Good Life escrita por Ju Mellark


Capítulo 3
1° Dia: Welcome to Los Angeles, Universal Studios‏


Notas iniciais do capítulo

Hey gente, td bem?? Mais pessoas apareceram comentando, e em três dias eu tive 135 acessos! Se eu estou feliz com isso?? Estou quase dando cambalhotas e piruetas haha
Vcs viram o novo teaser?? Tô no chão, cara.
Pois é... e amanhã é meu aniversário! Será que como presente, vcs poderiam aparecer comentando, dando opiniões...?? Ou sei lá... mereço alguma favoritação??
A música que eles cantam é Because We Can, do Bon Jovi, quem aí gosta??
Qualquer erro, por favor, me avisem!
É isso, eu gostei desse capítulo, espero q vcs também, até os reviews ;D



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Peeta era um cara legal. Mas certinho demais. Encara a vida de uma forma totalmente diferente da minha.
– E por isso, decidi que vou ensiná-lo a aproveitar essa merda fodida que chamamos de vida! - sorrio animada para ele. O loiro apenas me olha e dá de ombros. Ótimo, ele não acredita. Melhor ainda, isso vai ser divertido.
Peeta levou minha mochila para seu carro, que, segundo ele, não sabe como chegou inteiro ontem a noite. Ele também não acredita que não foi preso, reclamando dos policiais. Para mim, o loiro teve é sorte.
– Por onde começamos? - ele coloca seus Wayfarers iguais aos meus que tirou não sei da onde.
– Como... onde você conseguiu isso?
– Ah, bom, quando eu sai da empresa do meu pai, eu voltei em casa, arrumei uma mochila com minha coisas, peguei meu dinheiro e fui embora. - Aponta para a bolsa no banco de trás do conversível preto.
– Ah... Ok. Bom, o primeiro passo é estar em Los Angeles, loirinho! - ele gira a chave e ouço o motor ligar. - Espera aí. - Pego o celular e tiro uma foto nossa. Ele ri e arranca o carro. - Agora, sim. Que nossa semana comece! Adeus, San Diego, volto em uma semana!
*~*~*~*~*~*
Fazia uma hora que estávamos na estrada. Ela estava deserta, acho pelo fato de ser segunda-feira. Comecei a mexer nos Cd's de Peeta, e descobri que ele tinha um ótimo gosto musical. Ac/Dc, Guns, Bon Jovi, Imagine Dragons, Green Day, e desses tipos.
– I don't want to be another wave in the ocean, I'm a rock, not just another grain of sand! - começo - I want to be the one you run to when you need a shouder; I ain't a soldier, but I'm here to take stand because we can! - finjo que estou tocando uma guitarra imáginaria e Peeta ri.
– She's in the kitchen starin' out the window, so tired of livin' life in black and white; Right now she's missin', Those technicolor kisses, When he turns down the lights! But lately feelin' like a broken promise, in the mirror starin' down his doubt, there's only one thing in this world that he'd know, he said forever and he'll never let her down! - canta alto sem perceber. Cantamos o refrão novamente juntos, depois mais uma parte e se repete de novo.
– Loucos! - diz a velhinha passando com um carro de modelo antigo. Eu rio alto.
– Passo 1 para viver sua vida: não ligue para que os outros pensam. - Digo ao loiro. Ele sorri e volta a prestar atenção a sua frente. - Quanto falta para chegarmos?
– Meia hora.
– Já foi para Los Angeles?
– Só saí de San Diego uma vez na vida, quando fui passar uma semana com minha vó, eu tinha 5 anos de idade.
– Nossa, nunca se importou?
– Como eu disse, sempre vivi com a cabeça nos livros pelos meus pais. - suspira.
– Ok, vamos mudar de assunto. Tudo bem, é... olha, eu não conheço nada de você, então vamos fazer perguntas um para o outro. Eu começo. Quantos anos você tem?
– Dezoito. E você?
– Vou completar dezoito nessa semana.
– Quando?
– Minha vez de perguntar, loirinho, mas deixo passar essa. Sábado. Ahn... O que você mais gosta de fazer no seu tempo livre?
– Era ler, mas agora estou passando-o com minha vizinha desgovernada. - Rio um pouco com ele. - Quem é seu melhor amigo?
– Annie Cresta e Finnick Odair. Eles são namorados, nos conhecemos no colégio, mas bem, se mudaram para Nova York para estudarem. E o seus?
– Cato Ludwig, ele é um idiota, mas é o cara que você pode contar pra tudo. Está se mudando para Denver, vai começar a administrar uma filial da empresa do pai dele. Hm, qual foi o seu melhor momento que você se lembra da sua vida?
– Essa é fácil. Eu tinha cinco anos, estava na praia atrás de casa com meu pai. O sol começava a baixar, então ele disse: "Está vendo aquilo? É uma das coisas mais lindas que nos proporcionam sem precisarmos dar algo em troca. E muitas pessoas não aproveitam isso". Desde então, eu tento nunca perder um pôr-do-sol.
