Forget me. escrita por Marril


Capítulo 10
Capítulo 10: The end is a beginning.


Notas iniciais do capítulo

E pronto, cá chegámos nós ao fim... Foi bom enquanto durou xD
Faço os agradecimentos no fim, por isso não deixem de ler as notas finais :)



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Assim que acordo, no dia seguinte, belisco-me para ter a certeza que ainda não estou a dormir. Um flash atravessa-me na mente ao mesmo tempo que me recordo do sonho que acabei de ter, era muito semelhante ao que tive ontem, porém, do que me lembro, apareciam apenas os três rapazes à minha volta. Eu receava qual dos braços deveria aceitar, no fim escolhi um e apenas um, contudo não me consigo lembrar a quem pertencia. Sou impedida de aprofundar nas minhas memórias com som da campainha a soar lá em baixo… Quem poderá ser a esta hora da manhã?

Levanto-me, ainda sonolenta, e caminho até lá em baixo aos tropeções (por sorte não caí nas escadas), pelo caminho arranjo minimamente o meu cabelo e roupas. Abro a porta ainda contendo um bocejo e ao olhar em frente sinto-me como se tivesse levado um balde de água fria na cara. Merda, eu esqueci-me que tínhamos feito “as pazes”, vejo-o corar enquanto com uma voz trémula e atrapalhada diz-me:

–B-Bom d-dia! Eu achei que já estava a ficar tarde, mas não sabia que ainda estavas… a-assim v-vestida. D-Desculpa!

Olho para mim mesma com as sobrancelhas erguidas de pura desconfiança. Que tem de mal a maneira que estou vestida? Nem há muita coisa descoberta, é só um simples pijama de verão, uma t-shirt e uns calções. Como é que ele estava à espera de encontrar-me? Completamente coberta? Só se eu fosse maluca, com este calor eu mal me aguentaria!

–Certo… Desculpa lá! Entra e põe-te à vontade, eu vou só preparar-me.

Subo as escadas rapidamente e meto-me na casa de banho. Faço a minha higiene matinal, visto uma roupa escura (uns jeans azuis escuros e uma blusa cinzenta escura com uns pequenos detalhes pretos) que podem perfeitamente retratar o meu humor hoje: inexistente. Isto tudo demora cerca de quinze minutos e ao fim desse tempo já me encontro na sala. Depois de apanhar qualquer coisa rápida para comer da cozinha, saio de casa sendo seguida pelo moreno.

Caminhamos lentamente em direção à escola, de início em silêncio, pois nenhum de nós sabe que assunto abordar. Farta deste silêncio decido quebrá-lo de uma vez.

–Não precisas de ficar tão calado, podes falar comigo normalmente. – Digo evitando um tom ácido, para não magoá-lo.

–Mas eu não sei que dizer… Tudo o que quero perguntar-te provavelmente não vais gostar! – Reviro os olhos aborrecida. Outra vez o mesmo assunto?

–E se te conceder uma pergunta? Depois podes começar a agir mais normalmente, por favor?

–Está bem. – Concorda com um largo sorriso.

–Só uma, okay? – Recordo-o enquanto ele acena afirmativamente.

–Ahh… Ora vejamos, porque não me contaste antes que te ias embora? – Pondero a sua pergunta, porque tinha sido mesmo?

–Eu… Eu queria, mas não fui capaz. Quando decidi fazê-lo tu… Tu estavas mais ocupado a beijar uma rapariga qualquer! – Aumento o meu tom de voz tornando-a também acusadora à medida que me recordo o que se passou. -É que nem tiveste a decência de contar-me que tinhas uma namorada. Foi porque não confiavas em mim? Foi porque tinhas medo que eu contasse ao teu pai? Francamente Kentin, até parece que eu faria uma coisa dessas. – Continuo a acusá-lo sem pensar.

–Não! Não foi nada disso! Eu só achei que não quererias saber…

–E não queria, a única coisa que eu queria era que tivesses sido sincero comigo, para quê mentiras? Podias simplesmente ter dito que estavas a namorar e que por causa disso não podias acompanhar-me a casa.

–Espera! Namorar? Eu não…

–Eu não preciso de saber. – Corto-o. -Não era e não é da minha conta.

