Ao Cair da Noite escrita por Katy Clearwater


Capítulo 11
Capítulo dez: Novos aliados




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Capítulo dez: Novos aliados



Bella


 
          A Sunny já tinha dois dias de nascida e hoje iríamos para casa. Alice ficou comigo todo tempo. Tudo bem que ela não pega a Sunny no colo de jeito nenhum, mas ela sempre esteve comigo me ajudando sem pegar na Sunny. A Alice era uma graça.
- Tudo pronto. – Alice terminou de arrumar minha mala e me ajudou a descer da cama do hospital.
- Não vejo a hora de chegar em casa. – ela sorriu e saímos do meu quarto.
         Não sei como um recém nascido podia fazer tanto sucesso, mas todo mundo amava a Sunny só com dois dias que ela passou aqui. Ela já nasceu com “efeito Jacob”, impossível não se amar. Abaixei os olhos quando pensei no Jake. Não queria pensar nele.
        Quando chegamos em casa Alice nem fez questão de me levar na mansão primeiro e eu achei isso estranho, mas fiquei quieta. Fomos direto para minha casa e assim que entrei vi o motivo de me trazer direto para cá. Todos estavam na sala me esperando. A Rose foi a primeira a se aproximar.
- Ai que linda Bella. – ela disse olhando para Sunny. – Você está bem?
- Estou sim.
- Posso segurar? – a Rose estava parecendo a Alice quase pulando no lugar.
- Claro. – coloquei Sunny no colo da Rose e Alice se afastou um passo.
- Alice para de bobagem. – o Edward descia as escadas rindo, provavelmente dos pensamentos da Alice. Ela deu língua para ele.
- Algo que eu deva saber? – perguntei interessada e Edward riu mais.
- Não! – Alice gritou irritada e Jasper veio para o lado dela abraçando-a, mas rindo também.
- Alice acha que pode quebrar ou partir, ou deixar cair e outros milhares de pensamentos catastróficos com a Sunny. E ainda está apavorada com seu parto. – o Edward se escondeu atrás da Tânia quando Alice tacou um sapato nele.
- Não quebrem minha casa! – eu pedi rindo e Alice bufou frustrada.
- Eu só vou quebrar o Edward. – ela disse e saiu correndo atrás dele com o outro sapato na mão.
- Ei! O médico falou que não é para eu ficar rindo. – eu disse já gargalhando e os dois pararam de brigar.
- Desculpa. – a Alice fez biquinho de criança inocente segurando o sapato, o que ela ainda não tinha tacado no Edward, perto do rosto.
- Esquece. – revirei os olhos e comecei a subir as escadas. Rose veio me ajudar.
         Sunny estava dormindo e peguei-a do colo da Rose para colocá-la no berço. Quase desmaiei quando entrei no quarto do bebê.
- O que houve aqui? – perguntei claramente irritada e Rose se afastou.
- Foi tudo o Edward e a Tânia. Eu não fiz nada! Juro! – Rose começou a se justificar, mas eu me assustei.
- Tânia? – eu perguntei incrédula enquanto colocava a Sunny no seu berço “rosa”.
         O quarto estava todo rosa! Os móveis foram todos trocados por móveis de menina e eu tinha comprado tudo neutro. Eu estava com medo de abrir as gavetas e ver que até as roupinhas eram todas outras.
- É. Aparentemente foi o presente dela para Sunny. – a Rose tentou rir animada, mas pareceu tão assustada quanto eu. – Receptiva com presentes para o bebê. – a Rose proclamou minhas palavras como se fossem um poema.
- Receptividade! – eu disse fingindo animação e ela sorriu.
      Ok! Isso passava da receptividade, mas tinha dois dias que eu era mãe. Não era hora de brigar com ninguém.



