Realidade Imaginária escrita por Duda Mockingjay


Capítulo 11
Nocauteada pela beleza!


Notas iniciais do capítulo

Oiee jujubaaasss...
aproveitem, pois esse capa ta beeeeeeeeem grande.. e com personagem novaaa u.u
espero q gosteemm



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“Todos a bordo porque o tour pelo acampamento, com seu maravilhoso guia Leo Valdez, está prestes a começar!”

A luz ofuscante do Sol deu lugar ao verde da grama e o azul intenso do céu, os meus ouvidos eram tomados por todo tipo de som e o cheiro de morangos ainda envolvia o ar. Mas nada se comparou a minha primeira visão do Acampamento e tudo o que consegui pronunciar foi:

– UAU!

Ok, não foi algo tão inteligente de se dizer, mas a beleza do lugar me deixou sem palavras. Era uma mistura de cores, sons e aromas que me faziam sentir completa, me faziam sentir em casa. E pra completar tinha o meu guia, que eu conhecia muito bem. Enquanto admirava o lugar devo ter feito uma cara muito engraçada e confusa, pois Leo gargalhou até perder o ar. Ignorei e continue a observar o local.

Lembrava um acampamento comum, com seus campistas e suas áreas de lazer, mas tinha 6 vezes o tamanho comum dos acampamentos e sátiros andando por todo o lugar, além de diversas armas reais que fariam qualquer campista comum sair correndo chamando a “mamãe”.

– Seria menos semideus de minha parte dizer que essas armas me dão pavor? – perguntei retoricamente enquanto desviava de um garoto que passou bem próximo a mim manuseando uma espada que, por pouco, não decepou minha cabeça. Meu coração acelerou ao perceber que as espadas não eram nem de longe as armas mais perigosas do local.

– Com o tempo você se acostuma!- Leo riu e me guiou pelo acampamento.

Tirei a atenção das armas, algo que não foi nada fácil, e observei os campistas que se espalhavam pelo acampamento como formigas em um formigueiro. A maioria vestia blusas laranja com CHB gravado logo abaixo de um Pégaso negro e cada blusa tinha o seu estilo, combinando com a pessoa que a usava, mas muitos usavam roupas comuns como Leo, que parou e abriu os braços, tentando abranger todo o lugar, e falou com uma voz de guia turístico.

–Seja bem vinda ao Acampamento Meio Sangue, onde semideuses ficam protegidos e vivem felizes e esse blá, blá, blá todo que você, em especial, provavelmente já sabe - ele me olhou e lançou uma piscadela, mas eu estava eufórica demais pra corresponder.

– Eu estou realmente aqui? Não pode ser!! Alguém me belisca!! – E Leo sorrateiramente me deu um beliscão, tentando conter o riso enquanto eu alisava o local já vermelho. – Aiii! Era só um jeito de falar!

– Eu sei, mas eu queria te dar um beliscão. – Ele deu de ombros enquanto eu olhava pra ele com um espanto falso. – Bem, vamos andando.

Leo andou ao meu lado, me mostrando tudo e todos. Os campos de morangos, com o aroma doce e o vermelho suculento que predominava. A quadra, onde muitos faziam educação física e muitos treinavam a arte da guerra. Os estábulos dos Pégasus, onde...

– Espera! Pégaso? Preciso vê-los!

– Duda, espera, a gente tem que continuar e ...

Não ouvi mais nada, pois já corria em direção aos estábulos. Cavalos sempre foram minha paixão e não podia perder a oportunidade de ver um, ainda mais um que tinha asas. Entrei e fiquei encantada. Além do lugar ser limpo e com aroma de feno recém cortado, algo bem difícil de se ver, cavalos alados de todos os tipos enchiam as baias com seus relinchos e bater de cascos. Mas um em particular me chamou a atenção. Era silencioso e observador, características que eram bem encontradas em mim. Ele era branco com manchas cinza, sua crina e cauda cinza eram onduladas e brilhosas, suas grandes asas brancas estavam coladas ao corpo e seus olhos azuis encontraram os meus com um pedido silencioso para que eu me aproximasse.

– Quem é esse? – perguntei para um Leo ofegante que entrava pela porta. Ele pôs as mãos nos joelhos e inspirou fundo.

– Você é bem rápida, heim! Caramba, desse jeito nenhum monstro te pega. Uffa, preciso respirar!- Ele se ergueu, esticando as pernas, e olhou para o Pégaso que eu apontava dando um breve sorriso. – É uma fêmea. Essa garota foi encontrada a pouco tempo e ainda não demos um nome, nem ela nos disse qual o dela. – Estranhei um pouco, até lembrar que Percy falava com cavalos. Como pude me esquecer. Lerda. – Ela não deixa ninguém chegar perto, nem mesmo Percy, então tome cuidado e ....

