O príncipe, a cientista e o plebeu escrita por Vanessa Sakata


Capítulo 25
Perdendo uma aposta...




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Bulma ficou surpresa e sem reação alguma. Apenas olhou para o saiyajin com a sua melhor cara de surpresa enquanto ele continuava segurando a barra de seu casaco.

― O que... O que disse...? – ela balbuciou.

― Eu fiz uma pergunta. Por que não consigo odiar você?

Ela olhou novamente nos olhos dele. O olhar do guerreiro era ligeiramente diferente do costumeiro. Parecia mesmo procurar por respostas.

― Eu... Eu não sei, Vegeta... – ela respondeu desconcertada. – Acho que só você pode responder a essa pergunta.

Ele ficou rubro ao perceber o que estava fazendo e imediatamente soltou o casaco de Bulma. Em seguida, seu rosto voltou a ser como sempre.

― Cadê a gororoba que você fez?

― Ah, a comida que eu fiz, não é? E não é nenhuma gororoba! Vamos ver quem é que vai perder essa aposta!

― Você. – foi a resposta curta e grossa do saiyajin, antes de ele enfiar a primeira porção de comida na boca.

Vegeta logo foi comendo sem parar. Só parou quando esvaziou e rapou a tigela de macarrão instantâneo.

― E então, “Alteza”? – Bulma perguntou em tom de deboche. – Que achou da comida? Da “gororoba”, como você prefere chamar?

― Até que não é de se jogar fora... Faz mais dessa gororoba!

― Tudo bem... Mas você vai sair comigo ao shopping assim que terminar de se recuperar!

Vegeta cuspiu a água que estava bebendo e arregalou os olhos:

― O quê?!

― O que você ouviu!

― Mas eu nem elogiei essa gororoba!

― Mas você não rejeitou a comida e ainda quer repetir, não é mesmo?

― Droga...! – ele resmungou quando finalmente caiu a ficha.

― Tô indo pegar mais. Já volto!

 

*

 

No dia seguinte, Bulma estava no shopping, mas surpreendentemente sem nenhuma sacola. Namorava todas as vitrines que via pela frente e entrava em todas as lojas possíveis, mas sem carregar sequer uma minúscula sacolinha.

― Anda logo, eu quero ir pra próxima loja!

― Que eu saiba, o trato foi pra vir te acompanhar neste “chopecenti” e não bancar o burro de carga!

― Não é “chopecenti”, Vegeta... É shopping center! E você espera mesmo que eu, uma garota tão linda e delicada, carregue todas essas sacolas pesadas?!

― No que fui me meter... – ele suspirou aborrecido.

― Vamos, acabei de ver umas roupas lindas ali! – Bulma apontou para mais uma loja.

― Você já não comprou roupa demais aqui? – Vegeta questionou, mostrando o montão de sacolas nas mãos.

― É... Você tem razão, Vegeta.

― Então, vamos embora... Já tô de saco cheio de ficar neste lugar idiota!

― Nem pensar! Agora vamos escolher algumas roupas pra você!

― E por que eu iria querer vestir roupas de terráqueos?

― Que tal porque você não pode sair por aí vestindo uniforme de luta o tempo todo?

― Pelo menos não visto um trapo qualquer.

― Mas você nem tem roupas pra vestir no inverno! Sem contar que você estava gelado antes de entrar aqui no shopping e, ainda por cima, a câmara de gravidade da nave não está funcionando direito e você ainda não tem condições de voltar a treinar!

― Você é fresca demais!

― Ah, mas não vai dizer que você não quer escolher algumas roupas realmente boas aí... Quero ver se você encontra na loja alguma roupa “digna de ser usada pelo príncipe dos saiyajins”! – disse enquanto fazia aspas com os dedos de forma debochada.

― Sem essa! – ele protestou. – Eu não vou entrar aí pra aturar mais vendedores irritantes!

Fez cara emburrada e cruzou os braços como de costume, mesmo com várias e várias sacolas penduradas neles.

― Ah, Vegeta, deixa de pirraça! – Bulma disse, empurrando-o para dentro da loja de roupas masculinas.

Só restou ao saiyajin ceder ao “empurrãozinho” dado pela cientista, fazendo-o entrar na loja.

― Boa tarde, em que posso ajudá-los? – perguntou com simpatia a vendedora.

― Poderia me ajudar a escolher umas roupas de inverno para ele?

― Claro que sim! Eu adoraria ajudar a escolher roupas para o seu namorado...

Antes que Vegeta se manifestasse para dizer que não era namorado de Bulma coisíssima nenhuma, ela e a vendedora o arrastaram para um dos provadores.

― Ei! O que estão fazendo? – ele, por fim, perguntou.

A simpática vendedora entregou-lhe uma grande pilha de roupas de inverno, desde camisas, calças até cachecóis e casacos pesados, todos escolhidos a dedo por Bulma. Vegeta experimentou todas as roupas que havia recebido, mas não sem deixar de se sentir ridículo. O mico só não foi maior porque já havia visto a cientista provar várias e várias roupas nas lojas e fez mais ou menos a mesma coisa. Por fim, após roupas escolhidas e pagas, Bulma saiu da loja com Vegeta, que estava com mais sacolas ainda nos braços e resmungando muito. Pararam na praça de alimentação onde o saiyajin logo largou as sacolas no chão.

De repente, gritos histéricos de mulheres começaram a ecoar no mesmo instante em que um forte tremor foi sentido no local. O saiyajin procurou sentir algum ki, talvez de algum ser poderoso, mas...

― SOCORRO!!! – uma voz masculina gritou em meio à gritaria do mulherio.

Bulma e Vegeta olharam para a direção de onde vinha todo aquele barulho. Diante deles, passou Yamcha, fugindo de uma manada de “tietes” dos seus tempos de jogador de beisebol.

― BULMA, DEPOIS EU QUERO FALAR COM VOCÊ! – ele conseguiu gritar em meio à sua fuga.

A cientista ficou abismada com o que via. Não sabia o quanto ele ainda era popular no meio esportivo. Segundos depois, olhou pro lado, mas...

― Cadê o Vegeta?!


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Notas finais do capítulo

Olá, pessoal... Depois de algum tempo sem atualizar, resolvi postar dois capítulos de uma vez. Desculpem pela demora, é que eu andei meio sem ideias...

Espero que tenham gostado!

Até o próximo capítulo!



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