Angelina estava em seu nono mês de gravidez. Era final de julho e apesar de Jorge estar pertinho de casa, Molly sempre estava lá ajudando a nora. A doce matriarca fazia um chá para acalmar a futura mamãe que começava a sentir que o seu filho queria sair e não esperaria mais. Angelina levantou-se do pequeno sofá da sala para pegar uma revista em cima da lareira e sentiu que suas pernas ficaram moles de repente.

Molly entrou na sala levando a xícara e a colocou rapidamente em cima da mesinha de centro ajudando a morena a ir para o quarto. Desceu as escadas.

— Jorge, deixe a loja com Ron. Seu filho está nascendo. - Ela sorria mas Jorge ficou pálido.

— Eu aviso os outros mamãe. - Disse Ron empurrando Jorge escada a cima.

Logo a pequena casa em cima da loja estava cheia. O choro do bebê ecoou na casa em seguida e todos se encheram de alegria. Gina puxou Hermione para um canto e Harry puxou Ron para outro.

— Mione, daqui um mês é aniversário do Harry. Quero fazer uma surpresinha na Toca. Você me ajuda?

— Claro Gina, vamos combinar certinho, falamos com a sua mãe e ela com certeza vai nos ajudar também.

— Obrigada, cunhada.

Jorge era só dedos com a mulher e o filho de duas semanas. A mãe de Angelina os ajudavam para que a loja não ficasse toda na responsabilidade de Ron. Molly ajudou as meninas com os preparativos do aniversário e Ron também, inventando para o amigo que Gina teria um treino e chegaria exausta em casa na segunda. Molly o convidara para jantar lá já que ele decidira não fazer festa.

Harry passou na loja a tarde onde iria para a toca na companhia do amigo e aproveitou para lhe contar as novidades sobre o assunto que começara na casa de Jorge um mês atrás. Eles chegaram na casa e apenas a luz da cozinha estava acesa.

— Acho que só nós chegamos. - Comentou Ron.

— É uma pena Jorge e Angelina não poderem vir.

— O bebê ainda é muito pequeno.

Harry concordou com a cabeça.

— Passei na sala da Mione, mas ela já tinha saído. Será que já chegou?

— Eu não sei, pode ser que esteja la ajudando a mamãe. Vamos entrar.

Quando abriram a porta, Ron deixou Harry entrar primeiro e logo depois acendeu a luz da sala onde estavam. Gui, Fleur, Percy, Audrey, Gina, Hermione, Molly e Arthur estavam no cômodo que estava todo enfeitado. A ruiva pulou no pescoço do moreno.

A comemoração estava simples e com um clima gostoso, e chegou a hora de cortar o bolo feito e decorado pelas três mulheres que organizaram tudo.

— Vamos lá, Harry, corte o bolo e dê o primeiro pedaço para alguém especial. - Disse Ron sorrindo maroto para o cunhado. Hermione que estava à frente do namorado e entre seus braços olhou desconfiada para ele por cima dos ombros.

Harry raspou a garganta para começar o discurso e cortou o bolo.

— Eu tenho algo a mais para falar além de agradecer a todos vocês. Eu percebi que não adianta mais querer ficar longe, que todas as noites eu queria te levar comigo pra casa, ou então não te deixar voltar nos finais de semana. - Ele já olhava para a ruiva e os outros estavam extasiados ouvindo aquela declaração. — Estou certo que você queria me surpreender, mas hoje a surpresa vai ser pra você, Gina. E não será esse pedaço de bolo.

A ruiva já tinha lágrimas nos olhos. E elas caíram involuntárias quando Harry tirou do bolso da jaqueta um pomo de ouro, que na verdade era uma caixinha de joia. Ele se aproximou de Gina e ajoelhou-se em sua frente.

— Gina, você quer se casar comigo?

Todos ficaram surpresos. Molly soltou um gritinho e Hermione apertou-se ainda mais no abraço do namorado, entusiasmada.

— É claro que aceito. Harry. - Ele abriu um largo sorriso e colocou o anel no dedo de Gina e a abraçou. Todos aplaudiram e Harry raptou Gina para sua casa no final da noite.

Uma semana com muito assunto seguiu e Gina não desgrudava de Hermione e da mãe. Na terça Percy apareceu na lareira dizendo à sua mãe que Audrey estava no St. Mungus. Ela passara mal durante a noite e o marido a levara para o hospital.

— Pode vir para cá, mamãe? Acho que ela vai nascer.

— Tudo bem filho, é claro que eu vou, mas assim que você desocupar a lareira não é?

— Ah, claro, vou ficar com Aydrey agora, a medibruxa está me chamando. Obrigado, mamãe.

Molly arrumou a casa e foi até o ministério buscar Arthur; é claro que o arrastaria com ela.

Era meio da manhã e Arthur se atrasou um pouco. Chegaram ao hospital e Percy saiu de uma sala dizendo que havia nascido sua primeira filha.

— Já podemos entrar? - Perguntou Molly apressada.

— Sim, por aqui. - Ele indicou uma porta. Molly o acompanhou enquanto Arthur ficava para receber as outras visitas que chegariam. Ele entrou com a mãe e Audrey, que era muito doce, a recebeu com um sorriso no rosto.

— Temos uma novidade, mãe. Já escolhemos o nome dela.

— Ah, claro! Ela precisa de um lindo nome, meu filho. - Disse Molly distraída mexendo com a neta que estava em um pequeno berço ao lado da mãe.

— Vamos chamá-la de Molly II, Sra. Weasley. - Respondeu Audrey.

Molly a olhou e depois encarou o filho. Começou chorar e Percy a abraçou.

Os irmãos chegaram para conhecer a mais nova Weasley e a matriarca contava a todos, emocionada, sobre a homenagem que recebera.

A cada mês que se passava as crianças estavam cada vez maiores e mais pesadas, segundo os pais. Fleur anunciara a segunda gravidez. Pelo menos um domingo por mês, toda a família consegui se reunir naquela casa torta e muito alegre.

Já era novembro novamente e Gina estava aproveitando para colocar o time em uma das altas colocações, logo ganhariam o último campeonato e conseguiria as férias que precisaria por conta do casamento que ela e Harry haviam decidido, aconteceria em julho.

Ron e Hermione se viam sempre, mas com o tempo sempre contado. As brigas cessaram um tantinho, mas algumas vezes Molly perguntava sobre a nora e Ron fazia uma careta. Quase sempre por Ron achar que a morena trabalhava demais e ela dizer que ele era muito folgado. Então as palavras eram sempre as mesmas. Irritante, grosso, sabe tudo, trasgo, imatura, insensível…