Realidade Imaginária escrita por Duda Mockingjay


Capítulo 16
Ninfas, praia e um Gostoso pra Dedéu!


Notas iniciais do capítulo

Jujubaass sei q vcs tão querendo me matar.. eu entendo!! Mas gente eu só vim ficar de férias nessa semana e o Natal acabou com meu tempo!! Então tá aki esse cap pra compensar... muito Leo e Duda para os q shippam e é um cap giganteee, cheio de novos mistérios!!
‘Pra recapitular: Duda e os semideuses descobrem sobre os Língua Encantadas, um povo antigo e que tinha um dom dado por apolo, mas muitos mistérios ainda rondam esse povo extinto. E depois de uma discussão com Nico, Duda é guiada por Leo para o seu chalé, porém pelo caminho mais longo...’
enjoy pipous



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Árvores e pedras. Era tudo o que eu conseguia ver, além de Leo na minha frente, me puxando mais e mais para o interior da floresta. As grandes e majestosas árvores, que me impediam de ver o céu, deixavam pequenos raios de luz do sol entrarem, tornando a floresta bastante iluminada e as plantas ainda mais verdes. A floresta era bastante densa, composta principalmente por pinheiros, e a distância entre eles era tão pequena que só era possível passar uma pessoa por vez entre os troncos. A grama entrava em minha calça e fazia cócegas em minhas pernas enquanto Leo seguia despreocupado por entre as plantas. Até que passamos por um lugar aberto, uma clareira, onde as árvores formavam uma espécie de círculo amplo e perfeitamente delimitado e uma pedra com metade da minha altura estava encrustada no centro. Continuei seguindo Leo, mas, quando cortamos caminho pelo centro da clareira, eu parei estagnada pela bela vista e fiquei encostada na rocha olhando tudo ao redor maravilhada, sem perceber que Leo continuou seu caminho sem mim. Um vento frio soprou, desarrumando um pouco meu cabelo, e eu fechei os olhos sentindo o aroma doce de pinheiro invadindo o meu corpo, me fazendo esquecer meu passado e tudo de ruim que eu vivi, todos os meus problemas, que não eram poucos. Eu poderia passar a eternidade ali, sem nem ao menos ver o tempo passar, apenas sentindo aquele perfume formidável. Quando abri os olhos novamente as árvores estavam vindo em minha direção.

ESPERA!! PORQUE AS ÁRVORES ESTAVAM ANDANDO?

Já estava me levantando rapidamente quando percebi que as tais árvores estavam mudando de forma. Os troncos estavam se transformando em corpos de jovens e as folhas viraram belos cabelos verdes. E quando me dei conta tinham cinco belas moças olhando para mim com curiosidade. Todas estavam flutuando e possuíam uma aura verde em torno do corpo. Ficamos em silêncio, apenas nos observando, até que uma voz muito conhecida por mim invadiu o espaço, gritando desesperada:

– Eduardaaa!!! Ai meus deuses, eu perdi a garota! – O desespero de Leo era óbvio e ele parecia se aproximar cada vez mais de onde eu estava enquanto discutia consigo mesmo – Valdez é sempre assim. Ou você espanta as garotas ou perde elas!

Ri da última parte sem conseguir me conter e as jovens também imitaram meu gesto. Até que Leo apareceu, de repente, pelo mesmo caminho por onde tinha seguido, fazendo as jovens se assustarem com seus berros e voltarem para as suas formas de árvores e seus respectivos lugares ao redor da clareira. Tentei chama-las de volta, mas não adiantou.

– Finalmente te achei. – Leo surgiu ao meu lado com uma carranca de repreensão, mas logo mostrou o quanto estava ofegante – Você é louca? Te procurei por todo canto e você aí, relaxando e batendo papo com as ninfas. Nunca. Mais. Faça. Isso!

– Sim, papai! – Falei com uma cara de cachorro sem dono. Mas não me aguentei e ri da cara de raiva de Leo – Mas eu estou bem. Sã e salva. Então relaxa.

