Ao Cair da Noite escrita por Katy Clearwater


Capítulo 10
Capítulo nove: Presentes


Notas iniciais do capítulo

N/A: Eu sinceramente cansei de notas de revolta nessa fic e cheguei a deletá-la, mas como eu tenho leitoras mais que amigas elas me convenseram a voltar com a fic e terminar. Eu adoro todos vcs e sinto um imenso prazer quando vcs comentam no que eu faço, mas eu não sou idiota nem sou capaxo para ficar sendo amada e odiada no mesmo cap só pq vcs não se indentificam com o que se passa com os persons. Eu sou Team Jakebells e estou escrevendo a fic, acham mesmo que eu não quero que a Maika exploda e que o Jake corra atrás da Bella? Bom, eu quero! E se eu fosse leitora era disso que eu iria reclamar com a autora e não da forma como ela faz ou deixa de fazer sua historia porque eu sou muito honesta com a pessoa e quando o trabalho dela não me agrada eu simplesmente paro de ler. Criticar persons é normal, eu mesma chamo o Ed de boiola como dou bom dia, mas criticar diretamente o autor é foda ainda mais o amador porque a Steph está ganhando milhões para ser chamada de burra pelas melhores revistar especializadas em educação e ser chamada de mediocre pelo Stephen King. Então para ela tanto faz como fez ser chamada de inapta ou não. Já para mim que paro para fazer isso porque me faz bem e porque eu me sinto feliz escrevendo escutar de uma pessoa que a antipatia dela é com o meu texto e não com o person é mais f*** ainda.Eu não tenho a obrigação de fazer minha historia correr porque as pessoas que leêm tiraram para cair de pau em cima de mim, diminuir minha pop, e cair o n° de review da fic. Melhor UM ÚNICO review sincero e de qualidade do que mil que não me valem de nada a não ser stress. Como eu disse no começo não é o primeiro problema que eu tenho com Ao cair da noite, passei pelo mesmo problema em Alvorada, mas nada tão estressante como aqui. Então eu vou fazer algo que eu não deveria que é adiantar o enredo da fic, o Jake e a Bella VÃO ficar separados por mais alguns caps que eu ainda não defini, mas vão variar de 3 à 5 e a fic entra numa segunda fase. Assim como numa Jakeness com Jakebells pode acontecer dele ficar com a Maika SIM! Outra coisa que eu ainda não decidi, mas iriei brevemente porque o andamento dos caps me leva a isso. E por fim, peço encarecidamente se você não está gostando da fic, se a historia não te agrada, não comenta. Lê e ignora! Não se dê ao trabalho de comentar para reclamar que a fic não está de acordo com a sua vontade. Reclame dos personagens, do enredo não de como eu faço ou deixo de fazer o desenrolar da fic porque isso não é uma critica construtiva a historia e sim um ataque direto a minha forma de me expressar.Eu sinto muito se você parou para ler tudo isso e no final disse: Poxa, mas eu não tenho nada haver com isso. Eu sei que nem todo mundo é assim e eu tenho amigas/leitoras ótimas como a Ale, a Madu e a Fer. Tenho leitoras que se mostraram amigas como a Juliananova e a Ritinha sempre me incentivando a ignorar certas coisas e passar por cima. Obrigada a quem lê, gosta e que sabe que crítica se faz a historia e não ao autor. Desculpe por estar enxendo o saco, mas o meu enxeu e eu tinha que falar. Sei que vou perder muitos leitores, sei! Sei que vai ter um engraçadinho que ao terminar de ler isso vai lá diminuir minha pop de raiva, sei! Mas mais me vale meu sono do que pop ou review que me faz chorar!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/51995/chapter/10

Capítulo nove: Presentes

Três meses depois...



Jake


  
          Eu estava na casa da Lee esperando o Embry chegar para poder ir embora. Ainda não tínhamos encontrado o dono do rastro, mas ele se fez notar bastante. Dois campistas desparecidos e mais algumas pessoas ao redor de Seattle, era como se o terror estivesse voltando a nossa porta e não fossemos mais competentes o bastante para lidar com ele.
