Ao Cair da Noite escrita por Katy Clearwater


Capítulo 18
Capitulo dezessete: Wellcome – Parte I




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Capitulo dezessete: Wellcome – Parte I

Bella

    Alice olhava desolada enquanto eu arrumava minhas malas. Ela tinha me ajudado a empacotar tudo assim como Leah e Jake fizeram, mas só ela fazia isso com esse biquinho de cortar o coração. Passamos uma noite e um dia inteiro empacotando, mas nesse exato instante toda minha casa já estava em caixas que seriam enviadas para La Push pelos Cullens.

- Espero que dê tudo certo. – Alice já se despedia de mim antes mesmo de chegarmos ao aeroporto.

   Dei um sorriso triste enquanto Jake e Leah assistiam a cena calados. Estávamos no carro de Jasper e ele também dirigia em silêncio. Eu, Jake e Leah estávamos no banco de trás e Alice estava na frente com a Sunny no colo. Não que isso fosse legalmente permitido, mas eu não quis tirar a Sunny dela já que eram os últimos momentos.

   Quando chegamos ao aeroporto eu esperava que Edward tivesse mudado de idéia e tivesse vindo se despedir de nós, mas ele não veio. Alice me entregou a Sunny e eu sabia que se tivesse lágrimas naqueles olhos, ela estaria chorando.

- Apareça quando quiser. – inesperadamente essas palavras saíram de Jake e assim como eu Alice o olhou assustada.

- Sério? – ela perguntou incrédula.

- Claro. Eu nunca vou poder agradecer tudo que fez por minha filha e pela Bella, então quando quiser é só aparecer.

- Mas liga antes, para caso você apareça do nada e algum lobo te mate. – a minha vontade foi de enforcar a Leah, mas o sorriso cínico que Alice lhe deu foi bem melhor.

- Pode deixar que eu vou ligar para quem tem importância. – minha amiga abriu um sorriso mais animado para mim e me abraçou.

- Até logo. – Sunny deu tchauzinho para Alice e Jasper do meu colo. Jasper não disse nada, apenas sorriu de volta enquanto nos afastávamos.

    Sair da casa dos Cullens me deixou com um sentimento horrível de culpa. Rose saiu com Emmett algumas horas antes de nossa partida dizendo que não queria nos ver indo embora. Edward se trancou no quarto e não deixou nem que a Tânia entrasse. Esme e Carlisle ficaram o tempo todo conosco, mas quando deixamos a mansão eles também não vieram dizer adeus. Os únicos que se despediram realmente foram Alice e Jasper, na verdade, mais Alice que Jasper.

    Por insistência de Alice iríamos de primeira classe, mas algumas pessoas não ficaram muito felizes quando viram uma criança ali. A cara feia de muita gente sumiu assim que a Leah fez a dela. Depois que decolamos acho que a Sunny realmente percebeu que estávamos indo para bem longe do que ela sempre conheceu como casa e com isso ela começou a chorar sem parar. Mais um ponto para o mau humor dos passageiros.

- Filhinha não chora. – parecia que quanto mais eu tentava acalmá-la mais ela berrava.

- Deixa eu tentar. – Jake a pegou do meu colo, o que só piorou as coisas porque agora ela gritava.

- Minha querida tem pessoas que gostam de silêncio aqui. – uma velha com óculos fundo de garrafa me olhou de cara de feia e eu achei que o Jake fosse voar nela.

- Tem gente que gosta de voar na asa do avião, quer tentar? – Leah falou andando na direção da velha que levantou e foi chamar a aeromoça. – Mal amada. – ela sussurrou enquanto tomava a Sunny do colo do Jake.

   A Sunny perdia o choro de tanto berrar quando Leah a abraçou de um jeito, que sendo a Leah, assustava. Ela começou a cantarolar uma canção que chamou atenção até dos mau humorados ao nosso redor. Enquanto ela cantava Sunny foi se aconchegando em seu ombro, fechou os olhos e dormiu. Quando a aeromoça e a velha voltaram Sunny dormia tranquilamente no colo da Leah. Nós três rimos quando a aeromoça saiu olhando para velha de cara feia.

- Ainda tem vaga na asa, se quiser... – Leah prendeu o riso e a velha sentou bufando em sua poltrona. – Toma aqui. – com todo cuidado Leah passou Sunny para meu colo e eu acomodei ali.

- Linda canção. Quileute? – Leah sorriu e disse que não. Olhei para Jake que balançou os ombros como quem também não sabe.

