Super Moon escrita por Ravenclaw s pride


Capítulo 2
1. Elisabeth


Notas iniciais do capítulo

A partir de agora a história é narrada por Lisie



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P.O.V. Elisabeth (Lisie)
Algo sobre mim: eu utilizo muito meu poder por que sempre melhorou a minha comunicação com os outros, ele é muito útil a mim, quando eu não queria que meus pensamentos fossem compartilhados eles não eram, quando eu queria compartilhá-los eles se direcionavam automaticamente a pessoa com a qual eu queria me comunicar.
Como E.J., Sarah e eu somos mais humanos dificilmente caçamos, o sangue animal nos deixava mais fortes, mas não o apreciávamos tanto quanto a comida humana, ela nos era suficiente e o sangue servia apenas para aumentar nossa força ou resistência.
Dessa vez eu havia ido caçar sozinha, perseguindo uma presa pequena que seguia do norte para o sul. Quando estava prestes a alcançá-la ela sumiu e algo rápido como um vulto passou a alguns metros de distância, procurei prestar atenção e usar meus sentidos aguçados.
E foi assim que o vi, seus lindos cabelos castanhos e cacheados caiam sobre as orelhas, seus olhos cor de âmbar brilhavam na noite escura, seus dentes perfeitamente alinhados estavam agora cobertos por seus lábios, especulativo, talvez pensando o que eu era e o que estava fazendo ali. Naquele momento era como se eu já o conhecesse, desde sempre, me senti presa a vontade de estar perto dele. Mas ele não se moveu rapidamente assim como eu esperava, circulou entre as árvores a minha volta, andando devagar e depois sumiu na escuridão.
Ao voltar para casa eu estava intrigada, mas se eu falasse sobre o belo vampiro com algum deles poderiam ficar preocupados, ou achar que eu me afastei muito. Eles sempre recomendavam que eu não falasse com estranhos, principalmente vampiros. Então eu sempre estava bloqueando meus pensamentos para que ninguém soubesse deles.
EJ Estava em uma fase La Push, queria passar boa parte do dia lá, admirava os lobos e como protegiam a reserva, Sarah também passava a maior parte de seu tempo lá, devido ao imprinting de Seth com ela, ela sempre adorava estar onde ele estava, e ela não tinha tempo de sentir sua falta, ele sempre estava perto quando ela precisava. Além disso, Seth era de confiança de Jacob, que além de ser seu amigo, compreendia o imprinting.
De acordo com minha mãe eles já haviam morado em Forks um tempo atrás, depois foram se mudando para cidades próximas como, Taholah, e Neilton, mas quando éramos pequenos eles resolveram voltar. O outono já havia começado com mais chuva em Forks e eu sempre lembrava aquele vampiro, meu segredo. Para onde ele teria ido? E o que queria aqui? Na minha ultima caçada eu havia achado o rastro dele, mas o céu estava fechando, logo iria chover, o rastro seria lavado pela chuva e eu jamais o veria, então, sem mais pensar eu fui atrás do rastro dele, a curiosidade em conhecer outros vampiros além de minha família e meu estranho encantamento por ele me guiaram a segui-lo.
E fui, segui o rastro quase totalmente apagado agora, procurei, mas acabei frustrada, não encontrei nada e já havia percorrido quilômetros e quilômetros, estava tarde eu havia ido muito longe, não sabia mais onde estava e a chuva já havia começado. Voltei pra casa depressa. Chegando lá, Bella me esperava.
— Onde você estava Lisie?
— Na casa de Charlie – eu odiava mentir, mas o que eu podia fazer? Dizer que estava por ai caçando um vampiro desconhecido?
— Eu liguei pra ele esta tarde, ele disse que você não estava lá.
— Bem eu não estava dentro da casa de Charlie, eu estava apenas na floresta das redondezas por isso ele não me viu – Ela não pareceu acreditar, mas disse tudo bem! E foi embora chamando Nessie, eu fui logo para o meu quarto, que era meu e de Sarah. Logo minha mãe chegou ao quarto.
— Hoje você demorou hein!
— Eu estava indo mais longe, Bella estava te chamando Nessie.
— Sabe que eu não gosto que me chame de Nessie.
— Jacob ficaria magoado se ouvisse isso! — Eu disse brincando.
— Você sabe que o que eu quero dizer é que você deve me chamar de mamãe.
— Sim, senhora Nessie — eu disse prestando continência e caindo na risada.
— Você não tem jeito mesmo! — ela disse rindo ao sair.
Logo de manhã todos estavam agitados, eu não sabia por que, demorou um pouco, mas consegui entender, EJ Havia encontrado um vampiro estranho, rondando a região da fronteira e tinha perseguido ele, assim como os lobos,seus heróis.