          Eu me sentia bastante frustrado, mas a Lee sempre me animava assim como a Maika. Nunca imaginei que a Maika pudesse ser tão compreensiva, parecia outra pessoa de uns tempos para cá. Quando eu estava com a Lee ela ficava com o Sam ou com o Paul e a Rachel sem reclamar. Eu tinha medo de deixá-la sozinha, na verdade todos tinham.  Emily, Rachel, Kim e Claire praticamente viviam juntas e escoltadas. A vida se tornava cada vez mais tensa.
- Eu fiz carne com batata. – a Lee disse suspirando e alisou sua imensa barriga.
- Você está uma graça. – eu disse olhando para sua barriga e ela me mostrou um dedo obsceno.
- Eu estou uma baleia. Acho que minha barriga vai explodir para o bebê sair. – ela disse enquanto se arrastava de volta para cozinha.
         Levantei do sofá da sala e fui até o corredor onde ela estava. A ergui nos meus braços com imensa facilidade e ela começou a rir.
- Para mim ainda está bem levinha. – eu disse rindo e ela também riu.
- Tá bom, mas agora solta o saco de batata. – ela desceu do meu colo rindo. – Obrigada. 
- Disponha. 
         Fomos para cozinha e eu apenas revirei a comida enquanto a via jantar. A hora avançava cada vez mais, mas nada do Embry. Em outras ocasiões eu não me preocuparia, mas como estávamos em estado de alerta qualquer atraso era alarde para mim. A chuva castigava a nossa cidade e o noticiário avisava que poderia haver tornado, isso só tornava minha preocupação maior.
- Acho que eu vou ligar para ele. – disse a Lee tão preocupada e tensa quanto eu.
- Melhor. – eu concordei.
        Ela pegou o telefone sem fio e voltou para mesa. Depois de dois minutos com o telefone no ouvido ela o abaixou sem dizer nada.
- Ninguém atende. – ela disse e seus olhos marejaram.
- Calma. Deve ser a chuva. – ela limpou os olhos concordando comigo e alisou a barriga dando um suspiro incomodado. – Está sentindo alguma coisa? – eu perguntei preocupado.
- Sim. Mas é só um parasita que está vivendo na minha barriga há trinta e cinco semanas e MEIA. – ela frisou bem o “meia” e nós dois rimos. Ela terminou de limpar os olhos e sorriu de lado.
- Não chama o neném de parasita. – eu disse ainda rindo.
- Ele mora na minha barriga, come o que eu como. Depende de mim, me suga! – ela levantou rindo para colocar o telefone na base.
- Mas ele não fede. – eu falei com um sorriso e ela parou séria com a mão na barriga.
- É. – ela deu mais um suspiro pesado e isso me preocupou.
- Lee que foi? – eu a segurei quando a vi balançar como se fosse cair.
- Ele não para de se mexer. Mas de um jeito estranho, só dói aqui – ela indicou um lado da barriga – e não na barriga toda alternadamente como é o normal. – ela gesticulou o formato da barriga revirando os olhos de irritação, mas seu sorriso sumiu numa careta de dor.
- Acho melhor você deitar. – ela fez que sim com a cabeça e eu subi com ela no colo até seu quarto.
       Coloquei-a deitada na cama e desci para tentar ligar para o Embry novamente. A chuva não parava e um galho de uma árvore atingiu a janela da cozinha espalhando vidro por todo canto.
- Merda! – fui para cozinha e quando abaixei para catar os vidros a luz acabou.
        Respirei fundo para não xingar mais e ouvi um barulho no andar de cima. Voltei até a escada para subir. Provavelmente a Lee estava tentando levantar.
- Lee foi só a... – parei nos primeiros degraus sendo tomado pelo cheiro que impregnava o ar.
        Estava escuro e na minha forma humana minha visão noturna não era tão boa. Concentrei-me no cheiro e subi as escadas fazendo força enxergar o máximo possível. Quando cheguei na porta do quarto pus a mão lentamente sobre a maçaneta, mas antes pudesse abri-la senti o corpo da Lee despedaçando a porta e sendo arremessado contra meu peito. 
         Nós caímos na escada e eu usei meu corpo para amparar sua queda nos degraus. Senti o chão nas minhas costas, mas logo mãos gelados estavam nos meus ombros e me vi voando até o teto da sala. Quando voltei ao chão vi a Lee caída na escada e uma silhueta se aproximava ameaçadoramente dela.
