Segunda Chance, escrita por


Capítulo 3
Capitulo 3




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Já se passam horas desde que Mac entrou na sala de cirurgia, ele se sentia flutuando podia se ver de cima seu corpo ali em baixo deitado, seu peito aberto, os instrumentos, o bip dos aparelhos, as conversas e olhares dos médicos preocupados.

Mac – O que esta acontecendo comigo? Eu morri? Será? Acabou pra mim? – ele aos poucos parecia aterrissar do lado de seu corpo, podia ver as gotículas de suor se formando na testa do médico, observava com calma o monitor mostrando seus sinais vitais quando de repente ele podia acompanhar um nervosismo na sala, o bip compassado e devagar passa a dar lugar a um bip longo e no monitor passa a mostrar uma linha sem oscilações. Os médicos olham aquilo incrédulos.

Médico – 100 miligramas de adrenalina, agora! – gritando – Preparem o desfibrilador! 1, 2, 3 afastem! De novo! 1, 2, 3 afastem!

Mac assistia a cena, parecia que as coisas estavam em câmera lenta, podia ver os olhos do médico piscando, quando percebeu uma luz atrás de si iluminando o quarto. Ele olha para trás e acompanha aquela luz, aquilo lhe trazia uma certa paz que a muito não sentia. Ele chega a um lugar muito bonito que não pode identificar onde poderia ser, era uma plantação de trigo já alto, ele caminhava por entre o trigo dourado observando suas mãos tocando as plantas, uma brisa gostosa lhe fazia carinho na face fazendo-o fechar os olhos e respirar fundo. Mac abre os olhos e contempla a vista que tinha de cima do monte em que estava, o sol era gostoso não era quente e nem frio, era uma sensação gostosa, de paz. Ele se sentia na cena do filme gladiador pois desde que assistiu o filme pela primeira vez era assim que pensava que aconteceria quando chegasse ao outro lado da vida, um pequeno sorriso lhe estampava a face se pegando com esse pensamento de garoto e imaginado que faltava apenas a sua armadura. Apesar de ser um cientista e de acreditar que tudo tem uma explicação e além de ser cético a esse tipo de acontecimento se poderia realmente acontecer, ele não estava nem um pouco interessado em procurar razões para explicar ou curioso sobre o que esta acontecendo e por que. Ele fecha os olhos novamente sentindo a brisa suave vir lhe beijar a face quando uma voz rouca e bem familiar o chama. Ele abre os olhos devagar reconhecendo a voz.

Mac- Pai? – ele olha aquele senhor a sua frente sorrindo, Mac o olha com um misto de felicidade, surpresa e tristeza, pois agora tinha certeza que estava morto.

Taylor – Meu filho! - o abraçando.

Mac- Pai como eu senti sua falta! Eu não tive tempo de dizer o quanto eu te amo.

Taylor – Não se preocupe meu filho eu sempre soube disso. – sorrindo.

Mac – Então é isso? Eu estou morto? – o senhor apenas sorrir.

Taylor – Não se preocupe com isso agora. – Mac apenas assente com a cabeça. – Tire as preocupações do mundo agora meu filho, livre seus ombros de qualquer fardo que carregue, agora é hora de descansar um pouco.

Mac – É muito bom te ver meu pai. – e o abraça novamente.

Taylor – Eu sempre te vi Mac, eu sempre te acompanhei, sempre estive com você. – eles se separam. – Sentia suas orações silenciosas mesmo você tentando abafar suas emoções. Vem vamos da uma volta. – eles saem caminhado por entre a plantação de trigo.

Mac – Pai eu tenho tanta coisa pra te contar que não sei por onde começar. – o senhor ao seu lado sorrir. Essa leveza no filho era difícil ver.

Taylor – Imagino que você tenha muitas perguntas.

Mac – Não, dessa vez não. Eu já entendi.

Taylor – O que você acha que entendeu?

Mac- Eu ... morri, pai. – ele o olha como se o que falasse fosse uma logica incontestável.