– E se você não estivesse bem? – falou ele exaltado. Ou melhor gritou. Se fosse qualquer outro gritando comigo eu já teria respondido umas mil vezes mais alto, mas eu entendia Leo. Ele poderia até estar gritando e me tratando como criança, mas me comovi pela preocupação que ele demonstrava ter comigo. Olhava para ele com admiração enquanto ele continuava gritando aos quatros ventos – E se estivesse perdida? E se estivesse machucada? Você sabe o que Quíron ia fazer comigo se algo acontecesse com você? Nem o fogo do Mundo Inferior seria tão quente quanto a raiva dele! E se....

– Mas eu estou super hiper mega bem! – Interrompi-o antes que ele explodisse de tanta raiva e preocupação. Acho que nem respirando estava de tão rápido que ele falava. Sério, ele já tava mais vermelho que pimentão! Coloquei as mãos em seus ombros e vi seu corpo relaxar – Desculpe por te deixar preocupado. Prometo que serei sua sombra de agora em diante. Mas não precisava se estressar tanto, eu já sou bem grandinha, sei me cuidar sozinha.

Cruzei os braços com ar vitorioso e encarei Leo. Qual é, além de eu já não ser mais uma menininha eu estava dentro do acampamento que tinha uma barreira invisível de proteção, o que poderia me acontecer. Ele me olhou com uma sobrancelha arqueada e sorriu de lado.

– Então, já que você é tão independente e corajosa assim... tchau! – Ele piscou e se virou, voltando pro caminho de onde tinha surgido. Mas não antes de falar algo que me fez aterrorizar mais do que qualquer monstro. – Só tome cuidado para não encontrar nenhum sapo por aí. Até mais!

– SAPO??!! – Olhei ao redor e disparei para perto de Leo assustada. Ok, toda pessoa tem aquele medo idiota, mas que continua assustando, às vezes muito mais do que enfrentar uma hidra. E sapo era esse meu medo idiota. Eu não conseguia evitar. Eles são nojentos e quanto menores mais perigosos. Como enfrentar algo que as vezes eu nem vejo! Corri rapidamente e pulei nas costas de Leo, ainda olhando pro chão em busca de algo verde, vivo e que se mexesse. – ONDE?? ONDE TÁ O SAPO??!! DE ONDE ELES VÊM?? ME MOSTRA!!

– É incrível como esse truque sempre funciona! – Leo gargalhava alto enquanto eu descia desconfiada das suas costas e ele me puxava delicadamente para o seu lado – Calma Duda, não tem nenhum sapo aqui.

– Seu idiota! – Gritei irada e lhe dei um murro no braço. E acho que não lhe fez nem cócegas, pois ele riu ainda mais da minha cara. Desde quando Leo se tornou tão forte?

Voltamos a seguir o caminho e eu já estava começando a ficar impaciente. Até que chegamos em uma parte da floresta onde os troncos das árvores se distanciavam cada vez mais um dos outros, então Leo parou e se virou para mim com um sorriso radiante.

– Feche os olhos – Ordenou me olhando intensamente.

– Se eu não te conhecesse até fecharia, mas como eu te conheço então... não!

Leo fez uma careta exagerada de ofendido, colocando a mão no peito, e eu ri.

– Vai, confia em mim – Ele me olhou com esperança e um biquinho formado nos lábios – só uma vez.

Rolei os olhos e acabei cedendo o que fez o sorriso dele se alargar.

– E não vale espiar, viu mocinha.

– Tá bom. – fechei os olhos com um mínimo sorriso – Mas se eu tropeçar e sair rolando floresta a baixo você me paga!

Ouvi sua risada harmoniosa que me aqueceu por dentro. Como ele fazia isso comigo apenas com uma risada? E enquanto vagava em pensamentos senti ele pegar levemente em minha cintura por trás. Um arrepio quente percorreu meu corpo quando sua voz, um pouco rouca, soou bem próxima ao meu ouvido.

– Eu nunca te deixaria cair.

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Depois de mais alguns passos percebi algo diferente. A grama não encostava mais em minhas pernas e meus pés começaram a afundar. Um som ao longe mostrava que estávamos perto do mar e um aroma salgado invadiu minha respiração. Andei mas alguns passos, vacilante por ainda estar às cegas, antes de ouvir Leo falar docemente:

– Já pode abrir os olhos!

