Three Nights escrita por Jiggle Juice


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Fanfic dedicada a Magnetic, já que eu havia prometido uma one dessas há um milhão de anos.Espero que goste :)



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“Oh I do believe
In all the things you say
What comes is better than what came before.”

I Found a Reason – Cat Power

– - - - -

Desde que havia sido anunciado o casamento de Sansa Stark com Tyrion Lannister, Sansa pareceu ainda mais perdida, ainda mais infeliz. Ela estava. Podia ouvir os sussurros zombeteiros dentre os corredores da Fortaleza Vermelha, ou então os olhares de pena que lhe eram lançados. Nenhum dos dois a fizeram se sentir melhor. Passava os dias vagando como um fantasma, sua mente invadida por lembranças anuviadas de uma vida que tivera a milhares de anos atrás.

Neve, lobos, família.

Winterfell.

Então Margaery entrou em seu quarto no meio da noite, quando Sansa ainda não tinha sido capaz de pegar no sono, carregando consigo uma dúzia de rosas vermelhas de pontas amarelas. Não demorou para que Sansa percebesse quem era, já que não existia nenhuma presença além da de Margaery em toda Porto Real que a fazia se sentir tão segura, mesmo que não pudesse ver com nitidez suas belas feições em meio as trevas.

Margaery acendeu uma simples vela de sebo que encontrou na penteadeira de Sansa, trazendo uma fraca e alaranjada luz à escuridão. Os olhos de Sansa foram agraciados com o rosto de Margaery e seu sorriso era muito mais iluminado do que a chama da vela.

A camisola perolada que Margaery usada foi descartada logo depois. Margaery despiu-se com movimento suaves e leves, deixando que a seda deslizasse por seu corpo lentamente. Estava nua agora e, com as rosas nas mãos, foi até a cama de Sansa. Colocou as flores cuidadosamente na cabeceira, deitando no colchão macio impregnado do doce perfume de Sansa. Escovou uma mecha ruiva de seu rosto, um sorriso terno brincando divertidamente em seus lábios.

—Por que está aqui? – Sansa perguntou em um suspiro, mal podendo respirar com o calor de seu corpo.

—Achei que gostaria de uma companhia – Margaery respondeu com naturalidade, aconchegando-se nos travesseiros de pena de ganso.

Sansa não encontrou palavras para responde-la. Olhou para baixo, para seu corpo nu, e contemplou o corpo graciosamente feminino. Pescoço longo e clavículas salientes, seios firmes de mamilos rosados, barriga lisa e pele macia. Não pode ver entre suas coxas, já que Margaery posicionava-se de maneira que isso não lhe era possível, mas não tinha dúvida que era tão bonito quanto o resto de seu corpo.

—Estava errada? – A voz cálida de Margaery trouxe-lhe de volta, fazendo com que olhasse para seu rosto novamente.

—Sobre o quê?

—Sobre querer uma companhia. Posso ir embora, se quiser – Disse seriamente, mesmo que não tivesse feito sequer um movimento para levantar.

—Não, não quero que vá.

Margaery não insistiu. Sorriu e beijou-lhe o queixo, seus dedos se embrenhando nos espessos cabelos ruivos.

—Tudo ficará bem, Sansa – Ela disse com um fio de voz – O que está por vir será melhor do que já veio.

Sansa não respondeu, mas acreditou em suas palavras.

Dormiu em paz naquela noite, como não fazia há muito tempo.

– - - - - -

Margaery tornou a aparecer em seu quarto na noite seguinte.

Carregava as rosas, brancas dessa vez, e também um jarro e taças de prata. Despiu-se como na noite anterior, acendeu a vela, colocou as rosas na cabeceira e encheu as taças com vinho. Ofereceu uma a Sansa e sentou em sua cama, nua como no dia de seu nome, segurando sua própria taça.

—Dizem que há uma rainha no leste – Margaery disse depois de um gole.

—Mesmo? – Sansa imitou a garota, bebendo um gole de vinho. Era Dourado da Árvore.

—Mesmo. Ouvi sussurros pelos jardins – Seus dedos dançaram sobre a borda da taça. A iluminação precária e trêmula da vela fazia com que seus olhos brilhassem de maneira mais intensa, mais quente – Uma garota Targaryen, selvagem e sanguinária. Com três dragões igualmente mortais.

—Dragões? Achei que os dragões estivessem extintos. Achei que os Targaryen estivessem extintos – Sansa disse surpresa.

—Eu também. Mas parece que ela sobreviveu. E agora proclama-se rainha de Westeros, mesmo que esteja presa em um lugar qualquer sem conseguir sair – Margaery tomou mais um gole de seu vinho, maior dessa vez, que possibilitou Sansa de ver a ondulação de sua garganta quando engoliu – Dizem que, se ela conseguir chegar até a Capital, derrubará a cidade em fogo e vingará sua dinastia e então governará como rainha ao lado de suas bestas, usando uma coroa de ossos em sua cabeça.

—Ossos?

Margaery soltou um risinho pelo nariz, mesmo que não tivesse humor nenhum em seu semblante.

—Ela é a filha de Aerys, o Rei Louco. Faz sentido que seja igualmente insana, não?

—São apenas rumores, sussurros sem procedência alguma.

—Creio que sim – Ela encontrou a mão de Sansa com a sua, trilhando com a ponta dos dedos sua linha da vida – Já tenho alguém que deseja me manter bem longe do trono e enfeitar os portões da Fortaleza com minha cabeça. Não preciso de outro.

