PDV ROSALIE MASEN.

    Onde está a porra da minha irmã quando se precisa dela? Rosalie pensou, morrendo de raiva. Estava passando pela maior confusão, e a única pessoa para quem podia contar o que estava havendo não atendia o celular. Idiota, deve ter achado um cego pra passar a noite com ela. Quando pensou nisso, lembrou da noite que tivera a um mês atrás. Fora a uma boate, precisava ficar calma. Esme havia cortado seu segundo cartão de crédito, e isso era o cúmulo do abuso. Ela não tinha feito nada! Só porque comprou algumas lingeries, vestidos e sandálias, sua mãe ficou colérica. Foi que lá que encontrou Royce, que era tudo de bom. Os dois tinham tido uma noite maravilhosa em um lindo motel. Quando ela foi se encontrar com ele, três dias depois, deu de cara com uma cadeira vazia. Lembrou que tinha o celular dele, e ligou. A garota de voz estranha disse que aquele número não existia. Garota burra! Ela gritou para o telefone quando a voz acabou de falar, no meio do restaurante.
    Já fazia um mês, e Royce não ligara para ela, não mandara um email, nem uma mensagem. Rose voltou  a boate várias vezes, na esperança de encontrá-lo. Foi o único que valorizou suas verdadeiras qualidades, dizendo sem parar o quanto ela era linda e tinha curvas perfeitas. Agora, ela já estava querendo vê-lo por um outro motivo. Sua menstruação estava atrasada duas semanas, sendo que aquilo não acontecia desde seus treze anos. Precisava falar com Alice. Ela entendia dessas coisas difíceis. Mas onde estava aquela imprestável? Tinha ido a casa de Edward, o primo gostoso porém inteligente demais de Rosalie, passar quatro dias lá. Ela queria conhecer a Bellinha melhor. Garota nojenta aquela. Se achou só porque deram atenção pra ela. Ridícula. Mas, por mais que achasse que Bella era feia, idiota e mongol, Rose sabia que ela era mil vezes melhor que ela por centenas de motivos. Sou uma loira burra, não é? Isabella era inteligente, educada, e não levava desaforos para casa. Conseguiu conquistar toda a família, e Edward parecia um gato preso em uma sala com vários ratos; explodindo de felicidade. Mas eu sou mais gostosa.


PDV Alice.

    Alice e Jasper estavam almoçando em uma lanchonete muito simples, na rua da casa de Jazz. Os dois tinham dinheiro para um lugar melhor, mas ambos preferiam algo que não chamasse atenção, que tivesse a sua cara. O celular de Alice tocou pela centésima vez, e Alice já sabia quem era: Rosalie. Ignorou a vibração, e continuou conversando com Jasper,  sem pensar na irmã mais velha. Mais velha, porém mais anta. Rose tinha 26 anos de vaidade, futilidade, e egoísmo. Fora por causa dela que Alice tinha vindo para a casa de Edward. Não aguentava mais. Rosalie só a esnobava, e agora ficava se lamentando por causa de um tal de Royce, uma criatura que provavelmente era tão abominável quanto ela, já que transaram por uma noite inteira e depois o cara desapareceu. Na hora, Alice riu disso, mas depois ficou com um pouco de pena. Rose não era má... Só não tinha neurônios, e sofria por conta disso.
- Então, o que vamos fazer a respeito disso? - Jazz perguntou, com uma carinha de cachorro abandonado que mataria qualquer uma. Estavam tentando entrar no assunto o-que-vamos-fazer-quando-você-for-embora, mas era doloroso para os dois.
- Eu não sei, Jazz. - respondeu ela com franqueza. - Não quero de jeito nenhum me afastar de você, até porque sei que não vou encontrar alguém que seja tão bom pra mim. É, eu sei que você pensa a mesma coisa, - ela disse quando ele quis falar – então é por isso que te digo que não sei. Não posso ficar aqui, entende? Tenho responsabilidades em casa. - falou séria.
- Você tem que cuidar do hotel, não é?
- Nãão, eu só gerencio porque minha mãe acha um abuso eu desperdiçar minha faculdade de administração em outro lugar, além do fato de que pretendo cursar moda também, então meu salário ali é bem satisfatório. Minha responsabilidade é com a minha irmã, a Rose.
- Mas você não era a irmã do meio? - perguntou Jasper, confuso.
- É, mas isso é meio errado, sabe? Ela é que é a irmã do meio. Do meio cérebro. - Jasper engasgou e começou a rir. Alice também riu, apesar de que tinha dito a pura verdade.
- Então você não pode ficar comigo por conta da sua irmã “do meio” ? - ela deu um sorrisinho, mas Alice viu a tristeza.
- Quase isso.
- Hmmm... Mas temos até amanhã, não é?
- Sim, e vamos aproveitar, porque depois nosso relacionamento vai ser a distância, e eu não gosto disso, pra ser sincera. - Ela falou, e em sua mente vieram imagens tenebrosas: Ela em casa, cuidando de Rosalie e fazendo tricô, e Jasper, a 800 km de distância, pegando todas em uma boate. O pior de tudo é que ela nem sabia fazer tricô. - Para falar a verdade, vou viver em uma espécie de inferno...
- Ah Alice, se meu plano fosse trair você, nem teria assumido compromisso nenhum! E tem mais: eu ganho bem, e você também. Podemos alternar finais de semanas para nos vermos. - os dois sorriram. A saudade aumenta o amor.
- Então hoje a noite vamos fazer o quê? - Ela perguntou, maliciosamente. Não tinham feito nada ainda, e ela não queria esperar mais tempo, não se só iriam se ver em finais de semana. Jasper entendeu rapidamente.
- Eu vou te levar para um lugar especial.


