Quando comecei a parar de ouvi-los levantei e me troquei tão rápido quanto pude, todos rondavam a região e na casa minha mãe e irmãos dormiam.
Comecei a seguir os rastros pela floresta escura, logo eu os seguia de longe quando Henry pareceu ter achado alguma coisa e correu rapidamente, os outros o seguiram acelerando e eu fiquei para trás, logo os rastros sumiram, eu não achava quase nada e nem sabia onde estava, pensei em voltar, mas eles fizeram uma curva, voltando rápido demais, logo Emmett, Jasper e Edward dilaceraram uma vampira, mas os outros vinham na minha direção mais rápido do que eu podia correr e tudo que eu senti foi o choque e depois mais nada.
Quando acordei estava circulada por cinco vampiros, olhei seus olhos furiosos e percebi que não estavam com sede e agradeci mentalmente por isso.
— Ela voltou a si — disse uma voz feminina que eu não consegui identificar.
— Bem, agora começará o nosso jogo — disse outra voz.
— Demorou um dia inteiro para que ela acordasse.
Pisquei os olhos confusa, olhando aqueles estranhos, de repente outra vampira chegou e eu a reconheci.
— Evelyn? — Eu disse sem saber se era realmente a vampira.
— Parece que ela te conhece — disse outro em tom de deboche.
— Fiquem calados! — Fritz e Heike podem trazê-la aqui.
— Olhe nos meus olhos! — ela disse levantando o meu queixo. Acontecerá aqui uma pequena vingança, pequena comparada à perda irreparável que você nos causou e pequena devido a minha procura incessante quando você estava com aquele que eu amo.
— Me solte! — Gritei em vão para a vampira com olhos brilhantes de ódio.
— Ainda não, o jogo ainda não começou, nem terminará até que eu possa acabar com todos aqueles que feriram o meu clã e minha alma.
— Não, você não pode machucá-los, por favor, faça o que quiser comigo, mas deixe-os em paz.
— Claro que farei, minha vingança ainda não chegou ao nível de morte e você irá me ajudar.
— Não!
— Escute bem, você irá deixar Henry livre para mim e trará um por um por um até nós aqueles que destruíram Maxwell e Trina.
Tentei me controlar, mas suas palavras me feriam como pontas de facas, impossível me controlar, me mexi, tentando em vão me soltar.
Crystal mostre-a o passado.
— Eu preferia não fazer isso — disse a vampira de cabelos pretos.
—Mostre-a!
— Tudo bem — a vampira disse e de repente foi como se eu estivesse em outro lugar, havia árvores e Henry e ela, ela prometia amá-lo para sempre e ele correspondia ao seu amor, vi cenas que nunca desejei ver, lutei contra esses pensamentos e consegui me livrar deles, mas senti como se meus olhos queimassem.
—E então?
— Solte-me sua cretina! Quando os Cullen encontrarem vocês, principalmente você pagará caro por isso.
— Na verdade eles não nos acharão tão facilmente, nós te presenteamos com uma pequena viagem.
— Que lugar é esse?
— Descubra — ela disse e de repente todos sumiram.
— Corri muito até encontrar uma vila, eu não me sentia bem, estava a muito tempo sem me alimentar, ainda assim, podia andar mais, apesar de não saber onde estava, eu nem mesmo sabia se poderia caçar ali, se teria outros vampiros ou humanos muito próximos então decidi não arriscar.
— Nossa! O que aconteceu? — disse uma senhora com pleno sotaque Irlandês, por sorte eu conheço todas as línguas existentes, eu poderia conversar em qualquer língua do mundo inteiro, mas foi muito fácil falar com aquela simpática senhora.
— Preciso de ajuda, estou perdida, fui sequestrada — eu respondi a mulher que se propôs a me ajudar.
—Para isso precisará ir conosco até a cidade, lá poderá ligar para alguém.
—Sim, para onde fica?
— Estamos indo para lá agora mesmo — ela disse oferecendo a mão para que eu subisse numa espécie de caminhão improvisado, visivelmente velho e gasto.
E assim seguimos até a cidade que não era muito distante, chegando lá, consegui um telefone na casa que a tal senhora trabalhava.
E o telefone chamou por diversas vezes, nunca atendido, eu prendia com soluços o meu choro, mas a minha esperança continuava de pé.
— Alô?
—Lisie?
—Sim, sou eu, Sarah onde estão os outros?
— Onde você está Lisie? Todos estão te procurando como loucos.
— Eu não sei muito bem onde, só que estou na Irlanda.
— Minha nossa! Você está bem? Quem está com você?
— Os outros fugiram e eu estou aqui, só eu e uma senhora que me ajudou.
— Eu vou ligar para os outros. Não se preocupe, eles vão te buscar e não saia da linha.
Ainda comigo na linha, Sarah fazia ligações, na primeira delas eu pude ouvi-la falando:
— Mãe? Lisie me ligou, vocês precisam voltar, ela acha que está na Irlanda.
— Em que cidade você está?
— Acho que Dublin pelo que me disseram agora — Respondi.
— Ela Está em Dublin mãe, ela está sozinha, somente com uma humana.
— Liz, ela disse para você não se preocupar, nossa família tem amigos Irlandeses que podem te buscar, ela vai entrar em contato com eles e vai ir te buscar, agora mesmo Henry, Edward, Bella e ela irão para o aeroporto, Jacob não conseguiu se acalmar o suficiente para ir.
— Quando eles chegarão aqui? — Eu disse nervosa por ter que estar perto de estranhos.
— Logo, logo, Carlisle ligou para eles.
— Como eles irão me encontrar?
— Eles estavam próximos daí quando você passou.
— E os outros?
— Eles chegarão aí à noite, alugaram um jatinho para ser mais rápido, um vôo convencional demoraria 16:00 então será bem menos que isso.
— Ainda bem.
— Daqui a alguns minutos chegará ai uma mulher chamada Siobhan e um homem chamado Liam, vá com eles, eles te ajudarão e logo que nossos parentes chegarem ao aeroporto, vão rapidamente te encontrar. Vou passar esse número para Bella, para que te liguem.
— Ok, beijos mana, tchau.
— Tchau.
Então, assim que ela desligou chegaram perto de mim um homem e duas mulheres, todos eram vampiros, o que eu concluí pelos seus olhos e por sua falta de calor.
— Quem vocês são?
— Viemos te buscar, sou Maggie e esses são Siobhan e Liam.
— Eles já nos explicaram toda a situação, você deve estar assustada.
Fiz que não com a cabeça.
Maggie assoviou e os outros começaram a andar, antes de segui-los me despedi da amigável senhora que havia me ajudado.