– Uau.
– Minha vez. Qual seu sonho?
– Passar em uma faculdade foda e ter um futuro garantido. Ahn, seus pais não se preocuparam com você estar fazendo isso?
– Qual é, loirinho, acho que você sabe que meus pais, tipo, se foram em um acidente de avião há... 3 meses. - sussurro a última parte. Parecia mais tempo.
– Sério? Katniss, meu Deus, sinto muito, eu realmente não sabia. - tira uma mão do volante para segurar a minha.
– Tudo bem. Acho que eles não querem que eu sofra, por isso não estou. Você sabe, eu poderia estar me cortando ou tentando morrer de overdose nesse exato momento, mas estou fazendo uma loucura com meu vizinho nerd e certinho. - sorrio. - Ahn, qual a maior loucura que você já fez?
– Fácil. Eu não fiz, está acontecendo agora.
– Ah, acho que essa eu sabia. E agora, quanto falta para chegarmos?
– Cinco minutos.
– Legal, vamos fazer uma entrada triunfal em Los Angeles. - Tiro o cinto de segurança e olho para ver se a estrada está realmente deserta.
– Ahn? O que você... - fico de pé no carro, primeiramente me apoiando no para-brisa. - Katniss?! Meu Deus, pare! - me solto e abro os braços, sentindo o vento. - Katniss, você vai se machucar, vamos ser presos, desça pelo amor do Santo Deus! - ele parece desesperado. Rio alto.
– Relaxa, loirinho. - digo e depois grito - Passo 2 para viver sua vida: encontre sua forma de se sentir livre!
– Katniss! - ele grita. Resolvo ceder e me sento de novo. - Obrigado. - diz mal-humorado.
– Awn, loirinho, não fica assim. Pensei que tivesse aceitado vir comigo mesmo eu sendo uma desmiolada. Não vai poder voltar atrás. - me inclino e beijo sua bochecha. Vejo de relance ele ficar levemente corado.
– É, não vou poder voltar atrás.- repete suspirando.
*~*~*~*~*~*
– Para onde vamos primeiro?
– Comida! - Peeta revira os olhos e o puxo para a Mel's Diner. Por dentro era tão fantástica como por fora. A réplica exata. Eu me sentia nos anos 50.
– Qual é, não podemos comer depois? Estamos nos Estúdios da Universal!
– Podemos comer agora e depois! - nos sentamos naquelas mesas de canto, com estofado e tudo. Eu estava admirada. Uma garçonete com vestido, avental e patins veio nos atender. Ela era morena, tinha o cabelo curto e um sorriso que não saía do rosto. Fiz o meu pedido e Peeta bufou e fez o dele. Já era hora do almoço, então nada melhor que um hambúrguer, fritas e refrigerante.
– Caramba, como é que cabe tudo isso em você? Ou melhor, como é você ainda tem esse corpo?
– Que corpo? - Falo sorrindo maliciosa e arqueando a sobrancelha. É claro que eu estava brincando, mas mesmo assim ele corou e voltou a comer. Eu ri e fiz o mesmo.
Quando saímos, Peeta pegou minha mão.
– Agora eu escolho. - dei de ombros olhando em volta. Ele me levou mais adiante, entrando mais no parque. - Ali!
– Quem diria que você gosta de Simpsons? Eu não. - sorrio. Fomos á montanha russa dos Simpsons. Era incrível. Havia uma reprodução de Springfield! Peeta apertou forte a barra ao meu lado, e eu fiquei rindo.
O carrinho parou no início novamente e o monitor levantou a barra, Peeta saiu mais rápido que não sei o quê. Quando saí - na velocidade normal, sabe? -, o encontrei inclinado, apoiando-se nos joelhos flexionados. Ele parecia enjoado, chegava estar até verde.
– Ei, você tá bem? - coloco uma mão em suas costas.
– É, tô sim. Vamos continuar? - se coloca em posição ereta novamente. Sorrio.
– Vamos!
Vejo um grupo de pessoas acompanhadas de um monitor e quando o ouço falar "casa de horrores da Universal", puxo Peeta para aquele meio.
Quando entramos ouço Peeta prender a respiração, mas ignoro. Eu adorei, havia quadros do Chucky, Frankenstein, figurinos usados nos filmes!
– Não gosta de filmes de terror? - sussurro para o loiro.
– Até gosto, mas ver um quadro do Jason e ter a sensação de que ele está me encarando não está na minha lista de coisas que eu mais gosto. - rio baixo. Depois de uma tempo, saímos e o cara nos leva para o NBCUniversal. Havia roteiros, cenas, figurinos de filmes da Universal. Ele falava curiosidades dos filmes que no começo eu prestei atenção, mas depois me cansei da sua voz de travesti e comecei a olhar em volta. Já estavam saindo, mas puxei Peeta para trás de uma árvore cinematográfica de um dos cenários.
– O que você tá fazendo? - ele sussurra.
– Me divertindo um pouco. - comecei a passear por ali. Havia poucas pessoas andando, acho que funcionários.
Fui para a parte do filme Frankenstein. A máscara usada com as luvas estavam ali, cobertas por um tipo de caixa de vidro. Olho se não há ninguém mesmo olhando. Tiro a caixa de cima.
