Passado escrita por Amorita


Capítulo 2
Elsa Part 1- Isolamento


Notas iniciais do capítulo

Oiiiii então gostaria de agradecer a Arendelsa, Creative Girls, Daniella Romanoff, Framboesaecha pra lá, jelsa4ever,Victor,e ticii santos por terem comentado( não esperava receber comentários neste mini prólogo, obg gente!! e a todos que estão acompanhando( no meu contador de acompanhamentos tem 12, mais eu só vejo 4 então não poderei citar nomes >< )E gente, já tiveram leitores que favoritaram !!! Muito obg :D

Nesse capítulo temos uma referência ao Rei Leão da Disney, pq achei legal conectar os dois mundos xD

Enfim eu recebi muitas críticas sobre este cap, (positivas e negativas) Teve gente que me disse que eu fui fiel demais ao filme, e eu não acho isso ruim (não sei para vocês) mais eu realmente precisava retratar algumas cenas do filme pelo ponto de vista da Elsie. Prometo que o próximo será diferente.

Ah! terá um momento em que eu retirei alguns trechos da Tmj 51 e aperfeiçoei, pq eu ADORO aquela cena rsrsrs.
Eu realmente estou muito apreensiva com este aqui. Ele já esta pronto a meses, porém com tantos sonhos( Longa história U.U) eu fui modificando e revisando ele várias e várias vezes, e acho que ficou razoável.

Certo agora acho q acabei , e é isso boa leitura!


( Obs: Os "sei lá quantos dias" estão relacionados a quantidade de dias que a Elsa está sem ver sua irmã ( Ou seja quando dias passaram após o acidente)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/520118/chapter/2

 

{ 18 dias}

 

“Você quer brincar na neve?

Um boneco quer fazer?

Você podia me ouvir, e a porta abrir

Eu quero só te ver

Nós éramos amigas, de coração

Mais isso acabou também

Você quer brincar na neve?

Não tem que ser com um boneco”

 

“Aquilo era de partir o coração” pensava Elsa toda vez que ouvia aquela canção. Sentia-se um monstro, uma insensível. Queria poder abrir aquela porta e abraçar sua irmã, falar o quanto se sentia mal por estar tratando-a daquela forma, ou até mesmo brincar na neve como ela tanto insistia. Ao mesmo tempo, sentia-se tão Egoísta por querer tanto algo que poderia ser mortal para Anna. Não poderia pensar de forma alguma em aproximar-se dela novamente...

É.. A vida é realmente muito engraçada, Quando menos se espera, quando você acha que está tudo bem.. A vida lhe dá uma rasteira, e enfim tudo parece desmoronar, Como um castelo de cartas! É tudo tão irreal e absurdo, como algo que a pouco tempo estava perfeito, pode se transformar em ruínas num simples ato como um piscar de olhos? É... A vida é assim. Não importa o quanto se demora em alcançar o desejado, com um simples sopro todo o trabalho, todo o esforço, desaparece. Mas, não importa quantas e quantas vezes for necessário, as pessoas insistem em tentar. E é isso que faz dos humanos o que são. Nós somos assim. Aprendemos com nossos erros e fazemos algo melhor, novo! Mas, como se reerguer, como reconstruir... Se não a nada ou ninguém do seu lado? É.. Este era o dilema de Elsa.

Como poderia esquecer tudo que havia acontecido naquela noite? como poderia reconstruir o vínculo com sua irmã e com todos sem machucá-los? Certo que Anna era persistente. Mesmo com as resposta que ouvia do outro lado da porta, a mesma não se permitia desistir. Porém como todo ser humano, Anna tinha sentimentos. E não era fácil receber como resposta todos os dias um “Vá embora Anna” . Era muito duro para Elsa, pronunciar tais palavras e depois pensar em como a princesinha estaria se sentindo do outro lado. Como alguém que foi abandonado, que foi simplesmente esquecido sem saber ao menos o motivo. Por isso depois de um tempo não conseguia nem ao menos responder a pequenina.

Era noite em Arendelle, o vento uivava lá fora e o céu parecia carregado de estrelas. A lua, tão brilhante, parecia espantar a penumbra. Já dentro do palácio, mais precisamente no quarto da princesa Elsa, a escuridão predominava o local. A esta altura, Elsa podia ser encontrada encolhida num canto qualquer do cômodo ao qual agora aprendera a chamar de “lar”, enquanto refletia tudo que havia acontecido esses últimos dias, abraçando as próprias pernas. A vida lhe parecia tão vazia e injusta que precisava, de algum modo, desabafar. Pequenos fractais já jaziam pelo local pousando lentamente, com toda delicadeza possível no chão. A menina Relembrava da noite em que tudo aconteceu... A noite do Acidente.