         Explodi em lobo e parti para cima dele, mas antes que eu o alcançasse ele já havia desaparecido. A Lee estava desmaiada e eu sentia cheiro de sangue vindo dela, mas estava com medo de voltar à forma humana e ser pego desprevenido. Assim que tive esse pensamento meu medo foi confirmado. Ouvi minhas costelas partindo enquanto os pés do maldito me chutavam pelas costas.
         Girei o corpo com a boca aberta e rasguei um pouco seu braço antes que ele se afastasse de mim. Eu estava levantando turvo do ataque quando senti um vento passando sobre mim e logo Embry estava rosnando feroz na minha frente. Levantei me sentindo melhor e menos tonto, mas as costelas estavam quebradas com certeza. O vampiro rosnou e vacilou entre um ataque e uma fuga antes de optar pela fuga. Eu queria ir atrás dele, mas tinha a Lee. Deixamos que ele fugisse.
- Lee? Amor fala comigo? – voltei a minha forma humana assim que ouvi Embry chorando em cima da Lee.
- Pega uma roupa! A gente tem que levar ela para o hospital. – eu segurei firme no ombro do Embry para ele acordar.
- As estradas estão fechadas por causa da chuva. – ele disse aos prantos.
- Então vamos correndo. – eu disse firme e ele fez que sim com a cabeça.
         Voltei a minha forma de lobo e Embry me ajudou a colocar Lee nas minhas costas. Meus ossos quebrados reclamavam pelo esforço, mas eu não podia me deixar parar por isso. Ele a prendeu nas minhas costas com uma corda e colocou o cobertor por cima. Assim que sai vi que a chuva era pior do que parecia dentro de casa. Teríamos que ser rápidos e cautelosos. O vampiro podia voltar a atacar.
         Enquanto eu corria com a Lee, Embry vinha atrás com as roupas na boca. Tentamos ir pelo caminho com menos árvores o possível, para evitar que galhos batessem na Lee. Chegamos aos fundos do hospital com certa rapidez e ele voltou à forma humana primeiro para tirá-la de cima de mim. Quando ele estava vestido e com ela nos braços fiz o mesmo. Corri atrás dele e os alcancei na recepção do hospital.
- O que houve com ela? E como chegaram aqui? – a enfermeira perguntou vendo o estado da Lee.
- Ela caiu da escada. – o Embry disse desesperado e enfermeira começou a gritar pedindo uma maca.
- Você também? – ela me olhou sem camisa e com uma imensa mancha rocha em cima das costelas.
- Eu tentei segurá-la. Mas eu estou bem, cuida dela. – eu a disse e coloquei a mão sobre a mancha.
- Toma isso e vão para lá. – ela me deu um cobertor e apontou algumas cadeiras na recepção lotada. A chuva trouxe muita gente para cá, com certeza.
- Eu não posso ficar com ela? – o Embry perguntou quase chorando vendo os enfermeiros levando a Lee embora.
- Agora não, eu sinto muito. – a enfermeira pareceu sentir a dor que ele sentia.
- Vamos esperar aqui. – eu puxei Embry pelo braço, mas também assisti desolado a maca sumindo no corredor.
       Sentamos nas cadeiras vagas e uma garotinha estava sentada no colo da mãe brincando. A mãe parecia preocupada, mas a menininha era tão novinha que estava alienada da situação. Ela começou a rir para mim e vi que ela estava tremendo de frio. Sem que a mãe a notasse desceu do seu colo e sentou do meu lado se enroscando no meu braço. A mãe se deu conta da falta da filha e olhou para mim assustada.
- Desculpe por isso. – ela levantou e tentou puxar a garotinha, mas a menina segurou mais forte em mim.
- Tudo bem. – eu dei um sorriso sem graça, mas ela me olhou assustada.
        Um frio desse, eu molhado e sem camisa. A filha dela me agarrando e eu falo tudo bem. O susto tinha razão. Eu também imaginaria que era um tarado ou algo assim.
- Toma. – dei meu cobertor para menininha, mas mesmo assim ela não me soltou.
- Você parece com meu marido. – a mulher disse chorando. – Amor, não é o papai. – ela disse e a garotinha fez bico de choro.
