Lost Memories escrita por Marih Yoshida


Capítulo 1
Rostos Familiares


Notas iniciais do capítulo

Olá! Aqui estou eu com mais uma fic Thalico.
Bem, vou postá-la diariamente, a não ser que aconteça alguma coisa e eu não possa postar.
Espero que gostem.



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Thalia abriu os olhos e olhou em volta. Onde ela estava? Não sabia. Aliás, ela não se lembrava de nada, apenas seu nome e idade. Ela se sentou em sua cama confusa, tentando se lembrar, mas nada veio. Ela estava se esforçando para lembrar quando seu telefone tocou.

- Thalia, você não vai acreditar! - Uma voz feminina falou do outro lado do telefone.

- Quem é você? - Thalia perguntou confusa. A garota riu.

- Ah, Thals, não brinca comigo! - A garota falou. Thalia franziu a testa. Porque a garota não acreditava nela?

- Eu não me lembro de nada. - Thalia falou. A garota parou de rir.

- Isso é sério? - Ela perguntou. Thalia concordou. - Ah meu Deus! Você se lembra do que?

- Apenas que sou Thalia Grace e tenho 16 anos de idade. - Thalia falou.

- Olhe, meu nome é Drew, sou sua melhor amiga desde os doze anos. - A garota falou. - E eu vou te ajudar a se lembrar.

- Sério? - Thalia perguntou.

- Eu já estou indo para sua casa. - Ela disse e desligou.

Thalia foi olhar seu guarda-roupas enquanto esperava. Nossa, era realmente bem cheio de roupas, quando será que ela tinha comprado aquilo tudo?

Enquanto ela olhava fascinada o armário, uma garota apareceu em seu quarto. Ela era bem bonita, tinha lindos cabelos negros e sem nenhum sinal de cachos, era branca como porcelana e tinha seus olhos, que eram castanhos, no estilo oriental. Ela também tinha uma postura impecável. A garota estava usando uma blusa de babados amarela e uma calça jeans clara.

- Você é Drew? - Thalia perguntou. A garota sorriu calorosamente.

- Eu mesma. - Ela disse. - Não se lembra de nada?

- Não. - Thalia disse tristemente.

- Bem, vou começar falando da sua vida. - Drew falou. - Você tem a vida que qualquer garota da nossa idade desejaria ter. É a garota mais popular da escola, é empatada em primeiro lugar como a mais rica, tem tudo o que quer e namora com o garoto mais popular da escola, que também é capitão do time de basquete, Luke Castellan.

- Eu sou tudo isso mesmo? - Thalia perguntou.

- E, é você quem determina o que todas nós vamos usar. - Drew falou. - Se você quiser ir de pijama na escola você pode e todas ainda vão querer imitá-la.

- Eu não deveria ir ver um médico? - Thalia perguntou. - Sabe, eu acho que esse negócio de amnesia não deve ser normal.

- E não é. - Drew falou. - Eu já falei para seu pai e logo seu médico estará aqui.

- Então está tudo bem. - Thalia disse.

- Posso escolher uma roupa para você? - Drew perguntou. Thalia assentiu.

Drew começou a mexer no guarda roupa de Thalia. Por fim, ela escolheu uma blusa azul de alças, uma mini jaqueta branca, uma calça jeans escura e um salto alto branco.

- Você está linda, como sempre! - Drew falou para Thalia enquanto escovava os cabelos da garota. Thalia sorriu para o reflexo de Drew no espelho.

As garotas ouviram uma batida na porta. Drew pediu para Thalia se sentar na cama e abriu a porta, um homem de aparência cansada entrou no quarto seguido de outro homem, esse muito bonito e parecia ser jovem.

- Olá Thals! - O mais novo deles disse. Ao ver a expressão confusa de Thalia ele se corrigiu. - Ah, é mesmo, você não se lembra de nada. É por isso que estou aqui.

- Thalia eu sou seu pai. - O mais velho deles falou. - E esse idiota é seu irmão mais velho e seu médico, Apolo.

