Passado escrita por Amorita


Capítulo 12
Anna Part 1 - Você quer brincar na neve?


Notas iniciais do capítulo

Heey!!!!!!!!!!! Capítulo novo genteeee!!!
(Não me matem pls) Bom não tenho muito o que falar. Novamente, demorei uma eternidade de postar, por estar passando por coisas difíceis no momento e pela minha evidente falta de criatividade e bloqueio de ideias. Enfim, ninguém aqui quer saber da minha vida pessoal, estou certa? Todo mundo quer saber da vida de uma guria muuuuuito fofa que ama bonecos de neve. Um nome. quatro letras, mas um grande significado para nós frozenlovers. ISSO MESMO POVO, ANNA!!!!!!!! Sei que muitos de vocês estavam ansiosos por este momento.
Enjoy!



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A neve caia do lado de fora do castelo. Pequeninos flocos de neve, muito delicados e frágeis pousavam sobre o chão, enquanto uma jovenzinha muito pequena observava de uma janela do alto. A figura de uma menininha excitada que comprimia o nariz contra a vidraça, de olhos azuis-esverdeados muito vivos e arregalados, observava meio abobada a imensidão branca e fofinha projetada no jardim. Parecia que via um tesouro de tão contente que estava. E com um brilho nos olhos, a garotinha de cabelos curtos loiros-morango, caminhou apressadamente, quase que aos tropeços, na direção de uma porta branca imponente e por alguma razão desconhecida, sentiu um frio percorrer seu corpo ao aproximar-se da madeira clara e maciça com adornos em azul. Uma sensação que ela em nada associava a empolgação e as borboletas no estômago que sentia no momento. No entanto, a menina era corajosa. E não deixando a onda de hesitação percorrer-lhe o corpo, bateu delicadamente na porta.

" Vamos lá Anna, dê o seu melhor!" A garotinha pensou. Era sua chance –Talvez a única – De tirar a princesa mais velha daquele cômodo. Sinceramente, ela não sabia por quê estar tão nervosa, nem o porque de suas mãos suarem. Afinal, Elsa sempre gostara de fazer bonecos de neve, não?

"Elsa?

Você quer brincar na neve?

Um boneco quer fazer ?

Você podia me ouvir

E a porta abrir, Eu quero só te ver!

Nós éramos amigas, de coração

Mas isso acabou também

Você quer brincar na neve?

Não tem que ser com um boneco...

" Vá embora Anna." A mais velha falou.

De inicio, Anna pôde jurar sentir o coração rachar ao meio. "Ela nem se dera o trabalho de abrir a porta" Pensou abalada. Mas, talvez não estivesse bem disposta hoje, quem sabe um outro dia! O pensamento otimista invadiu sua mente. Ela sempre fora assim. Persistente. Não desistia com das coisas fácil. Com a voz mais animada que conseguira naquele momento, murmurou um "Tudo bem" Logo saindo do local.

Sentia-se perdida. Desde que nascera, Elsa sempre estivera ao seu lado. Afinal, não havia sido ela que havia prometido lhe ensinar a andar de bicicleta, ela que estivera presente quando falara suas primeiras palavras, que lhe prometera fazer tranças lindas em seus cabelos quando os fios estivessem maiores? O que havia acontecido com toda aquela dedicação? Sem dúvidas seria tolice pensar que o laço que construíram ao longo dos anos, iria se desfazer em alguns dias.

" Talvez Elsa tenha se cansado de suas criancices, Anna" A parte pessimista de sua mente falou, com um tom displicente e zombeteiro. Com este pensamento, Anna tinha certeza de que nem todos os chocolates do mundo, a fariam se sentir melhor outra vez. Sentindo os pulmões falharem e as lágrimas começarem a embaçar-lhe os olhos, ela rapidamente tratou de secá-las com o ante-braço.

E então, a resposta lhe apareceu, de repente, como se não fosse mais de anos atrás, e sim, de agora.

— Um Ano, e Três Meses Atrás, Arendelle, Cozinha do Palácio. —

Anna, nós nem deveríamos estar aqui! — Cochichou Elsa, parecendo muito enérgica e apreensiva. A mais nova revirou os olhos pelo que lhe pareceu ser a milésima vez hoje.

