Meu Querido Professor escrita por --estrelaguia--


Capítulo 37
Capítulo 38


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem... Eu, sinceramente, fiquei triste enquanto escrevia.



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PDV Edward Cullen

    Edward ainda estava na sala de estar do apartamento de Renée, com Bella em seus braços. Não tinha a mínima intenção de sair dali e voltar para as correções de provas, ou outros problemas. Estavam ali, tão seguros, tão confortáveis... Tudo podia esperar. Edward mexia nos cabelos de Bella, enquanto ele tirava mais algumas dúvidas sobre os acontecimentos que vieram após a  horrível experiência que a amada teve quando criança.
- Mas como sua mãe consegue se sentir segura com outros homens? Como ela consegue dormir tranquila, sabendo que tem um filho com mais ou menos a idade que você tinha quando aquilo aconteceu, morando com outro homem?
- Isso é meio... Complicado.  - ela disse, mas não pareceu querer fugir do assunto. Era algo que realmente causava curiosidade em Edward. Renée, por lógica, não deveria querer outro homem em sua vida nunca mais, principalmente perto de seus filhos.
- Ah, eu não sei você, mas estou muito confortável, e além do mais, não tenho nada para fazer. - Bella sorriu. Se ajeitou no peito de Edward.
- Entenda... Renée não vê o mundo como ele é, e as vezes eu não sei se ela vê o mesmo mundo que nós. De acordo com ela, o que aconteceu tinha de acontecer, e nada poderia ter evitado. Ela acha que tudo está escrito, então ela não pode evitar absolutamente coisa alguma. Se... Se Phil teve que me... machucar... Então, na opinião dela, foi por algo maior. - Edward não estava acreditando no que ouvia. Renée era uma mãe tão descuidada e indiferente com relação a vida dos filhos? Bella pareceu ver o apavoro na expressão do namorado, e continuou. - Não pense que ela é uma mãe ruim! Ela simplesmente parece ter uma alma de criança. Para ela, o que aconteceu é parte da minha história, estava escrito, era para acontecer isso, entende? Para formar minha personalidade.
- E você é da mesma opinião? - Diga que não, pelo amor de Deus. 
- Há, até parece. Na minha opinião minha mãe era – e é ainda – uma criatura muito aérea, que não percebeu o que estava debaixo de seu nariz. E Phil é um psicopata pedófilo desgraçado, que resolveu abusar da minha inocência, mas felizmente teve o que mereceu.
- Que bom.
- Que bom que ele abusou da minha inocência?
- Não, que bom que insanidade não é hereditária. - Pensou em Jasper. Tomara que ele não tenha puxado a minha sogra. Já tenho motivos suficientes para querer castrá-lo.
    Depois daquilo, Edward teve que pensar no que mais queria perguntar. Se recebesse mais uma resposta daquelas, ia enfartar, ou colocar a sogra em um manicômio. De repente Bella pulou.
- O quê, o que aconteceu? - ele perguntou, desorientado. Estava tão concentrado em seus pensamentos que parecia ter acordado, depois de um sono profundo.  Bella não falou nada, só o olhava, apavorada, e isso o fez ficar mais desesperado. - Bella, o que aconteceu? - - - BELLA? - mas ela saiu correndo.

PDV Bella.

    Bella estava pensando na resposta que Edward lhe dera. Ele achava que Renée era louca e ela sinceramente não podia culpá-lo. Ela mesmo pensara nisso várias vezes. Lembrou de quando Renée contava como ela agira quando descobriu a primeira gravidez. “ Ah, eu estava em um parque de diversões com Phil, e estávamos em um daqueles brinquedos que te sacodem até as tripas quererem fugir. Mas eu fui, porque aquele tipo de coisa nunca acontecia comigo. Vômitos estavam fora do meu sistema. Mas aí, na primeira chacoalhada, vomitei, vomitei mesmo, em cima de um garotinho ao meu lado. Não parei mais. Depois descobri que o causador era Jazz, já estava grávida de dois meses!” Ela falava de Phil como um antigo amigo, com quem tivera indiferenças. O pai de seus filhos... Um verme... Machucou sua filha, mas não era assim que ela via.
    De repente algo totalmente diferente a chacoalhou, tanto forte quanto o brinquedo que Renée falava em suas histórias. Depois descobri que o causador era Jazz, já estava grávida de dois meses. Filhos. Gravidez. Deslizes.
Bella...
- Sim?
- Você e Edward estão se prevenindo?
- Prevenindo, você quer dizer... usando camisinhas?
- É.
- Às vezes...
- Foi o que eu pensei.
- Por que?
- Filhos, Bella.

