Ao nascer de uma nova Esperança escrita por Rafú


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

OIZINHO, mais um capítulo pra vocês, esse foi o capítulo mais gostoso de se fazer, então boa leitura e aproveitem. BJS.



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Caminhamos lentamente, sentindo o sol invadir nossos poros. Conversamos sobre coisas aleatórias durante o percurso.

– Você está bonita. – elogiou-me Peeta.

– Você acha? – respondi timidamente, sentindo meu rosto corar. – Estou com uma roupa tão comum.

– Você sempre está bonita pra mim. – sussurrou ele, para si mesmo.

– O que você disse? – indaguei, fingindo não ter ouvido seu comentário.

– Hã? Nada. Esquece. – respondeu ele atropelando as palavras.

– Você também esta bonito. – falei por fim.

Chegamos à floresta. Caminhamos por entre as árvores e Peeta começou a tropeçar nos galhos e nas raízes que estavam pro lado de fora da terra.

– Cuidado. – falei a ele rindo.

– Como consegue não tropeçar? – perguntou ele olhando pro chão.

– Como consegue cozinhar? – respondi com outra pergunta.

– Acho que entendi o que quis dizer. É natural, faz parte de você.

– Exatamente.

Caminhamos até chegar ao lago. Nunca mais havia ido ali, desde que voltei ao Distrito 12. Ele permanecia exatamente igual as minhas lembranças. Me lembrei de vários momentos que passei ali com meu pai. Mas não fiquei triste, pelo contrário, sorri ao ter tais lembranças. Peeta colocou a toalha a alguns metros do lago, começou a tirar da cesta suco de laranja, frutas, sanduíches e um bolo.

– Hmmm, bolo. – falei ao ver a fome me surgir do nada. – Como coube tudo nesta cesta?

– Mágica. – respondeu ele, brincando.

Havia amoras. Será que ele fez de propósito? Fiquei encarando as amoras com certo receio. Até que ele notou:

– Não se preocupe. Essas são comestíveis. – falou ele colocando uma na boca e sorrindo. – Viu só? Ainda estou vivo.

Não disse nada apenas peguei uma amora e a coloquei na boca, sorri pra ele de volta.

Comemos como se tivéssemos voltado de uma guerra, a limpeza que fiz na casa mais a caminhada para vir até aqui devem ter me dado fome. Deixamos o bolo por último.

– Estava pensando no que você disse, sobre a padaria, resolvi reforma-la. Vai ser bom ter algo para se fazer durante o dia. – me disse ele entusiasmado.

– Ah é? – indaguei surpresa. – Sabia que você iria mudar de ideia.

Ele se levantou.

– Vou esticar um pouco as pernas. – anunciou ele, mas logo fez um comentário. – Quer dizer, a perna, mais especificamente.

Não falei nada, apenas me levantei também, pois já sentia minhas pernas formigarem. Caminhei até o lago e fiquei observando por certo tempo. Até que uma ideia me brotou na mente. “O lago não é tão fundo”, pensei comigo mesma.

– Peeta, venha ver isso, olha o que eu achei! – o chamei com o maior entusiasmo que eu consegui fazer.

– O que foi? – perguntou-me ele curioso enquanto caminhava em minha direção - O que você achou, Katniss?

– Ali, olhe. – apontei para dentro do lago. – Está vendo?

– Não vejo nada. Só água.

– Se agache um pouco e você verá.

Ele se inclinou um pouco, apoiando as mãos nos joelhos, e procurou algo que não havia dentro do lago, eu fui, discretamente, para trás dele.

– Enxergou agora? – perguntei.

– Ainda não encontrei nada, Katniss.

Empurrei ele com toda força pra dentro do lago, ele caiu espalhando água para todo lado, molhando um pouco minhas calças.

Ele voltou pra superfície, ofegante, segurando-se na beira do lago.

– Está vendo agora? – perguntei em meio às gargalhadas.

– Não acredito que fez isso. – falou ele saindo do lago. Ele torceu a camisa branca que estava usando, e eu continuei a rir. Ele olhou pra mim, com um olhar que dizia: “Ainda não acredito que você fez isso comigo.” Até que ele falou:

– Você vai me pagar. Vem cá. – falou ele indo na minha direção.

– NÃO. – gritei e sai correndo.

Ele correu atrás de mim, mas, felizmente, eu era mais rápida que ele. Escalei a primeira árvore que vi. Sentei em um galho grosso e o observei:

– Desça daí, sua medrosa. – gritou ele lá de baixo, olhando para mim.

