Ao nascer de uma nova Esperança escrita por Rafú


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Oizinho, mais um capítulo. Espero que gostem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/522183/chapter/2

– Oi. – respondo – O que você está fazendo aqui? – perguntei grossamente.

– Açúcar. – ele respondeu.

– O que?

– Eu preciso de açúcar pra fazer um bolo. Fui ao Haymitch pra ver se ele tinha, mas parece que não há nada além de bebida naquela casa. Fui ao mercado também, mas como hoje é domingo, está fechado. Então sobrou você. Greasy disse que você não iria se importar.

Ouvi atentamente, e notei que estava tão fora da realidade que não havia notado que hoje era domingo, e que desde que voltei pro Distrito 12 não fiz uma visita se quer para Haymitch. Só então notei que ele segurava uma xícara cheia de açúcar Fiquei olhando para Peeta até notar que ele esperava que eu dissesse algo:

–Tudo bem. Eu não me importo. – falei atravessando por ele e vi Greasy nos observando. Ela fez um sinal para que eu o convidasse para almoçar. Pensei por um segundo. Bem na hora que eu iria falar ele disse:

– Bom, então obrigado pelo açúcar. Eu te trago um pouco de bolo assim que faze-lo.

– De nada. – respondi e o observei descendo a escada da varanda. Quando estava no último degrau criei coragem:

– Peeta.

– Sim?

– Você, hã, você já almoçou hoje? – perguntei gagueando.

–Não.

– Quer almoçar comigo e com Greasy?

Ele ficou pensando por algum tempo e finalmente disse:

– Pode ser.

Abri espaço pra que ele pudesse passar e fechei a porta. Fomos à cozinha, tirei os animais que havia caçado da bolsa e coloquei-os na mesa.

– Vou lá em cima tomar um banho. – anunciei para que os dois pudessem ouvir.

Subi, tirei a roupa e fui para baixo do chuveiro sentindo a água levar qualquer vestígio da floresta que havia em mim. Fiquei pensando e tudo que Peeta e eu havíamos passado e tentava compreender em como estávamos vivos depois de tudo. Pensei em Prim, em Cinna, em Finnick e em todos que morreram desde que fui sorteada para participar dos Jogos Vorazes. Saí enrolada em uma toalha e coloquei uma roupa confortável. Desci novamente e me reparei sozinha com Peeta na cozinha:

– Onde está Greasy Sae?

– Ela foi embora.

–Embora? Ela não ia fazer o almoço?

– E ela fez. – respondeu ele abrindo a tampa de uma panela onde havia a sopa de arroz com a carne que eu trouxe.

Fiquei embasbacada.

– Demorei tanto assim no banho?

– Parece que sim. – Disse ele rindo.

– Mas ela não iria almoçar com a gente?

– Ela terminou de cozinhar e disse que tinha que ir pra casa cuidar da neta.

– Ahh. – respondi sem muito entusiasmo. – Vamos almoçar então, ou você prefere ficar aqui conversando sobre Greasy Sae? – perguntei ironicamente.

Ele riu e respondeu:

–Acho que prefiro almoçar.

Peguei dois pratos e dei um deles pra ele. Me servi e ele repetiu o ato. Nos sentamos à mesa.

O único barulho era de nossos talheres. Peeta não dizia uma palavra, e eu não sabia como quebrar aquele silêncio. Terminamos, recolhi os pratos e fui lavar a louça. Tinha me acostumado tanto com aquele silêncio que me assustei quando ele disse:

– Deixa que eu lavo a louça.

Ele foi para a pia e eu fiquei olhando ele por algum tempo. Decidi quebrar aquele silêncio.

– O que você tem feito desde que voltou?

– Não muita coisa, asso pães, bolos, cozinho, ando pelo Distrito, cuido das prímulas.

– Falando nisso, obrigado por cuidar delas.

– De nada. – ele respondeu se virando de frente para mim, enquanto secava as mãos no pano de prato. Se encostou na pia e fiquei olhando os olhos azuis dele, não lembrava de serem tão bonitos.

– E você, Katniss? O que tem feito? – perguntou ele, me trazendo de volta a realidade.

– Nada de mais, às vezes caço, mas a maioria das vezes fico em casa conversando com Greasy. – respondi num tom de desânimo.

– Você já viu o monumento que construíram na frente do novo Edifício da Justiça?- me perguntou ele mudando de assunto.

–Não. – respondi. As únicas coisas que eu via era o que havia no caminho entre a minha casa e a floresta, mas não disse isso a ele.

– Você precisa ver. É lindo. Você não quer ir ver comigo? – me indagou ele não escondendo a animação.

– Agora? – perguntei estupidamente.

– Sim. – respondeu ele com os olhos brilhando.

Pensei por um momento. O que havia a perder? Era só uma volta pelo Distrito. Finalmente disse:

– Tudo bem, vamos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Genteeee, quase 100 visualizações só no primeiro capítulo!!!! Fiquei super feliz, até porque é a minha primeira fic e eu não esperava tudo isso. Mas quero ver comentários. Pelo menos um. Vamos gente, não é tão difícil. Quero saber o que vocês estão achando. Logo, logo. Posto o próximo capítulo. Beijocas da Tia Rafú.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Ao nascer de uma nova Esperança" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.