Golden Girl escrita por Line Malfoy


Capítulo 19
Harry precisa de aula de oclumência


Notas iniciais do capítulo

Hey pessoas



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Já haviam se passado dias desde que eu e Harry nos beijamos e eu estaria mentindo se eu dissesse que ficou um clima tenso entre nós dois. Nesses dias esperávamos todos irem dormir e ficávamos juntos na cozinha para não acordarmos o quadro da minha avó. Eu só tinha contado para Amber e provavelmente Harry contou para Rony e Hermione.

Logo que acordei, tomei banho e coloquei uma calça jeans, uma blusa vermelha, um cardigã preto e sapatilha preta. Borrifei perfume no meu pescoço e passei uma maquiagem leve.

─ Tudo isso para o Harry? ─ Amber pergunta

─ Eu só quero ficar bonita ─ digo e ela me encara com uma sobrancelha erguida ─ Ok, talvez seja para o Harry.

Ela ri.

─ É o amor! ─ ela cantarola

Pego um travesseiro e jogo na cara dela. Ela revira os olhos e rio.

─ Quando vai contar para os nossos pais? ─ ela pergunta

─ Não sei ─ digo e suspiro

─ Melhor contar logo

Assinto. Escutei batidas na porta e fui abri-la. Era o Harry e ele me olhava sorrindo.

─ Já vou descer. Só vou arrumar meu cabelo, mas pode entrar ─ digo.

─ Vou deixa-los a sós ─ Amber diz, pisca para mim e sai.

Harry ri e balanço a cabeça. Fico arrumando meu cabelo na frente do espelho e ele fica atrás de mim.

─ Podemos descer? Estou com fome ─ Harry diz

─ Estou terminando de me arrumar ─ digo

─ Você está linda! ─ Harry diz

─ Só está dizendo isso porque você quer descer.

Ele beija meu rosto.

─ É verdade. Você está linda! ─ ele diz e sorrio

─ Obrigada!

Dou um selinho nele e saímos do quarto. Descemos a escada e ele segurou minha mão antes de entrarmos na cozinha. Não falei nada sobre isso. Já está na hora dos meus pais saberem.

Todos os Weasley (exceto o Sr. Weasley), meus pais, minha irmã e Olho Tonto estavam lá. Minha mãe nos encarou e depois ficou olhando para nossas mãos. Meu pai nos olhos e arqueou as sobrancelhas.

─ Estão namorando? ─ Gina pergunta

Ela me fuzilava com o olhar e eu fiquei meio irritada com isso.

─ Ainda não ─ Harry diz e o encaro, mas ele não tira os olhos do meu pai ─ Eu... Realmente gosto da Alison. Mas Katherine e Sirius, eu não poderia namorar a filha de vocês sem pedir antes, certo?

Continuo o encarando, mas agora chocada. Meu pai fez um sinal para ele continuar.

─ Você deixa eu e a Alison... Eu... e a... Alison... Não consigo fazer isso! ─ Harry diz

Seguro a mão dele mais forte e ele me encara. Sorrio e ele sorri fraco.

─ Você deixa sua filha namorar comigo? ─ Harry diz com mais determinação

─ É claro que eu deixo. ─ meu pai diz sorrindo e sorrio

─ Eu também deixo ─ dona Katherine diz

Harry sorri e me encara. Um sorriso bobo automaticamente surge em meu rosto.

─Você quer namorar comigo, Alison? ─Harry diz

─Você ainda tem alguma dúvida? É claro que sim ─digo

Sorrio e beijo o Harry. Não me importei com os olhares, eu estava feliz e ninguém mudaria isso. Assim que nos afastamos, sentamos a mesa e tomamos café da manhã.

─ Mas... ─ meu pai diz e reviro os olhos

Tinha que ter um “mas”.

─ Se você machucar minha filha, teremos um problema mesmo você sendo meu afilhado ─ meu pai diz

─ Não vou machucá-la ─ Harry diz

─ Finalmente a Ali desencalhou ─ Fred diz e mando língua para ele

─ Estava na hora ─ Jorge diz

─ Vocês falam de mim, mas estão solteiros ─ digo.

