A Estrada escrita por Lucas P Martins


Capítulo 11
A Mulher de Potifar


Notas iniciais do capítulo

Senhoras e senhores, estou de volta! A Segunda e última fase da história começa hoje com um capitulo... Bem... Acho melhor que leiam para descobrir...

Tenham uma boa leitura!

(Leiam as notas ao final do capítulo)



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Lucas narrando

Eu voltei! Andei um pouco sumido não acham? Mas agora eu estou de volta e tenho algumas coisas para contar pra vocês antes de retomarmos do ponto onde paramos.

***

Algumas semanas antes

Não era um objetivo meu. Na verdade nem estava preparado para o que eu tinha acabado de escutar. Sou incomodado num sábado à noite com uma ligação do Pr. Bittencourt. Pai da Gabrielle, que estranhamente estava começando a desgostar de mim por um motivo que até agora, nem sei explicar direito.

– Lucas? Você quer assumir o ministério de Evangelismo? – Pergunta o pastor. Sua voz parecia nervosa. Claramente discordava de sua situação

– Mas e sua filha? Ela não continua?

– Ela foi deposta por alguém que eu ainda vou descobrir quem é que ela estava se “prostituindo”. Enfim, você aceita ou não? – Responde exaltado.

– Sim! Sim! Eu aceito.

Claramente eu estava sob pressão. Parecia que alguém havia armado para me colocarem naquele lugar. Nem eu, nem Sabrina curtimos essa ideia. De certo, me responsabilizaram por essa descoberta e o Pr. Bittencourt, por vingança, acabou me colocando nessa fria. Como sair dessa? Confesso que nem eu fazia ideia. O Jeito era acertar até a onde se pudesse aguentar.

Só que eu não estava preparado para o que estava por vir...

***

Dias mais tarde...

Tudo quanto foi tipo de problema começou a aparecer. Pessoas de todos os gêneros passaram por mim. Por mais que fosse uma furada, o trabalho era sim gratificante. Pude conhecer pessoas de todos os gêneros com toda a sorte de problemas que você pode imaginar. Drogas, álcool, Prostituição, vícios, depressão, desespero... E poder ajudá-las é uma sensação boa. Poderia ter sido muito melhor... Se a Gabrielle não estivesse botando pilha e o fazia de todas as formas... Inventando fofocas absurdas, falando mal de mim para as outras pessoas e falando mal de outras pessoas pra mim, colocando mil e uma mulheres na minha conta para me abraçar e se agarrar em mim, mesmo vendo que Sabrina estava ao meu lado.

A proposta dela era me irritar, mas ela conseguiu algo muito pior: Ela estava me distanciando de Sabrina. E isso não poderia acontecer...

Eu sempre tentava falar... Sempre tentava colocar ela em primeiro plano. Afinal, ela era uma mulher quase perfeita. Não poderia perdê-la assim, de mão beijada. Mas, sempre que eu tentava, alguma coisa acontecia, seja ela com ciúmes da tramóia que Gabrielle armava pra me derrubar, ou simplesmente porque acontecia algo que me impedia de falar com Sabrina. Todas aquelas pessoas tinham algum problema urgente e eu tinha que ajudar de alguma forma, essa era minha função.

Os meses foram passando, Sabrina foi ficando distante de mim. Não tinha tempo para conversar com ela e depois de mais algum tempo, ela passou a fugir de mim de forma inexplicável. Ela parecia esconder-me algo e eu não fazia ideia do que era.

As coisas pareciam começar novamente a fugir do controle novamente. Eu havia conseguido sim controlá-la, mas agora, tudo estava estranho. Seja o que Gabrielle estava tentando fazer na minha vida, estava funcionando. Minha vida começava a destoar outra vez e nesses momentos, minha memória é trazida outra vez aquele episódio no cemitério. O soco parou de doer. Mas o choro e as palavras da mãe de Adriana continuavam estridentes em minha memória. Não havia tido tempo pra investigar...

E, quando eu não poderia esperar caos maior, eis que a vida resolve aprontar outra vez.

