Ao nascer de uma nova Esperança escrita por Rafú


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

OIZINHO, mais um capítulo pra vocês, espero que gostem. Queria agradecer o comentário da Bia Odiar Malfoy ( a criatura aqui se esqueceu de agradecer no capítulo anterior ), valeu Bia. Beijos.:)



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Claro que, como eu havia pressuposto, tive um pesadelo relacionado ao monumento. Neste, as estátuas ganharam vida, e vieram até minha casa, perguntar o porquê de eu os deixar morrerem. Eu gritava desesperada que não sabia o que fazer e que sentia muito, mas eles continuaram a indagar, insatisfeitos com minha resposta, até que eles se irritaram e começaram a me pisotear, dizendo que era minha vez de virar uma estátua, fria e sem vida. Acordei nesta parte do sonho. Não devo ter gritado, pois, quando olho para o lado, Peeta ainda dorme tranquilamente, observo cada detalhe do seu rosto, seus cabelos tapando levemente sua testa, seus lábios, tive vontade de beija-los, mas não queria acorda-lo e, além disso, não sabia como ele iria reagir a este gesto. Vejo seu tórax subir e descer enquanto respira. Lembro-me das noites que ele passou comigo no trem e na Capital, lembro-me da segurança que ele me trazia e que me trouxe novamente esta noite enquanto estava em seus braços.

Decido sair da cama, já que perdi o sono mesmo, escorrego devagar para a ponta da cama para não acordar Peeta. Assim que coloco os pés no chão, ele se mexe, virando-se de lado, mas não parece acordar. Coloco minhas pantufas, e desço até a cozinha. Encho um copo de água e me sento à mesa, tomo um gole e deposito o copo na mesa. Olho em direção à janela, temendo que as estátuas realmente apareçam, mas rapidamente sussurro para mim mesma:

– Foi um sonho, não foi real.

Estico um dos braços sobre a mesa e apoio minha cabeça neste braço e fico a observar o copo de água, lembro-me de Johanna e do pavor que ela tinha da água assim que foi resgatada. Lembro-me do olhar de Peeta quando chegou ao Distrito 13, tentando me matar, me acusando de ser uma bestante. Lembro-me do casamento de Annie e Finnick, e lembro-me que por minha culpa os dois não podem estar juntos hoje. Fico indignada comigo mesma e penso em voz alta:

– Ninguém teria se machucado se eu tivesse comido aquelas malditas amoras.

– Ninguém estaria em segurança se você tivesse comido aquelas malditas amoras.

Me assusto e olho em direção a voz que fez aquela exclamação. Peeta estava escorado na entrada da cozinha me olhando seriamente. A quanto tempo será que estava me observando?

– Não vi você aí. – murmurei enquanto ela se sentava no outro lado da mesa, à minha frente.

– Estou aqui desde o momento que você começou a sussurrar que o sonho não era real. – retrucou ele em resposta.

Voltei a olhar para o copo sem saber o que dizer a ele. Peeta quebrou o silêncio:

– Quer me contar?

Acenei a cabeça em negativa.

– Não quero me lembrar disso. – respondi, enquanto me levantava e levava o copo até a pia. Encostei-me a pia:

– Você também tem tido pesadelos? – indaguei.

– Na maioria das noites, sim. Mas hoje não tive nenhum. Parece que mesmo depois do fim da guerra, continuaremos com ela em nosso consciente.

– Só espero que não dure para sempre.

– Eu também. – ele fez uma pausa e prosseguiu, - me desculpe por ontem, eu devia ter pelos menos...

– Tudo bem. – interrompi ele rapidamente, enquanto me virava e jogava a água na pia - Você não tinha como adivinhar.

– Eu sei, mas...

– Eu já disse que está tudo bem, Peeta. – interrompi ele novamente, falando um pouco mais alto, mostrando com clareza que aquele assunto estava me irritando. Ele se calou e eu olhei pro chão. Voltei a olhar pra ele:

– Que tal fazermos hoje? – perguntei abruptamente, tentando fazer ele tirar aquele assunto da cabeça.

– Fazer o que? – me perguntou ele confuso.

– O piquenique. Na floresta. – falei um pouco mais calma agora.

Os olhos dele imediatamente brilharam:

– Claro. Seria ótimo. – exclamou ele com grande entusiasmo – Que horas você acha melhor para nós irmos?

