Você quer brincar na neve? Não. Aquilo agora era apenas uma lembrança, a meses que ela não ouvia aquela canção, e particulamente sentia-se triste e até mesmo um tanto depressiva por isso. Aquela música, apesar de ser apenas uma brincadeirinha de criança, era o que fazia Elsa se sentir mais próxima de Anna..Afinal o tempo havia chegado, quando perguntou a Gerda o motivo da mudança repentina, se Anna estava doente ou se ela havia caído do cavalo novamente, ela simplesmente respondeu: " Oh minha criança, não esperava que ela passasse a vida pedindo para fazerem bonecos não é mesmo?" E a princesa finalmente entendeu...Apenas respondeu com um sorriso de canto, visivelmente surpresa e arrazada, era óbvio que aquilo afetou muito o seu emocional, mais afinal, ela não deveria estar feliz? por Anna finalmente parar de se humilhar todos os dias, de se sentir rejeitada? É.. mais não estava... Existem coisas que não podemos controlar, e simplesmente não sentir, mesmo que não demostremos, sentimos e dói, e como dói... Poderia parecer um sentimento egoísta, e talvez fosse mesmo, mais como ela gostaria de ouvir mais uma vez a doce voz de sua irmã, pedindo para que as duas fossem brincar na neve..

No quarto da princesa, pouca coisa mudou. Os livros de infância foram abrindo espaço para livros mais complexos de diversos assuntos, desde livros sobre astronomia, até livros de suspense e romances. As poucas bonecas que restaram lá, foram as que marcaram sua infância, duas lindas bonequinhas, simbolizando as princesas, que haviam sido feitas carinhosamente por Gerda em uma noite de Verão, Elsa ainda lembrava do que a empregada disse no dia em que as fez "Pronto, agora vocês estarão sempre próximas uma da outra, mesmo que estejam distantes... " ela simplesmente não podia jogar fora algo tão valioso quanto naquilo, para ela era uma relíquia, que se dependesse da mesma, guardaria como um tesouro até o dia de sua morte.

Aquela chuva parecia não ter fim, a dias que o clima continua o mesmo em Arendelle , Um nevoeiro cobria tudo lá fora,fazendo com que toda a beleza de seu tão amado reino, fosse escondido por um manto branco, que apesar de "sem graça" para alguns, para Elsa era até mesmo agradável.Sentia-se mais confortável em dias com temperaturas menos elevadas, parecia ter mais concentração para controlar seus poderes, que de uns tempos para cá, não haviam se manifestado tanto...

– Sinto tanto sua falta Anna.. – Murmurou quase que inaldivelmente com o olhar distante, enquanto acariciava os cabelos de um pano avermelhado semelhante ao ruivo, da boneca em suas mãos,a qual, quando elas eram mais novas foi apelidada de Anninha por ter sido inspirada na princesa mais nova de Arendelle. – Sei que você não tem culpa, afinal… Você demorou mais do que eu esperava de desistir de mim, mais… – Pronunciou baixo, não conseguindo continuar, sabia que se continuasse começaria a chorar como da última vez. Precisava ser forte por Anna. Ela bem que queria acreditar na ilusão de que tudo isso não se passava de um pesadelo,que ela logo acordaria, e correria para o quarto de seus pais se escondendo sob os cobertores macios de um tom bege claro, sentindo os braços do rei e da rainha a envolvendo em um abraço caloroso. Deu um pequeno sorriso com este pensamento, até despertar de seus devaneios escutando breves batidas na porta. Em seguida vendo sua mãe colocando apenas a cabeça para dentrodo cômodo, com o olhar passeando pelo quarto e dando um grande sorriso ao visualizar sua filha, que sem entender o motivo da felicidade, retribuiu com o melhor sorriso que pôde. Escutou sua mãe cochichar um “ Ela já está acordada!” em um tom animador, e logo depois seu pai aparecer com algo atrás de si.

