Golden Girl escrita por Line Malfoy


Capítulo 25
Eu preciso ser forte!


Notas iniciais do capítulo

Hello amores! Tudo bem com vocês?
Muito obrigada Alice Prince, Giu, Pam R G, Paloma Anselmo, Ellen Grey e Luana Black pelos reviews. Muito obrigada Cass por ter favoritado.
Espero que gostem!
Xoxo



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─ Pai! ─ gritei

─ Sirius! ─ Harry e minha mãe gritaram ao mesmo tempo

Pude ver Harry correndo na direção do arco, mas Lupin o segurou. Não conseguia ouvir nada direito, não conseguia pensar direito. Eu sentia uma pressão no ouvido e não conseguia compreender o que estavam dizendo. Tudo parecia em câmera lenta.

Eu senti um soluço escapar dos meus lábios e minha visão ficou turva. Eu senti as lágrimas geladas escorrendo pelo meu rosto e eu não conseguia me mover.

Ele se foi.

Aos poucos as coisas voltaram a fazer sentido em minha volta e eu comecei a sentir uma raiva de Belatriz que eu nunca havia sentido antes. Eu não sentia dor, eu não sentia tristeza, parecia que eu estava dormente e tudo o que eu conseguia era sentir raiva.

Limpei as lágrimas que escorreram pelo meu rosto e vi Harry se desvencilhando de Lupin, e 

─ Alison, não seja tola e fique aqui. Precisamos da sua ajuda e você não está em condições de segui-lo ─ Moddy disse

─ Eu estou sendo corajosa como meu pai disse para eu ser ─ a palavra pai deixou um sabor amargo na minha boca

─ É tolice ─ Lupin disse e sua voz estava uma mistura de tristeza, luto e preocupação

─ Minha coragem nunca é tolice ─ gritei

Sem pensar muito corri atrás de Harry e nós dois entramos numa sala com uma espécie de cérebros flutuantes. Harry ainda não havia percebido minha presença e continuou correndo na minha frente. Arregalei os olhos ao ver Rony, Hermione, Luna e Gina na sala, mas continuei correndo. O chão estava escorregadio e tentei ao máximo não cair.

Harry havia deixado a porta da sala aberta o que facilitou muito e ouvi o barulho do elevador descendo. Meu coração batia tão rápido que parecia que ia sair do meu peito e eu estava com sangue nos olhos.

Entrei no elevador e apertei o botão “Átrio”. Assim que o elevador parou, abri a porta e sai correndo. Pude ver Belatriz e Harry, mas eles não notaram a minha presença. Só de olhar pra ela minhas mãos ficam trêmulas de raiva.

─ Crucio! ─ Harry berrou

Belatriz caiu, mas não gritou e nem se contorceu de dor. Ela simplesmente levantou ofegante.

─ Nunca usou uma Maldição Imperdoável antes, não é menino? ─ Belatriz disse ─ É preciso querer usá-las, Potter! É preciso realmente querer causar dor, ter prazer nisso, raiva justificada não faz doer por muito tempo. Vou lhe mostrar como se faz, está bem? Vou lhe dar uma aula.

Mas diferente de Harry eu queria causar dor. Eu queria que ela sofresse pelo o que fez com o meu pai. 

─ Crucio! ─ gritei com todas as minhas forças

Belatriz caiu e começou a se contorcer.

─ Você não vai machucar mais ninguém hoje ─ disse.

─ Crucio! ─ gritei de novo

Eu sentia o olhar de Harry em mim, mas não podia parar. Eu não sentia remorso, eu não sentia nada. Eu só conseguia ver os olhos do meu pai na minha mente e isso me impulsionava a continuar.

─ Alison! ─ Harry segurou meu ombro e me sacudiu

Diferente do que ele pensou, eu não parei e isso me impulsionava a continuar. Por último, ele me virou de frente pra ele e eu perdi a concentração. Conseguia ouvir os grunhidos de dor de Belatriz, mas nada disso importava.

