- Mãe, a senhora vai fazer alguma coisa nesse fim de semana? - Bella falou, enquanto as duas jantavam naquela segunda. Aquilo já estava se tornando raro; afinal, Bella agora era de Edward, não mais de Renée.
- Hmm. - ela murmurou enquanto mastigava. Estreitou os olhos e engoliu – Por quê?
- Bom, se a senhora não for fazer nada, eu ia sugerir um jantar, em que a senhora iria conhecer Edward e...
- Ah, Bella, por favor ! Pare de me chamar de senhora! Eu vou com o maior prazer, mas eu não sou uma velha, Ok?
- Am.. tudo bem mãe... - disse ela, com ar risonho. Renée odiava com todas as forças ser considerada velha, e quando Bella a chamava de senhora, era guerra declarada. Swan levantou da mesa e foi lavar os pratos, ao mesmo tempo em que sua mãe pegava o pano para enxugar.
- Ai, é tão bom não precisar descutir sobre quem vai lavar a louça! - suspirou Bella, lembrando das refeições na casa de Edward. Foi assaltada por uma onda de saudade incompreensível.
- E é tão bom ter uma noite só para mim com minha filha novamente! - Renée disse, imitando o tom da filha.
           Renée convenceu Bella a contar como estava o relacionamento dela e de Edward, assustando a filha com algumas das perguntas.
- Já transaram?
- Como?
- Você e Edward, querida, já fizeram amor?
- Nossa, mãe, que pergunta! Sim, fizemos sim.
- Uhul, e como foi? Ele tem... pegada? - Renée perguntou animada. Bella estava apavorada. Não queria e nem podia conversar com a mãe sobre aqueles assuntos. Mas tentava responder com calma, e mudava de assunto sempre que podia. No final da conversa, Renée já estava perguntando se o relacionamento deles estava indo para o caminho do noivado.
- Por mim sim, ainda é muito cedo para saber, mas sempre temos que tomar cuidado pois ele é maior de idade, e é meu professor.
- Ai que lindo! Parece aqueles romances em que tem que ser tudo escondido.
Mãe, tem que ser tudo escondido mesmo. - dizia Bella, inconformada pelo comportamento amiguinha adolescente que a mãe tinha, e a completa indiferença por Edward ser seu professor.

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             Terça-feira chegara pesarosa e lentamente para Edward Cullen, mas ele não podia fazer nada para mudar aquilo, já que a rapidez do tempo dependia de sua amada, Bella Swan. Passara a tarde sem Bella na véspera, e também havia dormido sozinho. A carência o deixou mal-humorado. Estava entrando na quarta aula, que era para o segundo ano, a única coisa que o separava de ir ver Bella na última aula. Já estava terminando de escrever no quadro um problema matemático quando ouviu uma voz falar com ele, docilmente.
- Bom dia, professor. Está com um ânimo melhor hoje? - Por favor, que não seja a Stanley. Implorou ele para uma força maior. Mas implorou tarde demais.
- Não, obrigada. Estou realmente chateado hoje.
- AH, e é por causa da Bella? - Bella ia ficar muito feliz em dar um jeito em você, se ouvisse o jeito com que você fala o nome dela. Edward quase disse isso, mas se conteve.
- Srta. Stanley, se a senhorita quiser importunar outra pessoa com besteiras eu agradeço.
- Ah, profesor, corta essa! O Newton tá dizendo pra todo mundo o que tá acontecendo, e além disso, o Jacob Gato Black confirmou tudo – ele falou, como se Jacob falando significasse verdade absoluta.
- Srta. Stanley, a menos que queira uma detenção, receio dizer que você deve voltar para sua carteira e parar de escutar anicefalóides.
- O que são anicefalóides?
- Criaturas sem cérebro, Srta. Stanley, agora vá sentar. - e ela foi, carrancuda, mais uma vez derrotada e humilhada.
          Saco, agora não tenho mais um momento de paz! Se essa escola não fosse tão boa  para o meu currículo, eu me demitiria sem nem pestanejar. 
                As aulas estavam indo arrasadorante mal, como se estivessem fazendo alguma coisa para que Edward quisesse desistir. Os alunos o encaravam, as meninas o cantavam na maior cara-de-pau, e Ele só via Bella uma vez na manhã. Agora, para ajudar, ele estava sendo chamado na sala do diretor. Novamente. E dessa vez o diretor teria razões para tentar agarrá-lo.
                Resolveu parar para conversar com a srta. Cope, com quem quase nunca falava. O diretor provavelmente iria sair da sala para mandar a secretária ir chamar de Edward, então ele não tinha com que se preocupar. Não deu outra. Três ou quatro minutos depois de uma conversa despreocupada, em que a secretária já estava caidinha pelo professor, o diretor abre as portas, parecendo ansioso. Seu olhos brilharam quando viu Edward.
                 Ah Bella, se eu não te amasse tanto, você não estaria viva hoje. Ele lamentou, indo em direção a porta da sala do diretor, que estava sendo segurada pelo próprio.