–Pelo menos deixa-me explicar! – Sobrepõe-se à minha voz agarrando-me também no braço impedindo-me de continuar a caminhar. Abro a boca para ripostar, mas ele interrompe-me: -Não me interrompas, por favor.

–Como queiras. – Cedo, encolhendo os ombros, ainda com uma expressão dividida entre o zangado e o indiferente.

–Primeiro de tudo, e nem sei como é que soubeste, aquele beijo foi uma encenação. Digamos que foi uma espécie de vingança… Eu só não te contei porque achei que não fosse importante…

–Ninguém beija alguém por vingança. E não tem importância, já passou e eu já não me importo com o que aconteceu. – Afirmo sinceramente desmanchando suavemente o seu aperto no meu braço e retomando o caminho.

–A não ser que queiras mostrar à pessoa que vais beijar o que ela perdeu. – Murmura o moreno deixando-me confusa e a refletir sobre aquelas palavras.

O resto do caminho é feito novamente em silêncio, ainda que este se tenha tornado um pouco constrangedor nenhum de nós decidiu quebrá-lo. Quando já nos encontramos perto da escola paro em frente a Kentin e com um sorriso rápido digo-lhe:

–Amanhã tentamos outra vez. – Afirmo referindo-me ao nosso “recomeço”.

Depois de despedir-me dele afasto-me. Ao entrar no bloco A sinto alguns olhares sobre mim, contudo ao analisar o meu redor não encontro ninguém a mirar-me diretamente. Ignoro esta sensação e prossigo o meu caminho até à sala onde vou ter a primeira aula do dia.

***

As três aulas da manhã passam rapidamente, ainda que uma vez ou outra eu sentisse novamente alguns olhares sobre mim. Saio da terceira aula ainda com essa sensação, que acabo por ignorar completamente devido à fome que tenho. Percorro os corredores distraída pensando onde vou comer quando embato contra alguém, dou dois passos para trás e ainda meio zonza encaro a pessoa à minha frente, aliás as pessoas.

Uma loira com um ar completamente arrogante encontra-se à frente de duas outras raparigas, uma morena e outra de cabelos muitos escuros, senão pretos. A líder analisa-me de cima a baixo enquanto que as suas subordinadas apenas trocam um olhar de desprezo comigo, sinto a raiva a crescer dentro de mim, o meu sangue a percorrer mais depressa ao mesmo tempo que me recordo do passado. Cá estão elas outra vez a atormentar-me, desta vez será porquê? Ainda nem lhes fiz nada, bem, não importa, desta vez vai ser diferente…

–Afasta-te do meu Castiel e do Nathaniel! – Guincha a loira trazendo-me de volta à realidade.

–Desculpa? – Pergunto com a cara mais cínica que consigo fazer.

–Isso mesmo que ouviste! O Nath é meu irmão e eu não gosto que ele se dê com gente da tua laia, além disso o Castiel é meu e eu não vou permitir que te aproximes dele.

–Olha, minha querida, eu faço o que eu quero com a minha vida e tu não tens o direito de te meter nela. Por isso se não te importas eu vou almoçar. – Por mais que eu queira dar-lhe uma bela lição agora, não posso fazê-lo, pois primeiro tenho de me vingar de Nathaniel. A sua irmã incompetente não merece que eu suje as minhas mãos nela.

–O que é que tu lhes andas a oferecer? É o teu corpo, né? Eu bem te vi ontem com o meu Castiel, como é que te atreves a ir para casa dele se eu ainda nem fiz isso? Deves ter-lhe oferecido dinheiro, não? Deves ter-lhe pago para te comer, és mesmo uma puta! – Sinto a minha ira a atingir níveis inacreditáveis. Avanço dois passos até ficar frente a frente com a loira.

–Tu deves ‘tar-me a confundir com alguém, de certeza. Eu não sou nenhuma puta desesperada que anda por aí a pagar às pessoas para me comer. Eu tenho dignidade e o que eu faço com quem quer que seja apenas interessa a mim e a essa pessoa, tu não tens nada de andar pr’aí a insinuar essas coisas! Aliás, se andas à procura de informações sobre que valor deves oferecer devias consultar outra pessoa mais experiente ou talvez nem precises, já deves ter experiência suficiente nesse tipo de coisas.

