Good Life escrita por Ju Mellark


Capítulo 10
Capítulo 9: Friends, Good Bye, Don't Forget...


Notas iniciais do capítulo

Ju, pq tu tá postando às três da manhã de uma segunda feira? Eu explico, gatos e gatas; Qro começar a semana bem!!
Esse está curtinho, é só pra complementar e mostrar a relação deles dps da viagem ;3
Dedicado à Lola A, que favoritou!! Thanks, linda!!
Pois é gnt, dps só tem o epílogo, mas sem despedidas, ok??
Sexta eu sonhei com uma recomendação heuehueheu será q mereço??
Espero que vcs gostem desse, pessoal!!
Comentem e favoritem :3
Enjoy, guys, mellarkisses ;D



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Nossa volta foi divertida. Eu dirigi metade do caminho e Peeta ficou em pé, apoiado no pára-brisa. Era engraçado vê-lo daquele jeito, ele parecia realmente feliz.
Eu comecei a falar que ele era bem-vindo para ficar em casa quando quiser e o quanto precisasse, mas ele interrompeu dizendo que teria que enfrentar seus pais uma hora ou outra, se quisesse ou não. E eu sorri.
Eu deixei seu carro na frente da sua casa, peguei minhas coisas e pulei para fora, mas não sem antes lhe dar um abraço apertado e dizer um "até mais".
Nós começamos a trocar mensagens. Às vezes, nenhum dos dois estava com sono, então ficávamos sentados na janela - uma perna para fora e outra para dentro do quarto -, nos falando por ligação ou SMS.
– Minha mãe começou a me pedir desculpas desesperadamente, começou a me abraçar e me pai só ficava olhando com uma cara de cansado e arrependido. - Peeta solta um riso pelo telefone. - Eu falei com eles, mas não muito. Quando eu subi pro meu quarto para tomar um banho, minha mãe veio depois trazendo lanche e tudo mais, te juro que quando ela viu minha tatuagem, quase derrubou tudo e teve um ataque. Ela simplesmente pirou. - Ri com ele.
– Eles não sabem quem te levou para o bom caminho da vida? - Brinco.
– Ah, não. E nem precisam. Acho que eles aceitaram que não vai dar mais certo tentarem me controlar. É tão estranho não poder mais confiar na sua família. - Solta um suspiro pelo telefone. Olho para sua janela. Ele tem uma expressão chateada.
– Quer ver meu teto? - pergunto de repente, mudando de assunto.
– Claro. Estava curioso desde o dia que você comentou. - ele ri e desliga. Uma árvore enorme ficava entre nossas casas. Peeta pulou não sei como nela e depois para dentro do meu quarto. Por um instante cogitei ele ter sido picado por um inseto e ganhado super poderes de habilidade.
Nos jogamos na minha cama, olhando o vidro que nos mostrava o céu totalmente estrelado.
– Isso é fantástico.
– É, não é?
– Totalmente. Eu adorei seu quarto. - preto, branco e vermelho eram as cores que predominavam. Em uma parede, havia adesivos das sombras dos Beatles. A outra, de frente para minha cama, era preenchida de prateleiras com meus livros, CDs e DVDs, e um espaço no meio, se fixava uma TV de 30 polegadas, mais para o lado, uma mesa em L com meu computador e enfeites. Em cima da cabeceira da minha cama, havia um grande espelho. E uma parte da parede que ela se encostava, fotos estavam coladas num painel preto de madeiras que ia do chão ao teto. Fotos com meus pais, com Annie, Finn, Mags - que sempre cuidava de mim e da casa -, com tio Cinna, Johanna e Blight, Gale - meu primo ciumento - e sua namorada, Madge, e agora até com Peeta. Sim, eu amava fotos. Também havia duas portas ao lado esquerdo das prateleiras. Uma era o banheiro e a outra, um closet não muito grande, com araras encostadas nas paredes e um puff ao meio.
– Ah, valeu.
Nós conversamos a madrugada inteira. Quando era quatro da manhã, Peeta pulou na árvore de novo e voltou para seu quarto. Ele acenou sorrindo e me desejou "boa noite" por um SMS. Eu fiz o mesmo e fechei a janela, me atirando na cama novamente, dormindo.