PDV Leah Clearwater.

    Aquele garoto, Jacob, parecia valer a pena. Claro que ela havia estranhado quando Jéssica falou dele da primeira vez; primeiro que amigos de Jess nunca eram o que podemos chamar de corretos, e segundo porque ela descreveu o quanto Jacob enlouquecia quando estavam na cama durante todo o caminho até a casa dele.
    Mas, depois de passar a tarde de domingo com ele, percebeu que mesmo sendo um adolescente imaturo, ele podia ser diferente se quisesse, e até sabia como. Ele era lindo, obviamente. Musculoso, moreno, alto...  Tudo de bom, mas parecia ser daquele tipo que quando abre a boca estraga a amizade. Menino burro e lindo é o que mais existe no mundo. Essa impressão se fez quando ele se ofereceu para acompanhá-la em uma tarde sóbria. Se ele consegue ficar uma tarde sem beber, com bebidas ao lado dele, com certeza ainda tem jeito.
     Mas algo aconteceu quando estavam assistindo o filme: Um cara estava morrendo a base de facadas!!!! Horrível! Não era suspense? AHHH que horror! Quando deu por si, já estava apertando a mão de Jacob. Ah, não acredito que fiz isso.  Mas Jake não fez força, não retirou a mão, e não falou nada. Leah somente sentiu os olhos dele em seu rosto, mas ela não se virou. Estava morrendo de vergonha. Enquanto se tocavam, ela apreciava a pele macia, mas ao mesmo tempo forte. Não é a toa que Jess seja tão louca por ele.  É, se não fosse por Jess, com certeza ela ficaria com Jacob. Mas mesmo sendo uma bêbada fútil, ela ainda era sua prima. Sem condições, pensou ela, Black é proibido.

PDV Mike Newton.

- Cê tá gostando de alguém? - perguntou Tyler. Era segunda de tarde, e estavam “descansando antes de ir para a guilhotina”, que era o trabalho de geografia. Era individual, mas o professor nunca notava que os trabalhos eram iguais.
- Ui nega, até parece que eu vou largar você por alguma rapariga com pichorra. - Respondeu Mike. Pichorra era um termo que ele e Tyler inventaram para quando estavam na presença dos pais. Tyler estava se saindo muito bem como melhor amigo. Agora que Jacob e Mike não se falavam direito, ele parou para prestar atenção no amigo que sempre deixava de lado.
- Haha, eu sei gato, mas vamos dizer hipoteticamente. - agora Mike se impressionou.
- Olhó, você tem palavras complexas no vocabulário! Que orgulho! - e riu.
- Tá, agora é sério porra, tais afim de alguém?
- Por que a pergunta? - Tyler não costumava levar nada a sério.
- Porque eu tava pensando em arrumar alguém pra mim, e cê sabe que se eu quero eu consigo. Ia perguntar se queres ir a caça também. - ele falou, os olhos brilhando. Que idiota, pensou Mike.
- Claro, pô! - Até parece que ia perder algo assim. Ideias idiotas são as melhores!
- Tava pensando em pegar a Kate. - Tyler disse, distraído.
- Marshall? - ele ergueu as sobrancelhas. Kate Marshall era uma loira linda, mas os caras sabiam que ela só queria namorar.
- É mano, e eu sei o que você tá pensando! Eu quero namorar, Mike, chega de só pegar.
- Cara, nunca pensei que ia dizer isso... Prepare-se: Você tá certo, e vou tentar a mesma coisa. -   os dois riram, e Mike começou a pensar quem ia ser a presa.