- Quer ouvir uma história enquanto você espera o seu pai? – a menininha com cara de choro riu animada e pulou no meu colo.
- Obrigada. – por fim a mãe da menina se sentou ao meu lado e começamos a conversar; ela, Embry e eu.
          Conforme a noite foi adentrando a menininha dormiu no meu colo.  E ficamos sem noticias da Lee todo esse tempo. Senti a criança no meu colo se mexer e meu coração apertou de forma violenta. Mesmo sendo horrível foi muito melhor Bella não estar aqui. De uma forma estranha, mas foi! Respirei fundo pensando nela e no nosso filho, pensar nela era coisa que eu evitava há algum tempo, e meu coração pesou. Medo! Meu coração pesou com o medo de que a ameaça não tivesse vindo só para cá. Eu espero mesmo que aquele sanguessuga sirva para protegê-la.



Bella



- Confere de novo. – a Rosalie dizia enquanto eu terminava de arrumar minha super mala. Gigantesca para dizer a verdade. 
- Eu estou levando quase a minha casa aqui. – eu disse olhando para mala.
- Não seja boba. – ela ergueu a mala sem dificuldade e eu revirei os olhos.
      Descemos as escadas e encontramos com Alice e Edward no carro.
- O Carlisle vai passar no seu quarto enquanto estiver de plantão. – Edward pegou minha mala e colocou no carro.
      Alice me deu um breve sorriso e entrou no banco do motorista sem nada dizer. Suspirei derrotada quando ela o fez. Não estávamos brigadas esse tempo todo, mas não era mais a mesma coisa. Alice agia estranha comigo. Sempre distante o bastante para eu não dizer nenhuma estupidez que a machucasse.
       Fomos em silêncio até o hospital e Edward ficava variando o olhar entre mim e Alice. A recepcionista nos recebeu com um sorriso e Edward pegou de volta a mala da sua mão quando ela quase caiu tentando segurá-la. 
- Qualquer problema é só apertar aqui. Sua cirurgia será amanhã as nove. – agora tinha uma enfermeira que nos acompanhou até meu quarto me mostrando tudo.
       O bebê era grande demais para um parto normal e eu teria que fazer uma cesariana. Eu não estava muito animada, mas Carlisle garantiu que mesmo não sendo natural era um parto seguro.
- Então, Senhora Black qualquer problema é só chamar. – a enfermeira disse sorrindo para mim da porta do quarto.
- É Swan. – eu disse tímida.
- Pois não? 
- É Senhorita e é Swan. Não sou mais casada. – apesar de não ter me divorciado oficialmente do Jake era melhor aceitar os fatos.
- Desculpe. Suas fichas constam como Black. – ela disse ficando perceptivelmente envergonhada.
- Tudo bem. – eu respondi educada e ela saiu do quarto.
- Eu tenho que voltar a mansão. – o Edward disse e eu o olhei assustada.
- Eu pensei que... – logo cortei minhas palavras. Não queria que ele e a Tânia brigassem novamente, por mim.
- Alice fica com você. – ele disse e ela abriu a boca para falar, mas logo fechou.
- Fico né. – ela disse irritada e sentou na poltrona.
       Minha vontade foi de começar a chorar compulsivamente. Alice era minha melhor amiga. Como a gente se afastou tanto?
- Não precisa. – eu disse limpando as lágrimas que fugiam por meus olhos e Edward se aproximou de mim, parando na minha frente.
- Não chora. – ele limpou meu rosto e olhou feio para Alice. – Vocês duas parem com isso agora! Vocês são amigas há muito tempo para ficar brigando desse jeito e eu sei que você queria mesmo ficar. – Edward olhou orrotado para Alice e depois calmo para mim. – Vai ficar tudo bem e amanhã à noite eu volto. – ele deu um beijo na minha testa e saiu.
       Alice abaixou os olhos quando olhei em sua direção. Eu sentei na cama frustrada e me sentindo mal comigo mesmo.
- Ai. – eu murmurei quando senti uma pontada na barriga.
- Que foi? – no mesmo segundo Alice estava parada do meu lado me olhando preocupada.
- Só uma pontada. O médico disse que é normal. – eu disse sem a olhar diretamente e ela suspirou aliviada.