   Não dei muita importância por ser algo que no fim acalmou Sunny. A viagem correu tranqüila até chegarmos a Port Angeles. Quando chegamos a cidade já era dia, depois que desembarcamos pegamos as malas e a velha me deu uma última olhada feia antes de ir embora. Não tinha ninguém nos esperando no aeroporto, na verdade ninguém sabia que eu vinha pronta para ficar.

   Leah tinha deixado o carro num estacionamento ali perto então voltamos para La Push no carro dela. Entrar com ela na reserva dirigindo a toda me lembrou tantas coisas sobre mim e Jake. Nós estávamos no banco de trás e ele fazia mil gracinhas para Sunny que ria de se acabar. Não vi Leah estacionando o carro.

- Porque não fomos direto para minha casa ou para Sue? – olhei para Leah que tinha parado o carro em frente a sua casa.

- Porque a sua casa está toda empoeirada e com lençóis em cima dos moveis. – ela não disse o porquê de não ir para Sue.

    Assim que Leah abriu a porta um garotinho veio engatinhando pelos degraus da escada o mais rápido que suas perninhas permitiam. Quando ele chegou ao último degrau Leah o segurou antes que ele caísse de cabeça no chão. A Sunny desceu aos pulos do meu colo quando viu outra criança e sem que fizemos nenhuma força os dois começaram a brincar.

- Até me esqueceu. – Leah fingiu se queixar quando os dois saíram falando uma língua que só eles entendem.

- Amor, eu já estava... – Embry perdeu a fala assim que me viu parada de mão dada com Jake. – Oi Bella. Não sabia que viria nos visitar. – como eu conhecia o jeito despojado do Embry sabia que ele estava para lá de desconfortável com a minha presença.

- Não vim visitar. – fui incisiva na minha resposta.

- Então vai ficar?

- Vou sim. – Embry deu um sorriso forçado e Jake respirou fundo antes de falar.

- Embry, eu e Bella nos acertamos e eu espero que você esteja bem com isso. – Embry fez que sim com a cabeça e subiu as escadas sem dizer mais uma palavra.

- Eu vou falar com ele... Porque não vão para casa de vocês arrumar tudo? Eu tomo conta das crianças.

- Não sei se é uma boa idéia. – Leah riu quando eu disse isso.

- Eu ajudei minha mãe a criar o Seth. Posso lidar com dois bebês.

- Isso é um bom argumento. – Jake ria do meu lado e depois dessa não tive como dizer não.

   Leah nos emprestou seu carro. Enquanto Jake dirigia tranquilamente pela estrada que levava a nossa casa o sol ficava mais forte, então ele colocou uns óculos que lhe davam aquele ar de bad boy. Eu sorri para ele perdida nos meus pensamentos e quando ele me retribuiu lá estava ele, o meu sorriso. O sorriso do meu sol. Eu nunca mais iria perder isso na minha vida.

- Pronta para recomeçar? – ele perguntou quando parou o carro.

- Com você? Sempre.

Eclipse all yours - Metric

   Descemos do carro e entramos na nossa casa de mãos dadas. Assim que passamos da porta Jake me suspendeu em seus braços e me beijou. A sensação de lar que tomou conta de mim foi ainda mais intensa que a da primeira vez que entramos juntos aqui depois de casados.

   Enquanto arrumávamos a casa Jake sempre arrumava um jeito de me beijar ou me abraçar. Já tínhamos quase tirado todos os lençóis dos móveis quando eu ouvi um barulho de carro se aproximando. Pensei que fosse a Leah com as crianças, mas quando cheguei à varanda a surpresa foi bem desagradável.

- Eu quero ver o Jake. – Maika passou do meu lado e já ia entrando na minha casa como se fosse dona, mas eu a puxei pelo braço antes que ela o fizesse.

   Enquanto nos encarávamos quase rosnando Sam desceu do carro e Jake saiu de casa.

- O que está havendo... – Jake interrompeu a frase assim que viu a Maika.

- O que está havendo deveria perguntar eu! Mentindo para mim desse jeito... Enlouqueceu Jacob? – apesar de parecer magoada o tom da Maika era mais ameaçador do que outra coisa.

- Essa eu posso responder por ele. O Jake não enlouqueceu pirralha, ele só decidiu ficar com a família dele de verdade. – a empurrei pelo jardim, mas Sam a amparou antes que caísse no chão.

- Bella, você sabe muito bem a condição do Jake. – dessa vez foi o Sam que se meteu.