– Anh.. B-bom dia. – Sua mãe iniciou meio sem jeito, comos olhos fixos na pequena caixa que o rei escondia. “ O que será aquilo?” Elsa pensou mordiscando o lábio inferior antes de seu pai pigarrear um pouco chamando a atenção de todos no quarto, e logo depois lançando um olhar de cúmplice para sua esposa, que o retribuiu igualmente. –

– Feliz aniversário Elsa! – Os dois comemoraram em unissono fazendo com que Elsa não entendesse mais nada, e após alguns segundos analisando a situação, e tentando lembrar que data era hoje,lembrou-se “ hoje faço 18 anos!”

– Ohh! Eu havia me esquecido completamente … Obrigada! – Elsa respondeu calma e serena como sempre. O rei estava pronto para abraça-la e chegou até a dar alguns passos em direção a filha, que apenas se encolheu já percebendo a intenção de seu pai, que depois de alguns segundos tentando assimilar o porque de tal ato, se deu conta e se afastou, murmurando um “ Já disse que acho esse afastamento uma grande bobagem?”

– Desculpe papai.. – Murmurou um pouco triste, a anos que não recebia um abraço, mais seria para o bem de todos, ela não poderia arriscar machucar novamente alguém… – Mais é para o seu bem..

– E em você Elsa, Você não pensa? Não vê que isso faz mal para você? – O rei a cortou um pouco estressado, aquilo era um absurdo! Onde já se viu, um pai não poder abraçar sua própria filha? A jovem apenas ficou cabisbaixa, refletindo… Ela sabia que ainda não estava pronta para ter aquele tipo de contato novamente, bom, pelo menos era isso que ela pensava…– Talvez seja por isso que ainda não conseguiu controlar, talvez isso esteja te prejudicando Elsa..

– Papai, sei que já tentou me tirar deste quarto, e desistiu porque eu ainda não estava pronta, e eu ainda não estou! Isso não iria dar certo, já pensou se eu machuco alguém de novo? Eu nunca mais vou me perdoarei e…

–Você está se machucando minha pequena, e… – Sua mãe que até então estava inerte agora havia se manifestado, sempre calma, com seu jeitinho tímido, mais também sempre muito sábia. – E machucando todos ao seu redor também.. – Murmurou em um fio de voz, não passando despercebido por Elsa, que triste apenas ficou calada, o silêncio reinou por algum tempo, que foi desconfortável para todos, tornando o clima torturante, a princea agora, gostaria de abraçar seus pais, e dizer qe os ama, e que ela está fazendo aquilo apenas para que ninguém mais saia machucado, com tudo, as palavras de sua mãe ainda escoavam em sua mente “ Você está se machucando, e machucando todos ao seu redor” seria sempre assim? machucando os outros, mesmo que involuntariamente? Uma vez havia lido que as palavras são a coisa mais mágica que o ser humano tem, que elas eram capazes de curar e de ferir.. Será que estava mesmo que acidentalmente ferindo sua família? Provavelmente sim…

A rainha queria apenas não ter dito aquilo já que depois do que disse, sua filha ficou com o olhar mais triste e mais distante possível, “logo no aniversário de dezoito anos da minha princesinha, eu resolvo falar bobagem” repreendia-se mentalmente, mais apesar de tudo sabia que não estava totalmente errada, o que havia falado a pouco era a verdade,e mesmo que a verdade doesse ela seria sempre a verdade…

Já o rei, assim como sua esposa ,Victória, estava triste por ter estragado o aniversário de sua filha, porém, concordava com tudo que ela disse, já estava na hora de Elsa saber que eles não aguentavam mais esse isolamento, e talvez teria sido uma boa ideia ter comentado sobre isso agora, ambos pensavam de formas diferentes mais ninguém saberia quem está realmente certo..

– Não vai abrir o presente? – Victória tentou puxar assunto acabando com aquele maldito silêncio, e Elsa como se tivesse tomado um tapa despertou de seus devaneios , tentando sorrir e demostrar que estava animada.

– Eu.. Já havia me esquecido dele – Falou esbanjando um pequeno sorriso de gratidão, pegando a pequena caixa de embrulho cor de rosa e abrindo-a delicadamente, ao abrir seus olhos foram atraídos pelo brilho de um colar com uma pequena pedra de safira azul, em formato de coração, rodeado por pequenos diamantes que reluziam belos e brilhantes. A princesa o admirou por alguns segundos e depois deu um breve sorriso para seus pais que retribuiram contentes.