- Então tudo bem. – ela usou um tom irritado, bem mais a cara da Rosalie do que dela e voltou para poltrona.
- Alice, eu sinto muito mesmo. Nunca quis te magoar tanto assim. – eu disse de cabeça baixa, mas a vi se movendo na poltrona.
- Eu sei. Só que eu fico que nem uma idiota vendo você se magoando tanto assim. – eu levantei os olhos e vi Alice me encarando.
- Eu estou bem. – eu disse mentindo melhor do que em qualquer dia da minha vida.
- Eu queria que você conseguisse mentir para mim. – ela disse e se aproximou da minha cama.
- Alice você sabe que o que você queria que eu fizesse é impossível. O Jake já está até morando com aquelazinha. E... – eu suspirei sem conseguir mais falar e já estava chorando que nem uma idiota. – Eu não queria estar passando por isso sozinha. – admite por fim.
- Você não está sozinha. Eu estou aqui com você. Lembra? Amigas independente de qualquer coisa. – Alice segurou firme minha mão e limpou meu rosto.
- Lembro. – eu dei um sorriso em meio às lágrimas e ela sorriu também.
- Desculpa. Eu tenho te tratado como uma estúpida. – ela encostou a cabeça na minha e me abraçou de lado.
- Eu fui estúpida primeiro. – disse com biquinho e ela riu.
- Então uma estupidez anulou a outra e ficamos bem? – ela deu um imenso sorriso. Eu ia retribuir, mas a dor foi tão grande que não consegui.
- Chama a enfermeira. – eu consegui arfar. Alice correu para o corredor no mesmo segundo.
      A dor ia e vinha cada vez com mais intensidade. Tinha horas que eu tinha vontade de gritar, mas me controlava. Logo a enfermeira estava no quarto junto com o médico, Alice voltou junto com eles.
- Boa noite, Bella. O que está sentindo? – o médico perguntou enquanto examinava minha barriga.
- Fome! Você é cego por acaso? – Alice disse irritada e o médico a olhou de cara feia.
- Acho melhor a Senhorita se retirar. 
- Claro! Mas nem nos seus melhores sonhos. Vou ficar bem aqui. – Alice disse mais petulante e o médico voltou sua atenção para ela.
- Veja...
- Dava para vocês brigarem depois? – eu gritei já não suportando a dor e a enfermeira levantou meu vestido.
       Tirando que essa foi à maior vergonha da minha vida, quando ela me mudou de posição a dor cedeu um pouco.
- Ela está em trabalho de parto. – ela disse e tanto o médico quanto Alice se calaram.
- Não tem como! Eu vou fazer uma cesariana amanhã e... – enquanto eu falava a dor me interrompeu.
- Eu vou preparar a sala. – a enfermeira disse e o médico veio terminar de me examinar.
       Tudo bem! Mas quem vai me preparar? Eu não estou pronta para passar por isso, ainda mais sem o Jake.
- Eu acho melhor ligar para o Edward. – Alice disse nervosa quando viu o que o médico estava olhando em mim. O meio das minhas pernas deve ter virado um circo de horrores pela cara que ela fez.
- Eu vou pedir para colocarem você no soro. Acho que em algumas horas podemos fazer o parto, qualquer problema faremos uma cesariana de emergência. – o médico sorriu me acalmando e saiu do quarto.
- Amiga você está bem? – a Alice perguntou com uma careta de dor.
- Sim... Não sei. – eu comecei a chorar sem saber o que responder.
       Em meia hora eu já estava pronta e com a camisola do hospital. O Edward chegou junto com a enfermeira que iria me levar para sala do parto.
- Já vamos levá-la. – ela disse para Edward que se aproximava da minha cama.
- Eu não posso ir? – ele perguntou e a enfermeira me olhou séria.
- Só o pai pode acompanhar. 
- Mas o pai não vem. – eu disse ainda chorando. Na verdade eu não tinha parado de chorar desde que tudo isso começou.
- Sendo assim... – ela fez com a cabeça para que Edward nos acompanhasse.
- Leva a câmera. – a Alice gritou e entregou o celular para o Edward, que logo veio ficar perto de mim. Será que estava tão ruim assim que ela nem queria ver?