─ Shh abafa o caso ─ Jorge diz e rio

Minha mãe e Olho Tonto se despedem e vão trabalhar. Minha irmã e Gina saem juntas e os gêmeos vão para o quarto deles.

Senti uma mão no meu ombro e virei para trás. Era o Harry.

─ Eu e Rony vamos jogar xadrez bruxo. Quer vir conosco? ─ Harry pergunta

─ Não. Tenho que conversar com meu pai. ─ Digo

Ele assente, me da um selinho e sai. Rony e Hermione vão com ele. Apenas eu, meu pai e a Sra. Weasley ficamos na cozinha.

─ Aconteceu alguma coisa, Ali? ─ Meu pai pergunta

─ Você está triste. Eu sei que vamos ter que voltar para Hogwarts amanhã, mas se você quiser eu fico aqui e os outros vão. ─ Digo

─ Você não pode deixar a escola, Alison. Isso é muito importante para o seu futuro. Você vai precisar disso para ser uma auror ─ a Sra. Weasley diz

─ Com a Umbridge como professora e Alta Inquisidora, eu prefiro ficar em casa ─ digo

─ Alison, é muito legal o que você quer fazer, mas você não pode fazer isso e você sabe o porquê. Além do mais, sua mãe me mataria se eu te apoiasse a abandonar a escola ─ meu pai diz.

─ Mas... Você vai ficar só com o Monstro ─ digo

─ Sua mãe me faz companhia quando ela não está no trabalho. Alison, não se preocupe comigo ─ meu pai diz e assinto.

Escuto um “craque” de desaparatação e logo fico de pé assustada. Era Snape.

─ O que está fazendo aqui? ─ Meu pai pergunta

Seu tom não era mais gentil como quando ele falava comigo, mas hostil.

─ Vim falar com o Potter ─ Snape responde

─ O que quer com o Harry? ─ pergunto e cruzo os braços

─ Coisa de adultos. Não é da sua conta. ─ Snape pergunta

─ O Harry fez algo errado? ─ A Sra. Weasley pergunta

─ Não. Dumbledore escreveu tudo que vocês precisam saber aqui. ─ Snape diz

Ele entrega uma carta ao meu pai e quando ele termina de ler, ele da a carta para a Sra. Weasley ler.

─ O que está dizendo na carta? ─ pergunto

─ Harry precisa aprender oclumência ─ meu pai responde

─ Quem vai ensinar? ─ pergunto

─ Snape ─ meu pai responde

─ O que? Não! ─ digo

─ Fale isso para Dumbledore ─ Snape diz

Reviro os olhos.

─ Molly, você pode chamar o Harry? Preciso falar com ele e diz que estou com pressa ─ Snape diz

Ela assente e sai. Snape senta a mesa e meu pai também, mas do outro lado da mesa. Os dois olhavam em direções opostas. Eu fico de pé esperando o Harry.

─ Vocês podem nos deixar sozinhos? ─ Snape diz.

─ Não ─ eu e meu pai falamos em uníssono

─ Alison, sou o seu professor e estou mandando ─ Snape diz e meu pai ri debochado.

─ Como se você pudesse mandar em alguém na minha casa ─ meu pai diz e dá ênfase no “minha”

─ Você não é meu professor fora da escola, então a resposta ainda é “não”. ─ Digo

Meu pai me fita e sorrio.

─ Você é igual seu pai ─ Snape diz

─ Obrigada! ─ digo

Ele revira os olhos e sorrio de canto.

─ Hã... ─ Harry diz e nós três o encaramos

Ele entra na cozinha e fico alternando meu olhar entre Snape, Harry e meu pai.

─ Sente-se, Potter ─ Snape diz.

─ Sabe, acho que eu preferia que você não desse ordens aqui. É a minha casa, sabe. ─ Meu pai diz e sorrio ao perceber que isso irritou o Snape

─ Eu devia vê-lo sozinho, Potter ─ Snape diz com um sorriso de desdém no rosto ─ Mas os Black...