– Fico feliz que tenha gostado! Foi feito especificamente para você! – A rainha falou, enquanto sentava-se cautelosamente ao lado da filha, procurando não assusta-la. – Estava pensando em dar algo semelhante a sua prima o que acha?

– Prima? Mais que prima? –

– Oh sim! Eu esqueci de avisar! Sua prima, Rapunzel, foi encontrada á algumas semanas atrás.. Finalmente encontraram a louca que fez minha querida irmã Primrose, sofrer ficando longe da filha, mais parece que ela foi resgatada por um ladrão, e agora eles irão se casar! – Victória gesticulou um tanto frenética, enquanto Elsa tentava assimilar tudo. “ Que história!” Pensou.

– E nós fomos convidados para o casamento, partiremos em 3 dias.. – O rei comentou meio sem jeito enquanto escovava com a mão os cabelos ruivos , ele não queria deixar Elsa sozinha, mais seria apenas por alguns dias..

– V-vocês vão? – Elsa perguntou meio incrédula, a tempos que seus pais não faziam uma vajem tão longa, “ De acordo com os mapas são sete dias para chegar e sete para voltar, afinal,Corona fica no sul do continente, e Arendelle no norte..” falou para si mentalmente, ela não queria que eles fossem, algo a dizia que eles não deveriam ir..

– É importante para Vitória, ela não vê a irmã a tempos.. – Agdar respondeu, seria ótimo sair um pouco das redondezas de Arendelle, e também rever Tomás, seu irmão e rei de Corona.. – Ei mais, não fique preocupada, Gerda cuidará de você,e nós voltaremos o mais rápido possível, afinal…O que pode acontecer?

***

Faltavam apenas algumas horas para seus pais embarcarem, e Elsa, que tentou convence-los estes três dias de que não era uma boa ideia viajar, estava mais preocupada do que nunca. “ Estou com um mal pressentimento..” Murmurou enquanto andava de um lado para o outro do quarto, tentando se convencer de que nada aconteceria. Um lado seu dizia que aquela preocupação era apenas um capricho de menina, que não queria que seus tão amados pais ficassem duas semanas fora de casa, deixando Elsa sozinha em seu quarto, sem ouvir as piadas que seu pai contava as vezes quando não estava tão ocupado, ou de ver como sua mãe se preocupava tanto com ela, e fazia questão de fazer companhia a menina todos os dias ao final da tarde, conversando sobre vários tipos de livros... Já a outra parte, a mais forte, dizia que algo aconteceria naquela viajem, e não seria nada bom, ela lembrava de ter tido um sonho estranho na noite passada, sonhou com Anna, a mais nova vestia roupas pretas e chorava desesperada em frente a dois túmulos. Só de lembrar daquilo, ela sentia calafrios, o que era estranho para Elsa..

– Princesa Elsa, seus pais estão a aguardando em frente a escadaria para se despedirem.. – Kai avisou, do outro lado da porta. Kai era o empregado em que o rei tinha maior confiança, além de ser um grande amigo de toda a família, e particularmente, o interesse amoroso de Gerda, porém, os dois nunca admitiam o que sentiam e, Apesar dos planos que Elsa e Anna faziam para juntar os dois na infância, até hoje eram apenas bons amigos..

– Já estou descendo Kai, obrigada! – Elsa agradeceu, enquanto o desespero percorreu por seu corpo, ela precisava impedir aquilo, mais como? Se em três dias ela não havia conseguido, como conseguiria em cinco minutos? Abriu a porta, e deu um longo suspiro, desceu as escadas, encontrando-os rapidamente, por um momento sentiu-se feliz por sair daquele quarto, sentindo uma breve sensação de liberdade, mais depois isso foi embora deixando apenas o sentimento de preocupação. Fez uma breve reverência e olhou no fundo dos olhos de seu pai, que no momento era apenas Agdar, e não o rei de Arendelle, que já havia dado sua palavra que iria ir para o casamento.