Sem prestar muita atenção ao que Leo dizia, aproximei minha mão lentamente da égua. Leo, vendo o que eu estava prestes a fazer, gritou e correu em minha direção, porém o cavalo apenas aproximou o focinho e encostou-o na palma de minha mão, balançando a crina levemente.

– Co... co... como? Como você fez isso? Ela nunca deixou ninguém se aproximar! Quase arrancou o dedo do Jason quando ele tentou. – Leo paralisou, olhando abismado, ora pra mim e ora pra égua, que continuava com o focinho em minha mão.

– Não sei. Acho que ela gostou de mim, não é garota? – A égua relinchou e encostou o focinho no meu rosto. – Hey, que tal chamar ela de Lua? Acho que combina com ela. Não é garota? Você gostou? – E como resposta ela balançou a crina e lambeu meu rosto, deixando um rastro de baba pela minha bochecha - Ugh! Acho que isso foi um “sim”!

– Ótimo nome e acho justo você escolher já que ela só gosta de você, mas não temos tempo pra nomear cavalos. Temos que ir senão vamos nos atrasar! - Leo pegou minha mão, me puxando para a saída, depois de ter me dado um pequeno pano pra me limpar. Lua não gostou muito e bateu os cascos no chão com raiva.

– Ok, ok, já vou Leo – Me aproximei de Lua e encostei meu rosto no dela – Eu sei, Leo é um chato mesmo, mas eu tenho que ir. – Ri e olhei para um Leo que estava ficando vermelho de raiva. Alisei ela pela última vez, sentindo seu pelo macio entre os meus dedos, e peguei na mão de Leo - Nos vemos em breve, Lua.

Estávamos saindo dos estábulos quando ouço uma voz.

Garota, da próxima vez traga um cubo de açúcar!

– O que você disse, Leo?

– Eu não disse nada. Vamos logo!

Olhei de relance para trás e posso jurar que vi Lua piscando pra mim. Ou eu estava ficando bem louca. Ao lado dela um cavalo negro também mantinha os olhos em mim e logo percebi: aquele só podia ser Blackjack.

~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*

Continuávamos andando em direção a Casa Grande, como Leo havia chamado o casarão próximo aos chalés. Enquanto eu ainda tentava tirar a baba do meu rosto, desistindo depois da vigésima tentativa, Leo me falava sobre o resto do acampamento:

– E aqueles são os chalés. – Disse ele apontando para um aglomerado de casinhas que formavam um perfeito Ω. Cada uma tinha o seu estilo, que variava bastante de uma para a outra, e acho que os campistas combinavam perfeitamente com as casas, pois eu poderia facilmente dizer a qual chalé cada um pertencia. – Cada chalé pertence a um deus e é lá onde seus filhos moram. No começo não havia tantos chalés, mas depois das guerras mais chalés foram construídos, já que quase todo dia temos campistas novos chegando perdidos aqui. – E eu conseguia ver facilmente isso, pois algumas das crianças pareciam realmente perdidas no local, mas acho que isso nunca aconteceria comigo já que conhecia o acampamento, mesmo que não pessoalmente. – Alguns dos chalés estão vazios, mas outros são lotados até demais - disse ele indicando alguns chalés que reconheci ser de Hefesto, Ares, Hermes e Atena. Percebi que os mais vazios pareciam ser os primeiros a terem sido criados: Zeus, Hera e Poseidon. Mas eu sabia exatamente onde teria que ficar.

– E, pelo visto, terei que ficar no chalé de Hermes. Ainda sou indeterminada! – Indeterminada. Uma palavra que representava muito bem o que eu era, mesmo antes de descobrir que era uma semideusa.

– Certo outra vez. – Leo tentou soar o mais divertido que pode – Mas não se preocupe, a qualquer momento você será reclamada. Às vezes isso acontece de repente, quando se chega ao acampamento, tipo eu!

– Mas, às vezes, pode demorar semanas e até meses, certo? – tentei esconder a tristeza, mas não pude. Eu estava certa.

Leo abaixou a cabeça. Um silêncio preencheu o espaço, mesmo com todo o barulho ao redor, até que este é quebrado quando uma garota passa correndo entre nós. Ela escorrega com perfeição, se é que isso é possível, e se esconde atrás de mim antes de gritar:

– Cuidado com a maquiagem voadoraaaa!

Tarde demais. Quando olho para o caminho de onde ela veio uma purpurina rosa pink atinge o meu rosto, de repente, fazendo minha visão embaçar e espirros constantes atacarem o meu nariz, enquanto sentia algo percorrer minha face. Ao longe ouço um garoto gritar:

– Da próxima vez você não escapa, Lucy!

A garota que permanecia atrás de mim olhou na direção do garoto e mostrou a língua. Algo bem adulto de se fazer. Quando meus olhos pararam de brilhar e minha visão voltou completamente ao normal percebi que a garota me olhava assustada, porém solidária e disse, com uma voz doce e irônica:

– Desculpe por te empurrar e.... desculpe por isso. – Disse ela, apontando para o meu rosto.

