The Hope escrita por Lily Lupin


Capítulo 1
The Hope


Notas iniciais do capítulo

Sério, eu tive um sonho com essa one-shot, pode parecer maluco mas eu fiquei pensando nisso e resolvi escrever, espero que gostem. Ah, a one se passa depois do ep. 13, mas a Clarke e os outros não foram capturados, a nave se abriu e eles virão tudo destruído.



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Todos estavam trabalhando e se esforçando para tentar reunir qualquer coisa que tenha resistido a explosão. Clarke sabia que deveria estar ajudando, mas estava esgotada, física e emocionalmente.

Principalmente depois de terem encontrado Finn, vivo, com o remédio de Raven, ela salvou a garota, que agora estava descansando em sua barraca. Além de tudo isso, ainda tivera uma conversa muito séria com Finn, onde ela deixou claro que ela não o amava do mesmo jeito que antes. Na verdade, Clarke não fazia a menor ideia se havia amado Finn realmente, mas tinha se apaixonado por ele.

Porém, ele mentiu para ela, a machucou, no entanto, isso também já estava resolvido. Pelo menos para Clarke.

Mas havia um problema muito maior do que qualquer outro: Bellamy. Bellamy Blake. Clarke chutou uma pedra pequena de seu caminho e bufou. Se controlando ao máximo para não gritar e desabar, chorando desesperadamente, o que foi exatamente o que ela fez assim que achou um local longe do acampamento, mas que também era seguro o suficiente se ela tivesse que fugir.

Encostou-se em uma árvore e se sentou vagarosamente, não acreditando no que estava acontecendo. Então, desabou. Chorou e gritou. Socou o ar. E no fim? A dor que sentia era a mesma e ela sabia o porquê: Além de ter sido a pessoa que fechou Finn e Bellamy do lado de fora, ela não tinha se despedido, não tinha dito a ele que ela o amava. Encostou a cabeça na árvore novamente e pensou: “Se existe um Deus, e eu sei que existe, porque, caso contrário, eu estaria morta, o traga de volta, não preciso que ele me ame de volta ou de qualquer outra coisa, só o deixe vivo! Por favor”.

Além do mais, ela merecia isso, eles mereciam. Bellamy estava se esforçando, para ser um líder melhor e ela só queria continuar o ajudando a fazer isso.

Clarke respirou fundo e se levantou, limpando a roupa e o rosto, agora, com Finn acidentado e Bellamy... Desaparecido. Ela era a única líder daquele lugar. Tinha que ser forte, precisava, desesperadamente.

–Ah, Meu Deus, me ajude, por favor. –Murmurou, porém ouviu um barulho atrás de si e virou-se, correndo os olhos pelo lugar.

Bellamy não podia acreditar no que tinha visto: Era Clarke, viva e segura, mas com os olhos um pouco vermelhos e, com esperança, imaginou se o motivo seria ele, se poderia trazer algum tipo de paz para a garota quando ela finalmente o avistasse.

–Princesa, eu estou bem aqui, caso esteja procurando algo. –Ele disse, tentando, com todas as suas forças ser totalmente firme e insensível, mas até mesmo ele pode sentir a onda de carinho emanada pela frase. Então, ela também o viu. Os cabelos loiros voaram como vento quando ela virou-se para a direção da voz, os olhos azuis brilharam ao reconhecê-lo e ele se sentiu o ser mais vivo e feliz de todo o universo.

O coração de Clarke pulou uma batida, ou talvez ela sequer tivesse prestado atenção nele quando ouviu a voz da única pessoa que queria ver. Quando o achou, sorrindo discretamente e a chamando de princesa, Clarke não pode nem quis se controlar, correu para ele, e se viu sorrindo, o melhor e mais sincero sorriso de toda a sua vida. Bellamy mal acreditou quando sentiu os braços de Clarke envolverem seu pescoço e suas pernas se enrolarem sua cintura, ele cambaleou até uma grande rocha e apoiou Clarke lá, segurando fortemente suas coxas, já que machucou o pé em meio a fuga desesperada do acampamento em guerra.

Clarke corou ao notar onde estava, mas a sensação era tão boa, verdadeira e única, que isso não a atrapalhou e quase agradeceu aos céus quando Bellamy a prensou ainda mais na rocha.

–Bem, deixe-me adivinhar: Andou sentindo a minha falta? –Ele arfou.

–Talvez, Blake. Talvez seja por isso que quase nos fiz rolar ladeira abaixo quando pulei em você, Bellamy. –Clarke ironizou, tentando disfarçar o quanto gostava do corpo de Bellamy contra o seu. –Não vai me colocar no chão?