4 Dias depois

– Kat, você vai tá mais perto da gente! Eu tô tão feliz por isso, sinto tanto sua falta! - diz Annie pela webcam.
– Eu também, Annie. Cadê o Finn?
– Ah, tá no quarto preparando nosso almoço.
– No quarto? - pergunto confusa.
– Kat, quando falamos em Finnick Odair preparando uma refeição, quer dizer que ele está ligando para uma pizzaria. - Rio com essa. No fundo, Finnick aparece sem camisa, mostrando seu corpo bronzeado, por passar a maioria do seu tempo surfando quando estava em San Diego.
– Amor, já pedi, meia... Kathie! - Ele empurra a cadeira giratória de Annie para o lado. Começo a gargalhar. Esses dois são os melhores.
– Finn! Que saudades, grandão! - digo cessando as risadas.
– Eu também, Kathie! Não sabe o quão difícil é aguentar Annie sozinho. - Brinca.
– Eu imagino.
– Eu tô aqui, ok? - diz Annie dando um chute na bunda de Finnick. Comecei a chorar de rir.
– Ai, amor, essa doeu! - ele diz afetado, passando a mão na bunda. - Tá, sangrando, Kat? - fica de costas, empinando seu traseiro para a câmera.
– Exagerado, tira essa bunda bronzeada daí, não sou obrigada a aturar essas coisas. - Brinco.
– Vai dizer que não gostou dessa visão privilegiada?
– Sim, pois ela já tem dona. - Estamos rindo descontroladamente. Nós conversamos mais um pouco, a cada coisa que Annie falava, Finn a interrompia, fazia piadas, era hilário.
– Gente, eu tenho que desligar, vou terminar de arrumar tudo e comer alguma coisa. Depois nos falamos de novo. Amo vocês, seus retardados.
– Também te amamos. - Falam juntos.
Desci para a cozinha e fiz um lanche enorme com tudo que tinha na geladeira e comi enquanto zapeava pelos canais da TV em busca de algo interessante.
Depois, terminei de arrumar tudo que precisava. Hoje eu embarcaria para Boston. O ano letivo começaria em Harvard, e eu chegaria uma semana antes para não me perder e me preparar. Achei um anúncio para dividir um apartamento perto da universidade com uma garota, a Glimmer. Ela foi super simpática e disse que tudo estaria pronto para mim quando chegasse.
Termino com tudo e vou tomar um banho. Quando saio, coloco um short jeans meio acabado com uma blusa de ombro caído. E chinelos. Coloco um chiclete na boca e começo a mascar.
Saio e vou para a casa ao lado. Dez segundos depois de ter tocado a campanhinha, a Sra. Mellark aparece sorrindo. Seus cabelos eram loiros, tingidos nas raízes. Não havia rugas, apenas alguns sinais aqui e ali. Seus olhos eram verdes, pareciam esmeraldas. Dava para ver que ela frequentava uma academia.
– Boa tarde, Sra. Mellark. Peeta está aí?
– Oh, querida, só Clarisse, por favor. Ele está no quarto. Pode subir. Fique a vontade. A segunda porta à direita. - Abre espaço para mim. Por mais que ela seja uma megera por ter feito Peeta ficar daquele jeito, era simpática, agradável, sabia tratar uma pessoa.
– Obrigada. - Subo as escadas. A casa deles era bem bonita. Quase inteiramente branca. Bato na porta do quarto e Peeta murmura um "entra".
– E aí, loirinho! - chego chegando.
– E aí, morena. - Ele senta na cama que estava esparramado e me jogo nela, colocando a cabeça no seu colo. - O que devo a sua ilustre presença? - Debocha.
– Ah, tô te dando a chance de se despedir da gostosona aqui.

– O quê? Por quê? - faz um bico.
– Vou embarcar ainda hoje. Tenho que arrumar as coisas no meu novo apartamento que vou dividir com uma garota. E depois conhecer a faculdade, o campus, me organizar e tudo mais. - Dou de ombros.
– Ok. Espero que se dê bem. - ele sorri doce mexendo nos meus cabelos.
– Eu também. E não esqueça do que te ensinei esse tempo todo...
– Me lembrar de aproveitar a vida do melhor jeito, fazer minhas escolhas, ser eu mesmo e tudo mais. A primeira parte tá gravada nas minhas costas, é só associar e tudo certo. - completa e ao final pisca. Rio e sento para logo abraçá-lo. Meu nariz em sua nuca inspira seu perfume masculino misturado ao seu próprio cheiro natural. Por um tempo, fiquei o encarando.
– Que foi? - pergunta.
– Estou tirando uma foto de você mentalmente. Mesmo com as que eu tenho, não quero ter que recorrer a elas para lembrar de você. - Ele sorri. - Vou sentir saudades. - Digo.
– Eu também vou. - Responde abraçando minha cintura mais forte.
Depois houve um silêncio reconfortante que nada parecia querer interromper.
Nós ficamos empoleirados nos galhos grossos da árvore. O sol, depois de mais um dia se pôs e ficamos conversando até tarde novamente.
E deixei San Diego com um sorriso no rosto.


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