Jake


      A estadia da Lee aqui em casa foi melhor do que eu esperava, mas com certeza muito irritante para ela. A Maika não ia à escola para ajudar ela com o Harry e até quando a Lee a tratava mal ela sorria e se fazia de desentendida. Isso estava estranho demais.
      A Lee voltava para casa hoje, mas antes faríamos uma vídeo conferência com o Seth para saber das novidades de Washington. Coloquei o notebook na sala de estar e a Maika se ofereceu tão docemente para ficar com o Harry que mesmo entre os dentes a Lee não teve como dizer não. Quando deu três em ponto liguei a câmera do notebook, mas a visão que eu, Lee e Embry tivemos do Seth não foi exatamente profissional.
      Ele estava se agarrando com uma morena no sofá. Ele estava seminu já ela não tinha tanto pudor e estava nua mesmo.
- Seth Clearwater. – ele se assustou com o berro da Lee e derrubou a menina no chão.
- Oi gente. Já são três horas? – ele perguntou fechando a calça.
- São três e quatro. – o Embry disse rindo.
- Sabe como é fuso horário né. – ele dizia tentando focar a câmera só nele e não na garota pelada.
- Sua mula, estamos no mesmo estado! – a Lee gritou e ele sorriu.
- D.C., W.A. eu me confundo. – Embry segurou a Lee na hora que ela ia voar no notebook.
- Garoto eu te mato!
- Não quebra o note. – eu peguei o computador da mesa e o Seth falou diretamente comigo da tela.
- Eu retorno em dez minutos. – ele disse.
- Seth eu não acho minha calcinha. – aquilo não era uma voz, era um miado atrás dele.
- Talvez vinte. – ele desligou a web antes que eu pudesse dizer qualquer coisa.
- Você devia ir a Washington matar ele. – a Lee socava o Embry e gritava comigo.
       Do nada uma Maika muito irritada surgiu na sala e colocou a mão na cintura batendo o pé no chão.
- Dava para vocês gritarem menos enquanto trabalham? Vão acordar o Harry poxa! Que droga! – ela saiu da sala e nos deixou com cara de bobos.
- Se essa mocreiazinha pensa que me enrola ela está muito enganada. – a Lee não ia gostar da Maika nunca! Já havia constatado.
- Vamos arrumar sua casa. Acho que o Seth não vai voltar. – Lee me olhou indignada e levantou do sofá arrastando Embry com ela.
       A Maika foi com a gente de carro com o Harry no colo. O carro do Embry ficou atolado no dia da chuva e a gente não tinha parado para concertar. A Lee saiu do hospital e veio para cá direto então não tinha jeito.  E ainda parecia que mesmo com a mãe odiando a Maika o Harry teve uma simpatia instantânea por ela. Ele só não chorava com a Lee ou com a Maika, com qualquer outra pessoa era berreiro na certa.
- Eu vou ficar com ele lá no quarto por causa da poeira. – Maika saiu do carro e foi entrando na casa da Lee com o Harry.
- Eu vou matar essa garota. – a Lee saiu do carro batendo a porta, mas Embry a segurou pelo braço.
- Faz por menos. – Embry pediu a Lee, ela bufou e saiu batendo o pé indo para cozinha.
       Era só arrumar os moveis e colocar umas cortinas, mas a Maika tinha razão sobre a poeira.
- Eu vou colocar a geladeira no lugar. – a Lee foi para cozinha de cara feia e eu e Embry a seguimos.
- Lee, o Embry tem razão. Você deveria se adaptar melhor a Maika. – os olhos da Lee pareciam duas labaredas de fogo quando eu terminei de falar.
- Essa pirralha entra na sua vida, estraga seu casamento, te deprime, te transforma nesse frango mole que você é agora e você me diz que eu tenho que aceitar esse troço? Já basta meu filho, me traindo assim que nasce. – a Lee berrava e provavelmente a Maika tinha ouvido tudo.
- O Jake tem razão amor. A menina mudou! Você deveria dar uma chance a ela, ela vai ser esposa do Jake. – eu ia dizer ao Embry que não era para tanto, mas o rosnado que saiu do peito da Lee me fez parar.
- Casa com ela você então! – eu acho que a própria Lee não mediu a força. Quando eu me estiquei para segurar a geladeira já tinha atingido o rosto do Embry que foi de encontro à parede com o impacto.
- Cara, você está bem? – eu o ajudei a levantar e vi que “quem” não estava bem era a geladeira.
- Isso é o que eu ganho por te ajudar. – ele riu e eu o ajudei a levantar.
- Eu vou comprar outra geladeira. – a Lee saiu batendo o pé passando por nós dois. – Com o seu cartão – ela apontou para o Embry – e no seu carro! – ela pegou minhas chaves e saiu quase derrubando a porta de novo.