– Precisam ir mesmo? –Perguntou triste, e visivelmente abatida. Aquele olhar praticamente implorava que eles ficassem, a rainha sentiu pena de sua “pequena” filhinha, ela estava se´preocupando por nada tadinha…

– Você vai ficar bem, Elsa. – O homem a sua frente, afirmou decidido, parecia que o destino queria que eles fossem de qualquer jeito para aquele bendito casamento, até o sol havia aparecido hoje. A princesa em resposta apenas ficou cabisbaixa, sentindo uma enorme impotência. E ao ouvir o capitão que os levaria, afirmando que o navio estava pronto sentiu que não poderia mais fazer nada. O que lhe restava agora era apenas esperar que nada de mal acontecesse aos dois, e que aquela preocupação fosse apenas uma grande bobeira. O rei e a rainha lançaram um último olhar a Elsa, que significava algo do tipo “ Vai ficar tudo bem” e saíram do cômodo deixando a princesa sozinha, ou quase.. Quando Elsa estava preparada para voltar, não pode conter um grande espanto e que um ruído feminino, vindo da mesma, escoasse por todo o cômodo. Seus olhos observavam com atenção os olhos azuis como o mar, de alguém que ela não via de perto a tempos..

A outra princesa, a mais nova, estava entre as sombras apenas observando a cena com atenção, via tudo sem entender o porque da preocupação de Elsa, afinal, de acordo com seus pais o clima estava ótimo para fazer a tal viajem e tudo ocorreria bem.. Se fosse a antiga Anna, ela sairia correndo para abraçar Elsa, e diria que morreu de saudades. Mais a Anna de agora, a mais madura, queria apenas observar a princesa sem ser vista, já que ela tinha certeza que se sua irmã mais velha a visse também, ela iria a ignorar e ir embora. Só que o que ela não esperava é que Elsa iria se virar tão bruscamente..

– Anna?! – Elsa pronunciou em um fio de voz, ainda espantada, sua visão percorreu o corpo da irmã mais nova. “ Como ela está alta!” Pensou. Era óbvio que ela estaria muito mais alta do que da última vez que Elsa a viu, porém mesmo assim não pode deixar de ficar surpresa. Do outro lado, Anna a observava com o mesmo interesse, observando sua irmãzinha, que agora também já estava bem maior do que ela se lembrava.

– Elsa.. – A princesa pronunciou, em seguida lançando um sorriso, de felicidade, por um momento as duas ficaram assim, em estado de choque. Os olhos cor de gelo fixos nos olhos azuis cintilantes , tantas lembranças passaram pela cabeça das duas, Por um momento Elsa sentiu-se travada ali mesmo, sem conseguir se mover ou pronunciar qualquer palavra, e percebeu que Anna também estava assim. Um pequeno sorriso brotou nos lábios da mais velha, fazendo Anna sorrir mais animada do que antes, a ruiva tentou aproximar-se e dar alguns passos na direção da irmã, mais quando Elsa percebeu a aproximação, afastou-se rapidamente. Sua consciência agora havia se manifestado, e ela saiu do transe em que se encontrava repentinamente. Dentro de sua mente uma vozinha dizia “ Suba e volte para o quarto, é o melhor a se fazer…” E ela apenas obedeceu, subindo apressadamente as escadas..

“ Elsa, espera!” A voz de Anna invadiu os ouvidos atentos da princesa, que parou imediatamente no degrau em que estava, dividida. Por um momento pensou em voltar , mais sabia que não devia, precisava fazer o certo.

– Desculpe Anna.. – Respondeu com a voz embargada por conta do choro que provavelmente estava por vir, Ela já sentia os olhos molhados, mais precisava se conter, Sentiu um bolo se formando em sua garganta a impedindo de falar, ela não queria aquilo, queria estar perto de Anna..Engoliu o choro,e deu um longo suspiro, ainda tentando parecer forte e após alguns segundos concluiu sua frase. –Mas é para o seu próprio bem. – Ela subiu as escadas e rapidamente seguiu para o caminho de seu quarto, abandonando pela segunda vez na vida uma Anna confusa, que protestou algo, que Elsa nem sequer ouviu, tudo meio que rodava agora, e sua cabeça latejava de dor,mais agora, o importante era manter Anna a salvo.