– Loirinho, olha alí! - aponto para o outro lado. Enquanto ele se distrai, coloco a máscara e as luvas.
– O que...
– Waaaarrgh - solto um rugido tentando imitar Frankenstein.
– Aaaahhhh - ele grita arregalando os olhos. Tiro rapidamente e coloco no lugar.
Começo a rir como uma drogada e Peeta fecha a cara. O puxo para saírmos dali ainda gargalhando. Percebo que ele continua emburrado e que já iria anoitecer.
– Ah, loirinho, para, foi engraçado. E foi só uma brincadeira.
– Uma brincadeira de mal gosto.
– Tá, tá. Me desculpa? - enceno um biquinho. Peeta rola os olhos.
– Que seja.
– Daqui a pouco vai anoitecer, então vamos em mais um lugar. - puxo-o novamente. Conseguimos assistir o "The Blues Brothers". Foi hilário.
Antes de ir embora, Peeta me pagou um sorvete do Ben e Jerry's.
– Vamos, está quase na hora. - arrasto Peeta para fora do parque.
– Do quê? - pergunta confuso.
– Para o pôr-do-sol, oras.
Pego a chave do seu bolso e pulo para dentro do carro. Ele entra no banco do carona e já arranco com o sorvete na mão.
– Não arranha ele, por favor. Eu o amo muito. - Peeta se segura no banco quando acelero.
– Fica tranquilo, loirinho. - pisco. Dirijo para uma área mais afastada, e encontro um prédio que pelo visto está sendo pintado. Os funcionários estão indo embora, e estaciono um pouco mais atrás. Saio do carro e vejo que só resta um. Olho para o conversível e fico confusa ao ver Peeta ainda dentro dele. Faço um sinal para ele vir, o vejo bufar e descer.
– Você tá mesmo pensando em invadir propriedade privada?
– Você fala como se fosse crime.
– E é!
– Ah, verdade. Mas esquece isso só agora, ninguém vai descobrir. Só quero que seu primeiro pôr-do-sol tenha uma emoção.
– De acordo com meus cálculos, eu já tive 6570, portanto não é o primeiro.
– Já assistiu quantos desses 6570? - arqueio as sobrancelhas. Ele finge uma tosse e olha para os lados. - Foi o que eu pensei.
Mando-o me seguir e entramos. O chão estava todo forrado com jornais, e repleto de latas de tinta vazias. Subimos alguns lances de escada, e quando chegamos ao último, ouço alguém assobiando. Puxo Peeta para uma sala que já está pintada e cheia de caixas empilhadas. Me escondo atrás de uma e mando Peeta para outra.
O funcionário checa a sala rápido e vai embora.
– Vem. - sussurro. Havia mais uma escada que eu sabia para onde ia. Abro a porta no final e o vento bate no meu rosto. O terraço não tinha graça nenhuma, era totalmente cinza.
– Tem medo de altura?
– Um pouco.
– Então vai perder esse pouco hoje. - me sento na beira de concreto. Os carros eram minúsculos daqui de cima. - Senta. Mas não olhe para baixo a qualquer custo.
Sinto ele se sentar do meu lado. Seus olhos azuis esverdeados estão fechados e ele respira fundo. Bem fundo.
Seguro sua mão e Peeta pisca. Sorrio para ele.
– Olhe.
– Caralho. - engole em seco. - Parecem carrinhos de brinquedo.
– É.
– Isso é fantástico! - arregala os olhos. Começo a rir de sua empolgação e ele também.
Passo meu braço esquerdo pelo seu ombro e aponto para o sol. A explosão estava ali novamente, como em todos os dias. Peeta passa seu braço esquerdo por minha cintura. O sol se abaixa mais um pouco.
– É meu momento preferido do dia. - sussurro.
– É lindo. - sua voz rouca também está baixa.
O sol se põe totalmente. Agora está tudo escuro. Me deito no chão frio, encarando as estrelas. Peeta faz o mesmo
– Eu gosto das estrelas.
– Eu também. - responde.
Depois fomos embora, saindo pela escada de emergência. Peeta não me deixou dirigir de volta e fomos para um hotel que indiquei.
Peguei minha mochila debaixo do banco e o loiro pega a dele. A recepcionista era ruiva e de olhos verdes, com seu sorriso fixo no rosto.
– Boa noite. O que desejam?
– Tenho um quarto reservado. - Peeta me olha confuso. Ah, é, ele não sabia e não tinha um quarto.
– Ah, casal em lua-de-mel? - tento segurar minha risada, mas não consigo. Peeta meio que fica vermelho e a recepcionista sem graça, alternando seu olhar de mim para ele.
– Não, com certeza não.
– Ahn, seus nomes? - se recompõe.
– Katniss Everdeen.
– Srta. Everdeen, sua suíte é a de número 305. - Me entrega um cartão de acesso e um reserva.
– Ahn, moça, será que não tem uma suíte vaga?
– Bom, vamos ver... - ela se vira para o computador. - Sinto muito, senhor. Todas estão ocupadas ou reservadas.
– Obrigada pela sua atenção. - Digo para ela e me afasto com Peeta. - Vai ter que ficar comigo, loirinho.
– Essa semana vai ser longa.


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