— Ficou maluco? Perseguir um vampiro? Ele poderia ter te matado facilmente, teve muita sorte que ele fugiu. - meu pai falou em tom de reprovação.
— Jasper e Emmett já estão procurando por ele - disse Edward
Nessa hora, lembrei-me do vampiro que eu havia visto, mas ele era bom, não havia me atacado, mas alguém que nos ronda e depois some não parecia ter boas intenções para eles. Corri, para tentar afastá-los uns dos outros, se eles não o achassem tudo ficaria bem e ele iria embora. Jasper e Emmett já haviam desistido de procurar, mas eu não, eu já conhecia sua trilha de fuga, eu seguia por ela, não tão longe, quando mãos fortes e frias, porém não agressivas fecharam os meus braços. Era ele, o vampiro misterioso e eu não estava assustada como deveria, eu sentia uma sensação de vitória, finalmente eu o havia encontrado.
— Porque está me seguindo? — Ele disse, mas em seguida me soltou,olhando para os lados, alerta, certo de que eu ia fugir.
— Espere — ele disse e eu esperei, não havia como não acreditar em seu rosto de anjo;
— Desculpe-me — ele disse — Eu ouvi falar de um clã com vampiros talentosos e queria ver de perto, mas parece que minha fuga despertou suspeita, sinto muito.
— Tudo bem, eu sou Elisabeth — eu falei, com esperança de saber o nome dele.
— Ah, sou Henry.
— Eu sabia sobre a híbrida de vampiro e humana, mas achei que ela já estivesse com o crescimento paralisado.
— Ela é minha mãe.
— Oh! Claro — Mas nada parecia estar claro de verdade para ele.
— Bem, foi um prazer conhecê-la, mas tenho que ir sair desse território. Adeus.
— Tchau — E ele desapareceu assim sem que eu pudesse dizer mais nada, o mais rápido dentro da floresta.
Minha chegada tardia não chamou atenção, minha tia Alice estava tendo uma visão e todos estavam atentos. De acordo com a visão dela as irmãs Denali viriam aqui na próxima semana e outro vampiro estava com elas, Alice não o conhecia.
–------------------------1 semana depois---------------------------------
— Viemos apresentar o novo membro do nosso clã, este é Henry, ele é um novo adepto a condição de vegetariano.
Fiquei vidrada nele, era ele, eu tinha certeza, o encantadoramente lindo vampiro da floresta, meu coração batia, como se ele fosse tudo que eu precisava, minha família no Caminho foi a única coisa que me impediu de correr até ele.
E ela continuou: — Ele era um nômade amigo de Garrett e agora que conheceu o estilo de vida vegetariano está se saindo muito bem, nós também estamos tentando ajudá-lo a evoluir seu poder, por isso viemos tentar a ajuda de Bella, pois o poder dele se parece mais com o dela, pois ambos são poderes protetores e ele queria aprender a expandi-los - disse Kate.
— Claro, se eu puder ajudar – disse Bella.
— Esses são Bella, Edward, Emmett, Carlisle, Esme, Alice, Jasper, Elisabeth, Sarah, EJ e cadê a Rosalie?
— Ela saiu, mas já está voltando.
— Ótimo, Treinamento! Há muito tempo que não há uma boa batalha para que possamos treinar — disse Emmett entusiasmado.
Rosalie chegou, e assim como eu olhava para o vampiro, mas seus olhos não estavam como os meus, admirados, maravilhados, seus olhos estavam em um espanto total.
— Tudo bem Rose, ele está com as Denali, este é Henry.
— Henry?
— Sim.
— Chega de apresentações, vamos ao que interessa.
— Podemos começar? — disse Henry
— Ah, claro.
— Vamos para o lado de fora.
O poder dele permite que ele possa se proteger de ataques que ele esteja se sentindo ameaçado, ou seja, para poder se proteger tem que pressentir o perigo. Ainda não sabemos se ele pode compartilhar seu poder como um escudo assim como você.
— Mas eu irei tentar — disse Henry entusiasmado.
Ele treinava todos os dias e quando os outros paravam para fazer outras coisas ele continuava tentando, sozinho entre aspas, eu estava na maioria das vezes conversando com ele ou o vendo treinar. Todos os dias ele treinava, eu estava perto dele observando, uma dessas vezes ele me disse:
— Sabe Lisie, eu não sou nada comum.
— O quê?
— Bem, todos te chamam de Elisabeth ou de Lisie Não é?
— É!
— Então eu vou te chamar de Liz.
— Posso perguntar por quê?
