mais alguns minutos conversando com a morena, Starla estava lhe indicando lugares agradáveis próximos aquele bairro. Até prometera que se Regina quisesse ela poderia lhe apresentar. Não era muito fácil alguém conquistar a Rainha na primeira conversa, mas Regina teve que admitir que havia gostado de conversar com aquela mulher. E ali naquele lugar ela não precisava se preocupar com o fato de ter sido a Rainha Má, afinal, ninguém ali saberia.

[ . . . ]

— Onde você estava? – Questionou Emma logo em frente ao prédio ao ver Regina se aproximar. A morena franziu a testa e mostrou a sacola.

— Comprando livros. O que você esta fazendo aqui fora? – Perguntou. Emma apontou a cabeça para Henry dentro do carro.

— Ele quer que eu o leve ao shopping, parece que vai ter uma saída em grupo novamente. Você vem junto?

Regina assentiu, porque não? Seguiu Emma e entrou no carro. Ela olhou pelo retrovisor e pode perceber que Henry estava focado no celular. A primeira coisa que notou: o cheiro. Regina não fazia a mínima noção de qual era o cheiro de Emma, mas tinha certeza que aquele perfume forme e masculino não vinha dela. Ela farejou o ar novamente e ganhou atenção da loira, que fez um gesto com a cabeça como se culpasse Henry.

Voltando a olhar pelo retrovisor ela percebeu que o garoto estava diferente. O cabelo que antes estava sempre desarrumado, agora estava penteado com ajuda do gel. Vestia uma camisa social azul e calça jeans escura, além do sapatenis novo que ele só usava para ocasiões especiais (o que significava que mal fora usado).

Regina olhou para frente seus olhos focando o movimento da rua. Se ela pudesse naquele momento entrar em estado de choque (e é claro que ela podia), ela com certeza estaria. E se Emma tivesse razão? Henry estaria saindo com alguém? Se envolvendo com alguém? E pior: ele não confiara em nenhuma delas, não havia dito uma palavra sequer.

Ela escutou Henry falar alguma coisa, no entanto, não dera atenção. Minutos depois quando Emma parou o carro e o garoto se despediu as pressas delas, Regina conseguiu sair do seu transe.

— Vamos segui-lo. – Ela disse para a loira.

— Vamos o que? – Emma questionou meia por fora das idéias da morena.

— Olha como ele esta vestido Emma, eu vou segui-lo. – Ela saiu do carro e começou a ir em direção ao lugar que o rapaz havia entrado.

— Você ficou louca? – Emma se aproximou tentando acompanhar os passos rápidos de Regina.

— Não, hoje esse mistério vai acabar.

— Ele vai nos odiar, Regina.

— Ele não vai nos vê. Relaxa.

Emma suspirou, ela parecia inquieta. Regina e ela finalmente conseguiram encontrar Henry no meio de tanta gente. O garoto estava sentado num sofá na parte do cinema, parecia estar esperando alguém já que olhava para todos os lados o tempo todo.

— Eu já volto. – Emma falou para Regina. – Fique longe, ele não pode te ver. E tente fingir que não esta olhando para lá, as pessoas podem estranhar.

Regina assentiu observando Emma desaparecer no meio de tanta gente. Ela sentou-se num banco de mármore onde ela podia observar o filho, mas Henry não podia olhar para ela. O garoto começou a bater o pé no chão, visivelmente nervoso. Regina podia observar que além de nervoso ele estava inquieto, olhava toda hora para o relógio no pulso e para o celular que não saia de sua mão.

— Aqui, coloque. – Emma disse chegando. Mostrou a Regina um chapéu preto e contrariando suas palavras, ela mesma colocou na rainha. – É para disfarçar.

A loira estava com uma touca marrom e os cabelos loiros pareciam estar muito curtos. Provavelmente deveria ter feito alguma coisa com a touca para que ficassem assim.

— Bonito o chapéu, onde conseguiu? – Regina perguntou tentado disfarçar a inquietação.

— Esse é o melhor shopping da cidade, é muito fácil encontrar boas lojas de chapéus aqui. Foi fácil encontrar um parar disfarçar, o difícil foi saber qual você ia gostar.

Regina deu um leve sorriso. Que logo foi embora para uma expressão de surpresa. Uma garota magricela havia acabado de se aproximar de Henry, ambos se cumprimentaram como amigos, com beijinho no rosto e um demorado abraço. Ela era alguns centímetros mais baixa do que Henry. Possuía cabelos castanhos claros longos, indo quase até a bunda, vestia um lindo vestido amarelo e sandálias brancas. A primeira impressão Regina poderia até falar que a garota era bonita e sabia se vestir, mas ela estava ao lado de Henry, o ciúmes não deixou que ela gostasse da menina.

— EU SABIA! – Emma disse vibrando como se tivesse ganhado uma aposta. Ambas observaram quando os dois entraram na sala de cinema, aparentemente Henry já devia ter comprado os ingressos.

— Eles estão indo assistir aquele novo filme com dinossauros. – Regina informou.

— Jurassic World. – Emma disse.

Regina assentiu e olhou para a loira.

— O que foi? – A salvadora questionou.

— Vai comprar ingressos, nós vamos assistir a esse filme também.

