O príncipe, a cientista e o plebeu escrita por Vanessa Sakata


Capítulo 48
Hora de reparar os danos


Notas iniciais do capítulo

Enfim, um reencontro muito esperado. Que acontecerá durante ele?



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Yamcha sentiu uma última alteração no ki de Bulma, que depois se estabilizou apesar de estar bastante enfraquecido. Em seguida ouviu um choro de bebê.

― Ele chegou! – disse.

Nisso, Vegeta, quase morto de cansado, apareceu.

― Vegeta? – Yamcha perguntou.

― Não, imbecil... – respondeu sarcástico. – Sou o Ginyu, não está vendo?

“Maldição!”, pensou. “Eu não sabia que treinar como Super Saiyajin iria me esgotar tanto no começo!”

“O Vegeta está bem esgotado...”, Yamcha pensou por seu turno. “Mas seu ki está diferente. Um bocado diferente. Será que...?”

O saiyajin se jogou no sofá, mas logo se levantou ao ouvir outro choro do bebê. E o som de uma porta se abrindo.

Era o Dr. Ofu:

― Que bom que voltou do espaço, Vegeta! – fez uma tentativa de saudação alienígena que evidentemente não agradou o saiyajin. – E chegou a tempo de receber os meus parabéns pelo seu filho que acabou de nascer! Ele nasceu saudável, e com uma cauda!

― Cauda? – Yamcha perguntou.

― É óbvio! – Vegeta disse. – Todo saiyajin nasce com cauda, imbecil!

― Bulma agora está descansando. – Dr. Ofu disse. – Daqui a pouco ela pode receber visitas.

 

*

 

― Mamãe... Agora eu sei como você se sente. Nem sei dizer como é que me sinto, agora que posso ver e segurar o Trunks no meu colo. Dá vontade de não largar mais!

― Isso é apenas uma parte do amor de mãe, filhinha. Você ainda vai aprender muito sobre ele e se surpreender.

― É mesmo?

― Oh, é claro! Ainda mais com um filho tão lindo como esse.

As duas riram enquanto Bulma amamentava Trunks.

― É engraçado como ele saiu... Eu jurava que ele seria um clone do pai.

― Bulma... Por falar nisso, ele está aí.

― Hã? – a cientista não acreditava. – Verdade?

― Sim, eu o vi na sala de espera, e parece mais robusto do que antes! Precisa ver os braços dele como ficaram ainda mais trabalhados!

― C-Como você é observadora, mamãe...! – Bulma disse já ruborizada ao imaginar.

― Ah, que é isso! Só estou falando a verdade, foi o que eu vi!

― Nossa! Como esse menino tem apetite! – a jovem mãe exclamou.

― Tem razão, herdou do pai!

A porta do quarto se abriu.

― Olá, Bulma! – era Dr. Ofu. – Como está a mais nova mamãe da área?

― Estou muito bem, obrigada.

― Que bom. Tem três pessoas querendo te ver e conhecer o bebê. E, já que você está mais descansada, resolvi deixar os três entrarem.

― Ah, tudo bem!

Apenas dois entraram no quarto – Yamcha e o Sr. Briefs, que mal via a hora de conhecer seu neto recém-nascido.

― Olá, filha! – disse o cientista. – Vejo que já deu uma boa descansada!

― É verdade! Depois do que esse garoto aqui aprontou eu precisava, né? – Bulma brincou. – Quer pegá-lo?

Bulma entregou Trunks para seu pai, que o segurou sem muito medo.

― Ora... Isso me lembra muito quando você era recém-nascida. Mas eu era bem desajeitado na época. É engraçado... Ele saiu bem parecido com o Vegeta, embora tenha algumas características da nossa família... Ele já abriu os olhos alguma vez?

― Ainda não.

O Sr. Briefs devolveu o neto à filha, sob o olhar curioso de Yamcha.

“Nossa...”, pensou. “Espero que ele não tenha herdado nada além da aparência do pai chato que tem... Coitado...”

― Yamcha – Bulma o chamou. – Muito obrigada.

― Ah, que é isso...? Não foi nada.

― Não tô falando só de ter me trazido pra cá, não. Mas também por ter me ajudado quando precisei. Obrigada por continuar meu amigo, Yamcha. – ela finalizou com um sorriso.