***

* Algumas semanas antes, Castelo de Arendelle - Noite do acidente*

Horas após o desastre que ocorrera aquela noite, Depois de voltarem do encontro com os trolls, Anna parecia estar bem melhor. Sua pele que antes parecia ter ficado um pouco mais pálida, agora já estava mais corada. Sua expressão facial mudou drasticamente, e a pequena agora repousava sobre o colo da mãe despreocupada. Não estava mais encolhida como antes ou demonstrando qualquer sinal de frio ou incômodo. Pelo contrário, sentia-se tão confortável que parecia estar num sono profundo – do qual não acordaria tão cedo. – Mas uma coisa ainda indagava Elsa. A pequena mecha platinada ainda estava presente entre os fios loiro morango da menina.. Por que? Será que aquela mecha ficaria presente ali para sempre? Assim como um lembrete do que Elsa fez a Anna? Mesmo sendo acidentalmente, a mais velha não deixava de se culpar.“Eu deveria ter sido mais responsável” Pensou. Então foi tirada de seus devaneios por seu pai. Que pigarreou um pouco chamando a atenção da mesma.

— Elsa! Precisamos conversar... – Ele parecia tão severo, “Será que ainda estava bravo comigo?” Um monte de perguntas rodavam na cabeça dela, assim como um redemoinho, e parecia que nenhuma delas tinha resposta. Então a pequena, um pouco relutante, aproximou-se dando passos que pareciam ter sido cautelosamente medidos parando próxima a seu pai, que acendia a lareira. O castelo parecia ter ficado mais frio desde que toda aquela confusão começou, “Elsa deve estar assustada, e por isso a magia saiu um pouco do controle, tornando o clima mais frio”. Presumiu o rei ajoelhando-se para ficar do tamanho da filha.

— Elsa, depois do que aconteceu hoje... As coisas não podem continuar deste jeito.. –

— Mas papai, foi um acidente! – Respondeu desesperada– Eu só queria brincar com Anna...

— Eu sei, eu sei! Mas não pode ser assim sempre... Realmente estou desapontado com você Elsa, você deveria ter sido mais responsável! –Falou rígido, não deixando que a pequena continuasse. Elsa por um momento ficou cabisbaixa encarando os próprios pés, agora começara a refletir.. “E se eu machuca-la novamente? Papai tem razão as coisas não podem ser assim” falava para si mentalmente, Sentia-se completamente dividida. De um lado, estava a razão. A alertando de como seria perigoso aproximar-se de Anna novamente. Do outro estava o coração. Que doía só de pensar em se afastar da irmã. Afinal, ela era sua melhor amiga. A menina estava vivendo um verdadeiro conflito interno. Porém precisava fazer o certo, aceitaria qualquer coisa para proteger Anna. Até mesmo se afastar de tudo e de todos, e esconder seus poderes pelo resto da vida se fosse necessário. Mas..Se estava fazendo a escolha correta... Então por que se sentia tão culpada?

— Você compreende?

— Sim papai... – Foi a única coisa que conseguiu pronunciar.

— Isso sem falar que...Acordamos uma família inteira de trools em plena madrugada, o que foi muita falta de educação de nossa parte! –

— Mas... Papai, o senhor é o rei! Quero dizer, o senhor manda em tudo, pensei que reis pudessem fazer qualquer coisa! –

— Elsa mesmo o rei mais poderoso, deve ter respeito por todas as criaturas existentes! – A pequena princesa parecia não ter entendido muito bem, franziu o cenho tentando processar tudo que seu pai lhe disse a pouco. –

— Venha comigo – Falou indo em direção a uma das varandas do salão principal – Que tinha vista para os jardins reais do castelo– fazendo com que a mesma o seguisse – Olhe para o céu, O que você vê? –

A menina agora havia ficado mais confusa ainda, olhou para o céu e após alguns segundos afirmou–... Nada.

