O príncipe, a cientista e o plebeu escrita por Vanessa Sakata


Capítulo 46
Preparação


Notas iniciais do capítulo

O título não tem muito a ver, mas é uma prévia do que vai acontecer nos próximos capítulos! Confiram!



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― Então... É assim que se sente um Super Saiyajin...?

Vegeta olhava para as suas próprias mãos feridas rodeadas por aquela aura dourada, mas não conseguia acreditar no que via. Nem no que sentia. Estava, de fato, incrédulo. Não acreditava que por fim conseguira o tão sonhado poder de Super Saiyajin.

Só podia ser um sonho.

No entanto, teve de se levantar logo. Percebeu que o solo do planetoide todo estava se partindo e que vapores saíam pelas rachaduras. Eram apenas dois sinais de algo que ele conhecia bem: o momento em que um planeta estava prestes a explodir. E isso aconteceria por conta de dois acontecimentos: a colisão do grande asteroide que já abalara todo o local e a explosão de energia gerada pela transformação de Vegeta, quando o planetoide já estava seriamente abalado.

Mesmo transformado em Super Saiyajin, Vegeta estava cambaleante. Seu corpo, mesmo nesse estado, ainda estava sob os efeitos dos ferimentos que sofrera. Quando conseguiu se firmar, saiu voando rumo à nave. Porém, foi interceptado por vários jatos de magma vindos do núcleo, que se dilatava cada vez mais. Os olhos verdes do Super Saiyajin analisaram rapidamente a situação que se formara. Em seguida, ele saltou cada fenda até se aproximar da Cápsula 3. As fendas se tornavam cada vez maiores, jorrando ainda mais magma para o alto ao mesmo tempo em que as descargas elétricas ficavam mais intensas.

Já passava da hora de sair. Em mais um impulso, ele entrou na nave e alcançou o painel de controle. Imediatamente apertou um botão que fez com que ecoasse uma voz mecânica e inexpressiva:

― Vedando a porta da nave. Vedação concluída com sucesso.

Vegeta não parou por aí e, logo que a porta foi devidamente vedada, acionou outro comando.

― Ativar propulsão em dez segundos.

― Maldição! – praguejou o príncipe ao ouvir um forte estrondo acompanhado de um tremor da mesma intensidade. – É pra agora!

― Dez. Nove. Oito. Sete. Seis. Cinco. Quatro. Três. Dois. Um. Zero. Propulsão ativada com sucesso. Iniciando procedimento de decolagem.

Havia se esquecido de se sentar e colocar o cinto de segurança, e isso fez com que ele se desequilibrasse e quase caísse.

― Definir rota. Coordenadas de destino.

Rapidamente digitou as coordenadas.

― Galáxia Norte, Sistema Solar, planeta Terra. Confirmar?

Mais um botão apertado e o computador confirmou.

― Rota definida. Coordenadas checadas. Destino: Galáxia Norte, Sistema Solar, planeta Terra.

Exausto, Vegeta por fim se jogou na poltrona do piloto ao mesmo tempo em que voltava ao normal. Voltava a sentir a dor dos muitos ferimentos que sofrera minutos atrás. A transformação em Super Saiyajin conseguira drenar o resto das energias que Vegeta ainda tinha.

Depois precisava dar logo o próximo passo: dominar seus novos poderes.

 

*

 

Na casa dos Briefs, todos estavam em compasso de espera. Principalmente após a última consulta com o Dr. Ofu, que recomendou a Bulma que ela já ficasse preparada, pois Trunks nasceria a qualquer momento. Yamcha aparecia com mais frequência na mansão. O Sr. Briefs já liberara a filha do trabalho na vice-presidência da Corporação, mesmo ela querendo continuar até quando pudesse. No entanto, pesou a prudência.

Mas o que faria em casa? Não havia muito a se fazer. Não, quando a barriga já atrapalhava demais. E queria fazer alguma coisa... Qualquer coisa para não ficar parada, pensando em como estaria Vegeta no espaço, quando ele voltaria... Se é que ele voltaria, pra começar. A verdade é que sentia falta dele. Da sua voz, do seu cheiro, do seu corpo... Até mesmo dos surtos que ele tinha. Sentia falta daquele saiyajin lunático.

Foi à cozinha e se propôs a tomar um bom suco. Abriu a geladeira, pegou a jarra e levou até a mesa. Quando ia se sentar, Yamcha chegou.

― Olá, Bulma!

― Oi, Yamcha!

― E aí? O Trunks nasce ou não nasce?

― Pergunta pra ele! – ela sorriu e respondeu em tom de brincadeira.

Yamcha riu.

― Na verdade, ele deve nascer a qualquer momento. Já deixei tudo pronto pra quando chegar a hora.

― Pelo jeito não demora, não é mesmo? Pelo tamanho dessa barriga...

― Ah, é... – sentou-se com alguma dificuldade. – Aceita um suco?

Bulma ia se levantar, mas o ex-ladrão não permitiu:

― Você já acabou de se sentar. Não precisa se levantar de novo, eu pego um copo pra mim.

― Obrigada. Fica à vontade!

― E então, Bulma, alguma invenção nova do seu pai? – ele deu um gole no suco.

― Bom... Deixe-me ver... Ah, sim, a Corporação está desenvolvendo um motor mais potente para a nova linha de aerocarros que vai ser lançada. Deve ter alguma coisa parecida com os motores de naves espaciais. E também está trabalhando em novos robôs industriais. Eu devia ter começado a fazer o projeto de novas cápsulas de armazenamento, como essas que a gente usa pra guardar os carros e tudo mais, com um material mais leve e menor. Só que eu apenas volto a trabalhar pra valer depois de algum tempo.

― Puxa... Tem trabalho mesmo quando voltar, hein?

― Com certeza! – ela sorriu novamente e mudou de assunto. – Yamcha, eu posso fazer uma pergunta?

― Ah, pode!

― Você contou pra alguém que eu tô grávida?

― Não... Até porque não encontrei nenhum amigo nosso ou conhecido nos últimos meses. Por quê?

― Porque não quero que conte pra ninguém. Tem como me fazer esse favor? É que eu quero fazer uma surpresa para os outros!

― Tá legal... – ele respondeu ainda estranhando o pedido. – Não conto pra ninguém. Mas...

De repente, o rosto de Bulma se contraiu e ficou pálido. Tão pálido, que chegou a ficar praticamente branco.

― Vai nascer! – ela exclamou após um gemido de dor. – O Trunks... Vai nascer...!

Yamcha cuspiu todo o suco que tinha na boca:

― COMO É QUE É??


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Notas finais do capítulo

Continua...