         Primeiro me colocaram na sala e só havia os enfermeiros, mas logo o Edward e o médico entraram na sala. A dor só piorava, mas a enfermeira e o médico pediram para eu não gritar então eu evitava abrir a boca e só chorava.
- É linda a filmagem do parto. Agora não, mas depois você vai adorar. – uma das enfermeiras falou comigo e eu só balancei a cabeça concordando. Vi o sorriso do Edward pelos olhos dele e procurei me acalmar. Nossa! Eu queria tanto que o Jake estivesse aqui agora que eu acho que chorava mais por isso do que pela dor.
- Eu sei que você está sentindo dor, mas eu preciso que faça força quando eu disser. Ok? – o médico falando só me deixava mais nervosa.
         O Edward olhou para mim do mesmo jeito que a Alice, mas logo voltou ao normal e começou a filmar. Será que estava tão ruim assim? Aí meu deus! A dor só piorava e na hora de fazer força eu sentia como se fosse desmaiar. Os minutos pareciam uma eternidade e chegou um ponto onde eu já não agüentava mais.
- Eu não consigo mais! Não consigo. – eu chorava sem ar ou força nenhuma e só sabia repetir isso sem berrar.
- É a última! Você consegue! – o médico me encorajava e Edward fez menção de se aproximar, mas a enfermeira o conteve.
          Eu fiz força uma última vez, na verdade minha última gota de força, quando ouvi aquele ser perfeito mostrando vida.
- É uma menina e é linda. – a enfermeira disse e o médico olhou sem jeito para mim e para o Edward.
- Não é o pai. – a outra enfermeira que me trouxe disse e eu o vi sorrir com os olhos.
- Meus parabéns. – ele disse, mas a levaram para longe de mim. Não! Eu quero segurar minha filha agora!
- O pediatra vai dar uma olhada nela e daqui a pouco eu trago ela aqui. – a mesma enfermeira que falava com o médico percebeu meu desespero.
        Eu não senti o médico dando os pontos, ele avisou que eu teria que ter alguns, mas eu queria mesmo era o meu bebê e nada mais. Depois de alguns minutos a pediatra veio com ele no colo.
- Está perfeitamente saudável. – ela me entregou o bebê e agora eu chorava de emoção.
         Ela era tão linda e parecia tanto com o Jake. Até na cor ela lembrava o Jake. O Edward veio para mais perto e a filmou no meu colo.
- Ela é linda demais. – ele disse sorrindo também.
- É sim. Meu solzinho, minha Sunny.



Jake


            Quando deu duas da manhã a chuva parou totalmente e menos de quarenta minutos depois Sue e Charlie chegaram com a Maika.
- Onde ela está? – Sue perguntou nervosa.
- Ainda não sabemos. – eu respondi e o Embry enfiou o rosto nas mãos.
            Não queríamos ligar para Sue no começo, mas depois decidimos que seria melhor. Caso algo acontecesse com o bebê a Lee ia precisar da mãe.
- Eu imaginei que você ia estar sem camisa. – a Maika veio meiga para o meu lado e me entregou um casaco. Ela se assustou com a criança no meu colo, mas nada disse.
- Maika essa é a Melanie e essa é a filhinha dela, Mily. – apresentei a mulher sentada ao meu lado e a filha.
- Prazer, Maika. – elas se cumprimentaram e com isso a menina acordou.
- O papai já veio? – ela perguntou esfregando os olhos.
         Quando a mãe ia responder um médico chegou à recepção. Todos levantamos tensos.
- Sra. Marco?
- Sou eu. – a Melanie respondeu nervosa.
- Pode ir ver seu marido agora. – ela respirou fundo e pegou a criança do meu colo.
- Obrigado. – ela disse para mim com lágrimas nos olhos e a garotinha acenou do colo da mãe.
- Um dia você vai ter que ficar com a nossa a noite toda no colo também. – a Maika segurou no meu braço e meu deu um sorriso tão singelo que eu não pude me ofender.
           Essa não era a hora, nem o lugar de dizer que nunca teríamos filhos. Melhor me calar. Logo outro médico veio até nós.
- Sr. Call? – ele chamou e o Embry levantou as pressas.
- Eu. A Lee está bem? E o bebê?