— Nada? Tem certeza?? Olhe com atenção. E agora consegue ver? – Falou apontando para a imensidão azul a sua frente. –

— Bem.. Só um monte de estrelas! – E ao falar isso o homem não conteve uma breve gargalhada, confundindo a cabeça da pequena. –

— Foi exatamente a mesma coisa que respondi para o meu pai... – Murmurou para si. E ao ouvir aquilo Elsa não deixou de exibir um pequeno, porém sincero sorriso. – Só estrelas? Bom deixe-me lhe contar uma história.. Eu ouvi do meu pai, que ouviu do pai dele e assim sucessivamente. – Fez uma pausa para ver se Elsa estava realmente prestando atenção e a pequena fez menção para que ele continuasse – Os antigos diziam que quando os grandes reis morriam, eles se tornavam estrelas...– E ao falar isso a menina arfou em sinal de deslumbramento. Seus olhos se arregalaram e sua face contorceu-se em um misto de fascínio e surpresa. –

— Ohhh! É verdade papai? –

— Mais é claro! E é por isso que devemos respeitar á todos, inclusive “um monte de estrelas” Entendeu? –

— Estou começando.. – E voltou a fitar as estrelas, mais logo parecia querer perguntar algo – Papai, me promete uma coisa? – O rei ficou curioso com a pergunta da menina, e logo assentiu – Você sempre vai estar aqui para me aconselhar, não é? –

— Claro! É uma promessa! – Respondeu logo a abraçando. – E quando eu não estiver por perto, é só olhar para as estrelas que eu estarei lá, sempre de olho em você! –

***

* Presente – Quarto da princesa Elsa *

Ao lembrar das palavras de seu pai não pôde conter um sorriso. Elsa sempre se considerou uma menina de sorte por ser uma princesa, ter uma família maravilhosa, e súditos que a amavam. Porém agora com esse afastamento repentino de todos, sentia-se insegura, e até mesmo um tanto deprimida. Mas, ao lembrar que ao menos tinha o apoio de seus pais, sentia-se ligeiramente feliz. Claro que isso não a fazia esquecer de tudo que ela teve que abrir mão, porém já ajudava bastante. Foi quando de repente ouviu o ranger da porta, e despertou de todas aquelas lembranças, Era sua mãe. –

— Boa Noite querida! Perdoe-nos por não ter comparecido mais cedo, Seu pai estava resolvendo alguns... Problemas no escritório.. –

—Algo grave? – Perguntava enquanto se erguia sacudindo o vestido que estava com um pouco de neve – Devido ao seu descontrole emocional –

—Não, não, nada sério.. – Só então que a rainha observou o estado em que sua filha se encontrava: Os olhos azuis cintilantes, vermelhos e inchados com profundas olheiras e levemente marejados, e as vestes amassadas, com alguns vestígios de neve – Elsa, você está bem querida?– Questionou-a com uma expressão interrogativa.

—....Sim mamãe – Afirmava a menina, sua voz apesar de decidida falhara audivelmente. Sem dúvidas aquilo não havia sido o suficiente para convencer a soberana. –

— Elsa, eu te conheço. – Falava pausadamente esperando que sua filha lhe contasse a verdade. Tinha certeza absoluta de que ela estava mentindo. – Sabe que não precisa ter segredos comigo! – Cabisbaixa, Elsa não pronunciou nem mais uma palavra. Sentia um pouco de culpa por estar mentindo, mas sabia que sentiria mais culpa ainda se contasse a verdade. Então resolveu deixar a situação como estava. E sua mãe vendo que ela não iria lhe contar uma palavra sequer deu um longo suspiro, como sinal de rendimento. O silêncio alastrou-se por algum tempo... Fazendo com que as duas – Principalmente Elsa – se sentissem desconfortáveis com a situação –

—P-papai vem me ver hoje? – Perguntou tentando acabar com aquele clima tenso que reinava entre elas. –

— Não querida sinto muito.. Ele está muito ocupado –

— O que está acontecendo? – Perguntou verdadeiramente interessada – Ele sempre vem me ver – Murmurava mais para si do que para sua mãe –

— Não é nada, ele só estava cuidando de Ann... – A rainha iria falar algo mas parou rapidamente ao se dar conta do que iria dizer. Levou as mãos ao beiço, como se estivesse em uma tentativa inútil de fazer com que as palavras voltassem. Havia jurado ao seu marido que não comentaria nada com Elsa. Então voltando a encarar a filha que a lançava um olhar pedindo que ela continuasse, inventou uma desculpa qualquer – C-cuidando de uns assuntos, sobre uma negociação com o reino de Corona...