Emma a olhou, chocada. Uma parte dela queria dizer não, aquilo seria invadir o espaço pessoal de Henry e provavelmente o garoto não iria gostar nada disso. No entanto, ela estava curiosa. Era o primeiro encontro do filho pelo o que ela sabia, ela queria estar presente, ver como ele iria se sair. Então apenas levantou-se com Regina na cola dela e comprou os ingressos.

Felizmente para as duas havia duas entradas no cinema, uma na qual entrava pela frente e você davam de cara com os primeiros bancos, sendo assim metade do cinema iria ver seu rosto. E outra que você entrava no fim da sala, ou seja, nos últimos bancos. Fora por essa ultima entrada que ambas entraram. Sentaram na ultima fileira na qual estava completamente vazia. Assim como metade do cinema (o que era estranho já que o filme estava no cinema há pouco tempo). Logo Emma pode ver Henry e apontou disfarçadamente, para que Regina também pudesse ver o garoto.

— Isso é tão errado. – A loira comentou enquanto os trailers eram transmitidos. Regina a encarou.

— De certa forma é, mas é interessante estar presente no primeiro encontro dele. Você conhece a garota? – A morena questionou.

Emma balançou a cabeça negativamente. O filme começou e Regina ficava divida entre prestar atenção no filme ou observar Henry, acabou que em certo momento esqueceu-se da presença do filho e começou a assistir ao filme. Emma por outro lado observava cada gesto do filho. Ela sorriu quando viu que o rapaz colocou o braço por cima da menina e a própria se aproximou dele.

— Isso é interessante, sabe? – Regina começou. – Na Floresta tinha ogros, mas nunca vi dinossauros. Fico me perguntando se algum conto de fadas envolvia esse animal.

Emma não desgrudou os olhos do filho, apenas murmurou alguma coisa em resposta.

— Isso é provavelmente impossível, sabe?! Domar um dinossauro. Tenho certeza que esta totalmente fora de questão. – Regina disse novamente.

— Eu tenho certeza que sim. – Emma disse distraída.

— Apesar de que levando em consideração que o dominador é bem atraente, eu até que deixaria ele me dominar. – Regina disse rindo.

Emma pareceu se esquecer totalmente da presença de Henry, naquele momento. Seus olhos foram imediatamente em direção da tela e pode conferir o rapaz que Regina dizia.

— Não parece ser muito atraente. – Ela comentou uma sensação estranha invadindo seu ser. É claro que tinha conhecimento de quem era aquele ator, havia assistido a um filme dele alguns tempos atrás e até o achava bonito, até aquele momento.

Era como se toda a beleza do rapaz havia desaparecido. Regina a olhou.

— Como não?

— Não gostei. O cabelo dele é estranho.

Regina riu baixinho, em nenhum momento seus olhos se desviaram dos verdes.

— O cabelo dele é estranho?

— E a barba não combinou muito com ele, você tem muito mau gosto Regina. Primeiro Robin e agora esse rapaz.

— Você não gosta de Robin?

Emma mordeu os lábios.

— Acho ele muito insuficiente para você, majestade. Você merece alguém melhor, alguém capaz de lutar por você...

Regina sentiu uma onda de emoções a atingir. Desde quando Emma se preocupava com o relacionamento dela com Robin? Desde quando Emma não gostava de Robin? Ela pode sentir como suas mãos estavam soadas, seu coração estava batendo um pouco mais forte do que o normal e estranhamente os lábios da salvadora parecia-lhe atraente naquele momento.

—... Alguém que te valorize em qualquer situação...

A loira se aproximou devagar, mas podia sentir o hálito da morena. Os lábios vermelhos pareciam o paraíso naquele momento, o cinema parecia não existe.

—... Alguém que tenha você como primeira opção... Sempre...

Regina só tinha noção de que não conseguia ter controle sob seus atos. Então quando a salvadora fechou toda a distancia que tinha entre elas, ela não recuou. Quando sentiu os lábios da sua antiga inimiga chocar-se ao dela, ela não a empurrou. Ela apenas... Correspondeu. E tentou entender.

Tentou entender porque seu coração estava tão afobado. Tentou entender porque os lábios de Miss Swan pareciam melhores do que o de Robin. Tentou entender porque o beijo da mãe de seus filhos parecia melhor do que qualquer um que ela tivera. Tentou entender porque ela não queria que aquele momento acabasse.

Um rugido fez com que ambas se afastassem, assustadas. Regina olhou para Emma e a loira para ela, ambas com os olhos arregalados e os lábios inchados. A respiração ofegante. E morena voltou a sua atenção ao filme, ou pelo menos queria que a outra pensasse assim, pois a única coisa que conseguia sua atenção era aquele beijo que havia acontecido.

Ela tentou entender porque estava apertando a poltrona num gesto visível para não se jogar em cima da Salvadora e a beijar novamente.


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Notas finais do capítulo

Finalmente :v

Vamos esperar as consequências desses eventos que aconteceram nesse capitulo.

Como eu disse lá em cima: Eu preciso da sincera opinião de vocês sobre esse capitulo. O que vocês acham que poderia ter sido melhor, etc. Eu não quero pecar em cenas assim no futuro.

Obrigada