O príncipe, a cientista e o plebeu escrita por Vanessa Sakata


Capítulo 13
Yamcha no baka!




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Yamcha chegou à grande mansão amarela e logo aterrissou. Foi resoluto à porta da frente e respirou fundo com o cabide da fantasia na mão. Tocou a campainha e esperou pacientemente que viessem atender. Torcia para que fosse o pai ou a mãe de Bulma que o atendessem, já que eles eram a calma personificada.

Só que quem apareceu foi quem menos ele queria imaginar... Sim, era um de seus piores pesadelos...

... Era Vegeta.

― O que você quer, verme?

― Quero conversar com a Bulma. – ele disse, tentando não tremer de medo do saiyajin.

― Pra quê?

― Acho que isso não é da sua conta, Vegeta. A Bulma é minha namorada, e...

― Sua namorada, não... – o saiyajin corrigiu. – Você quer dizer “ex-namorada”.

― Ei! E desde quando você dá atenção a fofocas?

Eu sei de tudo o que aconteceu, inseto!

― Deu pra bancar o espião, é?

― Nem precisei. – o príncipe deu seu sorriso sarcástico. – Qualquer idiota percebe quando alguém é traído... Principalmente quando se trata de uma mulher escandalosa como ela!

 

― Bulma, o que houve? – a Sra. Briefs perguntou. – Já está na hora de anunciar o seu noivado com o Yamcha!

A jovem respirou fundo e disse, controlando-se para não chorar:

― Não vai ter mais noivado.

― Não? – o Sr. Briefs perguntou. – Por quê?

Sem conseguir controlar a sua revolta, ela arrancou a rosa vermelha – que recebeu de Yamcha e estava no vestido – sem se importar se machucaria a mão e a jogou no chão.

― Porque eu acabei de romper com aquele idiota! Acabei de ver ele aos beijos e amassos com outra! Com a Lina, aquela socialite retardada cheia de silicone e botox no corpo! Fui trocada por uma ruiva de farmácia!

 

Vegeta se lembrava muito bem do quanto ela estava transtornada, pois sua raiva por Yamcha fora na mesma proporção. A mesma raiva começava a ressurgir ao ver o ex-ladrão na sua frente. E a imagem de Bulma, parecendo uma derrotada e chorando após a festa, voltou à sua memória... Por culpa daquele verme que estava diante dele, pensou.

 

“Pra que ficar aí chorando por causa daquele traste? Se ele ficou com aquela perua foi porque ele é muito mais imbecil do que parece. Você fica ainda mais insuportável chorando desse jeito, sabia? Aquele inseto não merece nem metade dessa sua choradeira!”

 

O saiyajin estava se controlando para não estrangulá-lo. A cada segundo que passava com Yamcha na sua frente, sentia sua raiva crescer mais e mais.

― Vocês, terráqueos, são mesmo hipócritas. Pensei que fossem diferentes, mas não passam de insetos traiçoeiros e sujos! E você ainda se acha no direito de me acusar de cínico! Vocês vivem apontando os defeitos dos outros, mas não enxergam os próprios erros!

― O que está insinuando, Vegeta?

― Que você consegue ferir os outros mais do que eu. Percebi isso ontem.

― E por acaso você me viu batendo em alguém?

― Como você é idiota...!

― O quê?! – Yamcha se alterou. – Repete! Repete ou vamos resolver isso no braço!

― Você é um idiota! Além disso, não é páreo pra mim! Mesmo assim quer encarar?

Eles já estavam prestes a lutar, mas...

― Afinal, o que tá acontecendo aqui? – era a voz de Bulma.

Os dois guerreiros olharam para ela, que apareceu com seu cabelo sem o permanente. Estava longo e liso, com franja lateral.

― Ah... Oi, Bulma. – Yamcha cumprimentou. – Vim trazer a roupa que você alugou pra mim...

Ela pegou o traje e, sem agradecer, deu-lhe as costas, entrando novamente em casa. Yamcha ficou em choque. Era a primeira vez que levava um gelo assim. Agora sabia como um sorvete se sentia dentro de um congelador.

Bulma não era assim. Não. Ela estava assim por culpa dele. Ele era um idiota, um grande idiota. Vegeta olhou e sorriu sarcasticamente para Yamcha, que continuava estacado. O saiyajin deu-lhe as costas e foi até a nave para retomar seu treinamento. Mas, antes de ir não perdeu a chance:

― Verme idiota.