- Ainda bem que é o seu cartão. – eu bati no ombro do Embry e ele suspirou desesperado.
      Terminamos de arrumar tudo, mas a Lee ainda não tinha voltado. O Harry estava dormindo profundamente quando terminamos. Eu acho que se a casa explodisse a criança não acordava.
- Eu posso ficar se você quiser. – a Maika se ofereceu.
- Podem ir. Eu vou cuidar do meu filho direitinho. – Embry deu um sorriso confiante que não chegou ao rosto da Maika.
- Qualquer problema liga. – eu sai arrastando a Maika da casa. Ela veio bem tristonha andando do meu lado.
      Quando chegamos em casa ela ainda estava desanimada e foi direto para cozinha.
- Que foi? – eu perguntei a seguindo até lá.
- Nada. Vou copiar a matéria dos dias que eu não fui. Se perder esses créditos não me formo. – ela sorriu para mim e sentou na mesa da cozinha.
- Cadê sua mochila? – eu dei um sorriso, mas ela ficou sem argumentos para responder. – Que foi? – sentei na cadeira ao lado da dela e ela virou de frente para mim.
- Eu queria ter um bebê um dia, sabe? Eu sempre cuidei meu irmão e agora o filho da Lee só me fez lembrar que eu sempre quis muitas crianças em casa. – uma lágrima singela correu por seu rosto, mas ela logo limpou. Eu me senti péssimo ao vê-la assim. A dor dela me doeu tanto que parecia ser minha. – Mas eu não quero te forçar a nada e também não quero ser mãe dos filhos de mais ninguém. Então... – ela levantou triste e eu vi que estava chorando.
- Maika espera! – a segurei pelo braço e ela abaixou o rosto.
- Você me odeia. – ela disse aos prantos.
- Claro que eu não te odeio! De onde você tirou isso? – eu levantei seu rosto e me senti um monstro quando a vi chorando tanto.
- Eu sinto muito pela Bella. – ela soltou o rosto das minhas mãos e dessa vez eu não a puxei de volta. A Maika nunca falava na Bella. Nunca!
- Porque isso agora? – eu perguntei confuso.
- Porque importa para você e tudo que importa para você importa para mim também. – eu a vi se aproximar, mas dessa vez não a parei.
       Senti os lábios da Maika encostando-se aos meus e senti asco de mim mesmo. Como se estivesse cometendo um pecado capital, mas não a parei. Eu não poderia mais ser feliz, mas ela poderia.
- Eu te amo, Jake. – ela sussurrou em meus lábios e eu apenas a abracei.
        Eu não seria mais feliz em nenhum dia da minha vida, mas eu podia fazer isso por alguém e ela demonstrou que merece o sacrifício. A Maika mudou tanto esses meses que de repente eu começava a duvidar se eu estava certo em resistir ao imprinting.
- Maika, eu não quero mentir para você. – eu não podia dizer que a amava. Não do jeito que ela queria que eu amasse.
- Eu sei que você ainda ama a Bella e que ela vai te dar o bebê que eu não posso. – ela se encolheu sobre meu peito e chorou mais.
- Maika você é uma criança. – eu disse sem forças.
- Mas não vou ser para sempre. – ela levantou a cabeça e olhou nos meus olhos. – Eu já vou terminar o colegial e logo faço dezoito. – novamente ela recostou a cabeça no meu peito e me abraçou. – Mas nada disso importa, já que você não me ama.
- Eu sinto muito. – disse a apertando mais em meus braços como se isso pudesse compensar minha ausência de sentimento por ela.
- Você podia tentar gostar de mim. Pelo menos um pouco, sabe... Eu podia te fazer feliz. – a voz de choro dela junto com suplica quebrou muitas barreiras no meu coração que eu tinha erguido contra ela. A Maika não era tão ruim assim. Ela era uma menina e só!
- Eu...
- Não precisa mentir. – eu a senti engolir o choro quando disse.
- Eu posso tentar. – eu disse sem convicção, mas com sinceridade.
- Jake, eu... – ela deu um sorriso tão lindo, que fez meu sacrifício parecer valer mais a pena ainda, e me abraçou.
- Eu vou tentar mesmo. – ela me abraçou mais forte e se aconchegou.
       Ela merecia qualquer sofrimento pelo qual eu passasse. Eu não podia comparar o que eu sentia pela Bella com o que eu sentia pela Maika. Mas estava na hora de eu agir como adulto e não como um adolescente apaixonado. A Bella tinha escolhido a vida dela e eu tinha que escolher a minha. Mesmo infeliz eu podia fazer da Maika uma mulher feliz e esse seria meu propósito daqui para frente.

