O príncipe, a cientista e o plebeu escrita por Vanessa Sakata


Capítulo 50
Tentando quebrar a rotina


Notas iniciais do capítulo

Bulma e Vegeta só queriam uma noite apenas para aproveitarem, quebrando a rotina. Mas, quando se tem um bebê em casa...

Uma pequena homenagem à fanfic "Pelados e nostálgicos", de Silver Lady.

[Não se preocupem, não vai ter hentai, e nem vai mudar a classificação pra +18...!]



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Aos poucos, todos da casa se adaptaram à nova rotina, até mesmo Vegeta. No entanto, ele não parecia tão satisfeito assim. Por quê? Porque ele já estava cansado de ver Bulma dando atenção só para Trunks. Não admitia, mas estava com um pouco de ciúmes. Além de entediado, muito entediado.

Queria quebrar a rotina.

Treinava com afinco na nave, já transformado em Super Saiyajin. Apesar disso, ainda não dominava bem tal poder. A transformação continuava a durar menos tempo do que o esperado e o seu corpo ainda estava se adaptando bem lentamente.

E, por falar em corpo... O saiyajin observava o de Bulma mais do que de costume e notara que após o nascimento de Trunks ela quase voltara ao seu antigo físico. Ou seja, faltava bem pouco para isso. Já fazia um tempinho que não dava uns “pegas” na cientista, que voltava aos poucos à sua rotina de manutenções. Manutenções mais leves, mas sempre interrompidas pelo choro de Trunks, seja para mamar ou para trocar as fraldas.

Ou seja: Vegeta só ficava no vácuo mesmo.

Apesar de dormirem juntos, nada estava rolando além de cada um dormir no seu lado da cama. Só isso e olhe lá se Trunks lhes dava sossego na hora de dormir. E, claro, o moleque abria o berreiro toda vez que via o pai. Podia parecer que ele era lerdo, ou coisa assim, mas a verdade é que não entendia essa reação do bebê. Não tinha nem espaço para aprontar algo como há algum tempo. Nem um “voo-surpresa”, nem mesmo uma “escapadinha”.

Tédio total.

Mas o que ele não sabia é que não era o único com “saudade” daquele tempo quase recente...

 

*

 

― Trunks... Você dá muito trabalho, hein...

O bebê, agora de três meses de idade, ria ao olhar a cara cansada da mãe que, apesar disso, havia dito a frase em tom de brincadeira. E ela se derretia com o sorriso do filho, que a cada dia ficava maior, mais fofo e bonito. Mesmo assim, continuava implicada com o olhar dele, principalmente quando ficava sério. Se não fosse pelos cabelos e pela cor dos olhos, ela juraria que seu filho era uma espécie de “Mini-Vegeta”. Não queria nem imaginar como ele seria quando adulto. Mas com certeza Trunks em um dia sorria mais do que o pai em um mês.

E por falar no pai... Já fazia algum tempo que não conseguia ficar a sós com ele. E já percebera que ele parecia um tanto frustrado com isso. Sem contar que sentia que ele estava com alguma ansiedade. Por várias vezes notou que os olhos negros do saiyajin percorriam demais seu corpo. Apesar de incômodo, isso a deixava cheia de si.

“Hmmm...”, ela pensou, sem conter um sorriso malicioso. “Ainda continua atraente, hein, Bulma...?”

Logo em seguida, ficou vermelha como um pimentão, pois ele se aproximava de onde ela estava. Seus olhos azuis logo percorreram o corpo dele, que estava com seu uniforme azul como de costume. Logo notou que ele estava fazendo o mesmo com ela. Dava a sensação de que um estava despindo o outro apenas com os olhos e que um agarrão seria iminente, mas...

Trunks acabava de abrir o berreiro mais uma vez e os dois coraram violentamente, dessa vez como dois tomates bem maduros.

― O que esse moleque quer agora?! – Vegeta perguntou tapando os sensíveis ouvidos de saiyajin.

― Acredita que tudo isso é só pra dormir? – Bulma disse rindo de nervoso.

― Pra... Dormir...? – o guerreiro arregalou os olhos.

― É. Até porque já está escuro.

“Definitivamente, eu entendo cada vez menos os humanos...”, Vegeta pensou.

 

*

 

E as horas correram lentamente com aquele tédio consumindo os dois. Os olhares de ambos continuavam a se cruzar toda vez que se encaravam.

E no quarto...

― Ultimamente você anda me olhando de um jeito diferente, Vegeta... O que tá acontecendo?

― Por que a pergunta? – ele questionou enquanto se desfazia da armadura e aparentava indiferença.

― Não é óbvio? – ela o desafiou. – Tá na cara que você tá doidinho por mim.

― Eu? – ele se fez de desentendido e ergueu o canto da boca, mas depois desconversou. – É... Impressão sua...!

― Até parece, Vegeta... – ela sorriu com malícia. – Confessa, vai... Continuo atraente pra você, não é verdade?

Fora descoberto! Mesmo assim, não queria confessar. Bulma se aproximou dele e pôs as mãos sobre os ombros do saiyajin. Ele sentiu uma espécie de choque.

― É claro...! – confessou já bastante corado. – Eu sou um saiyajin, mas sou um homem, oras! Não sou feito de ferro! Só você mesmo pra me deixar como um idiota...

― Vamos aproveitar? Voltar a fazer o que fazíamos antes?

― Você atrasando o meu treinamento, por exemplo? – Vegeta ironizou.