— Ah Elsa, você se preocupa demais. — A mais nova falou, com um olhar debochado rindo baixinho. Pareceu ser a gota d'água para a loira platinada, porque seu rosto ficou com uma expressão de dar medo até mesmo nos rebeldes que atacavam o castelo nas histórias sobre seu povo que sua mãe contava-lhe a noite para dormir.

Eu sou sua irmã! Nunca te abandonaria. Mesmo que você estivesse prestes a fazer a maior besteira de todas, Tal como agora! — Bufou irritada, cruzando os braços na defensiva.

— Tudo bem, tudo bem! Eu já entendi. — A loira-morango falou se arrependendo do que dissera antes. — Me desculpe. Mas você precisa admitir, não é empolgante o que estamos prestes a fazer??

— Sinceramente? Não. Não é nem um pouco. O que eu tinha na mente quando você me convenceu a vir aqui "pegar emprestado alguns docinhos antes da festa??" — A mais velha sussurrou, pondo a mão sobre a face na tentativa de esconder o rubor nas bochechas que tomava conta de seu rosto alvo agora.

— Ora, essa é fácil! Foi quando você não foi chata. — A loira, recuperando-se do seu momento de chateação empurrou de leve a mais nova que riu baixinho. Por mais que estivessem escondidas atrás de um balcão alto, sozinhas na cozinha, porque todos estavam ajudando de última hora na decoração, e colocando os uniformes de festa, não custava nada ser um pouco cautelosa. Anna analisou o local do crime, e encontrou sua primeira vítima: O fondue de Chocolate. Ela lambeu os lábios desejando engolir de uma vez só todo aquele chocolate. Elsa, logo percebendo, lhe lançou um olhar apreensivo.

— Elsa por favor!! — Suplicou a outra com um biquinho e olhos brilhantes enormes. — Não iremos participar da festa, porque papai e mamãe dizem que é muito tarde para garotinhas como nós, acho isso tão injusto! Temos capacidade de ficar acordadas até tarde, não é como se fôssemos bebês que não aguentam ficar acordadas depois das sete. Se bem que, eu sempre sinto meu corpo mais mole às sete e.. Ora, só poderemos tocar nos restos da festa amanhã, é realmente muito injusto porque.. — Elsa a cortou dando uma risadinha e erguendo a mão pedindo para que ela parasse.

— Está bem, está bem. Senhorita faladeira.— Ela zombou, mas Anna no momento nem se importara. Puxou a mais velha com força pelo pulso. Ambas seguindo de olhos fixos na direção do fondue. Mas, meio caminho andado, Anna vira outra coisa e parou no ato. Lá estava, a visão mais bela que já vira em cima de uma mesa, como se pedisse para que as mãozinhas pequenas e buliçosas de Anna fossem lá. Um pouco acima de seu campo de visão, encontrava-se um colossal bolo de chocolate, enfeitado com glacê, cerejas, e flores violetas cristalizadas. O chocolate derretido era claro, informando as garotas, que era chocolate ao leite. Um dos favoritos da mais nova. Elsa olhou para o bolo também, parecendo tentar se livrar do desejo de ataca-lo. No entanto sua expressão era menos cobiçosa que a da mais nova, que muito pequena, tentava pegar o bolo, erguendo-se na pontinha dos pés.

— Anna! — Elsa sussurrou de forma energética, sacudindo as mãos como se quisesse desfazer tudo aquilo. No entanto, a mão de Anna ainda tateava inutilmente o ar. — Anna, deixe este bolo em paz. Foi uma péssima ideia, vamos voltar.

— Assim que eu conseguir um pedaço... — Ela falou, teimosa. Elsa bufou de raiva. Mas não desistiria fácil. Afinal, teimosia parecia ser uma herança de família. Num movimento impensado a mais nova puxou a toalha de mesa. E então, a única coisa que restara daquele monumento açucarado, eram pedaços partidos ao chão, e respingos de chocolate nas vestes de ambas. O bandeja de prata fez um barulho ensurdecedor, que fez a ruiva se encolher com olhos anormalmente arregalados. Elsa parecia tão assustada quanto Anna.

— Mas o qu....