- Calma! O bebê está ótimo e está no berçário, mas parece que há algo com a sua esposa. – ficamos todos preocupados. – Ela chegou com duas costelas quebradas e uma grande perda de sangue. Ela tinha escoriações por todo corpo e agora... – o médico suspirou e eu me aproximei mais.
- E agora Doutor? – eu perguntei nervoso.
- Bem, agora ela não tem nada. – ele disse coçando a cabeça. Provavelmente estava se achando louco.
- Podemos vê-la? – Sue perguntou se metendo entre mim e Embry e nos olhando de cara feia.
- Claro. Ela está meio irritada e disse que não vai fazer mais nenhum exame, mas acho que ela necessariamente não vai avançar em vocês. – o médico tentou brincar, mas vi que ele estava tenso.
        Seguimos o corredor até o quarto onde a Lee estava e assim que chegamos há uns dez metros do quarto já podíamos ouvi-la.
- Se você tentar enfiar essa agulha em mim mais uma vez, eu vou enfiar ela no seu olho. E não vai ser no do rosto. – o enfermeiro se afastava dela andando para trás quando chegamos ao quarto.
- Amor você está bem? – o Embry quase se jogou na cama a abraçando com toda força. O enfermeiro aproveitou nossa chegada e saiu correndo do quarto.
- Acho melhor ligar para o meu pai. Ele pode resolver essa situação dos exames da Leah para vocês poderem ir para casa. – Maika se ofereceu com a maior boa vontade.
- Ah querida seria muito gentil da sua parte. – Sue disse e a Lee fuzilou a mãe com os olhos. Enquanto mãe e filha brigavam com os olhos Maika saiu do quarto com o celular.
- Eu estou bem, mas não me deixam ver o Harry. – a Lee falou e todos franzimos o cenho.- É um menino. Eu queria Harry, se você não se importar. – ela deu um sorriso largo e se virou para Embry.
- Claro que não. Harry é um lindo nome e aposto que ele é bonito que nem você. – Embry segurou o rosto da Lee e a beijou com carinho.
         Estava todo mundo ali curtindo o momento feliz, mas eu não conseguia me sentir no lugar certo. Eu não queria estar aqui! Ver a Lee sem barriga só me fez lembrar que ela e a Bella engravidaram na mesma época e agora o meu filho ou filha podia estar nascendo eu nem sei aonde.
- Bom, meu pai já vem e disse que libera você e o bebê ainda hoje se puder. – Maika voltou sorrindo para o quarto com o celular na mão.
- Obrigada. – Sue disse e olhou feio para Lee que ainda torcia o nariz para Maika. – O telhado quebrou com a chuva, mas eu fico com você até o Charlie consertar. – a Sue disse e eu e o Embry nos entreolhamos. A parte do ataque de vampiro nós havíamos omitido. Dissemos que a Lee tinha caído da escada mesmo, não que ela tenha acreditado. Mas dissemos!
- A chuva estragou a porta de entrada e a janela da cozinha. – Embry disse e eu concordei.
- Fica lá em casa. A chuva não afetou em nada e nós temos um quarto de hospedes enorme. – a Maika logo se prontificou e todos se assustam.
- Não, eu...
- Vai ser ótimo, querida. Obrigada. – Lee olhou horrorizada para mãe, mas o olhar da Sue não deu brecha para contradição.
- Então vamos arrumar o quarto para Lee e para o neném. – ela me puxou pela mão e demos um aceno antes de sair.
         Parei com ela no corredor e ela me encarou com um sorriso. Eu às vezes me assustava com a imagem que eu tinha dentro de mim da Maika. Será que eu estava errado ou agora ela estava fingindo? Não! Não dava para fingir tão bem assim.
- Que foi? – ela sorriu e me abraçou.
- Nada. Só quis te olhar. – eu segurei novamente em sua mão e ela se enroscou no meu braço.
- Vamos para casa. – ela disse sorrindo e começamos a andar nos mesmos passos.
       Eu me calei quando ela disse casa. Era hora de começar a aceitar que onde ela estivesse seria minha casa. Um imprinting não podia ser tão errado assim, podia? De repente o que eu vivi com a Bella foi algum plano maior e... Não. Eu só estava procurando meios de me enganar. Casa, lar, tudo isso era algo que eu nunca ia ter mais, simplesmente a deixei me guiar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!