Totalmente cansada e dolorida após a aula de natação me arrasto em direção a saída da escola praticamente puxando a mochila e aquelas bolsas que parece uma mala então essas mesmo. Olho de um lado para o outro e me pergunto onde Frederik se encontra, tinha marcado com ele, fico parada por alguns minutos me perguntando se saí mais cedo, até que de repente um carro preto aparece, vejo meu pai sair dele e me pergunto aonde ele arranjo dinheiro para um carro, provavelmente deu sorte e ganho em algum jogo.

–- Megan entre no carro. Diz de forma dura parando na minha frente.

–- E por que eu faria isso ? Pergunto.

–- Temos muito a conversar algo que te interesse, agora entra na porra desse carro.

–- E agora que eu não entro mesmo, ando bebendo por acaso ou usando droga. Falo assustada pela forma que se dirige a mim, não que ele nunca tivesse se falado assim antes, normalmente quando ele bebia isso sempre acontecia, fora as surraras que sempre deixavam marcas e eu escondia com maquiagem e roupas de frio.

–- MANDEI ENTRAR NA PORRA DESSE CARRO CARALHO. Esbraveja agarrando me pelo braço e jogando no banco de traz do carro de forma brusca que faz com que eu bata a cabeça em uma caixa de ferramente que está perto da outra porta, sinto minha cabeça latejar e algo quente desce pela minha testa, minha visão fica embaçada pelas lagrimas, levo minha mão até o local da batida quando meu pai acelera o carro pelas avenidas desviando de alguns carros e passando por sinais vermelhos, medo e tudo o que eu sinto, sei que ele bebeu e possivelmente até se drogou, e só torço pra que tudo isso seja um sonho ou melhor um pesadelo.

Quando o carro para sou puxada para fora pelos cabelos, agradeço por não ter ninguém na portaria, já dentro do apartamento que um dia foi minha casa sou jogada no chão como um nada, olho para cima o encarando e segurando as lagrimas pela dor que sinto neste momento. O vejo ir a cozinha e pegar uma cerveja na geladeira a unica coisa que restou ali, ele se senta na poltrona a minha frente.

–- Sabe Megan senti falta da sua cara de puta, agora olhando bem para você me lembro da sua mãe nesta mesma posição, mas normalmente ela estava nua, costumava dar uma lição nela. Também me lembro da forma que ela morreu, você se lembra ? Ele pergunta com um sorriso debochado.

Lembro muito bem desse dia, estava a sua espera em frente a escola para assistir minha primeira competição de natação, horas se passaram e acabo que eu nem participei, uma chuva muito forte caiu naquele dia estava escurecendo quando me levantei totalmente ensopada e caminhei até em casa chorando pois ela nunca perdeu uma sequer apresentação minha na escola, cheguei em frente ao apartamento a tempo de ver policiais entrado em seus carros e saírem, eu corri, corri em direção aquele homem que achei que me amava do jeito dele afastado de mim, quando ele simplesmente olhou para baixo com uma expressão dura e me falo que minha mãe estava morta.

Depois disso passei a ficar semanas sozinha em casa sem comida e quando ele voltava de seus jogos com mulheres diferentes e totalmente drogado, ele simplesmente me batia mais não o suficiente para me deixar apaga, passava noites em claro sem nunca dormi ou apenas cochilos. Perdi minha mãe com 9 anos e a parti do momento que ele me disse que ela estava morta soube que minha vida iria mudar.

–- EU TE FIZ UMA PERGUNTA PORRA ME RESPONDE. Ele grita comigo e me encolho automaticamente.

–- Nunca..a..a irei me esqueçe..e..e..e. Respondo com a voz tremula. Ouço meu celular toca em meu bolso fazendo esse homem que tanto odeio se levantar e puxar meus cabelos até que eu fique de pé assim ele pega meu celular e taca do outro lado da sala onde ouço ele se estilhaçar contra a parede.

–- ÓTIMO.

Em seguida sinto meu rosto arder e um gosto de ferragem se espalhar pela minha boca, mais tapas são distribuídos pelo meu rosto, antes de eu ser lançando contra o chão novamente, sinto minhas pernas arderem quando ele me bate com o cinto, lagrimas banham meu rosto e apenas torço para que isso acabe. Ele me agarra pelos braços me puxando para fora do apartamento, já na rua sou jogada de forma violenta no chão e minhas bolsas ao meu lado.

Levanto tremendo e noto que já escureceu, caminha com dificuldade pelas ruas enquanto uma chuva forte começa a cair me deixando ensopada, meus machucados arde de forma insuportável, mais mesmo assim continuo a caminhar. Paro em frente ao portão onde hoje e minha casa horas depois, assim que um dos seguranças me vê abre o porta e vem praticamente correndo em minha direção.

–- Senhorita Smith o que aconteceu ? Pergunta preocupado e rapidamente fala algo no radio para outro dos vários seguranças que tem na casa.

Não respondo apenas largo minhas bolsas no chão sentindo um certo alivio em meus ombros e praticamente corro para dentro de casa. Ao entra na sala me deparo com o Christopher andando de um lada para o outro com o celular na mão, Ani sentada no sofá apenas observando o chão, mais quem eu não esperava ali era o Dylan abraçando a Sarah. Quando finalmente Sarah olha para frente colocando uma mão na boca e me olhar com os olhos arregalados.

–- Meg... Ela exclama chamando atenção de todos, a encaro com lagrimas descendo pelo rosto antes de finalmente desabar no chão não totalmente braços fortes me seguram enquanto seus olhos azuis que demonstra raiva, desespero, preocupação me estudam, isso e tudo que eu vejo antes da escuridão dominar tudo ao meu redor.