A fala da rainha Idunn, foi interrompida pelo impacto da cena. A mulher levou as mãos ao beiço, na tentativa de conter um grito de surpresa. O rei logo chegara também. E as meninas parexiam muito assustadas no momento. Anna estava cabisbaixa, mechendo incansavelmente no vestido pontilhado de chocolate, parecendo bem envergonhada. Elsa tinha razão. Como sempre. A loira platinada, por outro lado, apesar da expressão visivelmente abalada, não abaixou a cabeça. Ela mantinha o contato visual. Anna sentiu orgulho da mais velha, e resolveu que deveria ser tão corajosa quanto ela. Ergueu os olhos também. Elsa seria uma grande líder quando crescesse.

— Muito bem.. Quem foi que fez esta bagunça? — O rei indagou de forma severa. A postura da princesa vacilou um pouco, Anna pôde perceber. E então chegara a conclusão: Elsa sentia tanto medo quanto ela. Apenas não demonstrava. Talvez por ser muito orgulhosa, ou talvez fosse algum tipo de estratégia bem elaborada. Anna encorajada pela postura da irmã e levemente apavorada estava pronta para dizer que a culpa era dela. Chegou até a abrir a boca, no entanto, Elsa fora mais rápida. Deu um passo a frente sem exitar. Ela havia assumido a culpa.

— Fui eu, papai. — A loira pronunciou num fio de voz. — Foi imprudente de minha parte. Acabei envolvendo Anna em tudo. Ela não tem culpa de nada. Eu.... — A loira virou o rosto pra trás, encarando Anna, que estava muito abalada — Sinto muito.

— Bom já que é assim... — O rei falou analisando o rosto culpado de Anna. A ruiva desviou o olhar. — Sinto muito, Elsa mas...

— Pare! Elsa não tem culpa de nada. Fui eu!! — Anna falou soando mais culpada do que gostaria. Seus olhos lacrimejavam, e ela sentiu as bochechas corarem. O rei riu contrafeito. A ruiva não entendeu de primeira.

— Já sabíamos, querida. — Idunn falou, agachando-se para secar as lágrimas da mais nova. Anna a abraçou quase que de imediato. — Digamos que... Você não mente muito bem, nem mesmo de boca fechada. — Ela acariciou a bochecha rosada da menina que sorriu.

— Desculpe. — Ela murmurou. — Queria muito comer bolo. Nem pensei direito.

— Não é porque queremos algo, que ela vale a pena. — O rei agachou-se sorridente, para abraçar Elsa, e juntar-se as outras duas. — Foi muito nobre o que fez , Elsa. Mas as vezes é necessário que a pessoa sofra as consequências de seus atos para aprender a lição.

— Sim, pai.

— De qualquer forma, fico orgulhoso de saber que minhas filhas se amam a tal ponto.

Elsa sorriu. Focando Anna e disse:

— Ela é minha irmã. Irmãs sempre se apoiam.

***

Ao lembrar-se daquele dia, em que é Elsa jurara nunca a abandonar, a ruiva não pôde impedir que um sorriso débil nascesse em seus lábios finos e rosados. Porque estava se preocupando tanto? Ora, era demasiada tolice pensar que sua querida irmã havia esquecido dela! Aquele sentimento tão bom companheirismo e amor fraterno, de melhores amigas, não poderia sumir de uma hora para outra.

" Talvez, ela esteja com enxaqueca, ou até mesmo doente. Eu não deveria agir assim. " Ponderou a mais nova como leve tom de culpa e preocupação em sua voz. " Não desistirei fácil. Quem sabe um outro dia.

***

O inverno já estava no fim. E os primeiros índiciosde verão não tardaram a aparecer. As nuvens cinzentas iam se dissipando como névoa no céu, deixando aparente pequenos raios de sol que se infiltravam pelas nuvens repolhudas. Algumas árvores começavam a descongelar, fazendo o verde começar a transparecer no cenário branco de neve e geada, e até mesmo o fiorde estava congelado por uma finíssima camada de gelo que ia diminuindo a cada dia. Mas pra surpresa de Anna, sua irmã não quis mais brincar na neve. Anna perguntava-se incansavelmente o porquê. Será que a mais velha achava tal brincadeira uma idiotice? Que não valia a pena ficar perto da mais nova, ou que aquilo era brincadeira de criancinha? Será que Anna acharia isso também quando fosse mais velha?? Ela duvidava muito.

