A Estrada escrita por Lucas P Martins


Capítulo 15
O Domingo que mudou minha vida - Parte 2


Notas iniciais do capítulo

VOLTEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEI (respiro)

VOLTEI PARA POR ORDEM NESSA ZONA!

Desculpem a demora, o vestibular fez a vida do tio virar uma bagunça completa mas vamos ver se tiro o atraso dessa historia hipermegafuking maravilhosa.

Nem perde tempo aqui! Pula direto pro capítulo que é o melhor que você pode fazer hoje.



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Lucas narrando

No dia seguinte

Tinha certeza de duas coisas naquela noite a caminho da igreja. Iria ser um grande show. Sabrina estava nervosa com algo, parecia pressentir que o que estava por vir não era nada bom. De vez enquanto olhava para minha noiva e percebia sua aflição. Algo muito errado estava pra acontecer.

Dessa vez eu tinha tomado os calmantes.

Malditos, eles estavam me escravizando. Passei a depender deles pra absolutamente tudo. Isso me perturbava. Afinal, como casarei dependendo de remédios para manter a calma. Estava definitivamente assustado. Como isso poderia me afetar de forma tão drástica...

Chegar a Henrique Jorge era habito. Mas desde que o meu pai morreu algo havia tornado aquele lugar diferente. Certa nostalgia. Algo que tornava aquele lugar parte de minhas memórias. Não poderia evitar ter meus lapsos de memória. Meu velho pai poderia ter orgulho de alguém que traiu a futura esposa e agora está aqui lamentando não poder ter contado isso a alguém? Teria ele como se orgulhar de um filho que agora estava viciado em calmantes, apenas para poder manter uma mentira? Coisas do tipo rondavam minha mente. Pelo menos até aquele momento...

Mariana se aproximava e como vocês devem já saber ela me contou muito sobre suas novas amigas e até tínhamos tido certo contato no dia da morte do meu pai. Mas sequer tinha conversado com elas direito. Confesso. Luanna surpreende a primeira vista. Tinha, evidentemente, um corpo que qualquer homem desejaria possuir. Morena, nos seus 1.60, linhas e curvas esculturais para qualquer homem perder a linha. E para bem ou para mal, nessa descrição, Lúcia Helena não ficava muito atrás, apesar de ser mais nova, porém podia-se perceber um olhar inseguro. Medo, talvez...

– Lucas! Lucas! - Mari gritava.

– Mariana! Quanto tempo, você não me liga mais?! Como você tá? Quem são essas moças?

– Luanna e Lúcia Helena Freitas. Contei pra você sobre a história delas! – Mari retribuiu o mesmo entusiasmo

– Sim, sim... Estava louco para conversar com vocês duas, saber como é que vocês lidavam com isso tudo e ajudar. Pedi muito a Deus pra que esse dia chegasse!

Apresentados finalmente. Resolve então o meu pesadelo vir me atazanar, pelo menos dessa vez, eu estava bem cercado. Mariana resolve então desloca uma Gabrielle realmente irritada e que se tivesse chance poderia me matar com facilidade.

– Luanna, vamos sair daqui. Parece que sua companhia não é muito desejada aqui.

Aceno para Mariana que parecia discutir acintosamente com Gabrielle.

Mas isso estava estranho... Muito estranho.

***

– Você... Quer realmente ouvir nossa história? - Luanna me questiona, demonstrando certa inquietação.

– Eu sei que você está inquieta, e acredite não te culpo por isso. Mas, há um propósito em todos nós estarmos aqui hoje à noite, minha querida. Fique tranquila. Eu estou aqui pra te ajudar. - O olhar de Luanna nesse instante ganha novos contornos. Enxergo um sorriso de canto de boca. Confiando em mim? Isso descobríamos depois. Retribuo o mesmo sorriso de canto. Não que eu estivesse também envergonhado também...

Eu só estava sendo lido de alguma forma... De alguma forma, aquela moça tinha algo que lia qualquer sentimento ou intenção minha. No fundo, ela parece ter visto algo em mim que a agradou de alguma forma... Talvez isso não viesse ao caso naquele exato momento, porém, será melhor que eu me atenha a história, não acham?