Na verdade, duas vezes.

Na mesma noite...

***

Uma noite de novembro qualquer. Sabrina havia viajado com seus pais. Luiza e meu pai viajaram e levaram meus irmãos. Havia restado aquela casa enorme toda pra mim. Até que em um momento a campainha resolve tocar, ao pegar o interfone, tomo um baque.

– Lucas, pode abrir a porta? – Uma Gabrielle de voz dócil vestida com um sobretudo esquisitíssimo surge em minha porta. Ela estava estranha.

Era tarde da noite, deixei-a entrar por compaixão...

Não sabia que me arrependeria tanto de uma decisão tão boba.

Gabrielle entra. Dócil. Deixa a bolsa em cima do sofá enorme que povoava uma sala maior ainda. Ela tira os óculos. Desembaraça os longos cabelos castanhos, começa a tatear o sofá em minha direção. Ela vem lentamente. Andar sedutor. Ela contemplava meu corpo magro e mediano... Alguma coisa não batia. Nada naquela situação fazia sentido... Até que ela resolveu abrir a boca pra falar...

– Você é realmente muito bonito... Muito, mas muito bonito mesmo. – A voz de Gabrielle assume um tom mais sedutor.

Gabrielle chegava mais e mais perto... Só uma coisa me vinha à mente. E Sabrina? E tudo o que ela fez por mim? E todo o amor que ela me deu?

Mais perto...

Minha cabeça se debatia...

Mais perto...

.Eu sabia o que ela veio fazer em minha casa...

Ela ergueu seus olhos. Pude penetrar em seu negro olhar. Alguma coisa estava errada comigo. Ela dá a última cartada. Desfaz o nó do sobretudo... Uma Gabrielle com uma lingerie vermelho sangue surge em minha frente... Ela toma minhas mãos... Começa a me guiar pelas rendas de flores costuradas com um vermelho um pouco mais claro.

Estou disposto a cair no mesmo erro?

Ela toma meu queixo...

Um beijo. Longo e sedutor. Logo, minhas mãos tomam aquele corpo magro, porem perfeito e o dominam de cima a baixo. Desgrudou da minha boca por alguns minutos e me olhou...

Tão logo eu dei por mim, já tínhamos ido pro quarto. Gabrielle sabia o que estava fazendo. Conduzia-me ao quarto com uma doçura misturada a uma força...

A Distância... A fuga...

O Corpo de uma mulher me fazia falta.

Ninguém ficaria sabendo, não é?

A Cama foi o ápice. Gabrielle havia me conduzido a um erro que mais tarde teria uma consequência terrível. Mas, já era tarde demais. Ela já havia arrancado meu pijama e eu já havia me desfeito daquela lingerie vermelha há muito. Entregamos-nos ao pecado e aquela noite foi a primeira...

E a última...

***

Consumado o ato, caímos cada qual para um lado da cama. Nunca me incomodei em dormir em uma cama de casal sozinho, mas aquela noite, dormir ali seria impossível...

– Você é delicioso! Quando nós vamos repetir essa noite? – Gabrielle me arguiu, altamente sedutora.

– Nunca! Nunca!

A Ficha caiu...

Só então que fui salvo por algo muito pior que havia acontecido enquanto fazíamos sexo..

O Tema da vitória de Ayrton Senna ressoava pela casa. Era o meu celular. Só que dessa vez, aquele tema trazia uma péssima noticia...

– Lucas! Corre pro hospital! Seu pai e seus irmãos sofreram um acidente! Seus irmãos estão mortos! E o seu pai...– Uma aflita Mariana estava ao telefone...

– E o meu pai, o que? Mariana?

– Ele quer te ver. Vem logo!


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Notas finais do capítulo

SURPRESA! O que acharam dessa?

Fiquem por aqui, essa história ainda terá muitas surpresas!

Grande abraço.

Dr. Lucas


Nota única: Mulher de Potifar, Gênesis cap. 39 1-19. - Capítulo livremente inspirado na história bíblica



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