Abri. E o que vi me fez ficar completamente maravilhada. A areia branca sobre os meus pés se estendia pelo local como um lençol, livre e leve, até se encontrar com a grama verde da floresta criando um contraste espetacular. Pelo outro lado ela se estendia e criava um pequeno declive, se encontrando no final com o mar. Branco no azul. Terra na água. As ondas quebravam na areia deixando uma pequena linha branca de espuma e voltavam novamente para o fundo do oceano levando uma parte da areia com elas. Olhando para além do mar era possível ver o horizonte, uma linha fina e constante marcando o fim do oceano ou o fim do que nós víamos do oceano, com o sol ainda alto no céu, iluminando aquela paisagem deslumbrante, aquele quadro pintado pela natureza. Aquela praia era, com certeza, a mais bela que eu já vira. Estava completamente admirada, estupefata. Até que ouvi um pequeno zumbido que foi tomando forma em minha mente e se transformou em grito.

– DUDA! – Leo era o tal zumbido. Ele gritou, sorrindo e balançando a mão em frente ao meu rosto. Parecia que já tentava chamar minha atenção a algum tempo.

– NÃO FUI EU! – falei ainda atordoada como se tivesse acabado de acordar abruptamente. – Prometo que não fui eu!

– Foi você sim que eu sei. – ele tentou soar sério, porém falhou miseravelmente e caiu na risada logo em seguida. Eu ainda estava colocando os pensamentos em ordem então não me culpem por não entender a ironia do garoto.

– O que? O que foi que eu fiz dessa vez?

– Você é culpada por não ouvir uma palavra do que eu disse e me deixar falando sozinho – Ele disse, cruzando os braços e me olhando com seu sorriso típico de lado.

– Hey não culpe a mim, culpe essa praia maravilhosa que tirou minha total atenção de tudo e de todos! – fechei os olhos e respirei fundo, tentando captar o máximo daquele aroma salgado.

– Isso eu percebi. – Ele estendeu a mão e peguei-a automaticamente – Mas não aceito! Quando Valdez tá na área a atenção das garotas só pode estar nele. – e piscou para mim, me puxando para caminharmos lado a lado até um monte de areia que ficava próximo do mar – Não existe nada nem ninguém mais maravilhoso do que o Leo, o ...

– Gostoso pra Dedéu, - interrompi-o, imitando sua voz enquanto sentava na areia – O Badboy Supremo e o garoto magricela mais convencido da face da Terra! – falei, imitando seu jeito superior enquanto ele se sentava ao meu lado.

O mar encharcava nossos sapatos, porém o frio da água controlava o calor que invadiu meu corpo quando a mão de Leo encostou na minha, involuntariamente. E nem me pergunte como um toque de mãos pode transmitir tanto calor quanto o que eu estava sentindo!

– Quem é magricela, heim senhorita? – Disse ele flexionando o braço e mostrando os músculos que não eram tão exagerados, mas provavam claramente que de magricela ele não tinha nada! Resolvi voltar a olhar seu rosto antes que desse uma de Percy e babasse loucamente – E estou surpreso. Você sabe até meus super codinomes! O que mais sabe sobre mim pequena espiã?

Gargalhei com o “super codinomes” e olhei no fundo de seus olhos que demonstravam dúvida e curiosidade.

– Bem, eu sei que você era magricela, que não arranjava uma namorada sequer, que sempre foi o mais brincalhão dos Sete, que bombardeou Nova Roma, - nessa parte levantei uma sobrancelha e ele gargalhou dando de ombros como quem diz “Foi só uma explosãozinha, nada demais” – sei que é o líder do chalé de Hefesto, ...

– Nada mais justo depois de salvar o mundo inteiro! – Ele me interrompeu com um tom vitorioso.

– Verdade. – concordei – Sei que você é o melhor com ferramentas e máquinas, que é o único filho de Hefesto em anos a ter o controle do fogo – Lhe lancei um sorriso e ele estufou ainda mais o peito com um ar de estrela do rock. É, não dá pra elogiar gente convencida... – Sei... sei que perdeu sua mãe por culpa de Ga... Você Sabe Quem – Olhei solidariamente para ele que apenas abaixou a cabeça e abriu um sorriso triste – que construiu um navio fantástico nomeado de Argos II e que é o segurador de vela oficial do acampamento, só perde mesmo para o pobre Grover!