Afasto-me rapidamente ainda a ferver de raiva, primeiro para não desatar à pancada e segundo porque, por mais que não queira, já pressinto algumas lágrimas a aproximarem-se. Sinto-as prestes a cair quando embato novamente contra alguém, afasto-me da pessoa sem intenções de me desculpar e tento correr para me afastar, porém um braço forte impede-me. Sinto o meu braço a ser puxado nalguma direção e como não me sinto com forças para protestar deixo-me levar. Caminho de cabeça baixa ainda sem saber quem me está a guiar, apenas depois de entrarmos numa sala de aula é que ergo a cabeça para fitar a pessoa que menos quero ver neste momento, Nathaniel.

Engulo em seco, de seguida passo as minhas mãos pelos meus olhos retirando qualquer sinal de lágrimas e olho firmemente para o rapaz à minha frente. Tento acalmar-me e não deixar que as minhas emoções me controlem, mas é um pouco difícil pois as palavras da loira deixaram-me um pouco sensível.

–Está tudo bem? – Pergunta-me o loiro, depois de verificar se a porta está bem fechada. A pergunta parece-me vaga, consigo ouvir perfeitamente os sons do lado de fora e que entram pela única janela aberta atrás dele, estes enchem-me os ouvidos chegando a incomodar-me, no entanto a voz dele soa como se estivesse ainda mais distante.

–Agora preocupaste comigo? Não fizeste o mesmo há três anos atrás… – Digo sem pensar, mas arrependendo-me logo de seguida por ter falado demais.

–Como? O que é que fiz há três anos?

–Oh não te lembras? Pft que parva, claro que não te lembras eu era só mais uma. – Continuo a falar com um tom vazio. Eu já não aguento mais, eu vou esclarecer tudo aqui e agora!

–E-Eu não compreendo o que queres dizer.

–Não compreendes? Então eu explico-te! Lembras-te de mim? Chalrrye Day, mais conhecida por Chye?! Já te lembras de mim? – Pergunto-lhe infinitamente.

–Sim! Chye! Como é que não tinha percebido?

–Ah ainda nem tinhas percebido. Então, é correto eu, supor que também não te lembras do que me fizeste?

–Eu fiz-te algo? – Questiona-me confuso, o que me fez ficar ainda mais furiosa.

–E ainda por cima nem te lembras! Foi por causa de ti que ganhei isto! – Afasto o meu cabelo do lado direito, colocando-o todo para o lado esquerdo, inclino-me na direção de Nathaniel de modo a que ele pudesse vislumbrar perfeitamente parte do meu pescoço.

–U-Uma cicatriz?! – Ele parece um pouco assustado ao vê-la, uma cicatriz em forma de C está bem cravada na minha pele, uma pequena recordação desta cidade que nunca consegui esquecer totalmente.

–Exato, uma cicatriz, é bonita, não é? – Pergunto-lhe ironicamente.

–Mas eu não me lembro de ter-te feito nenhuma…

–Não foste tu que a fizeste, mas foi por causa de ti que ela existe! – Acuso-o.

–Como isso é possível? – Ele mostra-se ainda mais confuso.

–É fácil, eu esclareço-te. – Declaro pronta para mergulhar no meu passado.

Nós pertencíamos a turmas diferentes, porém encontrávamo-nos sempre que existiam reuniões entre os delegados de turma. Sempre te admirei, pois eras um rapaz inteligente, popular e um pouco rebelde, totalmente o contrário de mim. A única coisa que tínhamos em comum era a inteligência, nada mais. Inesperadamente apaixonei-me por ti, decidi reunir a pouca coragem que tinha para me confessar. Quando o fiz, em resposta, tu simplesmente disseste: “Eu não posso namorar com alguém como tu!”. As tuas palavras magoaram-me profundamente, não compreendia o significado de “alguém como tu”. Teria eu algo de errado? Não estaria eu ao teu nível? Surpreendentemente não chorei, apenas parecia que existia um vazio dentro de mim…

No dia seguinte tudo parecia igual, porém ao chegar à minha sala encontro a minha secretária completamente riscada de insultos e ameaças, apesar de estar sempre sozinha naquele momento senti-me ainda mais só. No fim da primeira aula três raparigas vieram ter comigo, uma delas virou-se para mim e disse-me:

–Alguém como tu nunca terá um namorado… És demasiado esquisita, nenhum rapaz de quer, só se tu lhes pagasses.