─Eu e você não somos assim. Não podemos ser assim ─ Harry disse olhando em meus olhos

O jeito que ele olhava pra mim foi me acalmando aos poucos, mas no olhar dele eu vi a dor, a tristeza. As emoções que eu havia guardado começaram a aparecer e meus olhos se encheram de lágrimas, mas esse não é o momento. Eu não posso sentir a minha dor agora.

─ Que bonitinhos! ─ Belatriz disse e a encaramos

─ Crucio! ─ ela disse

Harry foi mais rápido e me puxou. Nós abaixamos e o feitiço atingiu uma das estátuas que tem no ministério. O braço do centauro que segurava o arco acabou saindo e caiu justamente no meu pé. Eu dei um grito tão alto que acho que todos no ministério ouviram. Meu pé doía muito. Parecia que as coisas não poderiam piorar.

Harry tirou o braço do centauro delicadamente e eu gemi de dor.

─ Consegue fazer feitiços? ─ Harry perguntou

Segurei a mão dele e entrelacei os nossos dedos. Mesmo Harry demorando a entender as coisas, eu vi em seus olhos que ele havia entendido o recado: estamos juntos nessa.

─ Consigo ─ respondi tentando ignorar a dor

─ Vocês não podem me vencer ─ Belatriz disse

Com um feitiço dei um jeito no meu pé e ele parou de doer. Ele havia curado.

─ Fui e sou a mais fiel seguidora do Lorde das Trevas. Aprendi com ele as artes das trevas e conheço feitiços tão fortes que vocês, crianças patéticas, não tem a menor chance de competir ─ Belatriz disse e eu ri debochada.

─ Estupefaça! ─ Harry e eu dissemos ao mesmo tempo

─ Protego! ─ Belatriz disse

Puxei Harry para o lado e o feitiço bateu em outro lugar. Em seguida, puxei Harry para trás de mim.

─ Potter e Black , vou lhes dar uma última chance! ─ disse Belatriz ─ Me entreguem a profecia, faça-a rolar pelo chão na minha direção e talvez eu poupe as suas vidas.

─ Você vai ter que nos matar porque ela não existe mais ─ Harry disse ─ E ele já sabe. Seu velho e amado Voldemort sabe que não existe mais. Ele não vai ficar nada satisfeito com você, vai?

─ Que? Que é que você quer dizer? ─ Belatriz disse

Pude notar algo diferente na voz dela. Ela estava com medo. 

─ A profecia se quebrou quando eu estava tentando subir ─ Harry disse

Apesar de tudo ainda estar meio confuso, eu sabia que nada poderia acontecer a Harry e eu sabia que era minha vez de entrar em ação. 

Sorri debochada e andei até Belatriz. Até ela me ver perfeitamente. Eu estava sendo forte e era assim que eu iria me manter até sair daqui. 

─ Está com medo, Belatriz? Pelo visto essa pose que você adora ostentar está se desfazendo ─ disse

Um sorriso de canto aparece no meu rosto. Ela aponta a varinha para mim, mas eu abaixo a varinha dela.

─ Quer mesmo duelar comigo? COMIGO BELATRIZ? Você pode ser a melhor comensal, mas EU SOU A GAROTA DE OURO ─ gritei.

Eu estava chocada comigo mesma. As palavras saíram da minha boca sem eu perceber.

─ Eu tenho certeza que te destruiria num duelo ─ disse.

Minha atitude estava irritando ela e isso estava me divertindo. Minha mão que segurava a varinha formigava por outro crucio, mas eu me segurei.

─ Cala a boca, menina tola! ─ Belatriz disse irritada e eu ri na cara dela.

─ VOCÊS ESTÃO QUERENDO ME DISTRAIR. ESTÁ COM A PROFECIA POTTER E VAI ME ENTREGAR. ACCIO PROFECIA ─ Belatriz gritou

─ Não tem nada aqui ─ Harry disse ─ Nada para convocar

Belatriz tentou acerta-lo com um feitiço, mas eu a joguei para trás com um feitiço e o feitiço dela errou Harry.

─ Ela quebrou e ninguém ouviu o que ela disse, pode informar ao seu chefe ─ Harry disse.