A tristeza que havia nos seus olhos se esvaiu no momento em que sua gargalhada invadiu o ar ao nosso redor. Eu adorava vê-lo sorrir. Tristeza não combina nada com Leo Valdez. Gargalhei junto a ele, sua risada era contagiante e posso dizer que só falei aquilo para ouvir essa risada.

– Você claramente resumiu minha vida em apenas alguns minutos – disse ele ainda limpando as lágrimas e tentando parar de rir – Só esqueceu de citar que sou latino, chica!

– Bem, eu também sou. – disse sem ânimo e Leo me olhou surpreso, ansiando por saber mais sobre mim. Rolei os olhos e dei de ombros – vim do Brasil. Terra do futebol, do Carnaval e tal. – falei com uma careta. Odeio futebol e odeio ainda mais carnaval.

– Nós temos algo em comum afinal! – ele sorriu e colocou a mão sobre a minha. Seus olhos brilhavam e parecia estar mais curioso do que antes – Você sabe tudo sobre mim, mas agora é a minha vez: Quem é você, Eduarda Swan?

– Essa é uma boa pergunta... quem sou eu. Posso te dizer facilmente quem eu fui. – mirei meu olhar no horizonte. Lembrar quem eu fui era doloroso, porém eu sabia que podia confiar em Leo – Eu nasci no Brasil, morava com minha mãe e... – Morava com minha mãe e... quem mais? Eu tinha certeza que tinha outra pessoa, só que quanto mais eu tentava me lembrar da minha infância, mais minha cabeça doía e me dizia:” Não, era apenas você e sua mãe!”, porém algo me dizia que era mentira. Algo além da minha cabeça, além do meu coração. Algo que eu não conseguia explicar, apenas sentir. E quanto mais eu seguia por esse sentimento, mais a pontada na minha cabeça incomodava. Eu estava ficando doida, eram apenas eu e minha mãe, com certeza. Ninguém mais. Balancei a cabeça e tentei disfarçar minha confusão mental - ... e minha avó. Só que ela não morava realmente comigo, na mesma casa, só perto de mim. Nunca conheci meu pai, mas nunca me importei tanto com isso. Até o dia em que minha mãe morreu no acidente de carro... – Pausei um pouco segurando as lágrimas e ainda encarando o mar. Leo abraçou minha cintura, me acalmando mais do que ele podia imaginar, mas não consegui olhar para ele. Se visse seus olhos, se visse a dor que eu sentia refletida naqueles olhos grandes e acolhedores, desabaria em lágrimas ali mesmo então continuei: - Depois que ela se foi tive que morar com os meus tios. Era isso ou um orfanato. E eu preferia mil vezes a segunda opção. Mas eu tinha parentes vivos, mesmo que eu não suportasse eles, e fui obrigada a viver com eles. E a cada palavra de desprezo que minha tia dizia, a cada tapa que meu tio dava em mim, eu sonhava com meu pai entrando naquela casa e me resgatando, impedindo eles de me fazerem sofrer. Eu pesquisei em todos os cantos da internet alguma pista, algo que me levasse para ele. Mas depois de duas semanas eu desisti de pesquisar. Ele queria sumir e sumiu sem deixar um rastro sequer. Ele nunca quis que eu o encontrasse. Depois de duas semanas eu desisti de esperar. Poxa, se em quinze anos ele nunca tinha percebido que eu existia porque naquela hora seria diferente? – criei coragem e olhei para Leo, demostrando a raiva que eu sentia. Não só de meu pai, mas também da minha ingenuidade e burrice. Tinha ódio até do mundo por ter me colocado naquela situação. Senti Leo apertar ainda mais minha cintura de uma forma solidária, mas seus olhos mostravam a fúria que ele sentia, provavelmente pelo que falei do meu tio. Isso era mais uma das coisas que estavam na lista ‘coisas que Eduarda odeia e mataria se pudesse’. Ele abriu a boca para falar algo, mas interrompi-o dizendo: - E não, eu não tinha como ficar com minha avó. Ela faleceu um ano antes de minha mãe. Bem, como minha vida tinha se transformado em um completo lixo resolvi recicla-la e provar que meu futuro seria diferente. Gastei todas as minhas horas estudando e, quando não estava afundada em livros de matemática ou física, passava o tempo lendo. Os livros me transportavam para um mundo mais fácil de se viver e eu era apaixonada por cada personagem novo que aparecia, passava meus dias com eles. Até que em um belo dia nublado um manticore apareceu na minha escola e o heroico, mas idiota, Nico se tornou meu salvador. Quando cheguei aqui tudo se explicou, principalmente o porquê de meu pai nunca ter dado sinal de vida, mas o que deveria ter me consolado apenas me magoou mais. Ele é um deus, era ainda mais fácil me visitar ou apenas mandar um bilhete dizendo “Hey filha, não te vejo porque moro no Olimpo e me envolver com sua mãe foi um erro, mas eu estou vivinho da silva, se cuida!” do que se ele fosse um humano. E essa era eu porque quem eu sou agora eu sinceramente não sei dizer. Só espero ser diferente do que eu fui, fazer as coisas diferentes....