- Olá! - Thalia disse com um sorriso.

- Como se sente? - Apolo perguntou. Thalia pensou um pouco.

- Eu não me lembro de nada da minha vida, nem mesmo saberia como sou se não fosse por Drew. - Thalia disse. - Tirando isso, estou normal, eu acho.

- Entendo. - Apolo disse. - Drew, ela ficou em casa ontem a noite?

- Acho que sim, eu a chamei para ir em uma festa, mas ela me disse que estava cansada e que iria ficar em casa. - Drew falou.

- Pelo que saiba ela não saiu depois de falar com você. - Seu pai disse.

- Então essa é uma amnesia súbita, isso acontece com algumas pessoas. - Apolo disse. - Será mais fácil para você lembrar se for a lugares conhecidos, ver pessoas conhecidas e que possam ajudá-la a se lembrar de quem é.

- Quer dizer, que ela tem que ir a escola? - Drew perguntou.

- Essa é uma boa ideia. - Apolo disse. - Ainda dá tempo?

- Dá. - Drew disse. - Então, vamos Lia?

O pai de Thalia, que ela descobriu se chamar Zeus, levou as duas até a escola. Não era muito longe da casa dela. As duas saíram do carro e Drew levou ela até o corredor. Enquanto passava, muitas pessoas diziam "oi" para ela, ou abaixavam a cabeça. Drew parou perto de um menino. Ele era bem bonito, pensou Thalia, olhos azuis, cabelos louros, um sorriso malicioso mas bonito e uma cicatriz que lhe cortava o rosto, e o fazia parecer um pouco assustador.

- Olá Princesa! - O garoto disse para Thalia. A garota sem saber o que responder, olhou para Drew.

- Luke, Thalia perdeu a memória. - Drew disse. - Thalia, esse é seu namorado, Luke.

- Como assim você perdeu a memória? - Luke perguntou.

- Não me lembro de nada antes dessa manhã. - Thalia disse.

- Só sei o que a Drew me disse.

- Então, você não se lembrava de mim? - Luke perguntou.

Thalia balançou a cabeça negativamente.

- Temos que ajudá-la a se lembrar. - Drew falou para Luke.

- Entendo, então vou te apresentar a nossos amigos! - Disse Luke sorrindo.

Luke apresentou Thalia para o time de basquete, para algumas amigas dela e depois acompanhou ela até a sala.

- Nos separamos aqui. - Luke disse. - Lembra-se da Reyna? Ela vai ajudá-la nas salas, já que as duas tem o mesmo horário.

- Okay, obrigada Luke. - Thalia disse. Luke a beijou e Thalia, assustada, se separou rapidamente. - Desculpe, não posso.

- Eu entendo. - Luke disse e beijou sua bochecha. - Nos vemos depois.

Reyna, a garota de quem Luke falou, não era exatamente o que Thalia poderia chamar de 'legal'. Ela falava mal de quase todos, e sempre que alguém passava, ela dizia algo como "nossa, essa blusa é da coleção retrasada!", mesmo assim, Thalia ficou feliz tendo ela por perto, dizendo qual era a aula e qual era o nome do professor.

Quando deu a hora do intervalo, Drew e Luke esperavam Thalia na porta de sua sala. Eles a levaram até sua mesa, que pelo o que eles disseram, era a mesa dos populares. Alguém trouxe sua bandeja, sem que pedisse. Drew disse que aquilo era normal. Na mesa, estavam sentados Luke, Drew, Reyna e Ethan, o melhor amigo de Luke.

Thalia estava olhando para as mesas, tentando se lembrar de alguém e depois olhou para a porta do refeitório e seu olhar se prendeu ao menino que estava entrando. Ele tinha cabelos e olhos totalmente negros e conseguia ser mais pálido que Drew. Ele estava usando uma camiseta preta que dizia "Foda-se o mundo, eu quero comer, dormir e ouvir Rock and Roll" que Thalia achou bem divertida e calças jeans velhas. Ela seguiu o garoto com o olhar até ele se sentar em uma mesa que tinha pessoas bem diferentes misturadas.

