A Estrada escrita por Lucas P Martins


Capítulo 4
Mas que mal tem uma vingança?


Notas iniciais do capítulo

Bom, jovens. Capitulo novo na fic. Espero que realmente gostem.



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Lucas narrando

A aula de História comigo é compenetração total. Amo essa matéria de paixão. Mas, por mais que estivesse focado e compenetrado. Ainda pensava em uma forma de me aproximar de Sabrina (Mais do que ela já tinha feito) e uma maneira de me livrar de Adriana, que até poderia envolver em entregá-la a policia, mas o abuso tinha ocorrido há exatamente um ano, a essa altura, qualquer coisa em meu corpo que poderia entregá-la já havia desaparecido e uma confissão teria que ser obra de muita perspicácia.

Não, não. Precisava de algo rápido, chocante e marcante. Sem sangue. Sem dor, pelo menos externa.

Mas... Foi Adriana que lançou o primeiro ataque...

E Ele foi feroz.

***

No intervalo, Adriana fez exatamente o que fez comigo, só que ela não estava muito a fim de “amor”.

– Você pensa que eu esqueci, Luquinhas! Você pensa que eu me esqueci do meu nariz que você quebrou! Você não perde por esperar seu vagabundinho! – Disse, mas sequer sabia que eu era um dos mais inteligentes daquela sala. Nem se dirigir a mim ela sabia!

– Então tudo bem. Se você acha que quer disputar comigo, beleza. Mas, não espere sair inteira disso. – Ameacei.

Nessa situação, aparece um dos meus melhores amigos e o único que me escutou durante todo o meu tempo de sofrimento na minha antiga escola. Jonas Cardozo. O Bonitão herói!

– Solta ele, vadia! Ele é meu amigo e se quiser pegá-lo vai ter que passar por cima de mim! – Jonas disse botando ordem na casa.

Adriana me largou e o fitou... Fitou não. Comeu com os olhos.

– Acho que achei alguém mais bonitinho que você! – Disse antes de sair bufando forte igual a um touro.

Jonas tinha o biótipo que todas as mulheres adoram. Moreno, alto e forte. Só que, ele era um superhipermegaultra nerd, sabia até de mais coisas o que eu. Conhecemos-nos no inicio do ensino fundamental pra não nos largarmos mais. Unha e carne até o final da vida. Até a mesma faculdade queríamos fazer: Jornalismo.

– Bem, é oficial. Essa mulher é louca. – Constatou Jonas

– Agora que você notou, Jonas?! – Assenti quase o temperando e pronto para engoli-lo.

– O que você vai fazer? Teremos que aturar essa louca justamente no ano do vestibular! Que ódio! – Lamentou.

– Não é o que eu vamos fazer... É o que NÓS vamos fazer. E você vai me ajudar! Nós vamos resolver isso hoje!

***

Música: AAUU - Titãs

Tiramos a aula de inglês (Nosso inglês é fluente então bastávamos pegar a matéria da prova que nos daríamos bem, uma aula perdida por uma boa causa não faria mal.) Nos enfiamos na biblioteca e começamos a pensar. E de tantas e tantas ideias furadas. Finalmente, uma que prestasse acabou saindo. Alguém teria que ser a cobaia. Jonas foi colocado por livre e espontânea pressão.

Nunca tínhamos armado nada pra ninguém. Mas o objetivo era nobre: Tínhamos que armar para expulsar Adriana.

Colocamos na mochila dela algo que ela não notaria. O meu estojo. Estava tão distraída com nossas amigas que nem percebeu enquanto eu colocava. Segundos depois, Jonas “deu o seu migué”.

Um bilhetinho simples.

“Você e eu, na biblioteca, depois da sexta aula. Beijos. Jonas.”

Foi mais do que suficiente, o coordenador Julio estaria na biblioteca junto comigo e Jonas. Já tínhamos alegado o roubo e o convencido a ir à biblioteca. Julio era um cara honesto, mas pessoalmente... Era bem burro. Seria fácil convencê-lo.

Estava feito o escarcéu.

Adriana chegou à biblioteca. Temeu quando viu o meu coordenador. Foi quando eu comecei meu papel.

– Sr. Julio. Foi ela, ela roubou meu estojo! – Acusei.

– Como assim moleque? Nem mexi nas suas coisas! – Adriana retrucou

Julio assumiu a situação. Veio então com a ordem...

– Jonas, você está neutro nessa situação. Reviste a mochila dela!

Não deu outra. Jonas encontrou meu estojo na mochila de Adriana.

A política do meu colégio era bem simples: Se foi pegue roubando, estava expulso.

Adriana não teve como reagir. Julio, Jonas, Adriana e eu fomos até a diretoria. Os papeis estavam assinados. Como Adriana respondia por si só, não só foi expulsa como também foi presa.

Ela estava fora! Estávamos livres dela! Só que o preço que nós pagamos foi alto demais.

Na viatura da polícia. Adriana se aproximou do pescoço do policial e o enforcou. Foi virando o carro e virando. Até colocar o carro na nossa direção numa velocidade de, no mínimo, 60 km/h. Aquela viatura tinha virado uma arma. Jonas, Julio e eu estávamos distraídos.

Adriana queria me matar!

Julio salvou minha vida... Mas infelizmente, o mesmo não pode se dizer de Jonas.

Ele havia sido acertado em cheio pelo carro. Não dava pra me culpar e nem pra culpar Julio. Foi tudo muito rápido...

Quando dei por mim... O Corpo do meu nobre amigo estava preso as ferragens daquela camioneta... E já não respirava. Isso claramente podia se ver. Jonas havia morrido na hora... O carro acertou Jonas, despedaçando-o e se jogando na quina da parada de ônibus, matando também Adriana e os dois policiais da viatura.

Quis matá-la. Quis acabar com a vida da Adriana, mas isso já havia sido feito... Engoli em seco. Ela era mesmo uma psicopata.

E tinha levado a vida da pessoa mais nobre que eu já conheci...

E finalmente, meu ódio acabou me levando a meu pior engano possível.

Ironicamente, eu havia me vingado duas vezes. Mas não era aquilo que eu esperava. Ela pagou pelos seus erros da maneira mais grave e com o preço mais alto que se pode pagar por isso. Eu me senti mal. Muito mal.

Até que meus pais tentaram ajudar quando ficarão sabendo da tragédia... Mas aquela altura, a última coisa que eu queria ouvir naquele momento, era um conselho das pessoas que mais haviam me abandonado nos meus últimos anos.

O único ponto bom de toda essa história (Se é que isso pode ter um ponto bom) é que Sabrina se aproximou muito de mim nesse meio tempo.

Pensei em aproveitar, mas não precisou...


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Notas finais do capítulo

Bem, por enquanto é só. Espero que tenham gostado. Avaliem e comentem.

Grande abraço.

Dr. Lucas



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