Luz do Luar escrita por Alana Rodrigues


Capítulo 3
Capítulo 3




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Nossa casa nova era linda, tinha três andares, a pintura de fora era de um azul quase branco, com as vigas expostas, e as janelas eram de madeira clara.
Quando entramos na casa, a primeira coisa que Emmy e eu focalizamos foi o piano branco enorme que estava bem no meio da sala, Emmy se lançou numa corrida até o piano e começou a tocar, e eu fui atrás dela para ajuda-la na canção que Edward tinha escrito para nós. Era a única música que nós sabíamos tocar.
A casa tinha nove quartos, com um banheiro em cada, seis dos nove quartos eram no segundo andar, e os outros três no terceiro, um azul, um violeta e um rosa, tinha duas salas, uma de jantar e outra de tv, uma cozinha, uma biblioteca enorme, já abastecida com uma centena de livros e quatro escritórios.
Depois de um tour por dentro da casa nós achamos a porta para os fundos. O quintal, como o resto da casa era enorme, com uma piscina imensa, e vários quilômetros de grama.
Andando pelo quintal vimos uma porta que não era a porta que a gente tinha saído. Era a garagem! Lá encontramos todos os carros da nossa antiga casa, o Volvo do Edward, ou melhor, o Volvo do papai, a Ferrari da mamãe, o Porsche da tia Alice, o BMW da tia Rose, o jeep do tio Emmett, a Mercedes do vovô, e dois carros totalmente desconhecidos, dois Camaros, um azul escuro e um preto, algo perto da excitação de estreia revirou meu estomago, Emmy tinha a boca escancarada, admirando o Camaro preto, e eu vidrei no azul. Vovô entrou na garagem com duas chaves na mão, nós quase saltamos em cima dele para pegar as chaves.
– Obrigada, vovô!- Eu e ela dissemos em coro.
Eu já estava dentro do meu Camaro azul lindo pronta para dar a partida, quando papai entrou no banco do carona, pelo canto do olho vi que mamãe fazia a mesma coisa com Emmy, ele tirou a chave da minha mão no segundo em que entrou no carro.
– Paaaai- eu gemi tentando recuperar a chave que ele tinha roubado de mim.
– Vocês vão ter aulas antes de sair por aí, como as loucas que são, dirigindo dois Camaros novinhos em folha- explicou ele, eu sabia que Emmy também tinha ouvido, porque pela mente do papai vi os olhos dela se revirando junto com os meus.
–Mas pai... - eu tinha começado a protestar, mas ele pôs um dedo em meus lábios para me silenciar, ‘’mas pai eu sei dirigir’’ continuei por pensamento, ouvi um pigarro vindo do outro carro e acrescentei “e a Emmy também” Ele revirou os olhos para mim e ouvi Emmy rir do carro ao lado.
No meio da risada, Emmy se sobressaltou, eu, papai e mamãe também, um cheiro horrível invadiu a casa o grito de felicidade de Renesmee pode ser ouvido a um quarteirão de distância.
Quando chegamos á frente da casa, Jacob estava com Renesmee aninhada em seu pescoço, Ótimo! Ela federia a cachorro por mais alguma semanas.
– Jake, o que você está fazendo aqui?- mamãe perguntou.
–Você acha que eu iria ficar longe da Nessie por causa dessa garota estúpida?- Disse ele rosnando para mim, eu rosnei de volta, pronta para ataca-lo assim que Renesmee não estivesse mais no colo dele.
–Em primeiro lugar, essa garota tem nome, e em segundo estúpido é você, Jacob!- disse Emmy me defendendo, ela era tão fofa quando fazia isso...
–Lá vem essa garota maluca querendo me ensinar a ter bons modos...
– Não fale assim da minha irmã, seu cachorro estúpido, grosso e burro- rosnei para ele, eu teria continuado a xingar ele, mas minha atenção se voltou para os olhos de Emmy, que estavam fora de foco, ela estava tendo uma visão, papai também olhou fixamente para ela mas eu tinha meu escudo ao redor de mim e minha irmã. A visão era estranha, mostrava eu e ela sendo carregadas inconscientes, envoltas em mantos negros, nossas mãos ensanguentadas.