Foram por causa das tuas palavras que aquelas raparigas se meteram comigo, pois antes nunca ninguém se incomodou comigo ou com a minha presença. Depois disto toda a minha turma ficou a saber e o meu sofrimento começou. Escondi tudo isto da única pessoa que pude considerar “amiga”, o que até não foi muito difícil pois até estávamos em turmas diferentes. Suportei tudo e mais alguma coisa sozinha, para além da dor emocional que fiquei após ser rejeitada, tive o privilégio de, no meu dia-a-dia, receber dor física. Sim, isso mesmo, toda a minha turma ficou contra mim, eles maltratavam-me todos os dias, esta cicatriz foi só mais um dia da minha “nova” vida, mas eu suportava tudo pois sabia que em breve iria acabar, iria mudar-me dentro de dois meses.

Todos os meus sentimentos em relação a esta cidade ficaram resumidos a dor e raiva, tudo graças a ti.

Termino o meu discurso escondendo um sorriso melancólico.

–Agora já te lembras? – Pergunto num murmúrio ao loiro.

–E-Eu não fazia ideia… – Replica embasbacado, provavelmente ainda a engolir as minhas palavras.

–Claro que não fazias, nunca tiveste a noção das tuas palavras.

–Eu nunca quis magoar-te, acredita. Eu quando disse aquelas palavras não era com intenção de te ofender… Eu só queria dizer que nós meramente nos conhecíamos e não fazia sentido namorarmos. – Explica-se, mas por mais que eu tente acreditar no que ele me diz tudo parece-me soar a falso. Será do seu tom de voz? Ou talvez dos seus olhos que permanecem inexpressivos?

–Agora já é um pouco tarde para te desculpares, não?

–Eu sei que estas palavras não mudam o passado, mas não há nada que eu possa fazer agora a não ser recomeçar. Eu não posso dizer que não tinha sentimentos por ti, aliás até fiquei triste quando te foste embora, mas porque não tentamos outra vez? Pode ser que esses sentimentos ainda existam… – Abafo uma gargalhada ao ouvir as suas palavras.

–Recomeçar? Sentimentos que ainda podem existir? Não, deves estar muito enganado, a única coisa que eu sinto por ti é ódio. Nada mais, nada menos. – Adquiro um tom morto, tão inexpressivo e mecânico que até nem pareço estar enfurecida.

Vejo o loiro a corar violentamente e com uma expressão de embaraço misturada com fúria, como se o tiro lhe tivesse saído pela culatra e a situação tivesse saído do seu controle, sai da sala deixando-me a olhar lá para fora. Sorrio satisfeita, esta pode não ter sido a minha vingança, mas já é um começo, ao menos já me sinto melhor, mais leve. Ao ficar algum tempo a olhar para a janela sou atraída para um pequeno pormenor que me escapou desde do início. Uma simples cabeleira rubra é visível na parte de baixo da janela, sorrio mais abertamente enquanto me aproximo da janela. Pouso os meus cotovelos no parapeito como se nada fosse e comento:

–Agora deu-te para me espiares? – Evito um sorriso satisfeito. Ao menos já não preciso de esconder mais nada, o ruivo provavelmente já sabe a minha história ou, pelo menos, parte dela.

–Eu já cá estava antes de vocês chegarem.

–E podias ter-te ido embora. – Sugiro.

–Não me apetecia. Aproveitei e ouvi uma história.

–E o que conseguiste concluir da história?

–Que és uma rapariga muito problemática!

–Hey! Eu não sou problemática! – Reclamo saltando da janela e aterrando ao lado de Castiel, sento-me ao seu lado ainda com uma (falsa) careta de fúria.

–Não foi o que me pareceu. – Comenta virando-se para mim, fazendo com que eu também fizesse o mesmo. Tento contrapor, mas não me lembro de nenhuma desculpa plausível.

–Okay… Talvez só um pouco. – Confesso no fim com um pequeno beicinho de amuo. Ele solta uma pequena gargalhada que me provoca uma comichãozinha na barriga e uma batida mais forte no meu coração. Distraída com o seu sorriso e as minhas reações não reparo na sua aproximação. Sinto as minhas bochechas a escaldar quando me apercebo que Castiel selou os nossos lábios num suave beijo, afasto-me rapidamente e escondo a minha cara entre as minhas pernas, completamente envergonhada.