–Não, eu gosto muito mais de você aqui. –Ele respondeu, desinibido e corajoso. Mas por dentro, estava totalmente inseguro. –Clarke, eu tenho algo para te dizer. –Ele respondeu, a colocando no chão, o que quase fez a loira suspirar de desapontamento. –Acredite, se fosse qualquer outro garota aqui há algum tempo atrás, você sabe o que teria acontecido.

–Sinceramente, Bellamy, eu achei que você estava morto e, sim, fiquei muito triste, mas não é motivo para me tornar sua confidente, ok? Muito menos para esses assuntos. –Clarke indagou.

–Pode me deixar terminar, Princesa? –O apelido saindo dos lábios dele de forma tão carinhosa, derreteu Clarke totalmente. –Eu disse há algum tempo, e sabe por que quero falar disso agora? Porque eu acabei de quase morrer e isso me fez pensar que eu sou um grande covarde, porque há semanas, eu preciso te contar algo e não consigo. –Ele suspirou, chutou uma pedra e caminhou para alguns metros longe de Clarke, o que pareceu quilômetros para alguém que sentiu o calor daquele corpo há poucos momentos. –A verdade é que eu não sei como dizer.

–Então, me deixe falar antes, porque sabe que eu não tenho medo de falar o que eu penso. Bem, geralmente não. O caso é que... Eu fechei aquela maldita nave. Eu te deixei para morrer. Eu! Então, quando aquele maldito portão se abriu, só havia esqueletos e eu tive tanto medo de que um deles fosse você. Tanto. –Clarke sentiu seus olhos se encherem de água e mordeu o lábio. Bellamy a olhava em expectativa. –Então, encontramos Finn, salvamos Raven e a maioria de nos sobreviveu, mas... Ainda doía. Sabe por quê? Porque... Eu... Porque eu amo você, Bellamy. Amo você, Bellamy Blake. Não Finn. Não qualquer outro, está bem? Você. E isso é totalmente estúpido, porque eu sou diferente de você e vice-versa. Mas que se dane, que se dane o fato de você provavelmente não sentir o mesmo... –Mas ela não completou a frase. Bellamy correu e a puxou para ele e, mais uma vez, ela amou aquilo.

–Ah, Clarke Griffin, preste atenção, por favor, apenas escute: Eu te amo. Eu te amo. –Bellamy sorriu, Clarke sorriu. Os olhos negros deles se contrastavam com os olhos azuis dela.

–Eu quero muito que você me beije agora. –Clarke admitiu, rindo.

–Se você insiste... –Bellamy deu de ombros, limpou uma lágrima de Clarke e fechou os olhos, gesto repetido pela loira. O moreno se aproximou vagarosamente e mordeu levemente o lábio inferior de Clarke e encostou seus lábios. Uma leve pressão, que se encerrou quando Bellamy pediu passagem, que foi rapidamente concedida. Ele se sentou em uma rocha e ela por cima dele. Clarke invadiu a camisa de Bellamy com as mãos e sentiu sua barriga lisa e magra, obviamente não apenas por causa da desnutrição que haviam passado na Terra.

Bellamy arfou sobre os lábios de Clarke e sorriu, enquanto a pegou no colo e a levou até a parte escondida da enorme rocha, que ficava longe da vista de todos. Ele também invadiu o tecido da camisa de Clarke e a acariciou na barriga. Ele obviamente não passaria disso, não queria a primeira noite com Clarke fosse ali e sabia que ela também pensava o mesmo e confiava nele, pois em nenhum momento se afastou ou ficou tensa.

–Ah, Bell, eu te amo. –Clarke suspirou quando Bellamy beijou seu pescoço, ele riu sobre a pele dela.

–Bell?

–Seu nome é grande demais, Bell. –A loira riu e aproveitando o momento de distração dele, o empurrou e ficou por cima.

–Eu te amo, Clarke Griffin. –Ele falou lentamente, como se saboreasse a frase. Ela se sentou em suas pernas e ele se levantou, a encaixando nele.

–Você já pediu alguém em namoro? –Clarke questionou e ele negou. -Ótimo, porque tenho certeza que nunca foi “convidado”. Bellamy Blake, aceita namorar comigo, Clarke Griffin? –A loira disparou.

–Eu aceito. –Ele respondeu, surpreso, e Clarke o puxou pelo colarinho da camisa e o beijou. Naquele momento, ela se sentia mais viva e feliz do que nunca. E aquele sentimento de felicidade... Ela sabia, era esperança.


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