.

.

.

Dois dias depois...



Bella



        Eu estava mais que irritada andando de um lado para o outro da cozinha quando Edward chegou. Ele me olhou de cara feia porque era para eu estar de repouso e não andando irritada e bufando, mas era um caso extremo. A Sunny dormia no carrinho enquanto eu bufava.
- O que houve? – Edward perguntou quando eu tirei o telefone do ouvido para tentar discar de novo.
- Eu entrei no site do meu banco para ver o saldo da minha conta e tinha mil dólares a mais. Eu liguei para o gerente para saber se o dinheiro tinha sido transferido ou depositado. – parei e bufei antes de continuar. – Foi uma transferência da minha conta conjunta com o Jake. Eu não pude cancelar a conta porque eu precisaria ir com ele na agencia de origem e... – o Edward segurou a minha mão que tremia de raiva.
- Então o Jake mandou o dinheiro para você. – ele conclui.
- Sim! Mas eu não pedi nada para ele! – eu berrei e a Sunny se mexeu incomodada.
- E agora você está ligando para o banco para mandar o dinheiro de volta? – Edward me perguntou serio.
- Não! Eu estou ligando para o Jake. – antes que ele me contrariasse coloquei o telefone no ouvido de novo.
       Edward suspirou e puxou uma cadeira sentando ao lado do carrinho. No quinto toque eu já estava quase desistindo, mas ouvi o telefone sair do gancho.
- Jake para! – uma voz feminina disse cheia de risinhos. – Residência dos Black.
- Eu quero falar com o Jake. – disse com a maior ignorância que pude.
- Jake é para você. – a menina chamou e logo a voz ofegante do Jake apareceu na linha.
- Alô? – ele disse com aquele sorriso contido que eu conhecia. Ele tinha acabado de parar de rir e ainda estava se concentrando para parar totalmente.
- O que você pensa que está fazendo? – eu gritei e ele rapidamente se concentrou.
- Bella? – ele usou uma voz amarga e séria que ele não usava comigo há anos.
- Isso mesmo! E olha Jacob, eu não preciso... – antes que eu pudesse terminar ele me cortou.
- Espero que tenha me ligado para falar sobre nosso filho. – ele disse rude.
- Como é? A Sunny é minha filha! – eu disse com raiva.
- Então é uma menina. – ele disse quase que pensando alto e isso me doeu. Ele nem sabia que a Sunny tinha nascido.
- É sim! E eu não preciso das suas esmolas. – eu gritava e comecei a chorar de tanta raiva que eu sentia.
- Não são esmolas! Ela é tão minha filha quanto sua e eu tenho direito de zelar pelo bem estar dela mesmo que seja de longe. – ele gritou e apesar de ficar surpresa com a reação dele não me intimidei.
- Agora que ela nasceu é sua filha? – eu perguntei irônica e limpando as lágrimas.
- Sim! Antes ela estava na sua barriga e que eu me lembre o Edward não precisa da minha ajuda para cuidar de você. Minha presença seria alheia e desnecessária ao casal não acha? – ele foi tão irônico quanto eu e dessa vez eu fiquei sem ação. – Olha Bella, eu não quero atrapalhar a sua relação com o morto, mas a Sunny não vai deixar de ser minha filha por isso. Acostume-se porque eu vou continuar mandando as coisas para ela e eu não quero saber se você gosta ou não.
- Jake você não tem... – eu gritei, mas novamente ele me cortou.
- Direito? Claro que eu tenho e a não ser que você queira saber dos meus direitos judicialmente acho melhor nos falarmos o necessário para o bem estar da Sunny.
- Mas... – eu mesma não sabia o que eu queria dizer, mas estava chorando como uma louca.
- Mas nada! Quando for sobre a Sunny me liga, senão me esquece. – Jake desligou na minha cara depois disso.
       Eu estava tão inerte na discussão que não ouvi a bebê chorando até levantar os olhos e vê-la no colo do Edward. Ele a ninava e ela se acalmava conforme ouvia a voz dele.
- Edward, eu... – eu me aproximei dos dois e com uma das mãos ele continuou segurando a Sunny e com a outra acariciou meu rosto.
- Eu fico com ela, vai descansar um pouco. – eu fiz que sim com a cabeça e sai da cozinha aos prantos.
        Subi para o meu quarto e de roupa e tudo entrei debaixo do chuveiro chorando. Eu sabia que tudo estava acabado com o Jake fazia meses, mas se tinha acabado porque ainda doía tanto? Eu sabia a resposta: Eu sempre ia amá-lo e isso me condenava. Eu iria sofrer para sempre. E agora tinha um agravante... Esse tom, esse jeito... O Jake me esqueceu e agora é para sempre.