– Bem, eu não tenho lá muita história pra contar... - Luanna pragueja, porém, continua falando

Passam-se alguns minutos, até perdemos o inicio do culto, mas a história da Luanna foi algo que me emocionou. Senti que tinha que ajudá-la naquele instante; Eu sabia que ela era uma pessoa sofrida pelos depoimentos de Mariana, mas a Luanna tinha algo, um quê de força e determinação que, mesmo passando por absolutamente todas essas mancadas da vida, ergueu o olho e continuou. Sem se importar com o que os outros tinham a dizer sobre ela... Isso é legal de ver. Tipos de exemplos como esse estão em falta por ai...

– Luanna, Lúcia. Por mais que esses caras te tratem mal, fica aqui, vai por mim. Não há melhor lugar pra se estar do que a igreja. Vou dar o meu número e qualquer coisa é só me ligar. Estou aqui pra ajudar. – Finalmente podia refletir algum sorriso em minhas palavras... Podia me sentir útil naquela noite

– Muito obrigada. – Ela responde com um sorriso igual, talvez maior do que o meu. Notavelmente qualquer ajuda naquele momento seria bem-vinda.

Acompanho-as até os portões de entrada do templo, parece tudo normal ou eu acho que isso deveria parecer... Sabrina e Mariana se cumprimentavam, uma foi ao banheiro e a outra entrou no templo. Até que noto que Gabrielle está ao celular, até ai nada demais, conheço Gabrielle já faz um tempo (E por “conheço”, vocês que estão lendo podem entender o que quiser). E eu sabia que ela estava nervosa e tão logo podia imaginar que algo poderia acontecer, ou talvez isso sejam apenas os efeitos colaterais dos remédios...

Depois se mostraria um grande erro, mas preferi ficar com a segunda opção e entrei no templo também. Era eu que estaria nos controles do som, então tecnicamente eu estava atrasado...

Sim, isso seria um erro terrível e acho que vocês já entenderam que deu merda, não é?

Algumas horas depois

O Culto estava prestes a ser encerrado, nada de anormal havia acontecido até aquele momento, porém, o Pr. Bittencourt resolveu tomar o microfone e no que eu pensava que não ia sair algo que prestasse, levo um tombo da cadeira.

– Irmãos, é com tristeza que anuncio que o motivo de uma reunião extraordinária que tive com o conselho essa manhã era para anunciar minha saída do ministério pastoral...

Um dos meus assistentes resolveu segurar a minha mão, quando dei por mim, estava com o botão pronto para cortar o microfone do Pastor, simplesmente não acreditei no que ouvi. Sair de uma hora pra outra? Eu posso até ser cristão, mas sou inteligente o suficiente para saber que algo está fedendo nesta sala! Ele não sairia assim se não tivesse um motivo e eu descobriria qual é...

Uma oração. Algumas pessoas choravam, outras davam as costas sem sequer se importar para o que estava acontecendo, o que provava por b mais c minha teoria aquela igreja estava se encaminhando para uma morte sofrida e dolorida. E pensar que aquele lugar tinha vida há alguns anos atrás...

Meus devaneios são interrompidos... Mariana entra na sala.

– Lucas? Você viu a Sabrina? – Mariana entra ofegante naquele lugar.

– Ela até que estava comigo no carro quando chegamos, mas estive ocupado a noite inteira, não a vi desde então. Ela não estava com você?

– Se eu estou atrás dela menino! Obviamente ela não estava comigo!

Olhamos um para o outro...

– Mariana...

– Lucas...

– Alguma coisa está fedendo nesse lugar. E está começando pela minha noiva!

Música: Igreja, Titãs

Saio desembestado da sala seguido por uma Mariana completamente nervosa atrás de mim. Resolvo procurar, por acaso, na calçada. Eu estava com sorte, pois encontrei minha noiva...

O Problema foi que eu a encontrei com outro homem...