Assim que se viu sozinho, Yamcha deixou a cabeça pender.

― Droga... Eu sou mesmo um idiota... Um grande idiota!!

Quedou-se pensativo por alguns instantes, enquanto o vento soprava fazendo algumas folhas voarem.

“Bom, não tenho mais nada pra fazer aqui. É melhor eu ir.”

 


*

 

― PERAÊ, PERAÊ, PERAÊ...! – Kuririn gritou. – Você fez o quê, Yamcha?! Repete aí!

Yamcha, com o grito do carequinha, ficou todo encolhido num canto devido ao susto que tomou ao ouvi-lo.

― Eu... Levei um fora da Bulma...!

― Não, não é essa parte! Repete a parte do porquê da Bulma ter te dado esse fora!

― Porque ela me viu aos beijos e amassos com outra.

― Você deveria pelo menos ter feito isso mais escondido e, ainda por cima, a quilômetros de distância de Bulma! – disse o Mestre Kame.

― Mestre Kame, ele não deveria estar com outra, em primeiro lugar. Em segundo lugar, deveria controlar esses impulsos de “mulherengo”. Isso já queimou seu filme umas quinhentas vezes, a última com a minha ex-namorada, a Maron... Só de lembrar que fui trocado por um bacana, eu fico quase na deprê...

Para quem nunca tinha sorte com namoradas, Kuririn sabia até demais. E tinha razão.

― Acho que agora não tem mais volta. Fui lá devolver a roupa da festa de ontem, e ela pegou a roupa e nem me cumprimentou. Acabou me dando o maior gelo... Ah... O que fiz pra merecer isso...? – desceu uma cabeçada na mesa diante da qual os três estavam sentados.

― Você traiu a Bulma, Yamcha. – Kuririn disse com ar cético.

― Ah, muito obrigado por tentar me botar mais pra baixo, Kuririn! – o ex-ladrão disse com ironia. – Com um amigo assim, quem precisa de inimigos?

― Encara os fatos, Yamcha! Das outras vezes ela te perdoou, mas agora é diferente. Parece que ela se cansou desse chove-não-molha. E aí pra piorar você age como um idiota e dá uma mancada dessas. Não é pra menos que ela tá com raiva de você.

― Conclusão: Você é um idiota, Yamcha! – era a voz de Oolong, que acabava de entrar na casa do Mestre Kame. – Um grande idiota!

― O QUÊ?! – o ex-ladrão estava indignado.

― Será que você é surdo? – disse o porquinho. – Como é que você troca uma gostosona por natureza como a Bulma por uma garota cheia de silicone e botox? Você tem um péssimo gosto pra garotas! Sem contar que você ficou enrolando ela por uns quinze anos...

Dessa vez, até o porquinho tarado lhe dava lição de moral! Quem faltava agora? A tartaruga?

― É... Dessa vez você cometeu mesmo um grande erro...

“Aiaiai...”, Yamcha pensou. “Não me falta mais nada! Até a tartaruga tá na conversa!”

E mais uma vez o guerreiro Z desceu uma cabeçada contra a mesa.

― Eu sou mesmo um idiota...! Yamcha, o idiota... O maior idiota do universo...!!


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Notas finais do capítulo

Bem... Como posso dizer...? Bom, a história continua no próximo capítulo, espero que tenham gostado deste e aguardem o próximo!!

Ah, desta vez quero dar meu "Muito Obrigada" a quem está acompanhando e comentando esta fanfic. Sinceramente, não esperava que ela caísse no gosto do pessoal tão rápido. Eu pensava isso, porque já existem muitas fanfics sobre os "três anos" antes da Saga dos Androides em DBZ - algumas, por sinal, muito boas. Então, achava que esta aqui seria mais uma num tema tão manjado. Mas fico feliz em ver que ela está agradando, e isso me anima a continuá-la. Até porque eu também estou gostando de escrevê-la - não que eu não goste das outras, né?

Mas, é isso. Muito obrigada a todos que leem, acompanham, comentam e se divertem com a fanfic. O que seria de um ficwriter, se não fossem os leitores, não é mesmo? Obrigada mesmo pelo carinho!

Um abraço e até o próximo capítulo!!