Good Life escrita por Ju Mellark


Capítulo 2
Capítulo 1: A Drunk in My House‏


Notas iniciais do capítulo

No capítulo passado, houve um comentário e 6 acompanhamentos.
GabMazzon, obrigada! Pessoal que não comentou, peço que o façam! Não sou movida a reviews, mas quero saber se estão gostando, ok? O prólogo era bem curtinho e esse capítulo também, mas já dá pra ter uma ideia, então...
Bjs, gente ;)
Espero que gostem



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Termino de arrumar minha mochila com tudo de útil. Roupas, utensílios para higiene, e o dinheiro que eu guardo desde meus onze anos.
Suspiro e pego a carta. Nela, diz que fui aceita em Harvard.
Porra! Eu fui aceita em Harvard!
É, Katniss, merece uma coca-cola e uma pizza como comemoração. Ligo para a Francesco's e faço meu pedido. A voz enjoada da garota diz que em trinta minutos ele chegará, então espero.
Depois de um tempo ouço barulhos na porta, e imagino ser minha recompensa.
Abro com o dinheiro na mão, mas não é a pizza.
– Hey, vovó, você ressucitou? - o cara loiro está bêbado. Muito bêbado.
Depois disso ele ri até engasgar e cai no chão. Inconsciente.
O cara era alto, ombros largos, pele branca, e cabelos loiros escuros. Suspiro. Ele me era familiar.
Mas, quando um bêbado aparece na sua porta, você 1) Provavelmente vai chamar a polícia; 2) Imediatamente vai chamar a polícia; 3) E se você ser alguém louco, sem noção, com um parafuso a menos, vai tentar ajudá-lo, talvez o levando para dentro da sua casa. Mas isso num caso bem improvável.
Já disse que sou louca, sem noção, com um parafuso a menos? Pois é, eu sou. Mas mesmo assim, fui aceita na considerada melhor universidade do mundo.
Pego em seus pés e o arrasto para dentro. Ele é pesado.
Quando consigo deixá-lo no tapete de frente para o sofá, a campanhia toca. Pizza! Solto seus pés rapidamente, fazendo formar um baque.
Logo pago pela pizza e o refrigarante e entro novamente.
O cara ainda está desacordado. Desse jeito, vou para a cozinha. Volto com uma jarra de água gelada e me ajoelho ao seu lado. Bato levemente em seu rosto algumas vezes, mas ele nem mexe. Ok, vamos para a alternativa mais divertida. Despejo toda a água em seu rosto, que logo tem uma expressão alerta com os olhos extremamente arregalados. Ele se levanta sobressaltado, passando as mãos pelo rosto e cabelo e respirando pesadamente.
– Hey, loirinho, tá tudo bem?
Ele parece ter se tocado da minha presença. E passa as mãos nos cabelos novamente, acho que se lembrando que é loiro. Rio com isso.
– Ahn... É, acho que sim. - diz meio confuso. Sua voz é rouca e está um pouco arrastada. - O que aconteceu?
Pego um pedaço da pizza e começo a mástiga-lo despreocupada.
– Bom, eu não sei, isso é com você. A parte da história que eu peguei foi que você apareceu na frente da minha casa muito bêbado e simplesmente apagou.
– E você me trouxe pra dentro da sua casa? - pergunta incrédulo.
– Sempre disseram que eu não bato muito bem. - dou de ombros lutando contra o queijo derretido.
– Olha, é...
– Katniss.
– Katniss?!
– É, Trinket Everdeen.
– Peeta Mellark. Se lembra de mim?
– Ah, por isso você me era familiar! Os vizinhos Mellark!
– Sim... bom, desculpa, quase entrar em coma alcóolico e aparecer na casa errada não é do meu feitio. - Sorri amarelo.
– Relaxa! Senta aí, quer uma pizza? - aponto na direção da caixa. Ele se senta meio constrangido e aceita. - Quer me contar o porque de ter bebido tanto? - ligo a TV.
Ouço-o suspirar.
– Bom, é... basicamente, eu o encontrei meus pais traindo um ao outro. - o olho como falando "sinto muito". Aí ele começar a desabafar. - Todos, inclusive eu, os achavam um casal perfeito. Se tratando com respeito carinho... Eu sonhava com um casamento daquele jeito depois da faculdade... Aí eu tomei a realidade. Achei minha mãe se pegando com o mordomo, e quando fui contar para meu pai na empresa, ele estava se esfregando com a secretária em cima da mesa. Sabe quando tudo simplesmente perde a cor? É assim que eu me sinto. Sempre tentei ser o melhor por eles, as melhores notas, melhores atitudes... ganhei medalhas, prêmios... por eles, achava que era isso que eles queriam e mereciam... - A esse ponto, estou ao seu lado, o abraçando e afagando suas costas enquanto ele chora. - E agora, estou aqui, com um puta cheiro de bebida, te aborrecendo com as minhas frustações.
– Ei, não está me aborrecendo. Você só está sufocado com tudo que aconteceu e precisando desabafar... pode contar qualquer coisa, tudo bem? - ele assente fungando e abraçando minha cintura nua pela blusa larga e curta.
– Obrigado. - ficamos um tempo assim, e depois que ele se acalma, comemos toda a pizza e bebemos refrigerante. - Faz faculdade?
– Ahn? - ele só indica minha mochila no sofá com a cabeça.- Ah, vou começar daqui um mês meses. Mas essa é porque vou fazer uma viagem. - Pra onde?
– To pensando em conhecer Los Angeles. Sabe, só pra relaxar. - ele assente lentamente.
– Quando?
– Essa semana.
– Posso ir? - o olho. Sua expressão tem expectativa.
– Ahn... claro. Mas saiba que é uma semana com uma desnaturada, sem volta.
– Tá.
– Bom, são meia-noite, vou arrumar o quarto de hóspedes pra você, amanhã saímos às 8.
– Ok. Muito obrigado, Katniss.


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Notas finais do capítulo

O próximo, a viagem já começará, eles já estarão em Los Angeles e nossa Katniss vai mostrar uma prévia de que não é uma pessoa com muito juízo... até lá!