De repente ela voltou a rosnar para Jacob, a visão tinha acabado, mas as imagens continuavam em minha cabeça.
O que eram aqueles mantos? Porque nossas mãos estavam ensanguentadas?
Deixei as perguntas para depois, e me concentrei no confronto a minha frente. Papai terminava uma frase:
–...Jacob você tem que voltar para Forks.- ele quase rosnava.
–Não! Eu vou ficar aqui com a Nessie!- Ele estava decidido a continuar fazendo da minha vida um inferno.
–Aqui você não fica!- papai não o queria aqui, e nem eu. A única que parecia querer era Renesmee, era estranho ver papai não dar a ela o que ela queria, mas ele se manteve fixo em sua decisão de não deixar Jacob ficar.
Num salto rápido Mamãe tinha uma garotinha muito nervosa em seu colo, e Jacob quase rolava no chão de tanta dor.
Os pensamentos de Emmy estavam estranhos, ela estava determinada a matar Jacob, seu amigo, e ela só parou de tortura-lo quando ouviu o grito agudo de Renesmee.
–Emmilly para com isso agora! Deixa ele em paz! Por favor!- e num piscar de olhos, os olhos e os pensamentos de Emmy clarearam novamente e ela desistiu de mata-lo. E Jacob já começava a levantar determinado á nos matar.
Dessa vez ninguém conseguiu se por entre a gente, eu parti para ele e ele veio na minha direção, já se metamorfoseando, quando cheguei para ataca-lo, ele já era um lobo e estava de focinho arreganhado para mim, eu mostrei meus dentes para ele, e fui na direção de seu pescoço peludo, disposta a sugar cada gota de sangue do grande lobo ruivo na minha frente.
Quando meus dentes estavam a poucos centímetros do grande pescoço peludo dele, mãos fortes me puxaram para longe, eu me debati, mas obviamente Emmett era mais forte que eu.
–Jacob vai embora. - eu ouvi Renesmee gritando para ele.
Hoje eu tinha desistido, mas um dia eu conseguiria a vingança pelos muitos cortes no meu corpo que iriam precisar de muitos pontos para ficar normais de novo.
– Tá maluca menina você quer matar ele? – Emmett perguntou
– Agora mais que nunca eu quero. - rosnei para meu tio.
–Solta ela tio Emmett, ele já foi- Emmy veio correndo, e falando.
Ele me soltou e eu corri mais ou menos 1 km para dentro da floresta, com Emmy ao meu lado, e gritei para o vazio:
–Você me paga, Cachorro.
Emmy riu de mim, e eu virei para ela encarando- a com uma expressão assustadora e voltei para casa, para o vovô cuidar dos meus ferimentos.
Depois que vovô terminou de suturar meus braços e pernas, eu e a Emmy fomos caçar.
Eu, por sorte peguei um leão-da-montanha que estava cercando Emmy e o cervo que ela estava terminando de drenar.
Quando nós estávamos voltando para casa para nos limpar e colocar roupas inteiras, eu ainda destruía minhas roupas lutando com minhas presas, eu vi um vulto preto correndo ao nosso lado e puxei Emmy para mais perto de mim, quando ela viu , soltou um grito agudo, que arranhou meus tímpanos, e o que eu achei que eram sombras se revelaram quatro vampiros de olhos carmim brilhantes, dois homens, um garoto e uma garota,
Os dois homens partiram para mim e Emmy, o de cabelos mais claros pegou Emmy com facilidade, mas o moreno teve um pouco mais de dificuldade em me pegar, quando a mão dele voou para o meu pescoço eu desviei, mas não vi que o outro garoto estava vindo na minha direção.
De repente eu não sentia mais nenhum cheiro, não ouvia mais nenhum som, parecia que eu tinha sido isolada do mundo, isolada da minha irmã gritando por ajuda, colocada em uma sala totalmente branca, a prova de sons e cheiros, e assim, eu não percebi que estava sendo levada para longe da minha família.


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