Taylor – Ah meu filho, você e sua lógica perfeita de cientista. – lhe diz rindo. Mac o olha curioso. – Calma, você vai entender. – respondendo logo as interrogações que se forma nos olhos do filho.

Mac – Mas eu não quero entender, pai. Eu já sei que eu passei daquela pra essa melhor. - sorrindo, o senhor agora lhe da uma gargalhada gostosa.

Taylor – Não conhecia esse seu senso de humor, meu filho. E você estava feliz com a vida que você levava? – pela primeira vez desde que estava ali Mac começou a pensar no que havia deixadopara trás.

Mac – Sim.

Taylor – Meu filho a verdade, aqui ninguém vai estar te julgando se alguém sofreu com suas escolhas ou se essas escolhas te fizeram bem ou mal. Não quero que você seja sincero comigo mas sim com você mesmo. Seja honesto com você.

Mac – Me desculpe. – falou um pouco envergonhado.

Taylor – Você agora parecia o meu pequeno que ficava envergonhado quando fazia algo errado e lhe chamavam a atenção, depois corria para os meu braços ou da sua mãe pedindo desculpas. – seu pai lhe descrevia a cena e era como se na mente de Mac ela se passava como um filme. – Acho que essa foi das poucas épocas que você se permitia sentir algo e demonstrar.

Mac – Meus sentimentos naquele tempo eram inocentes, depois que fui para a guerra e vi tanta coisa.

Taylor – Para você ver como você é o contrario de todos, eu acho. – diz sorrindo. – Geralmente quem vai para guerra volta com um outro olhar para a vida, mais sensível, mais humano e você voltou mais fechado, mais robô. Mas quando teve um estimulo certo você se permitiu da mais uma chance a você mesmo aos sentimentos que você pode carregar com você. Mas falaremos disso depois, cada coisa ao seu tempo. – respondendo logo aos pensamentos que Mac começava a ter sobre sua esposa. E como um menino obediente esse pensamento foi desaparecendo de sua cabeça, parecia até que aquele senhor calmo podia conduzir seus pensamentos.

Mac – O que eu vi nos campos de batalha foram terríveis, mas foi isso que me manteve vivo e foi ai que descobri como ser amigo de verdade.

Taylor – Ah amigo, isso você tem vários. – um sorriso no canto da boca de Mac se forma.

Mac – Minha equipe, meus amigos.

Taylor – Me fale sobre cada um deles.

Mac – Danny é o que ninguém acreditava mas eu vi um pouco de mim nele e por isso eu o apoie sempre, ele era mais ou menos o que eu queria ser, brincalhão, piadista as vezes sem graça mas sempre arranca um sorriso. Sheldon é o dedicado, sempre firme, companheiro e te conforta de algum jeito. Flack é outro brincalhão que adora apostar, sarcástico e às vezes irônico mas sempre muito racional. Adam é o nerd bobo, não entende as coisas logo e tem umas tiradas muitas vezes inconvenientes. – ele rir ao lembrar. – Confesso que às vezes fico sério mesmo só para ver a cara que ele fica. Jô é uma companheira, esta ali pra te ouvir e levar um café, conversar e Lindsay...Linds é ... a Linds. – diz sorrindo. – Sempre procurando estatísticas, experiências para provar suas teorias, que percebe as coisas nos mínimos detalhes, eu sempre a achei parecida com alguém que eu nuca soube explicar quem, um olhar que eu conheço de algum lugar, a tenho como uma filha... – Taylor o interrompe não deixando que ele prossiga com outras pessoas.

Taylor - Você não tem ideia a quem aquele olhar pertence?


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Notas finais do capítulo

Gente aqui não quero mexer com a crença de ninguém, aqui eu estou tratando de uma EQM (Experiencia de Quase Morte) que no proprio CSI:NY foi retratado quando Mac levou aquele tiro na farmacia esse foi justamente o episodio que me inspirou a escrever essa fic.
Bjos



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