—Não creio que terá. Os Targaryen… Eles estão extintos. Resumidos a pó.

—Eu espero que sim. Minha Casa já dobrou o joelho diversas vezes, e não quero ter que fazer de novo.

Sansa avistou Margaery sentada no Trono de Ferro, com um vestido dourado e verde, as cores Tyrell, banhada de pedras e joias, uma coroa de rosas vermelhas em sua cabeça. A seu lado, Loras, Olenna e Sansa.

—Tudo ficará bem – Disse com um sorriso – O que está por vir será melhor do que já veio.

Margaery a olhou. Depositou um suave beijo em sua bochecha e depois em seus lábios.

– - - - -

Margaery tinha uma aparência predatória, felina, na terceira noite. Seus olhos pareciam mais determinados, seus lábios, mais cheios, sua postura, mais poderosa.

Aquela noite ela trazia rosas vermelhas. A camisola foi parar no chão assim que fechara a porta.

Sansa sentou-se quando a viu, surpresa com a mudança de comportamento. Doce, insegura e então sensual.

Mordeu o lábio com o pensamento.

Margaery colocou-se ao lado da cama, incentivando Sansa a levantar também. Quando assim o fez, Margaery colocou seu cabelo para trás, suas mãos quentes causando arrepios na pele de Sansa quando encostava em seu pescoço e colo. Quando encontrou os botões da camisola, abriu-os um por um, com lentidão, agraciada com a respiração falha da garota batendo em seu rosto.

A camisola de Sansa foi parar no chão, fazendo Margaery sorrir satisfeita com a visão do corpo de Sansa.

Passou um dos braços ao redor de sua cintura, colando seus corpos. As mãos de Sansa se perderam nos cachos castanhos enquanto a boca de Margaery se preocupava em traçar um rastro doce e luxuriante em seu maxilar e depois em seu pescoço.

Não demorou para que estivessem na cama. Margaery beijou-lhe a boca, a língua atrevida e aveludada encontrando-se pela primeira vez com a de Sansa. Espalmou seu seio com firmeza, apertando entre seus dedos em uma massagem que fez do corpo de Sansa um peso mole e formigante.

Com a ponta da língua, Margaery alcançou o céu da boca de Sansa, ganhando como resposta unhas cravadas entre suas omoplatas. Sorriu com os lábios ainda colados nos de Sansa e agarrou seu pulso, descendo sua mão por suas costas até chegar em suas nádegas. Margaery incitou-a a apertar-lhe, coisa que Sansa não demorou mais que um segundo para fazer.

Margaery arrastou sua mão pelo corpo de Sansa, primeiro sobre sua garganta, seguindo para seu colo, caminhando até seus seios – e demorando um pouco mais ali –, descendo para seu estômago e finalmente chegando a seu destino. Sansa abriu as pernas instintivamente, mesmo que não soubesse exatamente o que fazer. Margaery então tocou-lhe intimamente, sentindo a textura macia da feminilidade, constatando com prazer como seus dedos ficaram molhados e pegajosos com a excitação de Sansa.

Sansa agarrou e apertou ainda mais as nádegas de Margaery, agora com as duas mãos, quando sentiu a habilidade dela ao fazê-la sentir coisas que nunca antes sentiu. Não tinha certeza onde Margaery tinha tocado, mas sua carícia – que mantinha um ritmo lento e constante – trouxe uma sensação quente em seu baixo ventre, junto com algo que a transformava em uma coletânea infinita de gemidos e suspiros.

Com mais rapidez e brutalidade, Margaery trouxe-lhe à beira de um precipício intenso, no qual Sansa caiu em pudor algum em um mar de satisfação, afogando-se no calor do prazer que tremia seu corpo e deixava falha sua respiração.

Lentamente, Margaery tirou sua mão da segurança do esconderijo que era entre as pernas de Sansa. Seus dedos estavam molhados, cobertos pela prova do orgasmo poderoso que trouxera à garota embaixo de si. Margaery acariciou os lábios de Sansa com aqueles dedos, sendo logo abençoada com a língua de Sansa, que os levou para dentro de sua boca. Trocaram em seguida um beijo lento e longo, com os dedos de Margaery entre suas bocas, saboreando o gosto do sexo e da felicidade.

Quando se deitou na cama, Margaery, puxou Sansa para deitar a cabeça em seu peito. Arranhou seu couro cabeludo em uma carícia gostosa. Sansa suspirou profundamente, depositando em seu pescoço, em seu ponto de pulso, um beijo úmido e afetuoso.

—Me casarei em breve, Sansa – A garota Tyrell disse em um sussurro, sua voz perdendo-se na penumbra – E você também.

—Estaremos ligadas aos monstros que compartilham do mesmo sangue.

—Sim, estaremos – Margaery respondeu em um tom melancólico – Mas não é preciso se preocupar. Tudo ficará bem. O que está por vir será melhor do que já veio.

Sansa, mais uma vez, acreditou.

Mesmo sabendo que aquela seria uma das últimas noites em que se sentiria tão feliz, acreditava em Margaery. Porque, um dia, se encontraria com ela novamente, e sentiria mais uma vez aquilo que uma vez já esquecera.


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Notas finais do capítulo

Soooooooo, that's it! Espero que tenha gostado dessa perversão fofinha Queer Queen ♥
mizzdlovato.tumblr.com