— Por que sim, também tenho direito de inventar um nome pra você, é menor e melhor do que todos os outros que te chamam.
— Claro – eu disse brincando, ele era doido mesmo. Estava um dia nublado, nós conversávamos, até que uma hora Rosalie chegou mais perto de nós, parecia querer se aproximar então eu a chamei.
— Henry, eu posso te perguntar uma coisa? — Disse ela.
— Acho que sim— ele disse.
— Você lembra o nome de sua mãe humana?
— Sim, eu lembro, ela se chamava Vera, mas morreu há muito tempo atrás, também tinha um irmão e uma irmã, eles tiveram filhos, mas desde que minha mãe morreu, eu nunca mais os observei.
— Oh! — Ela disse, e eu tive a impressão que seu rosto havia ficado ainda mais branco, pela sua expressão.
— Está tudo bem Rose? — Ele disse ao ver sua expressão.
— Sim, está – ela disse e logo depois voltou para casa, sem mudar sua expressão horrorizada.
E ele tentou, tentou várias vezes em vários dias, mas os conselhos de Bella não pareciam o estar ajudando, até que de tanto observar do alto de uma árvore eu tive uma idéia, talvez o poder de Henry não fosse compartilhável desse modo, talvez fosse assim como o de minha mãe, necessitasse estar tocando a pessoa, assim ele poderia protegê-la. De lá do alto da árvore eu o vi perdendo a esperança, ele estava quase desistindo, então resolvi dar a minha idéia.
— Hei Henry! — Eu gritei sem precisão pra que ele me ouvisse.
— Oi Liz — seu rosto iluminou-se quando disse meu nome inventado por ele.
— Que tal você tentar de um modo diferente?
— Diferente como?
— E se você tentar como minha mãe? , compartilhar seus poderes tocando as pessoas?
— É uma boa ideia — ele disse. Obrigado, e pulou para o alto da árvore em que eu estava, provavelmente não foi intencional, mas a força de seus pés fez o pobre galho não aguentar e se partir.
Caímos rapidamente, meus reflexos eram bons o suficiente pra ter caído de pé e minha força suficiente para que mesmo a queda não me causasse dano nenhum, mas quando estava caindo sem reação, a última coisa que vi foi ele me segurando em seus braços pra que eu não caísse, num milésimo de segundo ao me segurar, seu rosto ficou tão próximo do meu como um beijinho de esquimó.
Minhas bochechas queimaram, eu coraria por baixo de minha pele parda. Saí de seus braços e ele disse: — Vamos contar aos outros sua idéia, em seguida me puxou pela mão, sua pele fria.
— É realmente uma boa ideia — disse Emmett.
— Talvez Renesmee possa nos ajudar — disse Bella um pouco mais confiante.
Em poucos segundos ela chegou, sua audição perfeita, alguém havia chamado seu nome, era o que me dizia ao oferecer sua mão.
— Nessie será que pode nós ajudar? Lisie teve uma ótima idéia, que talvez o poder dele seja manifestado assim como o seu, tocando em outras pessoas.
— Se pudesse dizer como transmite seu poder para as outras pessoas, me ajudaria muito. — Henry falou e soava como um querubim, sua voz numa combinação grave e doce era a canção mais encantadora que meus ouvidos já haviam chegado a escutar.
— Bem, eu simplesmente penso no que quero falar, então me concentro pensando na pessoa com quem estou falando e de repente meus pensamentos já estão conectados as dela.
— Ele precisa estar pressentindo o perigo para repeli-lo.
— Se prepare Henry, eu não costumo brincar — disse Emmett divertido e em seguida tentou atacá-lo, um escudo surgiu em torno dele, um escudo físico, Emmett foi jogado pra trás.
— Agora tente proteger Jasper! — Henry o segurou, mas nada aconteceu com Emmett, Jasper conseguiu desviar sozinho, Henry se entristeceu, seu poder não era compartilhável.
— Tudo bem Henry, não vai precisar usá-lo mesmo, todos nós vivemos em paz e pelo menos você pode se proteger, isso é bom — Eu disse tentando animá-lo.
— Claro, tudo bem.
— Bem, então não temos mais motivos pra ficar — Disse Tanya.
— Fiquem pelo menos até Carlisle chegar da caçada, acho que ele gostaria de vê-los antes de partirem – Eu disse, tentando prolongar sua estadia.
— Ah, claro que ficamos sim, vamos esperar por ele — disse Henry pra convencê-los em fim a ficar.
— Vamos LIZ! –ele disse puxando minha mão e nos corremos pela redondeza e depois ficávamos conversando, ele era extremamente divertido, parecia me conhecer á anos.