    Fora o que Alice dissera. E se fosse verdade? Ela falara tanto da irresponsabilidade da mãe! Não teve nem o bom senso de comprar um teste de gravidez! Quando viu, já estava em pé, Edward falando alguma coisa, mas em seus ouvidos havia um zumbido, que a mantinha longe. Foi só quando ele gritou seu nome que ela tentou responder, mas não conseguiu.  Alguma coisa ia acontecer, ela sentia. Saiu correndo. Não podia ficar ali, parada.
    Parou na frente do elevador. Estava muito distante do andar de sua casa. Percebeu a mão de Edward em seu ombro, ele falava alguma coisa, mas não interessava. Ela precisava saber se o que pensava era verdade. Pensou em sair correndo para as escadas, mas não foi. Podia machucar o bebê. Seu lindo, e pequeno bebê. Ela estava grávida. Tinha que estar. Ela sentia que algo estava para acontecer, e qual seria um acontecimento maior do que uma grávidez?
    Esperou, então, o elevador. Quando entrou, Edward a trancou na frente do espelho.
- Bella, QUE PORRA ESTÁ ACONTECENDO? - Bella não conseguiu se ofender, ou ficar magoada. Também ficaria assim se não soubesse o que estava acontecendo.
- Edward, estamos juntos a mais de um mês.
- Dois meses e uma semana. - ele falou, categoricamente. Parecia quase enfartar por Bella estar falando novamente.
- Você já parou para pensar que nesse tempo em que estamos juntos, nós transamos dezenas de vezes ?
- Agora você me confundiu mais ainda.
- E – ela continuou como se ele não tivesse falado. - que dessas vezes, podemos contar nos dedos de uma só mão as vezes em que usamos camisinhas? - Agora ele parecia entender. Ficou em silêncio, um silêncio horrível, e quando o elevador chegou, Bella saiu correndo; ele foi atrás. Havia uma farmácia no fim da rua e lá era o seu destino. Continou a correr, até chegar a entrada.
- ONDE TEM TESTES DE GRAVIDEZ? - perguntou, e viu o balconista apontar para o lado esquerdo, correndo até lá. - Posso usar o banheiro daqui? - perguntou, muito mais calma, olhando para o teste em suas mãos. Aquela coisa pequena ia determinar o resto de sua vida.
- Cla..Claro. - respondeu o atendente, parecendo abobado com as oscilações de humor. Edward foi atrás de Bella novamente, e a esperou do lado de fora do banheiro.
    Tudo bem. Azul positivo, rosa negativo. Fez o exame. Não era difícil; só tinha que urinar ali. E esperar quarenta segundos. Esses quarenta segundos é que provavelmente seriam dificeis.
           Passados o que pareceu uma hora para Bella, a caixinha de cor branca finalmente deixou de ser branca; mas tinha a cor errada. Primeiro ficou pêssego, depois salmão, depois foi ficando rosado bebê, e finalmente, a cor parou de se modificar. Bella teve a sensação de desmoronar. Era rosa. Tão rosa que parecia estar matando Bella. O rosa negativo. Bella não estava grávida.

PDV Edward.

    Os segundos passavam, e Bella continuava presa naquele maldito banheiro. O que estava acontecendo ali? Edward não sabia dizer. Parecia que tinham adormecido naquele sofá confotável, e agora ele estava vivendo um horrivel pesadelo. Bella fora de foco, apavorada. Depois, falando sobre as vezes em que não usavam camisinha... O fez lembrar dos sonhos que vinha tendo. Agora pouco, ela parecia estar aninhando o teste de gravidez em suas mãos. Bella não podia realmente querer um filho. Iria estragar toda a sua vida! Ela nem tinha terminado o ensino médio ainda! Mas... aquele olhar fraternal... Para um simples exame de gravidez! O que fariam se desse positivo? Ele assumiria, é claro. Tudo o que mais desejava era criar um família, com Bella ao seu lado. Mas assim? Ele não podia estragar o futuro dela! Não podia!
    Foi quando Bella saiu, muito tempo depois. Parecia louca, para dizer a verdade. Tinha uma expressão de tristeza enorme, mas ao mesmo tempo, seus olhos reluziam. Pagou o exame ao atendente, e se virou para Edward.
- Vamos até o hospital, por favor. - ela disse, e olhava para o nada. Edward estava apavorado demais para perguntar o resultado, então carregou-a para fora, e depois para o apartamento de Renée. Ele pegou o carro e foram ao hospital.

PDV Bella.

    Como pôde confiar em um exame de gravidez? Aquelas coisas tolas. Era óbvio que aquilo estava errado. Ia se consultar com um médico, que com certeza poderia lhe dar a resposta que queria ouvir.
    Chegaram ao hospital alguns minutos depois, e saíram do carro. Não tinham dito uma única palavra durante o trajeto. Edward foi a recepção, enquanto Bella se sentava em um dos bancos. Ficou ali, pensando nos nomes em que poderia dar ao futuro filho ou filha, quando um médico chegou com Edward.
- Boa tarde, Srta. Swan. Sou o Dr. Snow, clinico geral. O sr. Edward me falou que a senhorita quer saber se está grávida? - ele terminou, o som sugerindo uma pergunta. Não parecia discriminar Bella pela idade.
- Sim. - foi só o que respondeu. Não havia necessidade de mais.
- Então, vamos.
     Foram os três até uma sala pequena e branca. O Dr. Snow pediu que Bella botasse um avental e deixasse as roupas com Edward e em seguida que deitasse na maca. Tinha um lugar para apoiar os pés, e Bella teve que pôr os seus ali. O médico tranquilizou-a, e disse que estava tudo bem.  Após alguns momentos desagradáveis, com o médico botando a mão aqui e ali para fazer testes, Ele se dirigiu a Bella.
- Senhorita Swan, eu temo dizer que tenha que fazer alguns exames. - Bella se assustou. Já não estava fazendo um exame ali? Nunca havia ido ao ginecologista, então desconhecia tudo aquilo. Mas não importava.
- Tudo bem... Mas, e o meu bebê? - o médico pareceu se lembrar.
- Não existe bebê, senhorita Swan. A senhorita não está grávida, e os exames que tenho que fazer são para me certificar de algo que tem várias chances de ser um engano.
- O quê? - ela perguntou, a voz fraca. Não estava grávida? Sentiu as lágrimas. 
- Pelo o que o sr. Cullen disse, a senhorita teve várias relações sexuais, sem usar proteção. Talvez, não fique alarmada, por favor, mas talvez signifique que a senhorita seja estéril.


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Notas finais do capítulo

aain tão triste... Mas não posso chegar onde eu quero sem isso...
Obrigada a todos pelas reviews, estrelinhas, recomendações, e indicações aos amigos! E, como sou chata, peço mais um pouco!