- Condição? Eu quero os dois fora da minha casa e você, sua fedelha dos infernos, se der alguma ordem ao meu marido pode ter certeza que eu só vou parar de apertar o seu pescoço quando você estiver desmaiada. – Maika olhou em fúria para Jake que se controlava para não rir.

- Jake você sabe muito bem que as coisas não são assim e eu acho melhor você... – antes que Maika terminasse de falar minha mão tinha sido mais rápida que meu bom senso. Seu rosto ficou totalmente vermelho onde lhe se acertei um tapa sonoro.

   Quando se virou para mim e para Jake sua face estava toda vermelha e eu não sabia se suas lágrimas eram de ódio ou de dor pelo tapa.

- Você vai me pagar com muito mais dor do que esse tapa me causou. – com a ameaça entre os dentes direcionada para mim ela saiu com o rabo entre as pernas e escoltada por Sam.

   Jake me abraçou assim que os dois saíram e me beijou como se quiser se marcar em mim. Ficamos ali abraçados tempo o suficiente para Leah chegar com as crianças.

- O que houve? Eu vi o carro do Sam quando estava vindo para cá. – Leah perguntou assim que abriu a porta do motorista.

- A vaca da Maika que veio aqui achando que pode me ameaçar. – eu estava tão nervosa que mesmo sem querer estava berrando.

- Devia ter dado um tapa nela! – Leah disse enquanto tirava as crianças das cadeirinhas no banco traseiro.

- Eu dei. – dessa vez Jake não prendeu o riso.

- Vejo mudanças por aqui. – Leah também riu e depois de tirar as crianças do carro ela tirou um tipo de cesta de piquenique. – Eu trouxe comida. – ela anunciou e Jake foi o primeiro a se aproximar.

    Entramos e terminamos de limpar a casa mesmo com as crianças correndo por cima da poeira. Assim que terminamos de comer alguns sanduiches estava me preparando para dar banho na Sunny e desarrumar algumas das malas que eu havia trazido quando o celular da Leah começou a tocar. Pela cara que ela fez quando viu o número não era coisa boa.

- Alô. – ela disse a contra gosto. – Estamos indo. – ela desligou o telefone, bufou e depois olhou para mim e para Jake. - Minha mãe convocou uma reunião na casa dela agora. Uma reunião do conselho.

- Eu sabia que isso acontecer cedo ou tarde. – Jake levantou e ia sair com a Leah quando me levantei e o puxei.

- Eu vou com vocês.

- Bella, não sei se essa é uma boa idéia. – Leah tentou penosamente ser agradável.

- O Jake preferir a mim ao invés do imprinting dele já é ultrajante o bastante para subjugar qualquer coisa.

- Andou tendo aulas de cinismo com os vamps? – Leah riu debochada.

- Sim. – respondi com o mesmo sorriso.

- Ok. Então vamos todos.

  Saímos de casa com as crianças ainda cobertas de poeira e fomos para casa da Sue. Sem querer me peguei querendo ver meu pai, ele nem devia saber que eu estava de volta. Quando chegamos à casa da Sue, todos os lobos já estavam presentes. Isso incluía Sam.

- Olá, Bella. Oi, florzinha. – Sue me deu um beijo no rosto e brincou com Sunny, que estava no meu colo. Mas apesar do cumprimento eu não me sentia mais bem-vinda naquela casa.

- Bom, Sue estamos aqui. Qual o motivo dessa interdição? – Jake falava com Sue, mas seus olhos não saiam de Sam.

- Jake meu querido, sente-se. – Sue ofereceu uma cadeira para ele.

- Eu vou ficar de pé. – ele disse seco.

- Pois bem... Bella não pense que tenho algo contra você, mas simplesmente... Moramos num reserva e essa reserva é para Quileutes e para suas famílias...

- Mãe, onde você está querendo chegar com isso? – Leah interveio de forma agressiva. Eu nunca tinha a visto falar assim com a Sue.

- Bem... Bella, para nós você não é mais esposa do Jake e muito menos é uma Quileute. Infelizmente você não pode mais morar aqui.

- O que? – eu perguntei sem acreditar no que acabava de ouvir.

- Bella, eu sinto muito, mas você tem que deixar La Push e de preferência agora.

Continua...

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N/A: Não me matem, ok? Eu já demoro, então se me matarem nada de fic...rsrsrsrs. Brinks amores. Eu sei que isso é maldade, mas é o ínicio da nova fase, então eu preciso manter a historia em movimento. Então, ainda tem alguém comigo? *carinhadepidona*

Bjks, Katy Clearwater


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