Tinha memórias, pequenos flashs e vislumbres de como ambas brincavam o dia inteiro incansavelmente. Por alguma razão, muitas vezes estas memórias eram interrompidas por clarões brancos. Como se tivessem editado suas lembranças de forma tosca, deixando pequenas falhas no conteúdo. Era óbvio que tudo aquilo não se passava de imaginação. Afinal, a idéia parecia muito estranha para ser real. Embora não tanto, quanto o sonhos que tivera, em que fora beijada por um troll...

A impaciente e voluvel garota, muito cansada do repentino afasto da irmã, chegou à conclusão de que brincaria sozinha hoje. Apenas como uma forma de relembrar os bons tempos.

A ruiva permitiu que Gerda a agasalhasse devidamente, com direito a capa, cachecol, gorrinho, luvas, todos em tonalidades diferentes de verde, por opição da ruiva, e botas de couro pretas. Seus pais e Gerda aprovaram a ideia de imediato. Afinal, não eram eles que sempre diziam como a menina parecia abatida??

Anna caminhou meio triste, meio esperançosa. Uma parte de seu cérebro, estava triste por ter que encarar o cenário branco do jardim, coberto de floquinhos, que ela tanto associava a irmã. Uma outra, um tanto boba e digna de pena, tinha esperanças de encontrar Elsa, em meio a neve, feliz de ver a caçula. Ela correria para abraçar Anna, e daria uma boa justificativa do porque andara sumida por tanto tempo.
A ruiva chegou até mesmo a arregalar os olhos de expectativa ao ver rapidamente o vislumbre de um vestido azul. Mas ao analisar uma segunda vez, vira que era apenas o reflexo do sol sobre um pedaço de gelo.Como era de se esperar.. Sua irmã não estava lá.

O lábio inferior da princesa tremeu, ela piscou algumas vezes na tentativa frustrada de fazer as lágrimas se recolherem para o interior de seus olhos azuis tão melancólicos no momento. Ela resolveu que não choraria no momento. E com o ante-braço secou as gotículas insistentes que manchavam o rosto rosado.

Com esforço e determinação, a garota conseguira fazer a base do homem de neve, no que lhe pareceram ser pelo menos trinta minutos. Ela não lembrava de como aquilo era exaustivo. Talvez, tudo teria sido mais fácil com a ajuda de uma certa loira platinada. Logo ela terminara o bonequinho. A figura inanimada tinha uma aparência grotesca. A cabeça era muito maior que o corpo. Um sorriso torto feito de pedras pendia meio vacilante na neve e os bracinhos de graveto eram muito curtos. Anna gemeu ao ver o resultado e bufou soprando a franja que caia em seus olhos. Ela queria tanto poder contar com a ajuda de Elsa... Meio tristonha, ela deu uma rápida espiada na janela da mais velha. A pelo menos 3 metros de distância do jardim. Lá estava a loira que ela a muito queria ver.

Elsa, sua querida irmã estava bela e graciosa como sempre, no entanto, toda a sua beleza parecia estar sendo encobrida por um manto de infelicidade. Como se estivesse sendo forçada a esconder o brilho e o charme que sempre teve. Seus olhos estavam com o foco na mais nova, e seu olhar era de compaixão banhado por pena e... Uma mescla de infelicidade?? As mãos estavam cruzadas a frente do corpo. A pele pálida, contrastando com o azul escuro do vestido. Anna sobressaltou-se, quase caindo o chão. Suas pequenas mãozinhas cobriram os lábios que haviam se esticado num sorriso enorme. Ela gargalhou contente e surpresa ao ver a irmã, acenando debilmente na direção da loira. Que fixou seus olhos agora assustados na direção dela. Aparentemente Elsa não reparara que Anna tinha percebido sua presença. A ruiva, não perdeu tempo e ainda sorridente apontou para a irmã, e gritou "VOCÊ QUER BRINCAR NA NEVE?" Apontando com um sorriso torto para o boneco malfeito ao lado. A loira, pareceu muito hesitante, ponderando o que dizer, e por um momento ela realmente teve a intensão de aceitar. Contudo, tristemente balançou a cabeça em negação, logo saindo do campo de visão da mais nova.

