Ao Cair da Noite escrita por Katy Clearwater


Capítulo 12
Capitulo onze: Vírgulas e pontos – Parte I




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Capitulo onze: Vírgulas e pontos – Parte I

Dois meses depois...

Leah

- Emily isso também não vai dar certo!

- Vai sim! Tem que dar!

         Hoje era o grande dia! A vaquinha tinha completado dezoito anos e ela e Jake iriam se casar numa cerimônia Quileute. Que ódio dessa vadia que se acha esperta!

- Emily, eu não acho que seja uma boa idéia colocar fogo na aldeia! – eu sussurrei, mas soei tão irritada quanto parecia.

- Ah não? Se ele casar com ela numa cerimônia Quileute acabou! – Emily disse com tom de irritação.

- Eu acho que isso já acabou há muito tempo. Dois meses e não conseguimos provar nada para essa mula do Jake! – suspirei derrotada e Emily me olhou irritada.

- Lee o Jake não acreditar na gente não significa que esteja tudo perdido. Não pode estar! E além do mais a gente ainda não conseguiu que você mostrasse seus pensamentos para ele. Então... – ela balançou a caixa de fósforos com cara de choro.

- Porque faz tanta questão? – eu nunca havia perguntado isso a Emily e ela me olhou assustada.

- Não sei. – Emily desviou os olhos dos meus e voltamos a caminhar para o local da cerimônia.

       O Jake estava prostrado esperando a vadia vir para começarem a cerimônia. A traidora da minha mãe que ia presidir. O Embry estava na primeira fileira com o Harry no colo. Aí que dó fazer isso com meu filho aqui, mas eu sei que o Embry não vai deixar nada acontecer com ele. E em cima da hora fazer mais o que? A vagaba sabia que eu iria interferir e só deixou o Jake me avisar do casamento hoje!

- Pronta? – a Emily me perguntou indo para lateral dos bancos.

- Estou. – respondi entre os dentes e a ouvi riscando o primeiro fósforo,

        Eu fiquei calada e parada vendo literalmente o circo pegar fogo até que chegasse a um ponto que não dava para apagar.

- Fogo! – eu gritei feito uma idiota, mas era isso ou os fósforos e eu sinceramente preferi gritar.

        Antes que desse para alguém fazer alguma coisa a decoração toda já tinha pegado fogo. As pessoas saíram correndo do salão e eu vi o Jake ajudando o povo a sair quando o carro da nojenta chegou.

- Mas o que... – ela olhou para mim com puro ódio já sabendo que eu tinha haver com isso.

- Maika! – o Jake gritou quando a viu se aproximando das chamas.

- Jake você está bem? – ela tateava o corpo dele procurando sinais de algo errado.

- Estou. Está todo mundo bem? – ele gritou e a maioria das pessoas respondeu que sim.

       Embry veio para o meu lado, e eu peguei o Harry assim que ele se aproximou.

- Mas que diabo aconteceu aqui? – ele estava nervoso e também ficou me examinando com os olhos.

- Não faço idéia. – eu respondi desviando os olhos do dele.

- Em casa você me conta. – Droga! Ele sempre sabia tudo que eu queria dizer, mas não dizia.

- Os bombeiros já estão vindo. – Jake acalmava o povo enquanto as sirenes dos bombeiros enchiam o lugar.

       Foram mais de uma hora de perguntas e mais perguntas. Mas com o número de velas que tinha no lugar os policiais deram como acidental. Alguma vela devia ter pegado numa das cortinas e pronto. Além do mais ninguém se machucou.

- Vamos para casa. Não chora. – o Jake ficava consolando a idiota que chorava sem parar desde que chegou e viu seu sonho pegando fogo. Bem feito pirralha do inferno!

- Jake, eu... – assim que me aproximei dos dois a monstrinha não se segurou e veio para cima de mim.

- Você deve estar super feliz por estragar o que deveria ser o melhor dia da minha vida e não me venha dizer que isso não teve seu dedo porque eu sei que teve! – o Jake a segurou pela cintura e se colocou entre nós duas.

- Eu não sei do que você está falando. – ao invés de me irritar e voar em cima dela, minha real vontade, a deixei gritar a vontade. Hoje ela ia bancar a doida.

- Sua vaca!

- Maika chega! – o grito do Jake fez com que todos se encolhessem, como se o lobo alfa tivesse gritado e não o homem a nossa frente. Não tive força para levantar os olhos quando ele voltou a se dirigir a mim.

- Lee vai para casa com o Embry e amanhã eu te ligo. Sam pode terminar de resolver tudo aqui? – vi pelo canto do olho o Sam fazendo que sim com a cabeça. Era claro que ele era afetado pelo poder do Jake tanto quanto a gente, mas o idiota nunca ia admitir que ele sempre seria o segundo. – Ótimo! E nós vamos para casa. – o Jake puxou a idiota pelo braço, mas ela não fez força com ele.