Silêncio. Leo parecia processar as informações enquanto eu me concentrava no mar e no movimento simples, porém belo, das ondas. De alguma forma o vai e vem delas me acalmava. A água me acalmava, como se as ondas pegassem meu passado e jogasse na fenda mais funda do oceano. Até que Leo chamou minha atenção falando ainda pensativo:

– Então quer dizer que você passava os dias com os personagens né? – ele sorriu brincalhão.

– De tudo que eu falei você só captou isso? – Olhei-o incrédula e voltei meus olhos para o mar, sorrindo – Mas sim, é verdade. Ficar com eles era a melhor parte do meu...

Me interrompi. “Droga!”. Foi a única coisa que pensei ao entender o motivo dele ter tocado exatamente nesse assunto. Como eu posso ser tão lenta? Quando me virei para ele vi um sorriso malicioso tomar seus lábios.

– Quer dizer que eu passava meus dias com você e nem sabia! – seus olhos brilhavam e o sorriso pulava em seu rosto – Como eu fui tão burro e não percebi antes?

– Seu. Idiota. – Tentei soar indiferente, mas corei violentamente e dei um belo tapa em seu braço – E pode ir tirando esse sorrisinho porque eu nem era apaixonada por você no livro!

– Vou fingir que acredito. - ele revirou os olhos sem acreditar nem um pingo em mim. E o pior é que ele estava certo. Mas quando eu ia admitir? Nunca!

– Ei, é verdade!

– Claro que não é! – disse ele se aproximando de mim com um olhar desafiador.

– É verdade sim!

– Não é, não! – A distância entre nós diminuía enquanto ele sorria e puxava minha cintura para mais perto.

– Eu nunca fui apaixonada por você! Nem no livro nem...

– Eu posso ver a mentira nos seus olhos. – Ele me calou com essas palavras, seu rosto a míseros centímetros do meu. Sua respiração batendo em meu nariz. Seus olhos que alternavam entre os meus olhos e minha boca. Um sorriso bobo e satisfeito brincou em seus lábios. Eu adorava seu sorriso bobo e satisfeito. Eu senti meu coração acelerar e minha respiração falhar. Meus pensamentos giravam em minha cabeça enquanto eu tentava organizá-los em algo além do garoto a minha frente.

“Duda você não pode sair beijando os garotos por aí! Nem sabe se gosta realmente dele e pior, se ele gosta realmente de você!”, a vozinha boa soou em minha mente tentando manter meu juízo e minha sanidade intactos. Eu estava realmente pensando em aceitar o conselho dela, juro, até que meus olhos pararam na boca de Leo, sua língua acabara de umedecê-los, enquanto minha mão ia de encontro ao seu braço, pedindo para sentir cada músculo, e meu juízo foi para o espaço, levando junto o meu restinho de sanidade, no mesmo momento em que a vozinha má soou alta e decisiva em minha mente:

“Que se dane, é o Leo Valdez!”


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Notas finais do capítulo

Sooo o q acharam? Shippadores Luda gostaram? shippadores Nuda ( Nico + Duda) naum fiquem tristes, muitas águas ainda irão rolar!! Esperem para ler!!
Não sei se postarei cap novo antes do ano Novo, mas posso dizer q de agr em diante muitos mistérios aparecerão..... Leitores fantasmas comentem, o coment de todos vcs é super importante pra mim, nem q seja só um 'continue" !! Espero por vcs ;) te maaais



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