Tinha uma garota ruiva que parecia ser protetora do meio ambiente, um garoto de cabelos escuros que estava comendo uma comida azul, uma menina loura que ria de alguma coisa, dois meninos parecidos, Thalia deduziu que fossem irmãos e uma garota de cabelos castanhos que estava brava com um dos irmãos.

- Quem é ele? - Thalia perguntou para Drew. A garota olhou seguiu o olhar de Thalia.

- Qual deles? - Drew perguntou.

- O que acabou de se sentar. - Thalia disse.

- Nico di Ângelo. - Drew falou. - Não sei porque, você nunca suportou ele, e ele também não gosta muito de você.

Thalia ficou olhando para o garoto mais alguns segundos antes de se virar e tentar entrar na conversa. Ela não conseguia tirar o garoto de sua cabeça, por alguma razão, aquele rosto lhe era familiar.

Suas últimas aulas foram realmente chatas, porque Thalia não sabia o que os professores estavam falando. Quando as aulas acabaram, Thalia resolveu ir andando até sua casa, para poder tentar se lembrar de alguma coisa. Drew falou que ia pegar carona com Reyna e se despediu de Thalia.

Thalia começou a andar em direção a saída da escola. Ela descobriu que tem um bom senso de direção e tem uma boa memória porque não se perdeu nenhuma vez dentro da escola. Ela estava olhando para suas mãos enquanto pensava. Ela tinha unhas impecáveis, será que sempre se importou tanto com isso? Ela não se lembra. Aliás, já estava começando a ficar irritada sem poder se lembrar de sua vida. E tinha também aquele garoto, porque seu rosto era tão familiar para Thalia? Ela estava se esforçando, mas não conseguia se lembrar. Thalia estava tão imersa em pensamentos que acabou esbarrando em alguma coisa, ou melhor, alguém.

- Desculpe. - Thalia disse. Seja lá quem a pessoa for é mais alta que ela, porque ela estava com a cabeça em seu peito.

Então Thalia parou para olhar a camiseta e olhou para cima surpresa.

- Nossa a princesinha pedindo desculpa? - Ele falou irônico. - Qual é o milagre?

- Estou com amnesia. - Disse ela sincera. Nico riu.

- Eu não vou cair nessa. - Ele disse e olhou nos olhos da garota, seu sorriso desapareceu. - Espera, você está falando sério?

- Estou, não me lembro de nada antes dessa manhã. - Thalia disse. - Mas, pelo jeito você não gosta de mim.

- Porque eu gostaria de uma patricinha mimada que só sabe se preocupar com si mesma? - Ele perguntou. - Se você está mesmo com amnesia, porque veio para a escola?

- Meu médico, que também é meu irmão, ou pelo menos isso que me disseram, disse que seria bom para mim visitar um lugar conhecido e ver pessoas conhecidas. - Ela respondeu. - Algumas pessoas tem o rosto familiar para mim, e algumas eu não consigo me lembrar de nada.

- Entendo. - Nico disse. - Você sabe o caminho até sua casa?

- Mais ou menos. - Ela respondeu. - Meu pai me trouxe de carro hoje, por isso não consegui memorizá-lo por inteiro.

O garoto suspirou. Agora, mais de perto, Thalia podia ver como ele era exoticamente bonito.

- Quer que eu te acompanhe? - Ele perguntou.

- Você não disse que eu era uma patricinha mimada e que só sei me preocupar comigo mesma? - Ela perguntou irônica.

- Só estou tentando ser cavalheiro. - Ele disse entediado. - Se não quiser, posso deixá-la sozinha.

- Por favor, não. - Thalia disse quando o menino se virou. - Sério, eu realmente não estou a fim de me perder.

- Tudo bem. - Ele disse por fim. - Vamos.

Ele começou a andar e Thalia a seu lado. Ele parecia entediado, como se pudesse estar fazendo milhares de coisas melhores.

- Como sabe onde é minha casa? - Thalia perguntou depois de alguns minutos.