***

Após uma grande tempestade no dia anterior, Elsa se sentia preocupada. Será que eles já haviam chegado em Corona? Eram praticamente duas da tarde, quando a mais velha ouviu um grito desesperado vindo do corredor, aparentemente de Anna, e por falar na princesa, ela nunca mais havia passado pelo corredor desde aquele dia. “Ela deve estar magoada demais..” Mais depois daquele grito histérico, escutou também o choro de sua irmã, agora era oficial : Havia alguma coisa acontecendo com Anna. Elsa parou de frente para a porta tentado ouvir mais alguma coisa, e ouviu, os passos de alguém se afastando rapidamente do corredor, e a voz de Kai dizendo que iria atrás da pessoa, Mais afinal o que estava acontecendo naquele castelo?

“ E agora? Como daremos a notícia a Elsa?” Era a voz de Gerda audivelmente alterada e bastante chorosa .

“ Ela nem chegou a abraçar os dois antes do pior acontecer” Desta vez foi a voz de uma outra empregada, provavelmente Joana, a melhor amiga de Gerda. Ao escutar o “antes do pior acontecer” Elsa não pode acreditar, seus olhos se arregalaram com o pensamento. Uma parte dela já sabia o que aquilo queria dizer, já á outra queria não acreditar naquilo, ignorou tudo, e abriu a porta rapidamente, já com os olhos levemente marejados, fitando uma Gerda com a face toda vermelha, olhos inchados e molhados segurando um lencinho que parecia já estar encharcado. E Joana, que chorava desesperada, soluçando.

– M-meus pais, E-eles… – Falou um pouco desesperada, esperando que alguém respondesse, mais Gerda apenas ficou cabisbaixa, e Joana saiu chorando desesperada. – Gerda por favor fale! E-el… Eles…? – Falou soluçando enquanto a empregada assentia devagar, as duas choravam desesperadas, e Elsa já não tinha mais forças para ficar de pé, lágrimas e mais lágrimas brotavam de seus olhos, e o desespero percorria seu corpo, sussurrou – M-mamãe.. – abraçando o próprio corpo enquanto as lembranças passeavam por sua cabeça, ela soluçava e Gerda, igualmente, chorava feito uma maluca. – Pap-papai… – Perder o pai e a mãe em um dia só… Aquilo era horrível para qualquer um. “VOCÊ DISSE QUE ESTARIA AQUI SEMPRE PARA ME ACONSELHAR!” era o que queria dizer, observou as estrelas, pela janela do corredor, enquanto lembrava do dia em que seu pai havia lhe contado sobre os reis que viviam nas estrelas, ela lembrava-se perfeitamente daquele dia. –E você não está agora…– Murmurou.

O dia passou rapidamente assim como o dia seguinte e Elsa, apenas chorava em seu reino de isolamento, não comia, não dormia direito, apenas chorava e chorava, Neste momento, ela se encontrava deitada em sua cama, segurando fortemente o colar que havia ganhado poucos dias antes da tragédia acontecer, relembrando de que apesar dos bons e maus momentos, eles sempre estavam lá, ajuda-la e agora, não passavam de uma mera lembrança. Se não fosse por Gerda, Elsa sabia que provavelmente já teria tido o mesmo destino que seus pais,já que ela se recusava a comer qualquer coisa, e té mesmo a abrir a porta, Mais Gerda conseguiu convencer a princesa alegando que se ela não se importava com a própria vida que ao menos se preocupasse com Anna que não suportaria perder três pessoas tão amadas por ela, na mesma semana. Depressiva, era assim que se sentia agora.A vida havia dado mais uma daquelas rasteiras nela, e esta havia sido pior que a anterior… Escutou batidas na porta, não batidas comuns, batidas de Anna. A pobre menina devia estar se sentindo péssima por ter ido ao enterro esta manhã, sozinha. A mais nova realmente era um poço de determinação, e Elsa a admirava muito por isso… Ignorando a tristeza, correu na direção da porta, como quando tinha oito anos, e sentou-se, Anna agora mais do que nunca era o que a mantinha forte e determinada,assumiria o trono por ela… Mesmo que não pudesse se aproximar muito…

“Elsa?
Por favor, me escuta
Todos perguntam sem parar
E me encorajam para te dizer
Mas espero por você
Me deixa entrar
Só temos uma a outra, o que vamos fazer?
Temos que decidir
Você quer brincar na neve?”

“Sim,agora mais do que nunca eu quero brincar na neve”