Elsa parecia não ter engolido aquela história, e jurava para si que sua mãe ia falar algo a respeito de Anna. Mesmo assim preferiu fingir que havia acreditado, – Ah, claro... –

— Sabe que eu te amo, não sabe? –Falou enquanto aproximava-se de sua pequena, acariciando os cabelos loiros e delicados da mesma. –

—Sei.. Sei sim mamãe. Eu também te amo. –

{ 45 dias}

 

Algumas semanas depois, a menina estava entediada. Não havia o que se fazer ali. Estava deitada em sua cama olhando para o teto como fazia de costume, até que ouviu um barulho vindo de fora do castelo. Sem pensar duas vezes foi rapidamente em direção a janela e deparou-se com uma cena um tanto curiosa. Observava as crianças lá fora,brincando próximas ao portão real, um sorriso brotou em seus lábios. – o que já estava se tornando raro. – Eram dois meninos. Um aparentava ter aproximadamente uns 9 anos enquanto o outro uns 15. Os dois brincavam de guerra de bolas de neve. “Será que quando eu e Anna crescermos seremos assim também?” Afinal ainda havia alguma esperança dentro dela? É, parece que sim. Estava tão distraída, debruçou-se sobre o parapeito da grande janela que ali jazia e ficou os observando por alguns minutos, a alegria estava estampada na face dos dois. E quando finalmente parecia ter encontrado um pouco de felicidade em seu dia tedioso, algo inesperado aconteceu. Sentiu um leve formigamento nas mãos, e quando olhou para as mesmas viu que indícios de geada começavam a cobrir o local que outrora apoiava-se. Ela rapidamente encolheu os braços. O movimento brusco só fez com que a geada crescesse mais. Sua face contorcia-se em uma mistura de pavor e surpresa, o que estaria acontecendo com ela? De maneira cautelosa saiu do quarto rapidamente sem ser vista por mais ninguém e foi até o seu “porto seguro”. Seus pais...

“As luvas vão ajudar viu?”

“Encobrir”

“ Não sentir, Não deixar saber”

{ 98 dias}

 

Com o frio raiar do dia, Arendelle começava a acordar. E apesar de ser primavera, o clima não se encontrava muito agradável. Com fortes correntes de vento e o céu um tanto nublado. Mesmo assim, as condições climáticas não apagavam completamente a beleza da estação. Em todo reino havia cor. Desde as tulipas roxas que cresciam próximas as montanhas, até os belíssimos lírios que se vendiam na floricultura. Mercadores iam abrindo suas lojas, e o aroma delicioso do pão quente já emanava das padarias. Elsa sabia bem que dia era hoje. O aniversário de Anna. Mas, para sua tristeza, ela não poderia comemorá-lo com a sua querida irmã. Apesar de insistir e pedir muito a seus pais, eles lhe apresentaram argumentos sólidos o suficiente para fazer a menina mudar de ideia. Elsa torcia profundamente para que Anna não lhe aparecesse por lá . Ela não queria nem pensar na hipótese de ferir os sentimentos de sua irmã em um dia tão especial como hoje, logo hoje, o aniversário de 6 anos da princesa Anna.

“ Ah como elas sonhavam com este dia, Seus pais convidariam seus tios, reis de Corona para visita-los (Sendo que eles conheceram somente Elsa, quando a menina tinha apenas meses de vida) Elsa faria uma pista de patinação no salão principal e finalmente ensinaria Anna a patinar! Teria chocolate para encher até mesmo um elefante como elas costumavam dizer, e muita música e dança. Seria o dia perfeito!” A menina permitiu-se retirar as luvas por um momento e fazer um pequeno floco de neve planar por todo o quarto. Ás vezes sentia raiva de ter nascido assim. Porque um dom tão belo precisava ser a razão de se afastar de quem ela amava? Aliás,porque a vida era tão dura? Não poderia ser tudo mais simples?Foi quando ouviu leves batidas na porta.. Então sentiu seu sangue gelar, e um tremor percorrer todo o seu corpo. Conhecia bem aquelas batidas..Era ela.. Anna

— Elsa! Sou eu a Anna!!! –Falou a voz doce e abafada por conta da grossa madeira branca e polida, e Elsa ao ouvir aquilo correu instantaneamente para a porta. Sempre que ouvia a voz de Anna, mesmo que não respondesse a nenhuma das perguntas que a mais nova lhe fazia, gostava de ficar encostada na porta, para talvez criar a falsa ilusão de que assim estaria mais próxima dela. – Você quer brincar na neve? – Perguntou a princesinha sem ouvir nenhuma resposta, mais não iria desistir tão fácil assim,estava disposta a fazer com que Elsa saísse de lá e seria hoje! – Eu... Não sei se você se lembra mas... Hoje é o meu aniversário! –exclamou contente.