O ex-ladrão ficou sem palavras. Quando namoravam ela não sorria com tanta frequência, principalmente nos últimos dias da relação. Mas agora que eram apenas amigos, os sorrisos apareciam mais. E isso já passava a ser recompensador.

Era irônico tudo aquilo. Realmente irônico. Ele a deixava mais contente apenas como ex-namorado, mas ainda não se convencera totalmente das palavras da velha vidente daquele dia. Não, quando se conhecia Vegeta. Ainda não conseguia entender direito como um saiyajin grosso, arrogante e egoísta poderia ser capaz de fazer Bulma feliz como lhe fora dito.

Mas, se ela estava sendo feliz assim, paciência...

Yamcha sentiu um ki se aproximar do quarto enquanto os pais de Bulma saíam. Era Vegeta, que estava de braços cruzados no limiar da porta.

― Acho que o Vegeta quer conhecer o filho. – o lobo do deserto disse. – Já vou saindo, assim vocês podem ficar à vontade.

Depois que Yamcha saiu, Vegeta por fim adentrou o quarto, ainda com a expressão bastante cansada. No entanto, tinha alguma dose de ansiedade e curiosidade. Mas não ousava falar nada, sentia-se um idiota.

― Olá, Vegeta. – ela sorriu um pouco receosa. – Que bom que chegou a tempo. Chegou agora?

― É. Cheguei faz pouco tempo.

― O Trunks é uma gracinha, sabia?

Ele não respondeu. Não conseguia encará-la depois de ter fugido como um covarde para o espaço. Havia sido muito infantil ao agir de tal maneira. Bulma, por seu turno, também não conseguia manter os olhos no saiyajin. Sentia-se culpada por ele ter saído ao espaço tão repentinamente e isso a deixava insegura ao encará-lo. Mas precisava consertar o que havia feito, precisava reparar os danos.

Foi quando tomou a iniciativa:

― Vegeta... Naquele dia eu fui uma tola. Fui muito egoísta, só pensei em mim e nem liguei para o que você sentia. Você pode me desculpar por isso?

― Aqui na Terra vocês têm um ditado que diz que “há males que vêm para o bem”, não é isso?

― O que quer dizer com isso?

O saiyajin não respondeu, mas se aproximou dela. Bulma logo percebeu que ele queria ver o bebê e tirou parte da manta que o cobria. Vegeta logo arregalou os olhos negros:

― Cabelo... Roxo...? De onde esse moleque tirou essa cor de cabelo?

― É a cor do cabelo do avô dele.

― Hm. – resmungou inconformado. – Nem parece um saiyajin com essa cor estranha de cabelo.

Vegeta viu o exato momento em que Trunks abriu os olhinhos pela primeira vez.

― Olha só! – Bulma exclamou. – Ele tem olhos azuis como os meus! Pena que eles sejam tão feios como os do pai.

― Quê? – o príncipe não gostou do que ouvira.

― Tomara que ele não seja carrancudo como você... – disse em tom divertido. – Estou brincando, bobo! Dá uma olhada aqui!

Desembrulhou mais um pouco o filho e mostrou algo que chamou a atenção do pai do bebê:

― Reconhece isso? – Bulma perguntou a Vegeta.

Era uma cauda. Era inegável que aquela criança tinha de fato o sangue saiyajin correndo por suas veias. Era a prova irrefutável de que ele era mesmo filho do príncipe saiyajin.

― Viu só? – ela disse com ar vitorioso. – O Trunks é mesmo filho de um saiyajin!

― De um saiyajin, não... De um Super Saiyajin.

― Como é que é? – a cientista agora ficava realmente surpresa. – Super Saiyajin?

Ele deu seu típico sorriso de canto, bastante triunfante.

― Então você conseguiu... Agora entendi!

Sorriu, mas logo seu sorriso se desvaneceu em meio à incerteza. E agora, que Vegeta finalmente conseguira se transformar em Super Saiyajin? Como ficaria dali pra frente? Principalmente com a relação entre os dois?

Só o tempo iria dizer.


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Notas finais do capítulo

Continua no próximo capítulo...



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