― Não. Apenas te deixando mais empolgado pra treinar, além de voltar “àquela” rotina. – abraçou-o por trás.

O saiyajin logo se sentiu mais solto e deu seu típico meio-sorriso:

― Hm... Oferta tentadora...

Assim, Bulma deu um “selinho” no saiyajin, só para começar. Ele não ficou lá muito contente com isso pois não era chegado a enrolação. Mas entrou no jogo mesmo assim. E depois de mais alguns “selinhos”, começaram a beijar pra valer. Em seguida, aprofundaram o beijo enquanto rolava a “festa do ‘passe a mão’”, com um explorando o corpo do outro apenas com o tato e em meio a muitos amassos.

Faltava pouco para chegarem aonde pretendiam, mas...

O choro de Trunks logo interrompeu o agarra-agarra entre Bulma e Vegeta, que estava começando a esquentar.

― E-Eu... Já volto! – Bulma disse enquanto ajeitava o robe amassado.

O saiyajin ficou com no vácuo e tinha começado a se livrar do collant azul na hora em que estavam quase chegando aos “finalmentes”. E logo que a cientista saiu para atender o filho, ele não pôde deixar de fazer aquela cara de frustrado e bufar.

E o tempo passou... Segundos, minutos... Então resolveu se desfazer logo do traje e tomar um banho para se acalmar e esperar, já que era preciso tentar desenvolver a tal virtude da paciência. Ao terminar o banho e sair do banheiro, ele encontrou Bulma que acabava de chegar ao quarto. E ela já se jogou nos braços dele.

― Hmmm... – ela disse, já dando alguns “selinhos” no guerreiro. – Aproveitou para um banho? Você tá do jeito que eu gosto!

Sem mais papo furado, eles já partiram para os beijos e amassos de novo e avançando logo para o estágio da “mão boba” de ambos. Passaram a aprofundar ainda mais o beijo e, quando se sentaram na cama, a fim de dar o próximo passo, quase tirando as roupas...

Estacaram assim que ouviram o choro de Trunks. Vegeta, já sem a camiseta regata, estava prestes a desamarrar o robe de Bulma. E, claro, ficou frustrado de novo.

― E agora, o que esse moleque tem? – perguntou aborrecido por ter seu “momento” interrompido.

― Antes ele queria mamar. Acho que agora ele deve ter sujado a fralda. E ele fica muito impaciente quando eu demoro. Vou lá e já volto!

Bulma saiu correndo mais uma vez para o quarto do bebê, deixando Vegeta com cara de bobo mais uma vez. Ele recostou-se na cama e bufou ainda mais aborrecido. Fechou a cara e ficou olhando para a parede oposta. Era impressão sua ou parecia que aquela não seria sua noite?

Bulma, após longos minutos, voltou ao quarto, onde encontrou o príncipe já cochilando. Jogou-se na cama ao lado dele e o acordando.

― Voltei! Vamos retomar? – ela perguntou.

Ele imediatamente a agarrou e começou a beijá-la com impaciência. Queria ir logo ao ponto, já estava cheio de esperar. O desejo tomava conta de ambos, estava difícil de se segurar. Ficou por cima dela em meio a beijos, agarrões, amassos e etc., e ambos estavam agora apenas com as roupas íntimas.

Era agora. Era agora que, por fim, chegaria às “vias de fato”, aos “finalmentes”, à “melhor parte”, e...

O instinto maternal de Bulma a deixou logo em alerta, e Vegeta logo percebeu.

― Você... Tem mesmo que ir atrás do moleque de novo...?

― Tenho, sim... Acho que ele tá com cólica agora.

O saiyajin caiu de lado na cama, não acreditando no que acontecia. Bulma saiu correndo enquanto vestia seu robe rapidamente e deixava um Vegeta completamente frustrado. Ele se encostou novamente na cama, cruzou os braços e bufou aborrecido com o fato de ser largado outra vez:

― Eu mereço...!

Após mais alguns minutos, Bulma voltou ao quarto mais uma vez e Vegeta estava deitado na cama, ferrado no sono. Ela se deitou pertinho dele e sussurrou em seu ouvido:

― E então...? Vamos continuar de onde paramos...?

E a resposta não se fez esperar:

― Já chega! – ele respondeu sem se virar. – Não quero mais nada, já vou dormir! Cansei de tanta enrolação sua!

Bulma deixou a cabeça pender, desanimada. Não dava para fazer mais nada, a não ser tentar se conformar e dormir como o frustrado saiyajin estava fazendo. Mas não conseguia se conformar.

― Impaciente! – ela resmungou.


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Notas finais do capítulo

Este capítulo é uma "homenagem" a uma das ficwriters que considero como favorita: Silver Lady! Esses dias eu tava procurando alguma fanfic mais "antiguinha" pra ler, e dei de cara com uma - que não é "A ovelha e o porco-espinho". A fic se chama "Pelados e nostálgicos", mas é pra maiores de 18 por ser... hm... bem picante. Porém, eu fiz a estrutura bem parecida mas, claro, de acordo com a história da minha fic.

Espero que tenham gostado deste capítulo, assim como gostaram até agora dos outros 49 que eu postei. E muito obrigada a todos/todas que estão acompanhando, comentando e até mesmo recomendando esta fanfic! Sinceramente, se não fosse por vocês, esta fanfic jamais chegaria onde está agora: na marca dos 50 capítulos!

Muito obrigada mesmo a todos e até o próximo capítulo!