         Eu vi os dois sumindo na estrada enquanto ainda estava parada como se esperando um sino interno me dizer: Se mova!

- Seria mais fácil se parasse de interferir! – Sam veio na minha direção e o sino finalmente tocou.

- Olha aqui, eu acho bom você não estar falando comigo ou teremos uma briga de lobos além de um incêndio. – eu depositei toda minha raiva na minha voz.

- Como é que é? – ele estreitou os olhos já com o corpo tremendo.

- Você não é meu alfa. – eu me aproximei dele também pronta para me transformar.

- Sam para com isso! Agora! – mesmo não sendo ligada ao Sam eu senti os cabos, que geralmente arrastavam Jake, o arrastando dessa vez.

- Mas Emy... – ele tentou intervir.

- A-go-ra! – ela repetiu e ele bufou frustrado.

      Os dois voltaram a ajudar as pessoas a ir para suas casas. A noite estava acabada!

- Acho melhor irmos também. – Embry me puxou pelo braço e eu me deixei levar.

       Essa noite estava acabada e eu tinha ganhado tempo para resolver as coisas do Jake. Mas tempo seria o bastante até quando?

Jake

        Eu sabia que era horrível, mas eu sentia um imenso alivio por não ter realizado essa cerimônia. Eu não queria um casamento Quileute, mas ela chorando daquele jeito estava me matando por dentro.

- Fica calma. – acaricie seu rosto com uma mão e com a outra continuei a dirigir.

- Jake. – ela gemeu meu nome no meio do choro e se jogou no meu ombro.

      A dor dela me doía tanto que logo me peguei chorando junto com ela. Assim que estacionei a levei no colo para dentro de casa. Ela não deu mais uma palavra desde o carro até que chegamos ao quarto.

- Toma um banho. Eu vou ligar para o meu pai e ver se ficou tudo bem. – eu ia me afastar, mas ela me segurou pelo braço.

- Você não queria casar comigo por isso está feliz. – ela me soltou e se jogou na cama chorando ainda mais.

- Maika eu quero que você seja feliz e eu não estou feliz agora. – eu desviei da pergunta já que não podia dizer que nossos sentimentos eram os mesmos no momento.

- Como você pode querer isso se a minha felicidade é você e você não me quer? – ela gritou levantando da cama e jogando o abajur longe.

- Maika eu... – eu não podia mentir e dizer que a queria. Era mentira.

- Jake, você prometeu que ia tentar. – ela parou de chorar, mas a tristeza ainda estava lá no seu olhar.

- Eu sei. – respondi derrotado.

- Então tenta. – ela se aproximou de mim e com uma mão limpou as lagrimas que tingiam seu rosto enquanto a outra envolvia meu pescoço.

      Não protestei quando senti seus lábios nos meus e sua língua passando entre meus dentes. Era um beijo como nós nunca havíamos dado! Um beijo completo. Milhares de sensações explodiram dentro de mim, como repulsa, asco, miséria. Mas era só isso que sobrava de mim.

      Eu não me mexi muito. Deixei que ela fizesse como bem entendesse. Quando dei por mim estávamos na cama, ela sentada no meu colo de frente para mim enquanto tirava minha blusa e me beijava.  Assim que terminou de tirar minha camisa ela desabotoou o vestido e ficou de pé na minha frente.

       O tecido deslizou por seu corpo e ela ficou seminua a minha frente apenas com a meia luz sobre seu corpo. Ela tinha a pele clara e a silhueta era bem curvilínea, isso a roupa disfarçava. Fechei os olhos quando ela tocou meu rosto com delicadeza e tentei me esquecer de tudo.

- Jake olha para mim. – abri os olhos no susto. Não podia ser.

- Mas... – Bella colocou os dedos sobre meus lábios fazendo com que eu me calasse.

       Deitei na cama enquanto ela sentava em cima de mim e me beijava com a nossa paixão de sempre. Apalpei todo seu corpo colocando água sobre o fogo que era a saudade que eu tinha dela. Temos tanto para acertar e conversar, mas agora eu só queria estar com ela. Fazer dela minha! Ela era a minha única mulher, única.

        Rolei na cama e me coloquei por cima dela beijando seus seios e tirando a pequena peça que me atrapalhava nesse processo. Eu a queria tanto que estava com medo de machucá-la no ímpeto do meu desejo.

- Jake. – ouvi-la gemer meu nome me fez querer olhar em seus olhos e foi aí que meu sonho desmoronou.

       Vi a Maika seminua na cama e levantei como se tivesse levado um choque mortal. Ela ficou me olhando confusa enquanto eu desejava que tudo aquilo fosse um terrível pesadelo.