Tudo aconteceu tão rápido, que Anna duvidava muito que tivesse realmente acontecido. Ainda meio chocada, a ruiva olhou novamente para o bonequinho. Por alguma razão desconhecida, talvez para tornar o momento mais difício do que já era, as pedrinhas do sorriso do boneco cairam um pouco, transformando o rosto do boneco, fazendo com que sua expressão assumisse um ar triste. A boca tristonha do boneco pareceu comover Anna. Pois a expressão sofrida dele parecia se refletir nela. A jovem abraçou o bonequinho, sem se importar que o mesmo desmoronasse com seu aperto quente e forte.O corpinho frágil do boneco foi se esvaindo aos poucos, as lágrimas quentes se misturando de forma melancólica com as gotas frias de gelo recém derretido. Anna era alegre. Sempre fora. Mas, mesmo a pessoa mais alegre tinha seus dias tristes. Ela ficara ali naquele abraço choroso por um tempo, não saberia dizer quanto, sentindo como se o boneco compartilhasse de sua dor.

***

Semanas após sua deprimente e frustrante tentativa de brincar na neve, Anna já estava animada outra vez. A garota tinha sempre um brilho na aura, um otimismo mesmo em tempos difíceis, que era contagiante. Após bater na porta da irmã com a mesma esperança da primeira vez e receber um silêncio monótono como resposta ( porque Elsa parara de lhe responder havia tempos) a garota se encaminhou para o café, não triste, mas sim esperançosa de que um dia Elsa voltaria a ser a mesma de antes.

A garota ocupou seu local na extensa mesa de madeira avermelhada, de frente para a mãe, rainha Idunn, e ao lado do pai, Agdar, que ocupava a cabeceira.

A ruiva foi varrendo com o olhar a deliciosa refeição que a esperava. Seu estômago parecia achar que a comida era uma criminosa sltamente maquiavélica que fugiria a qualquer momento, e por isso ele se revirava e contorcia urrando de fome. Anna imaginou um órgão estufado, que inacreditavelmente criara membros e uma boca, que amarrava ansiosamente um babador e já preparava os talheres, enquanto lambia os lábios. Anna riu baixinho com o pensamento absurdo e dirigiu-se a comida com uma expressão tão faminta quanto a do estômago do pensamento.

— Está com um excelente apetite hoje, não? - O rei riu contente ao ver a ruiva atacar o pudim.

— Sim, mas cuidado para não se engasgar, querida. - Idunn falou tentando soar um pouco severa, mas estragando a tentativa esboçando um sorriso amável.

— Sim, mamãe. - A garota falou com um sorrisinho, logo enchendo a colher novamente.

— Adoro o horário das refeições. - O rei falou enquanto uma criada de cabelos grisalhos, servia café em sua xícara. - É tão bom este momento descontraído em família.

— Eu também! - A ruiva falou com a boca cheia de pudim. - Mais perfeito que isso só se Elsa estivesse aqui.

A resposta tão inocente e esperançosa da ruiva repercutiu de forma surpreendente.
No mesmo instante que proferira tais palavras, a rainha deixara a própria xícara cair, fazendo a porcelana se despedaçar em vários pedaços, e até o próprio rei, que dificilmente se abalava com algo,engasgar com o café. Ambos se olhavam copiosamente aflitos. Por um breve momento Anna pôde jurar quevos olhos da rainha marejaram. Por fim, após uma pausa breve ela falou.
— Um dia, Anna. Um dia... Tudo voltará a ser como antes. - A mulher sorriu tristemente, enquanto marido, orgulhoso pela coragem da mulher, tocou em seu ombro com uma expressão de apoio. Anna não entendera muito bem, inicialmente mas desejou instantaneamente que um dia alguém a apoiasse de tal forma. A castanha pareceu menos abalada instantaneamente, enquanto o rei a fitava com aquele brilho apaixonado que nunca se extinguia. Oh, como o amor deles era lindo de se ver. Pensou a ruivinha.

— Sei disso. - Ela falou surpreendendo todos. - E um dia.. Ela ainda vai brincar na neve comigo!!

O rei riu ligeiramente triste, afinal Anna não sabia, masparecia muito irônico que o motivo da separação de ambas tivesse sido justamente este. O monarca foi acariciando os cabelos da filha delicadamente. Um pouco espantado, pelo otimismo da mais nova.
— Isto mesmo, Ann. Isto mesmo.


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