- Diríamos que você mora na mesma rua que eu. - Nico disse. - E seu pai e o meu são o que nós poderíamos chamar de amigos.

- Você sempre vai na minha casa? - Thalia perguntou.

- Não, eu disse que seu pai e o meu quem eram amigos. Nós dois não nos suportamos, então não teria razão para ir até sua casa não é? - Nico falou. - Nada mais chato do que papo sobre empresas.

- Entendi. - Thalia disse. - É que quando te vi no refeitório hoje, seu rosto foi familiar.

Thalia olhou para Nico e podia jurar que viu um pequeno sorriso em seus lábios, que logo se desfez.

- Você me odeia tanto assim? - Ele perguntou irônico.

- Não acho que seja isso. - Thalia falou pensativa.

- Chegamos. - Ele disse parando em frente a casa de Thalia.

Ela sorriu.

- Obrigada pela ajuda. - Ela disse sorrindo.

- Eu realmente não estou acostumado a você sendo educada. - Nico disse. - Mas, de nada!

Ele sorriu e se virou. A porta se abriu mostrando um Zeus curioso para saber quem estava conversando com sua filha.

- Nico di Ângelo? - Zeus perguntou. Nico se virou.

- Eu mesmo! - Disse sorrindo. Zeus sorriu.

- Há quanto tempo não te vejo aqui! - Zeus disse.

- Ah, eu acompanhei Thalia até aqui. - Nico disse. - Ela me disse que perdeu a memória, então achei que ela não soubesse o caminho até aqui.

- Continua o mesmo menino de sempre! - Zeus disse. - Como estão seus pais e sua irmã?

- Meu pai está trabalhando bastante, mas está bem. Minha mãe continua a mesma, e Bianca eu não sei, ela não liga faz uma semana.

- Entendo. - Zeus disse. - Mande lembranças.

- Pode deixar. - Nico disse e deu um sorriso. - Preciso ir, até qualquer hora.

- Até. - Zeus disse e Nico começou a andar.

Thalia entrou em casa e se sentou no sofá.

- Se lembrou de algo? - Zeus perguntou sentando-se ao lado da filha.

- Não, mas descobri que alguns rostos são mais familiares do que outros. - Thalia disse.

- Apolo disse que isso poderia acontecer. - Zeus disse.

- Ele disse o porque? - Thalia perguntou.

- Ele disse que isso é devido a importância das pessoas para você. - Zeus respondeu. - O rosto de uma pessoa que você se importa é mais familiar do que o daquelas pessoas que não tem tanto significado.

- Isso parece errado. - Thalia disse. - Quando eu vi a Drew, não me lembrei nem um pouco dela mesmo sendo minha melhor amiga, mas quando vi Nico no refeitório o rosto dele foi muito familiar para mim, e se eu levar em conta o que todos me disseram, até mesmo o próprio Nico, nós dois nos odiamos.

- Entendo que ele não tenha te falado nada. - Zeus falou.

- Falado o que? - Thalia perguntou curiosa.

- Não tenho o direito de falar se o próprio Nico não quis dizer. - Zeus falou. - Uma hora ou outra ele vai acabar contando.

- Pai, você sabe porque eu odeio o Nico? - Thalia perguntou.

- Vocês dois tiveram uma briga a muito tempo, uma briga realmente muito séria. - Zeus disse. - Desde então passaram a se odiar.

- Entendi. - Thalia disse sabendo que o pai não iria até mais do que isso. - Se ele me odeia, porque me acompanhou até aqui?

- Acho que você teria feito o mesmo se a situação fosse oposta. - Zeus falou. - E, também, Nico não gosta de se aproveitar de uma pessoa por uma fraqueza, se ele tivesse que te fazer mal ou algo assim, ele faria quando você estivesse com memória.

- Você o conhece muito bem não é? - Thalia perguntou.

- Eu o conheço desde que nasceu. - Zeus falou.

- Entendo. - Thalia disse.


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Notas finais do capítulo

Bem, espero que tenham gostado. Até amanhã.
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