Ao nascer de uma nova Esperança escrita por Rafú


Capítulo 39
Capítulo 39 - Epílogo


Notas iniciais do capítulo

OIZINHO!!! Nosso penúltimo capítulo pessoal. Vou sentir tanta a falta de vocês. Mas lembrem que farei outra fic, quem sabe não nos encontramos lá. Torçam por mim, amanhã farei vestibular, hehehehe. Espero que gostem do Epílogo. Não é longo, afinal, é um epílogo, não é pra ser longo. Pov meu, Pov Autora ou para fanáticos: Narrador Observador, hehehe. Lembrando que terá mais um capítulo bônus e então encerro Ao nascer de uma nova Esperança. Bijus.



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POV Autora

De fato a vida não começou bem para os Amantes Desafortunados do Distrito 12. Como poderiam imaginar que um dia passariam por duas arenas e uma revolução? Como poderiam supor que teriam tantas perdas? Mas após tanto sofrimento eles reencontraram a felicidade. As perdas que tiveram foram substituídas por novas vidas. Alice e Ray. Seus filhos foram a inspiração de esquecer o passado e passar a olhar só para o presente e para o futuro. Nunca imaginaram que poderiam ser tão felizes. Mas foram.

Katniss pensou que morreria naquele Massacre Quaternário, mas parece que a sorte sempre esteve ao seu favor lá dentro. Após a Rebelião que passou, achou que nunca mais poderia sorrir. Isso até Peeta aparecer e lhe dar motivos de levantar todos os dias. O menino do pão voltou para ela e Katniss pode voltar a viver aos poucos. Os pesadelos sempre seriam sua companhia permanente. Mas tudo era suportável, conquanto que tivesse Peeta ao seu lado.

Peeta nunca supôs que um dia estaria casado com a mulher com a qual preenchia seus pensamentos antes de dormir. Nunca lhe passou pela cabeça que seu amor seria correspondido da mesma forma. Mas foi. E ele agradecia a Deus todos os dias por ter feito Katniss o amar. Ele não abandonou a padaria, mas no dia que não pode mais trabalhar, Alice se encarregou de cuida-la, e, de fato, ela o fez.

Alice. A Pequena Sunshine cresceu, sempre cercada de muito amor e carinho. E, às vezes, de um sermão necessário de Peeta. Ela não era uma garota fácil de lidar. Todos diziam que isso veio por parte da Katniss. E estavam certos. Sempre teve orgulho de ser parecida com a mãe, não importa se fossem os cabelos castanhos ou a teimosia. Ela adorava cada característica que puxou da mãe. Principalmente a voz, um dom que notou que possuía quando estava aos seus treze anos. Passou a compor músicas que contavam muito do passado de seu pai e de sua mãe. Nunca as cantou em público. Mas foram dadas a vários cantores que ficaram famosos graças as letras de Alice. Algumas ela escondeu, não queria compartilhar com Panem. Foi uma pessoa sempre cercada de amigos. Dentre os melhores estavam Louis, Melanie e Joe. Joe! Quem diria que o amigo de infância seria seu príncipe encantado com o qual ela tanto sonhava ao ouvir as histórias de Peeta. Eles casaram mas não chegaram a ter filhos, não porque não podia, mas porque não os quis. Joe não viu problema algum. Nunca foi muito interessado em crianças. Apesar de ter um grande talento vocal que lhe garantiria uma vida plena e luxuosa, Alice se contentou com a padaria que herdou de seu pai. O que passou a ser seu único sustento, já que o dinheiro que Peeta e Katniss ganhavam, parou de vir depois de suas mortes. Porém, fez uma faculdade, medicina, em homenagem a tia que nunca pode conhecer, Prim. Joe também fez medicina, influenciado por Alice, mas este, entretanto, trabalhou com a profissão.

E agora sobrou Ray. O caçula. Ray sempre gostou de arco e flechas e, ao contrário da irmã, sonhava com a vida plena e luxuosa. Passou a competir em Jogos Esportivos na Capital. Sempre ficava entre os três primeiros e voltava para casa com muitas medalhas. Mas sempre foi uma pessoa caseira e totalmente ligado a família. Ele também se casou e teve filhos para continuar a linhagem Mellark. Foi o orgulho de Peeta e Katniss. Na verdade, os dois foram.

Peeta e Katniss eram seres humanos, e como todo ser humano, suas vidas chegaram ao fim. Não podemos deixar de lado Haymitch, que foi uma peça importante na vida do casal. Haymitch se foi cedo demais, quando descobriu o câncer que possuía, ele já havia se espalhado por todo seu corpo. A família Mellark estava lá para se despedir. Ele quis morrer em casa, não suportava hospitais.

– Talvez se eu tivesse bebido menos... – se lamentava o velho mentor em seus últimos minutos.

– Não. – interviu Katniss. – Não foi sua culpa, isto aconteceu porque teve que acontecer.

– Você vai cuidar do meu menino? – pergunta ele.

Katniss riu fracamente enquanto uma lágrima escorria pelo rosto.

– Seu menino já tem vinte e cinco anos. Mas você sabe que eu sempre vou ficar de olho nele pra você.

– Vinte e cinco? Nossa, acho que estou ficando velho. – ele logo se vira pra Effie que não parava de chorar. – Ei, não chora, mulher.

– Desculpa. – diz Effie soluçando.