Espreito ligeiramente a pessoa ao meu lado, ele sustenta uma expressão confusa, mas que depressa se transforma numa irritada. Ele faz menção de se ir embora, em pânico, desmancho a minha posição e agarro-lhe no braço com força. O ruivo vira-se para mim surpreso, nesse momento um flash rápido trespassa a minha mente, finalmente já tenho a resposta sobre quem eu escolhi no meu sonho.

–Onde vais? E-Eu escolhi-te a ti…

–O quê? – Pergunta-me confuso provavelmente por não perceber o significado das minhas palavras. -Tu não pareces interessada em ter a minha companhia.

–Não! Eu só fiquei surpreendida, não estava à espera do beijo… assim de repente. – Coro novamente.

–… – Ele mantém-se em silêncio provocando uma falha na minha pulsação. O que é que ele está a pensar?

–Não dizes nada? – Pergunto receosa.

–A culpa é tua. – Diz simplesmente.

–Culpa é minha? Porquê? – Agora quem não está a perceber nada sou eu.

–Sim, a culpa é tua por fazeres essas expressões, só me dão vontade de te beijar. – Sinto o meu queixo a descair enquanto o meu coração quase rebenta dentro do meu peito, por momentos acho que consigo denotar uma leve coloração na cara de Castiel, mas que acabo por deixar de lado esse pensamento ao beijá-lo.

O beijo dura mais tempo, desta vez com Castiel a aprofundá-lo, sinto-me como que a derreter nos seus braços, o meu corpo a aquecer e a minha mente a ficar em branco. Os seus lábios suaves e viciantes proíbem-me de separar-me dele, não sei dizer exatamente quando tempo ficamos assim, mas quando nos separamos estamos ambos ofegantes. Sorrio ligeiramente ao mesmo tempo que sussurro:

–Isto parece de doidos, nós só nos conhecemos há uns dias.

–Parece-te que me importo com isso? – Murmura-me de volta.

–Mais ou menos. Nós ainda temos tempo, mas eu vou dar-te todas as razões para não duvidares de mim, a partir de agora vais conhecer o meu verdadeiro eu. – Confesso-lhe sinceramente.

–Ótimo, porque eu detesto mentiras.

–Já reparei. – Comento relembrando-me de alguns acontecimentos.

–E castigo quem me mente. – Completa com um sorriso maldoso.

–Como é que tu…?

–Assim. – Finaliza beijando-me suavemente, mas afastando-se de mim antes que eu pudesse fazer alguma coisa.

–Acho que estou disposta a aceitar esse tipo de castigo. – Afirmo com um sorriso, mas não um sorriso qualquer, um sorriso verdadeiro como já não esboço há anos. E com isto beijo-o novamente deixando todas as sensações apoderarem-se novamente de mim.

Quem disse que vingar-nos é mais importante? Se alguém me perguntasse algo assim parecido agora eu apenas diria que estes novos sentimentos que afloraram em mim desde que conheci Castiel ultrapassam qualquer outro que possa sentir (ou ter sentido) por Nathaniel. Talvez o passado deva ficar no passado e nós tenhamos apenas de ultrapassá-lo, não esquecê-lo, mas sim aprender a viver com ele, assim podemos sempre olhar para trás e ver os nossos erros para não cometê-los mais uma vez. Todos temos uma segunda oportunidade, podemos sempre recomeçar por mais difícil que seja, basta lutar e não desistir. É isto que estou disposta a fazer a partir de agora: recomeçar. Quem sabe o que me espera?! Coisas boas ou coisas más, talvez ambas, porém estou disposta a arriscar. Afinal, todo o fim tem o seu início.


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Notas finais do capítulo

E aqui vão os agradecimentos:
Eu realmente não tenho muito jeito para isto, mas vou tentar...
Eu só queria dizer: Obrigada! Obrigada a todas as minhas leitoras, que por comentarem deram-me um grande apoio e mesmo que não tenham comentado em todos os capítulos eu sei que continuam aí à espera do próximo xD
Eu sei que não sou a melhor autora de todos os tempos, mas o facto de já vos ter aqui a apoiar-me faz-me sentir como tal :3
Obrigada mais uma vez por me terem aturado e espero ver-vos em breve numa próxima fanfic ^^

Beijinhos da Marril .