O príncipe, a cientista e o plebeu escrita por Vanessa Sakata


Capítulo 43
Mais uma visita inesperada


Notas iniciais do capítulo

Panthy tem o castigo que merece. E os Briefs recebem mais uma visita. Quem será?



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― Me responda! – Panthy se enfureceu. – O que significa isso?!

― É isso o que merecem as mulheres vulgares! – soou a voz debochada de Vegeta, que ainda estava com o braço direito estendido segurando um peixe que rapidamente pegara do aquário por perto e colocara para que ela beijasse o pobre animal.

― Como é que é? Você tá me chamando de “vulgar”?

― Pra não dizer coisa pior. – ele manteve o deboche enquanto arremessava o peixinho para o aquário como um jogador de basquete jogava uma bola para fazer uma cesta. – Eu não me rebaixaria a me envolver justamente com uma mulherzinha ordinária como você!

Olhou para a direita e disse:

― Eu sei que você está aí, Bulma. Pode aparecer.

Bulma apareceu ainda surpresa com o que havia testemunhado desde o começo. Mas não era a única a ter visto o ocorrido. A cientista estava envergonhada por ter entendido tudo errado a respeito da cena no quintal, estava quase chorando por isso. Mas o saiyajin, com um dos dedos, deteve uma lágrima que começaria a cair. Bulma segurou a mão dele e o olhou nos olhos. Acabou sendo surpreendida por um beijo dele. Um beijo como não recebia há um bom tempo, cheio de vontade e ansiedade. Agora tentava entender como é que conseguira ficar tanto tempo sem isso, mesmo voltando a dividir o mesmo quarto com ele. Tentava entender como é que conseguira ficar tanto tempo sem ele e o calor daquele corpo.

Mas agora nada mais importava. O que importava era aquele momento em que o beijo se tornara mais intenso e mais ardente. Os dois simplesmente se esqueceram de tudo ao redor... Até mesmo de Panthy quase se espumando de raiva e querendo avançar na cientista.

― Isso não vai ficar assim, Bulma!!

― NEM PENSE NISSO, MOCINHA!! – era a voz da mãe, Soutie, que segurava firmemente a filha pela orelha. – Eu ainda não acredito que você ainda não aprendeu a lição, Panthy! Já falei pra você parar de implicância com a sua prima! Ora essa, onde já se viu uma coisa dessas... Continua agindo feito uma criança birrenta!

― Ai, mãe, me solta! Eu quero acabar com ela!

― Nem pensar, “senhorita” Panthy! – Soutie saía arrastando a filha pela orelha. – Você não vai fazer nada disso, e blá, blá, blá...

O saiyajin e a cientista se entreolharam totalmente sem jeito logo que as duas saíram. A Sra. Briefs ficou surpresa com a cena que presenciara assim que chegara. Nisso, a campainha tocou e ela foi atender.

― Yamcha! Há quanto tempo!

― Olá... A Bulma tá aí? Gostaria de dar um “oi” pra ela.

― É claro que ela está! Pode entrar!

Yamcha adentrou a casa junto com Pual, mas estacou assim que colocou os dois pés para dentro. Não, não era por causa de Vegeta, que continuava na sala. Olhou para Bulma e logo seus olhos se detiveram na sua barriga volumosa de sete meses. Seu olho esquerdo começou a tremer num tique nervoso enquanto dava a típica risadinha de quem estava em choque.

― Bu... Bulma, você... Você... Tá... GRÁVIDA...?!

Só se ouviu o baque de um corpo caindo no chão. Com o choque, Yamcha literalmente caiu para trás.

― Yamcha! – Bulma exclamou ao ver o ocorrido.

― Oh, pobrezinho! – a Sra. Briefs exclamou. – Vamos colocá-lo no sofá!

Vegeta assistia àquela cena toda e quase deixava transparecer um sorriso. De tão patética que fora a cena, ele chegava a achar engraçado.

― Terráqueos... – ele murmurou enquanto tentava manter a pose e segurar o riso.

 

*

 

― Yamcha? Você tá bem?

― Tô, sim, Pual... Mas tive um sonho estranho... Sonhei que tinha ido pra casa da Bulma e que ela estava grávida com aquele barrigão!

― Yamcha...

― O que foi?

― Nós estamos na casa da Bulma.

― E?

― E não é um sonho.

― E?

― Nossa, Yamcha! Por que você ficou daquele jeito? Viu assombração, por um acaso? – Bulma perguntou assim que chegou perto do ex-ladrão.

Os olhos do lobo do deserto se arregalaram ao vê-la. Não conseguia acreditar que aquela era mesmo Bulma. Ele achava que ela estava muito diferente e não era só por conta da barriga, não.

― Tá me achando com cara de assombração, é? – Bulma perguntou impaciente.

Yamcha tomou um susto:

― ENTÃO NÃO É UM SONHO?!

Não era a primeira vez que Bulma revirava os olhos:

― Acho que a neve gelou o seu cérebro... Toma este chá pra ficar calmo. Cortesia da minha mãe.