Elsa do outro lado da porta torturava-se profundamente numa vontade relutante de abrir a maldita porta que separava as duas. Seus olhos já se encontravam marejados, tentou não chorar, prometeu a si mesma que não faria isso. “ É para o seu bem Anna” Pensava.

— Elsa... Por favor me responda! Olha.. papai e mamãe preparam uma mini festinha pra mim, tem bolo, chocolate,sorvete... – Falava já perdendo as esperanças – Sei que não foi tudo que planejamos mas... Pode ser divertido! – Murmurou.

— Anna querida, Gerda já irá servir o bolo, venha assoprar as velinhas – Elsa então, ouviu a voz de sua mãe, um pouco mais distante. –

— Não! – Gritou já com a voz alterada – Eu não vou sair daqui até a Elsa descer conosco! – Elsa não suportou mais e começou a chorar sentindo um aperto no coração. Chorava silenciosamente, e cada vez mais lágrimas brotavam de seus olhos. Assim como a neve que já se alastrava pelo local. –

— Anna, você precisa entender que a Elsa não... –

— Não pode vir ao meu aniversário? Por quê? Ela está brava comigo? Eu fiz algo errado? – Perguntava entre soluços – Eu só queria saber o que eu fiz! –

— O que está acontecendo aqui? – Protestou outra voz, desta vez masculina, que parecia vir da escadaria. Elsa identificou como seu pai.

— Anna vamos! é o seu aniversário! V-você estava tão tristinha esses últimos meses que..– A rainha tentava argumentar.

— E qual é a graça de uma aniversário se você não pode comemorar com a família toda reunida? – Protestou.

Seus pais então cabisbaixos resolveram deixar a menina se acalmar um pouco – Q-quando estiver mais calma.... Estaremos aqui querida – Sua mãe lhe lançou um sorriso abatido. Apesar de Anna não ter identificado, a rainha parecia estar extremamente triste e aquela fachada de “mulher forte” parecia que iria se romper a qualquer momento. Uma única lágrima escorreu sobre seu rosto,que o rei secou com o polegar delicadamente, em seguida depositando um beijo na testa de sua amada. Depois sussurrou um " Ela vai ficar bem querida"

Dentro do cômodo mais frio do palácio, Elsa chorara o dia inteiro. Seu rosto enterrado sobre suas vestes de algodão escondiam uma face de arrependimento, tristeza e melancolia... O silêncio naquele momento lhe parecia pior do que de costume, que vez ou outra era quebrado por algum ruído do corredor. Elsa identificou por ser Anna. A noite chegou e a mais velha parecia ter finalmente conseguido se acamar um pouco. Sua cabeça, latejando de dor lhe causara um profundo incômodo. Pediria para Gerda lhe fazer um chá de ervas, e então dormiria, tentando esquecer o dia que ela identificou como um dos piores de sua vida. O sentimento de culpa ainda lhe preenchia, mas ao abrir a porta se assustou ao ver que Anna ainda estava lá, e já havia dormido encostada. Ao ver aquela cena, sentiu seu olhos arderem e logo em seguida lacrimejarem, "Tudo isso por minha culpa" Pensava insistindo em se culpar por tudo.

E agora o que faria? Deixaria Anna ali fazendo com que a coitada tivesse uma noite mal dormida, ou desobedeceria seus pais e levaria a pequena até seu quarto? “Talvez se eu for rápida, eles nem percebam... E Anna tem um sono de pedra então...”Mordeu o lábio inferior. Permaneceu na incerteza por um tempo, mas ao olhar para menina novamente acabou chegando a uma conclusão... Respirou fundo, e resolveu arriscar. Carregou-a com um pouco de dificuldade, tomando o máximo de cuidado para não fazer barulho, deu passos silenciosos pelo corredor, até chegar ao quarto de Anna. – quarto este que um dia já havia sido seu também– Empurrou a porta com o próprio corpo para ter mais espaço e adentrar no local. Oh bons tempos.. Observou a mobília e os brinquedos e então lembrou-se dos tempos em que tudo era perfeito. Mas não poderia se dar ao luxo de demorar, precisava pôr Anna na cama rápido e voltar logo para o quarto. Cobriu a garota com um cobertor e a observou por um tempo, afinal a quantos meses não a via? Então antes de ir deu uma última olhada na mesma, e sorriu

— Boa noite Anna.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então comentários??? Please comentem isso me faria eternamente grata! ( Ok, momento Toy Story não liguem )