– O que? O que tem o meu rosto?

Leo também me olhava assustado, porém admirado e com um brilho no olhar.

– Bem, podemos dizer que você está espetacularmente linda! – Disse ele, ainda admirado e com a boca meio aberta.

Olhei-o confusa enquanto recebia o espelho que a garota me oferecia. Quando vi meu reflexo eu mesma me assustei e quase soltei o espelho no chão. Minha pele estava completamente limpa e brilhante, um batom bronze destacava meus lábios, uma sombra clara realçava meus olhos verdes assim como os cílios, que estavam grandes e delineados e meu cabelo, que antes estava desgrenhado e preso, agora caia em ondas cacheadas por meus ombros, chegando a tocar a cintura. Com toda certeza ele estava maior e bem mais leve. A palavra que me descreveria naquele momento não era “diferente” ou “estranha”, mas simplesmente linda. E isso, com certeza, me deixou apavorada.

– O QUE ACONTECEU COMIGO?!

– Calma, calma. Isso é apenas uma das mágicas dos filhos de Afrodite. E tenho que dizer, foi bem útil em você! – Leo falou rindo e ainda me admirando. Mas não por muito tempo. – Aii! Não precisava fazer isso. – disse ele, depois que eu lhe belisquei.

– É, não é nada demais, garota! – Disse a filha de Afrodite que se levantou e ficou ao meu lado, esticando os braços e pernas. – Meus irmãos estão querendo jogar em mim a algumas semanas, mas eu escapei todas as vezes. – ela fez um ar vitorioso – A mágica deve sair amanhã, porém o cabelo vai continuar grande, lamento.

– O QUE? VOU TER QUE FICAR ASSIM ATÉ AMANHÃ? ISSO DEVERIA SAIR COM ÁGUA! – Até que não me incomodei muito com o cabelo, mas recebe essa atenção toda dos garotos não fazia meu estilo.

– Desculpe Duda, vai ter que aguentar ficar linda por um dia. - Disse Leo segurando a risada e se voltou para a garota ao meu lado, que o encarava atentamente. – Porém, Lucy, você tem que admitir. É estranho uma filha de Afrodite não gostar de ficar bonita! Qual o seu problema?

A garota fitou Leo com um olhar de “vou te matar”, porém respondeu firmemente.

– Eu não tenho problema algum! Ora Valdez, não me venha dizer como eu tenho ou não tenho que ser! Nem todos os filhos de Atena são super inteligentes, nem todos os filhos de Hermes são bons em pegadinhas assim como nem todos os filhos de Hefesto são feios e ...

– Espera! O que você disse dos filhos de Hefesto? – perguntou Leo com uma sobrancelha erguida e um sorriso nos lábios.

A garota se calou imediatamente e corou, provavelmente procurando um buraco pra enfiar a cabeça, e um silêncio se fez entre nós. Ela deveria ter mais ou menos a minha idade, porém era centímetros mais baixa do que eu. Tinha a pele clara e um corpo esbelto, suas bochechas estavam vermelhas e os olhos castanhos se destacavam. Seu cabelo era negro e ondulado, não maior do que o meu estava agora, e uma franja caia sobre os seus olhos que estavam completamente envergonhados. A garota claramente não precisava de maquiagem ou magia alguma, ela já era muito bonita. E estava muito embaraçada.

– Bem, é.... o que eu quis dizer foi que o que eu não tenho em vontade de ficar perfeitamente linda, eu tenho em ler e estudar! – Disse ela, rapidamente e com raiva, tentando, em vão, esconder a vermelhidão das bochechas.

Até que ouvimos alguém chamando “Lucy, Lucy” e a garota volta a atenção para nós com um pequeno sorriso.

– Bem, foi um desprazer te ver Valdez – ela lançou um olhar furioso para Leo, que apenas revirou os olhos. – E uma grande prazer te conhecer...

– Duda.

– Certo, foi um prazer te conhecer, Duda. Desculpe novamente, mas a mágica caiu muito bem em você. Literalmente. Espero te ver em breve. Até logo.

Ela olhou pra Leo com desprezo, mas vi algo mais ali, e ele lhe lançou um beijo, provocando-a. E antes de correr em direção a voz que a chamava a garota se virou e disse, em meio ao sorriso:

– E que falta de educação a minha, esqueci de me apresentar. Sou Lucinda Scott, mas conhecida por Lucy!

E correu, sem olhar para trás, em direção a uma turma de garotas, com seu cabelo negro esvoaçando e um pequeno livro que pendia do bolso do short. Sorri ao ver o livro.

“Eu e Lucy podemos ser grandes amigas.”


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Notas finais do capítulo

Well, well .. Lucy. O que vcs acharam dela?? Posso dizer q ela será bem importante... é esperar pra ver ;)
Semideuses pergunta: Quem já foi assistir Maze Runner??? me contem o q acharaamm .. so vou amanhã :(