Leah



- Isso prova minha superioridade a sua inteligência. – a enviada do demônio abria a porta rindo da cara do Jake.
       Ela era mesmo muito inteligente. Fez ele acreditar que ela tinha mudado, na verdade todo mundo acreditava que ela tinha mudado, mas eu não era idiota!
- Prove sua superioridade física então. – Jake começou a fazer cosquinhas nela e eu revirei os olhos vendo os dois entrarem em casa como dois namoradinhos.
- Porque viemos jantar aqui mesmo? – eu revirei os olhos perguntando a Embry e ele me olhou atravessado.
- Porque vamos apoiar a felicidade do Jake. – ele frisou bem o vamos e me olhou firme. Eu não ia brigar com o Embry. Tudo que essa vaca queria era me segregar e eu não ia deixá-la vencer!
- O Sam e a Emily vêm? – forcei um sorriso e ele passou o Harry para o outro lado do colo para me abraçar de lado.
- Sim. Estão a caminho. – entramos na casa e o Jake tinha encurralado a bisca na cozinha.
     Eu podia deixá-la acidentalmente cair de cara no fogo acesso, não podia?
- Para Jake. – ela fez aquela voz de vaca, cadela no cio nojenta e atendeu ao telefone que já tocava fazia algum tempo. – Residência dos Black. – ela falou se empinando para o Jake e ele revirou os olhos.
     Ah fedelha se enxerga! Toda vez que esse troço tenta ser sexy o máximo que consegue é piada!
- Jake é para você. – ela entregou o telefone ao Jake com uma expressão estranha no rosto.
      O Jake atendeu ao telefone rindo, mas quando ele disse Bella tudo perdeu a graça. Ainda durante os berros dele no telefone Emily e Sam chegaram. Emily ficou parada na porta da sala ouvindo a discussão. Os meninos foram sentar na sala, mas eu fiquei no corredor que dava de frente para cozinha.
       Enquanto o Jake discutia com a Bella a coisa ficou sentada na pia assistindo tudo de camarote. Conforme o Jake berrava eu podia ver as lágrimas rolando pelo seu rosto.
- Mas nada. Quando for sobre a Sunny me liga, senão me esquece. – ele desligou e tacou o telefone longe.
       Eu o vi se apoiar na mesa e enfiar o rosto nas mãos ainda chorando. Foi quando a vaquinha o puxou e o abraçou. Jake enterrou o rosto no ombro da galinhazinha que o ninava como se ele fosse um bebê.
       Eu dei um passo para cozinha, mas quando me viu indo para lá toda cara de santa da vaca se desfez e ela me deu um sorriso longo e irônico falando apenas com o movimento dos lábios.
- Você não pode comigo. – ela piscou e deu um beijo no ombro do Jake que ainda chorava no colo dela.
         Quando eu ia gritar e ir para cozinha dar na cara dela senti uma mão segurando meu pulso.
- Movimento errado! Confia em mim. – eu olhei com nojo para Emily.
- Porque eu deveria? – perguntei com raiva.
- Porque eu sei que não tem como se deixar de amar alguém de verdade mesmo depois de um imprinting. Eu não quero que o Jake se sinta como o Sam se sente. – a dor na sua voz fez minha raiva murchar.
- Mas ela vai conseguir... – eu disse entre os dentes.
- Não vai. Eu vou estar nessa com você, mas tem que confiar em mim. Eu quero ajudar o Jake e a Bella tanto quanto você, mas não vai ser num ataque direto que vamos conseguir.
      Olhei com ódio para fedelha que agora estava com a cabeça enterrada no ombro do Jake e suspirei derrotada concordando com a Emily.
- Tudo bem. – eu me voltei para ela e parei de olhar para cozinha.
- Eu sinto muito não ter entendido isso antes.  – ela abaixou a cabeça e soltou meu braço.
- Vamos Emy. Você tem um plano para me contar. – eu lhe dei um sorriso de lado usando o apelido pelo qual a chamava quando éramos amigas.
- Ok. – ela saiu comigo para varanda com um sorriso no rosto.
        O Jake não era causa perdida. Eu não ia deixar a Maika vencer. Eu só precisava arrumar um jeito de resolver esse maldito mal entendido entre ele e a songa. Afinal, o que era mais forte? O amor ou o imprinting?

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N/A: Obrigado pelo apoio no último cap. Eu sei que me estressei, mas eu já estava a ponto de explodir então quem ouviu desaforo sem necessidade sinto muito! Eu espero que gostem do cap. Vou tentar att o próximo no domingo de novo.

Bjks, Katy Clearwater.

P.S.: Respondo os reviews amanhã amores, mas já agradeço por todos ^^.


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