- Que foi? – sua voz irritada me fez despertar.

- Eu não posso fazer isso.  Não posso. – dei alguns passos para trás, mas logo sai correndo da casa como o covarde que eu era.

      Corri o máximo que pude, mas não importa por onde eu corresse só tinha uma pessoa que ainda acreditava que isso ia dar certo no final. Bati na porta da casa da Lee hesitando, mas bati.

       Quando ela abriu a porta e deparou comigo vi sua cara fazer expressões que variavam do ódio a pena. Eu estava um trapo. As calças rasgaram quando as peguei com o dente depois que me transformei para correr, estava descalço e com a cara péssima do choro que eu prendia, mas que vinha sem minha ordem.

- Entra. – ela me puxou pela mão e me levou para sala.

- Lee o que... – o Embry parou na escada antes de nos alcançar. – Eu vou pegar uma calça para você. – ele voltou para cima e me deixou sozinho com a Lee.

- Vem. – deixei que ela me puxasse para o sofá da sala e quando sentamos simplesmente desabei no seu colo e chorei. – Quer me contar o que houve? – fiz que não com a cabeça e me encolhi mais ainda no sofá chorando como criança.

       Eu preferia a morte a continuar passando por isso. Eu precisava da Bella. Ela é meu ar, mas a Maika seria como a terra sobre meus pés. Eu não posso viver assim pela metade. Não posso mais!

.

.

.

Dez meses depois...

Bella

      Toda manhã de segunda quando a correspondência chegava era o mesmo stress. Chegava à merda da carta do banco com cada vez mais dinheiro na conta. Eu nunca toquei em um centavo e nem nunca iria tocar. Eu e Sunny não precisávamos disso. Se eu não precisasse tirar todo dinheiro para fechar a conta já tinha resolvido isso também.

       Mudei meu telefone e proibi meu pai de dar o número para o Jake. Sem ser pelo dinheiro que continua aparecendo eu não tinha noticias do Jake há um ano e estava feliz assim! Um ano livre dessa obsessão.

- Não corre. – o Edward gritava com a Sunny.

- Edward ela engatinha como vai correr? – eu perguntei rindo enquanto jogava o extrato no lixo.

- Foi uma força de expressão. – ele disse pegando a Sunny antes que ela subisse as escadas.

- Ai! – ela gritou e começou a rir.

- Tio Edward mau. – eu fiz biquinho para ela que veio no meu colo toda sorridente.

- Bom dia. – a Alice apareceu tão feliz que chegou a fazer o sol brilhar mais.

- Bom dia. E não importa o que seja a resposta é não. – Edward começou a rir assim que eu falei.

- Mas é aniversario de um ano da Sunny. E é só uma festinha! Criança gosta de festa, de brinquedo, por favor! – a Alice deu uns pulinhos fazendo birra o que fez a Sunny pular no meu colo também. – Viu ela quer festa! Num é neném? – a Alice veio fazendo gracinhas e pegou a Sunny do meu colo.

- Alice, não sei não. – eu disse desconfiada, mas já derrotada.

- Por favor. – ela colou o rosto colado com o da Sunny e fez biquinho.

- Ok! Mas é para pouca gente.

- Ahhh! Te amo. – Alice saiu porta afora carregando a Sunny sem nem pedir.

- Ela já convidou quantas pessoas? – eu perguntei quando vi Edward rindo.

- Seu pai, sua mãe, todo pessoal do maternal e a Leah.

- O que? – eu gritei irritada quando ouvi Leah.

- Não sabia que isso ia te aborrecer. – Edward disse se desculpando.

- Eu não quero nada que tenha haver com o Jake! – eu disse ainda irritada, mas dessa vez sem gritar.

- Tudo bem. Não vai ter.

- Assim eu espero. – suspirei e depois encarei Edward. – Desculpe.

- Tudo bem. Vamos ver o que as doidas estão aprontando. A festa vai ser amanhã à noite. – Edward me pegou pela mão e me colocou nas costas.

- Eu sempre sou a última saber? – perguntei rindo enquanto ele caminhava.

- Ao que parece. – eu ia reclamar, mas logo Edward estava correndo comigo para mansão.

       Eu não ia me aborrecer com o Jake. Ele fazia parte do meu passado morto e era assim que iria continuar para sempre.

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N/A: Ai, I'm sorry! Eu sei que eu estou na divida com vocês das respostas dos reviews, mas eu vou arrumar tempo para acertar isso. Perdoa?

raquelzinha muito obrigada pela recomendação. Eu adoro elas! 

Amores estão ansiosas pelo encontro da Bella e do Jake né? Eu já vi gente contando caps e tudo...rsrsrsrs. Calma que tá pertinho. 

Bjks, Katy Clearwater


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