– Effie, eu sei que nunca fui um bom exemplo de pai e marido, mas saiba que sempre amei vocês dois em cada maldito minuto da droga da minha vida.

– Eu sei, nós também te amamos. – diz Joe.

– Que bom que sabem disso. – ele sorri e logo fecha os olhos dando sinal que ali só havia o corpo de um mentor velho e bêbado.

Effie chora mais e é seguido de Katniss, Joe e Alice. Ray não estava, ele disse que não queria estar presente quando isto acontecesse. Peeta passa as mãos pelos ombros de Katniss e dá a volta na cama para consolar Effie que se agarrou a Peeta como se ele fosse a chave para conseguir que Haymitch voltasse a viver. Mas ele não voltaria. E todos que estavam dentro daquele quarto sabiam muito bem disso.

Peeta partiu antes de Katniss. Uma doença causada pela quantidade de veneno que foi injetado em seu sangue o fez adoecer. Mas isso não o deixou pra baixo, ele agradecia por ter tido uma vida longa e feliz ao lado de Katniss. Ele, ao contrário de Haymitch, morreu no hospital. Katniss segurava sua mão e chorava, as crianças, que já não eram tão crianças assim, não estavam no quarto, Peeta pediu para que eles saíssem , queria estar apenas com a esposa quando o fim chegasse.

– Por que está chorando? – pergunta Peeta. – Nos veremos em breve.

– Você não viveu muito. – retruca Katniss.

– Não vivi muito? Eu acho que noventa anos um bocado de tempo. Você não acha?

– Não!

– Não?

– Não. Você deveria viver até chegar aos mil anos.

– Você nunca vai deixar de ser infantil, não é? Por que está brigando comigo logo agora? Já não brigou comigo o suficiente durante a vida toda?

– Não estou brigando com você. Estou triste porque vou ter que dormir sozinha a partir de agora. Eu não quero voltar pra casa sem você. – o choro de Katniss aumentara neste ponto. – Você precisa voltar pra casa comigo. Eu gosto de bater boca com você, de dormir com você. Eu gosto quando você me deixa irritada quando não me deixa fazer as coisas. Eu amo você.

– Eu também amo você. Lembra quando você me fez quase perder a cabeça quando foi embora com a Alice?

– No tempo em que nossa rotina era só brigas?

– Isso. Você lembra?

– Lembro.

– O que você me disse quando eu tentei impedir você de ir?

– Eu disse que não ia ir embora, eu disse que ficaríamos só um tempo separados.

– Exatamente. Só um tempo separados. Vamos ficar só um tempo separados. Vamos nos ver novamente, meu amor. Eu prometo que nos veremos novamente. Não sei dizer quando, mas sei dizer que vamos nos ver novamente. Ok?

– Ok.

– Prim, Rue, Finnick, sua mãe, Haymitch, seu pai, devem todos estar ansiosos para te rever. Eu vou estar entre eles. Vai ser fácil encontrar a gente.

– Como você sabe?

– Porque eu vou correr na sua direção assim que avistar você. Mas até lá, você vai ter todas aquelas fotos que tirou de mim para não me esquecer.

– Eu nunca esqueceria você.

– Eu sei que não. Mereço um último beijo? – Peeta pede sorrindo.

Katniss se debruça com dificuldade na cama, devido a idade avançada, dá uma rápida olhada nos olhos azuis que a encaram. Beija Peeta com suavidade, com calma, como se tivesse todo o tempo do mundo. Peeta retribui o beijo, mas, em certo momento, Katniss notou que só ela movimentava os lábios. Ela se afastou de Peeta, notando que aquele não era Peeta, era só o corpo dele. Peeta já havia saído dali. Ela chorou mais e apoiou a cabeça sobre o peito dele ouvindo o silêncio no lugar que antes, dava pra se ouvir as batidas calmas do coração do padeiro. Ela só notou agora que o aparelho que controlava a batida cardíaca de Peeta, fez um barulho estático. Ela chora com a cabeça no peito dele, até ser puxada e abraçada por Ray que também chorava.

– Está tudo bem, mãe. – a consolava o filho.

Alice entrou no abraço aos prantos também.

No final, Peeta cumpriu sua promessa. Katniss deixaria a família Mellark cinco anos após a partida de Peeta. Ela, ao contrário do marido, morreu em casa e enquanto dormia. Ela reencontrou Peeta e ele correu em sua direção como havia prometido. Ela reencontrou Prim, Rue, Finnick, Boogs, Cinna e tantos outros que foram pessoas importantes para ela.

Os filhos os enterraram na Campina. Uma vez por mês levavam flores, mas sempre que acontecia algo errado na vida deles, eles buscavam consolo com os pais, que para eles, sempre estariam vivos e cuidando deles.

A vida de Peeta e Katniss pode ter começado mal, mas aos poucos eles se ajeitaram no mundo e acabaram sendo felizes. Algo que dinheiro nenhum poderia comprar.

As gerações passaram, e o que lhes sobravam das passadas, era uma padaria, fotos, quadros pintados a mão, uma Panem prospera e a esperança e certeza de que a vida não poderia ser mais plena e bela.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Espero que sim, porque eu não sei fazer um epílogo direito. Hhahaha. Quero comentários e quero chorar. Beijocas da Tia Rafú pra vocês!!! ;)