─ Sou o padrinho dele ─ meu pai diz

─ Sou a namorada dele ─ digo

Harry me encara como se finalmente percebesse que estou aqui e sorrio fraco.

─ Estou por ordem de Dumbledore ─ Snape diz e Harry volta sua atenção para ele ─ Mas, sem duvida, fiquem. Eu sei que vocês Black’s gostam de se sentirem participantes.

─ Ah cala a boca ─ murmuro

─ Que é que você quer dizer com isso? ─ Meu pai diz

─ Simplesmente que tenho certeza de que você deve se sentir... Ah... Frustrado pelo fato de não poder fazer nada de útil pela Ordem ─ Snape diz

Meu pai corou de raiva e Snape parecia satisfeito.

─ Olha aqui, querido. Quem você pensa que é para chegar na casa do meu pai e falar essas coisas para ele? ─ digo

Snape apenas ri debochado. Mordi meu lábio para evitar de falar algo feio para ele.

─ O diretor me mandou dizer, Potter, que quer que você estude oclumência neste trimestre ─ Snape diz

─ Estude o quê? ─ Harry pergunta

─ É uma defesa mágica da mente contra a penetração externa ─ digo antes de Snape pensar em falar algo ─ Resumindo, se você aprender direitinho ninguém vai poder ler seus pensamentos.

─ Por que tenho de estudar essa Oclu...? ─ Harry diz

─ Porque o diretor acha que é uma boa ideia. Você receberá aulas particulares uma vez por semana, mas não contará a ninguém o que está fazendo, muito menos a Dolores Umbridge. Entendeu? ─ Snape diz

─ Sim, senhor. E quem é que vai me ensinar? ─ Harry diz

Snape ergue uma sobrancelha e diz:

─ Eu!

Harry encarou meu pai e depois me encarou.

─ Alison sabe oclumência, certo? Ela pode me ensinar ─ Harry diz

─ É muita responsabilidade para mim Harry e você deveria aprender com alguém mais experiente ─ digo

─ Por que Dumbledore não pode ensinar ao Harry? Por que você? ─ meu pai diz agressivamente

─ Suponho que seja uma prerrogativa do diretor delegar as tarefas menos agradáveis. Posso lhe garantir que não pedi esse cargo. Espero você às seis horas da tarde na segunda feira, Potter. Minha sala. Se alguém perguntar, diga que está tomando aulas particulares de Poções. Ninguém que tenha visto você em minhas aulas poderia negar que precisa de reforço ─ Snape diz se virando para ir embora

─ Espere um momento ─ meu pai diz

─ Estou com muita pressa, Black. Ao contrário de você, tenho um tempo limitado de lazer. ─ Snape diz

─ Vai encontrar seus amigos comensais da morte? ─ digo

─ Soube que conheceu dois comensais a uns dias atrás. Gostou? ─ Snape diz

─ Claro. Foi muito divertido. ─ Digo sarcástica

─ Irei direto ao assunto ─ meu pai diz e fica de pé. Ele era bem mais alto que o Snape e pude ver que ele segurou sua varinha ─ Se eu souber que você está usando essas aulas de oclumência para infernizar a vida do Harry, terá de acertar as contas comigo.

Eu peguei minha varinha e cada hora apontava para um deles. Eles não iam brigar, não mesmo.

─ Que comovente! ─ Snape debochou e revirei os olhos ─ Mas você com certeza já notou que Potter se parece muito com o pai dele, não é?

─ Já ─ meu pai diz

Ele parecia orgulhoso disso.

─ Bom, então sabe que ele é tão arrogante que as críticas simplesmente resvalam nele ─ Snape diz.

─ Não fala assim dele! ─ digo

Fui totalmente ignorada pelos três. Meu pai empurrou a cadeira bruscamente para o lado e caminhou em passos rápidos até Snape. Os dois puxaram as varinhas e ficaram se olhando.

─ Sirius! ─ Harry diz, mas aparentemente só eu ouvi.