Quando Carlisle e Esme chegaram pudemos ouvir a movimentação em frente da casa, voltamos tristes, mas ele não soltou a minha mão enquanto íamos até lá. Quando chegamos, eles estavam na frente da casa e Esme ficou nos olhando ,tentando disfarçar, sem sucesso, foquei para descobrir para onde ela olhava e aí reparei, ela havia percebido nossas mãos juntas.
— Ele não conseguiu — dizia Kate — pelo que parece seus poderes se restringem a ele mesmo, nós iremos embora, então, só tenho a dizer que muito obrigada por tentarem ajudar.
— Adeus a todos vocês disse ele com seu jeito educado.
— Tchau - eu disse, mas não queria que ele fosse embora.
— Tchau Liz, vou sentir sua falta, ele disse e me abraçou.
— Meus olhos ficaram cheios e lágrimas escaparam.
— Oh, não chore, você pode me ligar, e eu estarei sempre perto.
— Não quero que você vá.
— Mas eu preciso, meu treinamento acabou, acho que tenho que ir com eles. — Então ele me soltou, beijou minha testa e se afastou lentamente, andando como um humano.
— Quando dei uns passos a frente, Emmett tentou me segurar, mais uma vez ele foi lançado pra trás e eu fui puxada pra perto de Henry, ele me segurou antes que eu caísse.
— Uow! O que foi isso?
— Ah, me desculpe, juro que não foi por mal, eu só.
— Tudo bem, eu estou legal - disse Em.
— Você está bem Liz?
— Sim, estou bem, você conseguiu!
— Pelo que percebi, ele repeliu Emmett quando estava sobre fortes emoções, e quando ele se aproximou dela, seus sentimentos se descontrolaram, como uma ação do poder para protegê-la.
— Pelo que parece há uma forte ligação emocional, sem querer, os sentimentos dela se tornam dele também, porque ao protegê-la ele parece estar se protegendo — disse Jasper conclusivo.
— É verdade, há uma ligação muito forte entre nós, obrigado, partirei mais feliz.
— É bom que esteja feliz, quero te ver assim, você conseguiu!
— Adeus! — Eles gritaram e depois foram embora.
E parecia que com ele, uma parte do meu coração tinha ido também, meu estômago dava cambalhotas, mas eu já havia conseguido dominar melhor as lágrimas, que agora não caíam com tanta facilidade.
Fomos para a nossa casa, achei que não fosse conseguir dormir, mas para o meu engano eu consegui, o choro pareceu ter me esgotado até o estado de sonolência e eu dormi profundamente.
No outro dia eu continuava na mesma, admiti pra mim mesma que sentia a falta dele, mas não queria admitir pra mais ninguém. Vi Rosalie em pé quando cheguei à mansão, ela falou comigo.
— Oi
— Oi
— Como está?
— Bem, eu acho.
— Você está sentindo a falta dele não é?
— Acho que estou melhor na verdade.
— É só que tem algo que eu devia te contar.
— O quê?
— Henry, eu já o conhecia.
— Conhecia?
— Sim, eu procurei saber, por isso fiz tantas perguntas a ele, ele era filho de minha melhor amiga, quando fui transformada ele era apenas um bebê, por isso, fiquei tão chocada ao saber que ele também tenha tido esse destino. Vera era tão feliz por tê-lo como filho, ele era o único filho deles na época que vivi lá.
— Eu não sabia disso e provavelmente ele também não — Eu disse entendendo.
— É claro, Henry era muito pequeno quando eu fui transformada.
— O nome dele, o choque das palavras era como pontas de faca, eu já sentia sua falta onde quer que eu olhe.
— Eu sinto muito — ela disse, eu só entendi quando reparei lágrimas teimosas caindo de meus olhos.
— Eu não sabia que vocês, que você gostava tanto assim dele, desse jeito sabe? Pelo que parece...
Eu meio que corei na minha pele parda, era meio estranho conversar com ela, sobre ele.
— Tudo bem, não fique triste, eu já vou pra casa, tudo bem?
— Apenas assenti com a cabeça.
E sentada ali e sozinha agora, eu necessitava cada vez mais dele, tanto, que nem eu mesma conseguia explicar,esse sentimento de que eu precisava dele, e de que ele era meu desde o dia em que o olhei.
Então eu decidi, eu iria atrás dele, precisava de novo ver seus olhos angelicais e nada mais importava, eu não podia dizer nada a ninguém, eles me impediriam de partir, eu teria que ir só, para encontrá-lo.
E fui, parti imediatamente correndo, eu já havia ido a Denali uma vez, com eles, sozinha não seria tão difícil, minha memória era quase perfeita, mas boa o suficiente para me lembrar do caminho, então segui, com toda velocidade que pude.


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