― Obrigado.

Ele se acalmou, masnão muito por conta do olhar penetrante de Vegeta, que perguntou:

― O que você veio fazer aqui?

Para variar, Yamcha sentiu um gelo correndo por sua espinha. Isso era até normal.

― Ah... Vim mesmo só dar um “oi” pra Bulma. Eu voltei do deserto hoje no começo da noite.

― Hm.

― E aí resolvi dar uma passadinha aqui.

― Pensei que fosse para algo útil.

Yamcha sorriu:

― E é pra algo útil. Pra sua informação, agora estou mais forte depois de ter ficado todo esse tempo no deserto.

Vegeta fingiu incredulidade:

― E você espera que eu acredite? Não me faça rir! Vocês, humanos, não passam de fracotes!

― E você por um acaso já se transformou em Super Saiyajin? – o ex-ladrão perguntou com uma ponta de sarcasmo.

Aquela pergunta irônica deixou o saiyajin visivelmente irritado como o outro guerreiro queria, mas não pretendia revidar. Já havia tido muita confusão no momento e estava aborrecido demais pra entrar em outra. Yamcha olhou pela janela e notou que já fazia algum tempo que voltara a nevar. Mas aumentara de intensidade e, ao mesmo tempo, fazia muito vento. Iniciava-se uma nevasca na Capital do Oeste.

― Ah, que ótimo... – ele disse desanimado, olhando para o relógio de pulso. – Agora vou ter que dormir aqui.

― Ora, mas isso não é problema! – interveio a Sra. Briefs. – Você pode passar a noite aqui!

― Quê? – perguntaram Vegeta e Bulma ao mesmo tempo.

― Qual é o problema...? – o lobo do deserto perguntou meio sem graça.

― Não tem mais quarto! Até eu fui enxotado do meu! – respondeu o saiyajin.

― Bom, Yamcha... – Bulma começou a explicar. – Os quartos estão em reforma e só sobraram três, e todos eles estão ocupados. O quarto da mamãe, o quarto dos hóspedes, onde estão a minha tia e a minha prima chata, e o meu quarto.

Yamcha riu:

― Então, você tá dormindo no sofá, é, Vegeta?

― Não. – Vegeta estava aborrecido com aquela conversa e revirou os olhos negros.

― Na nave?

― Não.

― Então, onde?

― No quarto da Bulma.

― QUÊ?? – Yamcha caiu pra trás.

O saiyajin bufou:

― O que você ouviu!

― Como eu estava dizendo – Bulma, igualmente aborrecida, retomou. – Não temos mais quartos, já que estamos reformando a casa e um dos quartos vai ser do Trunks. Então...

― Trunks? Quem é Trunks? – Yamcha interrompeu.

― É o nome do bebê que estou esperando.

― Ah, tá... Desculpa, pode continuar.

― Você vai ter que dormir no sofá.

― No... Sofá...?

― Sim, no sofá.

― Sério?

― Sério.

― Não tem mesmo nenhum quartinho livre?

― Não.

― E a nave?

― A porta não abre.

― Não brinca!

― Não tô brincando. – Bulma se aborrecia mais.

― Mas é sério mesmo?

― Sim.

― Vou mesmo ter que dormir no sofá?

― É CLARO QUE VAI! – a cientista explodiu. – E SE VOCÊ NÃO PARAR DE FAZER PERGUNTAS IDIOTAS, VOU TE BOTAR PRA FORA DAQUI!

― T-Tá... Bom... M-Me... Desculpa...! – Yamcha respondeu todo aterrorizado com a mudança repentina de humor dela. – Eu fico por aqui mesmo, pode deixar...!

“Caramba...”, pensou. “Não sabia que a Bulma, grávida, me meteria mais medo do que o Vegeta quando fica furioso...”

E assim, Yamcha dormiu no sofá da sala sem dar mais nenhum pio. E na manhã seguinte o pobre guerreiro Z acordaria todo desconjuntado.


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Notas finais do capítulo

Continua no próximo capítulo...

Pessoal, o que acharam da nova capa da fanfic? Ficou boa?

Espero que tenham gostado deste capítulo. A razão de eu ter colocado o Yamcha na história foi principalmente para fazer jus ao título da fic. Sem contar que agora ele vai começar a ter um pouco de importância na história, tipo o porquê de Bulma ainda ser bastante amiga do ex-ladrão. Então, aguardem os próximos capítulos que estarão por vir.

Bom, por enquanto é só... Até mais!

EDIT 20/07/2020: Alterei a cena inicial deste capítulo pelas mesmas razões apontadas no capítulo anterior. Como eu disse, a versão anterior tinha uma cena com um tapa e ao revisar julguei desnecessária e exagerada. Então, optei por algo mais cômico, mas que não prejudicou em nada o andamento da história. Se você já leu a fanfic antes e está relendo, fique à vontade pra dizer o que achou! ;)