– Ah, sei lá. – não me preocupava com as horas quando estava na floresta – Que tal irmos durante a tarde, lá pelas 17:00?

– Ok. Pode ser. – respondeu ele sorrindo. Não pude deixar de sorrir também.

Peeta bocejou.

– Que tal voltarmos pra cama? – optei

– É eu acho melhor. Não estou nada a fim de dormir na cozinha. – respondeu-me ele.

Eu ri:

– Vem, vamos dormir. - disse enquanto ia em direção as escadas.

Chegando lá nos deitamos, colocando a coberta sobre nós, e eu me aconcheguei nos braços de Peeta, ele me abraçou em resposta, eu suspirei me sentindo novamente segura em seus braços.

– Senti sua falta, Peeta. – declarei.

– Também senti sua falta, Katniss. – ele declarou de volta, me abraçando com mais força.

Acordei mais cedo que de costume, Peeta já não estava mais ao meu lado. Será que tudo não passou de um sonho? Logo tirei minhas dúvidas ao encontrar um bilhete de Peeta na mesa de cabeceira que fica ao lado da cama:

“Te vejo às 17:00 para o piquenique.

Não se preocupe, vou providenciar tudo. ”

Assinado:

Peeta Mellark

Não, não foi um sonho. Esse fato fez eu sorrir. Me levantei e fui para o banheiro tomar um banho demorado. Após isso, desci para o café-da-manhã. Greasy Sae já estava lá, preparando torradas e café. Sentei-me a mesa:

– Olá Greasy.

– Oi Katniss, como vai?

– Ótima.

Minha resposta fez ela parar de fazer o que estava fazendo e olhar para mim. Ficou me observando por um tempo até que perguntou:

– Quer torrada?

– Quero.

Ela me serviu torradas e uma xícara de café-com-leite.

– Então, como foi o almoço com Peeta ontem? – perguntou-me a velha extremamente curiosa.

– Silencioso. – respondi em quanto passava geleia em uma torrada.

– Silencioso? – Perguntou ela confusa.

– Sim. – rebati de volta – Silencioso. Depois fomos dar uma caminhada, ...

Contei tudo a Greasy, pois a considerava minha amiga, uma das poucas que eu ainda tinha pelo menos. Deixei de fora o fato de Peeta ter me levado para ver o monumento e por eu ter voltado pra casa aos prantos. Nunca falei tanto desde que regressei ao Distrito. Quando eu finalmente me calei, Greasy disse:

– Um piquenique? Hmm. Interessante. A que horas vocês vão?

– 17 horas. – respondi.

Greasy não parecia mais se interessar pelo assunto então mudei o rumo da conversa:

– Como vai sua neta?

– Bem.

Ficamos em silêncio. Não havia mais o que dizer ou o que questionar.

– Acho que vou limpar a casa. – anuncio me levantando da cadeira. – deixe a louça aí, Greasy, eu lavo ela depois.

Ela pareceu surpresa mas não disse nada. Foi até a sala e eu acompanhei, pegou sua bolsa, virou-se pra mim e falou:

– Até a hora do almoço.

– Até. – respondi-lhe sorrindo.

Assim que ela saiu. Olhei a minha volta. Por onde começaria? Decidi começar pelo meu quarto. Em seguida passei pelo quarto de minha mãe, não tive coragem de entrar no quarto de Prim, então o pulei, limpei os banheiros. Até que Greasy Sae retornou, fez o almoço, comeu e foi embora, como de costume. Após o almoço terminei de limpar o resto da casa, deixando de lado o porão. Eram 16:00 horas. Decidi guardar os produtos de limpeza, tomar um banho, me arrumar e aguardar Peeta. Vesti uma calça jeans que nem sabia que existia no meu armário e uma regata lilás. Ás 17:00 horas em ponto Peeta bateu na minha porta.

– Oi. - falei.

– Oi, está pronta?- perguntou-me ele.

– Estou. – respondi

– Então vamos.


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Notas finais do capítulo

Pronto, está aí. Espero que tenham gostado. GENTEEEEE, estou com mais de 300 visualizações. UHUHUH. Estou aqui pulando de alegria, mas quero ver comentários. Já postei quatro capítulos e só tive um comentário. Assim eu desanimo. Vamos comentar meus amores. Pode ser? ;) Estou contando com vocês. Até o próximo capítulo. Beijocas da Tia Rafú.