─ Acabou, Belatriz ─ disse.

─ Não! Não é verdade. Vocês estão mentindo! MILORDE, EU TENTEI, EU TENTEI. NÃO ME CASTIGE ─ Belatriz disse

─ Para de falar! ─ eu disse

─ Ele não pode ouvir você daqui ─ Harry disse

─ Não posso, Potter? ─ uma voz fria disse

Senti um arrepio na espinha e fui lentamente para perto do Harry. Entrelacei nossos dedos e senti a preocupação tomar conta de mim. Não posso deixa-lo encostar no Harry.

Voldemort estava ali na nossa frente. Alto, magro e encapuzado. Ele aponta a varinha para mim e eu aponto a minha para ele.

─ Então, você destruiu minha profecia? ─ Voldemort disse

Seu olhar em mim parecia que estava me analisando e eu não consegui falar nada.

─ Não, Bela, ele não está mentindo. Vejo a verdade me encarando de sua mente inútil. Meses de preparação, meses de esforço e os meus comensais da morte deixaram Harry Potter me frustrar mais uma vez ─ Voldemort disse

─ Precisamos sair daqui ─ sussurrei e eu e Harry trocamos um rápido olhar

─ Milorde, sinto muito, eu não sabia, eu estava lutando com o animago Black ─ Belatriz disse e meu peito apertou ─ Milorde, o senhor devia saber...

Belatriz se jogou aos pés dele. O estado dela é deplorável e humilhante. Como alguém consegue se humilhar desse jeito?

─ Fique quieta, Bela! ─ Voldemort disse e revirei os olhos ─ Cuidarei de você em um momento. Você acha que entrei no Ministério da Magia para ouvir você choramingar desculpas.

─ Mas milorde, ele está aqui, está lá em baixo ─ Belatriz disse, mas Voldemort não lhe deu atenção.

─ Finalmente nos conhecemos, Alison ─ Voldemort disse ─ Eu estava esperando por esse encontro a meses.

─ Bem, eu não posso dizer o mesmo. Além do mais nunca tive a menor vontade de te conhecer ─ eu disse

Ele me encarou surpreso com a minha petulância, mas logo voltou a olhar para Harry.

─ Não tenho mais nada a lhe dizer, Potter ─ ele argumentou ─ Você tem me aborrecido muitas vezes, por tempo demais.

Ele está levando o assunto para um rumo estranho. Entrei na frente do Harry no mesmo momento que Voldemort gritou:

─ Avada Kedrava!

Fechei os olhos e esperei o feitiço me atingir. Mas ele não atingiu. Abri os olhos e uma estatua estava nos protegendo. Eu não havia feito isso e sei que Harry também não.

─ Que? Dumbledore! ─ Voldemort disse

Não precisei olhar para trás para saber que Dumbledore estava um pouco atrás de mim e do meu namorado.

─ Foi uma tolice vir aqui hoje a noite, Tom ─ Dumbledore disse

─ Altura em que estarei longe e você morto ─ Voldemort disse

Em fração de segundos eles começaram a duelar. Arregalei os olhos e com minha varinha me protegi e protegi Harry da melhor maneira possível. Quase fomos atingidos várias vezes, mas meus feitiços eram fortes o suficiente para nos proteger.

Depois de muitos jatos de luz, Voldemort sumiu. E não estou com uma boa sensação sobre isso. Algo está errado!

─ Milorde! ─ Belatriz gritou

Harry tentou dar um passo para frente, mas segurei seu braço.

─ Fique onde está, Harry! Alison, não deixe-o sair ─ Dumbledore disse.

Coloquei a minha mão livre no peito do Harry e seu olhar estava diferente. Ele abriu a boca para falar algo, mas o único som que saiu da sua boca foi um grito. Assustada, eu me afastei.

Ele colocou a mão na cicatriz e gritou mais alto. Olhei para Dumbledore nervosa. Quando olhei para Harry de novo, ele estava no chão gritando. Seus óculos saíram do seu rosto e eu arregalei os olhos. Voldemort está fazendo alguma coisa.