– Nunca. – gritei em resposta.

– Vamos, Kat. Desça. Titio Peeta não vai fazer nada de ruim com você. – falou ele maliciosamente.

– Nunca. – repeti a mesma resposta.

– Se você não descer, vou subir até aí pra te buscar. – ameaçou ele.

– Boa sorte então. – respondi. – Pode vir.

Ele rondou a árvore procurando um jeito de subir nela.

– Então, tá esperando o que? Vem me buscar. Estou esperando. – falei provocando.

– Não posso. Não sei subir nesta árvore. – respondeu ele decepcionado.

– Se eu descer promete não me jogar no lago? – indaguei temerosa que ele fizesse isso.

– Prometo. – disse ele.

– Promete mesmo? Por tudo que é mais sagrado?

– Sim, por tudo que é mais sagrado.

Comecei a descer lentamente, enquanto ele me aguardava lá em baixo. Até que, por um descuido, meu pé escorregou e caí com tudo por cima de Peeta. Nós nos observamos por certo tempo, até que eu sussurrei:

– Desculpa.

Ele não disse nada. Apenas puxou minha nuca e me beijou. Milhões de sentimentos me invadiram, senti borboletas revirarem meu estômago. O beijo foi doce, delicado e sensível. Paramos só quando o ar se fez necessário. Ele disse:

– Desculpa, eu...

Interrompi ele com outro beijo e implorei:

– Fica comigo. Por favor.

– Sempre vou ficar com você, sempre. Não importa o que acontecer, eu estou aqui. Sempre vou estar aqui. Sempre, sempre e sempre. – declarou ele.

Me levantei de cima dele, minha roupa acabou ficando úmida também, ele se levantou logo em seguida. Me abracei nele, pois eu precisava sentir a paz e a segurança que eu sentia somente em seus braços. Ele me abraçou forte. Voltamos ao lago, nos deitamos na toalha e eu deitei na barriga dele, ele acariciou meus cabelos e disse:

– É este o quadro que vou pintar. Vai ser o melhor quadro de todos até agora.

Peguei sua mão e comecei a brincar com seus dedos. Começou a escurecer, então recolhemos nossas coisas e fomos indo em direção à cerca. Voltamos pra casa de mãos dadas. Chegamos a minha casa, eu perguntei a ele:

– Vai dormir aqui hoje, não é?

–Se você quiser, eu durmo.

– Eu quero. – respondi apressadamente.

– Então vou passar na minha casa antes, largar essa cesta, tirar essa roupa molhada e tomar um banho.

– Tudo bem. – respondi

– Volto logo. – disse ele indo na minha direção e me dando um selinho.

Ele não demorou. Subimos, eu fui tomar um banho e vesti uma camisola curta, estava fazendo uma noite de clima agradável. Estava escovando meus cabelos ainda úmidos na frente do espelho da penteadeira, Peeta estava sentado na cama me observando. Até que ele decidiu se levantar e veio me dar um abraço por trás, envolvendo minha cintura. Começou a beijar meu pescoço. Parei de escovar os cabelos e coloquei a escova em cima da penteadeira. Coloquei minhas mãos por cima dos braços dele. Me virei de frente para ele e comecei a beija-lo, ele foi, devagarinho, me puxando em direção à cama. Eu deitei por cima dele, enquanto o beijava, eu me agarrei aos seus cabelos com toda força e ele acariciava toda a extensão das minhas costas. Ele começou devagarinho a tirar minha camisola que ia até metade das minhas coxas. Depois foi minha vez de tirar suas roupas. Quando dei por mim, estávamos ambos, nus, suados, ofegantes, e, principalmente, mais felizes do que nunca. Dormi em seus braços, a última coisa que ouvi dizer foi:

– Eu te amo. Sempre te amei e sempre vou te amar.

– Também te amo...... muito. – respondi em um sussurro, já quase dormindo.

Ele me abraçou com mais força e falou:

– Durma bem, meu amor.

Dormi calmamente, sentindo que ,finalmente, poderia ter uma vida de verdade, ao lado de Peeta. Não tive pesadelos essa noite.


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Notas finais do capítulo

Então gente, o que acharam? Muito meloso? Muito romântico? Muito divertido? Fofo? Me digam, quero saber. Comentem, favoritem, recomendem, acompanhem. Até o próximo capítulo. Beijocas da Tia Rafú. ;)