─ Eu lhe avisei, ranhoso. Não me interessa se Dumbledore acha que você se regenerou , eu sei que não. ─ Meu pai diz

─ Ah, então por que não diz isso a ele? Ou tem medo de que ele não leve a sério o conselho de um homem que está há seis meses se escondendo na casa da mãe? ─ Snape diz

─ Me diga, como anda Lúcio Malfoy ultimamente? Claro, além de estar torturando minha filha. Imagino que encantado com o fato do seu cachorrinho de estimação estar trabalhando em Hogwarts, não? ─ meu pai diz

─ Por falar em cachorros. Você sabia que Lúcio Malfoy o reconheceu da última vez que arriscou uma escapulida? Ideia brilhante, Black, deixar que o vissem em uma segura plataforma de trem... Arranjou uma desculpa irrefutável para nunca mais deixar o buraco em que se esconde, não? ─ Snape diz e meu pai ergue a varinha

Eu estava boquiaberta. Eles realmente estavam discutindo. Eles não crescem? É, eu deveria fazer algo.

─ Não! ─ Harry grita ─ Sirius, não!

─ Pai, você é superior a isso ─ digo

Harry pulou em cima da mesa e ficou entre os dois.

─ Você está me chamando de covarde? ─ Meu pai grita e tenta tirar Harry da frente

─ Ora, suponho que sim... ─ Snape diz

Apontei a varinha para o meu pai e com um feitiço não verbal convocatório a varinha dele vem parar na minha mão.

─ Hary saia da minha frente. Alison, devolve minha varinha. ─ Meu pai diz

─ Não! ─ digo

A porta da cozinha é aberta e toda a minha Weasley e minha irmã e Hermione entraram. Todos pareciam felizes e o Sr. Weasley estava com eles.

─ Curado! ─ O Sr. Weasley diz muito animado ─ Completamente curado!

Eles perceberam o clima tenso e ficaram paralisados. Meu pai e Snape olhavam para a porta e Harry ainda tentava separa-los. Eu estava com a minha varinha e a do meu pai na mão e estava com uma expressão séria no rosto.

─ Pelas barbas de Merlim! Que é que está acontecendo aqui? ─ o Sr. Weasley diz

Devolvo a varinha do meu pai a ele assim que Snape abaixa a dele. Snape caminha até a porta e vira para Harry.

─ Seis horas da tarde, segunda-feira, Potter. ─ Snape diz e aparata

─ Que é que estava acontecendo? ─ Sr. Weasley perguntou

─ Nada, Arthur ─ meu pai diz ofegante ─ Então, está curado? Ótima notícia, realmente ótima.

─ Eu fico aliviada em saber que você está bem, Sr. Weasley. ─ Digo

Não estou gostando nem um pouco de saber que Snape vai dar aulas para o Harry. Ele não gosta de mim e sei que falta pouco para ele contar do meu segredo para Harru. Eu sei que ele sabe. E não, eu ainda não posso contar para o Harry. Afinal todos temos segredos.

Coloquei minha varinha no criado mudo ao lado da minha cama e vi um papel. Peguei o papel e na mesma hora reconheci a letra.

Olá Alison! Creio que precisamos conversar. Que tal amanhã depois do jantar? Lembre-se, Harry não pode saber.

Obs: A senha é Acidinhas

Dumbledore.

Suspirei pesadamente. Não sabia como aquilo havia parado ali, mas isso não importa agora. Eu só preciso manter esse segredo por mais um tempo.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Por favor comentem, recomendem, favoritem... Eu só quero saber a opinião de vocês.
Eu demorei, eu sei, mas minha amiga (eu sei que você vai ler isso e vai reclamar comigo depois) disse que começaria a ler, mas ela está me enrolando a semanas. Eu até poderia esperar um pouco para ela ler tudo, mas ai só teria capítulo novo ano que vem.
Quero agradecer a Paloma Anselmo por ter favoritado. Muito obrigada mesmo sweet.
Também gostaria de agradecer a: Alice Prince, Pam R G, Lyra Black Lestrenge Riddle, Walker do Riggs, Paloma Anselmo, JuCarmo e LiFeltonLynch pelos reviews. Gostei muito de todos.
Até o próximo capítulo.
Xoxo



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