Meu coração acelerou e um desespero tomou conta de mim. Agachei ao lado de Harry e tentei faze-lo parar. Não posso perder mais ninguém hoje.

─ Harry, vai ficar tudo bem ─ eu disse.

Seus gritos cessaram. Um alívio tomou conta de mim e sorri fraco.

Harry abriu a boca para falar algo, mas uma voz estranha disse:

─ Me mate agora, Dumbledore.

Arregalei os olhos e acabei caindo sentada.

─ Alison, sai dai! ─ Dumbledore ordenou

─ Se a morte não é nada, Dumbledore, mate o garoto ─ Harry disse novamente.

Voldemort estava fazendo alguma coisa e com mãos trêmulas, eu segurei as mãos dele. Eu não posso perdê-lo também. Não, não. Eu não posso.

─ Harry, por favor ─ sussurrei com medo do que pode acontecer

─ Alison, vem pra cá ─ Dumbledore ordenou mais uma vez

─ NÃO! ─ gritei e sacudi o Harry ─ Eu não vou aguentar perder os dois homens que eu mais amo no mesmo dia.

Então seu olhar ganhou foco e ele olhou em meus olhos. Sem nem pensar duas vezes abracei-o, mas ele não retribuiu. Soltei-o e olhei em seus olhos verdes, ele desviou o olhar e ficou de pé. 

─ O que aconteceu? ─ ele perguntou e eu fiquei de pé confusa com sua atitude ─ Quem está aqui?

Peguei o óculos dele e entreguei a ele. Ele estava evitando o meu olhar. Só então reparei que o ministro havia acabado de chegar com uns aurores.

─ Ninguém importante ─ disse

─ Você está bem, Harry? ─ Dumbledore perguntou

─ Estou. Onde está, Voldemort? Onde... Quem são esses... Que... ─ Harry disse

─ Precisamos conversar, Harry. Alison, nos dê vinte minutos e em seguida vá para Hogwarts. Vocês precisam conversar ─ Dumbledore disse

Assenti e me afastei do barulho. Ainda sinto a adrenalina percorrendo as minhas veias e tento assimilar tudo o que aconteceu, mas parece impossível.

Hermione, Rony, Gina, Luna e Neville andaram na minha direção.

─ Você está bem! ─ Hermione exclamou e me abraçou apertado

─ É. Sou tipo uma sobrevivente ─ disse

─ Como você está? ─ Rony pergunta

─ Ela nem teve tempo de digerir tudo ainda ─ Hermione disse e deu um tapa na cabeça dele

Balancei a cabeça tentando afastar a tristeza que tentava me atingir e abracei o Rony o mais apertado que pude.

─ Se precisar de alguma coisa estamos aqui ─ Hermione disse e meus olhos se encheram de lágrimas, lágrimas que não deixem escorrer.

Soltei Rony e encarei cada um deles. Gina mal falava comigo, Neville e Luna não eram tão próximos quanto Hermione e Rony, mas eu sabia que podia contar com eles.

─ Obrigada de verdade! ─ eu disse ─ Mas agora eu tenho que ir

Conversamos rapidamente, mas logo me despedi. Olhei em volta e minha mãe não estava por perto, meu coração apertou. Sem pensar muito, andei em passos rápidos até o ministro.

─ Ministro, oi ─ disse.

─ Alison! ─ Fudge exclamou surpreso

─ Eu preciso uma chave de portal ─ disse ─ Preciso ir para Hogwarts.

─ Tudo bem! ─ ele disse 

Conjurei um tênis e ele apareceu em minha frente. Murmurei o feitiço e segurei a chave de portal. Senti meus pés saírem do chão e eles só tocaram o chão novamente quando cheguei na sala de Dumbledore.

Suspirei. Um cansaço físico e emocional começou a aparecer.

Agora era a hora de Harry saber a verdade sobre mim e eu não sei se estou pronta para contar.


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Notas finais do capítulo

Aii gente :'( esse capítulo me dói. Da uma pena da Ali.
Espero que tenham gostado!
Comentem, por favor.
Xoxo



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