Até ai seria algo surpreendente, se eu não tivesse percebido que ela estava sendo forçada a fazer aquilo. Como todo um homem que se preze resolvi tomar uma atitude. Todos os olhos estão voltados para mim enquanto vejo aquela cena deprimente. Gabrielle havia armado essa desgraça toda e agora, ela ia pagar por isso, mas não diretamente. Tiro meu casaco e entrego a Mari.

– Segura ele por um instante, por que eu acho que vou acabar com tudo o que me resta de escrúpulos! – Estou enraivecido

– Lucas, o que você vai fazer!

– Não é o que eu vou fazer, é o que você vai fazer, vá até o meu carro e coloque essa música pra tocar. (Igreja, dos Titãs, escolha conveniente para aquele momento) e ponha isso a todo o volume, você me entendeu?

As aulas de muay thai me serviram bem a calhar. Chego para os três, pois Gabrielle estava lá dando uma olhadinha naquela cena...

– Com licença, meu amor.

Separo os dois e desfiro um jab no vagabundo que cai no chão.

– Sá, vai pro carro meu amor. Eu acabo logo com esse cara.

– Lucas, não, não... – Sabrina me olha um pouco assustada, mas logo lhe beijo

– Eu sei que não, mas eu te prometo, nunca mais voltaremos a esse lugar deprimente.

O maltrapilho logo estava de pé, tentou me pegar, mas levou um belo chute na jugular que posso jurar que ouvi algumas costelas se partirem naquela ação. Eu era muito bom em artes marciais e nem sabia! Talvez tenha sido efeitos dos calmantes... Só sei que ele se levantou... Claro que pra cair outra vez. Porque eu não ia deixar aquele miserável inteiro pra contar que beijou minha noiva... Ou pra contar que fez qualquer coisa naquela vida...

Apanhou e apanhou e apanhou sem muito dó e estava para transgredir todos os 10 mandamentos, ele iria pra vala, mas mais alguns socos e chutes seriam mais do que o suficiente. E definitivamente tinha sido. Logo ele estava caído com algumas partes que iriam inchar no dia seguinte fazendo com que ele pareça um travesseiro. Algumas costelas quebradas, alguns dentes no chão, ele cuspia sangue...

– Bem, eu já disse o que eu vim fazer aqui. E é bom que você não torne a tocar em nenhuma mulher outra vez, se eu te encontrar, você está morto. Estamos entendidos? E quanto a você... Achou mesmo que você ia me enganar? Não, Gabrielle... Não mesmo. – Me acabo de rir sarcasticamente, deixo uma Gabrielle se mordendo de raiva e vou embora. Tomando minha noiva e minha amiga...

***

Alguns minutos mais tarde...

Demorei um tempo para romper com o silêncio que estava no carro. Mas fui direto.

– Sá, nada disso é culpa sua. Foi minha culpa. Ela deve ter dito que eu traí você e eu assumo que isso é verdade. Desculpe-me. Não há como justificar o que fiz e eu espero que entenda.

– Lucas, para esse carro.

Paramos o carro bruscamente. Mariana foi jogada um pouco para frente...

Alguns segundos de silêncio são interrompidos por uma pergunta que eu jamais esperava ouvir...

– O que você quer jantar hoje, meu bem? Ouvi de um restaurante aqui perto cuja pizza é uma delícia. – Sabrina me diz como se nada tivesse acontecido. – Lucas, pode ser que você tenha me traído uma ou duas mil vezes, isso não me importa. Que me chamem de burra, de estúpida, de chifruda, eu não estou nem ai. Quero ficar com o homem que eu amo. O homem que eu escolhi pra ser pai dos meus filhos e eu não vou perder você assim de mão beijada pra qualquer sirigaita então vem cá e me beija, lábios de mel. – Disse ela em uma mistura de pranto com riso...

Dois anos de relacionamento... E finalmente Sabrina tinha me feito ficar mudo... E eu definitivamente acho que não deveria dizer absolutamente mais nada e talvez seja melhor assim...


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Notas finais do capítulo

Ok, galera. Nem prometo tantos prazos assim, estou quase de férias, então o papo vai ficar mais sério.

CHALLENGE ACCEPTED!

VOLTEI CA@#$%LHO!

Grande abraço,

Dr. Lucas



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