Malditos Cromossomos escrita por Felipe Arruda


Capítulo 9
O fim do mistério




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Samuel estava a cinco minutos admirando o rosto de Helena. A garota estava deitada ao lado dele com os olhos fechados parecendo um anjo irradiando uma luz delicada e tênue.

Primeiro aconteceu na espreguiçadeira enquanto uma chuva torrencial caia sobre os dois. Foi de tirar o folego e extremamente quente mesmo com tanta água caindo sobre eles. Depois eles foram para o quarto onde tomaram um banho na banheira, a água estava na mesma temperatura que os corpos dos dois, quente.

Eles comeram uma quantidade razoável de bobeira que encontraram na geladeira enquanto a chuva dava uma trégua do lado de fora e depois subiram as escadas de mãos dadas e transaram mais uma vez, fazendo as paredes do quarto de Bruno de testemunha para o fogo que irradiava dos corpos dos dois.

Samuel sempre ouvia falar sobre sexo, mas aquela havia sido a primeira vez dele e ele tinha de admitir que as coisas aconteciam de forma bem diferente do que nos vídeos pornôs que ele havia dado uma espiada numa madrugada qualquer enquanto todos dormiam.

Primeiro veio um desconforto imenso quando Helena se colocou sobre ele, cada movimento que ela fazia era um pouco doloroso, ele tinha uma sensibilidade acerca daquilo, mas todo o desconforto foi sumindo lentamente quando ele via os olhos fechados de Helena ou os gemidos abafados que ela soltava perto de seus ouvidos. Sua única preocupação era o fato de que eles não haviam se protegido, já que Samuel não era bem do tipo de garoto que carregava preservativos na carteira por achar que dificilmente iria usar com alguém.

Samuel era um garoto tímido em relação a outras garotas então sexo só estava presente em suas fantasias e não era como se elas fossem se realizar de uma hora para a outra. Mas ali naquele momento ele se permitiu fechar os olhos e desfrutar de todas as emoções que percorriam em seu corpo.

A falta de experiência também era um critério que o deixava ainda mais intimidado e agora, olhando para Helena deitada, nua, coberta com um lençol branco, era quase impossível de acreditar que algo tão intenso havia acontecido em sua vida.

Samuel já não se sentia mais com um garoto inseguro e aquilo o levou a entender o porquê dos garotos começarem a vida sexual cedo. Não que eles virem “homens”, mas é desse jeito que eles se sentem. Era assim que Samuel estava se sentindo naquele instante.

Já passava das nove da manhã quando Samuel levantou lentamente da cama e caminhou até a janela do quarto, embaçada, e após limpar o vapor com a mão ele deu uma olhadinha para fora e certificou-se que a chuva havia voltado.

Helena se espreguiçou na cama e encarou Samuel sorrindo. Seus olhos brilhavam como faróis numa noite escura e com neblina.

— Acho que a aula já era. – Disse Samuel. Helena soltou um risinho abafado e passou a mão pelos cabelos.

— Não tem problema – disse ela levantando da cama enrolada no lençol. Ela andou até Samuel que a agarrou pela cintura. Os dois trocaram um beijo longo e em seguida ela olhou pela janela. – Acho que a minha roupa ficou lá fora.

Samuel riu. Helena encostou a cabeça no peito dele e ele sentiu o cheiro de seus cabelos.

— Será que seus pais não vão fazer perguntas se você aparecer vestida com uma roupa minha? – Perguntou ele imaginando que Amélia certamente surtaria se os papeis fossem o inverso.

Helena soltou outro risinho e demorou cerca de dez segundos para responder. Ela continuava aninhada no peito dele.

— Provavelmente não. – Disse ela – não deve ter ninguém em casa à uma hora dessas.  

— Vou tomar um banho – disse Samuel indo em direção ao banheiro. – Depois a gente pode tomar um café e eu peço pro Amador te levar até a sua casa. – Helena fez um gesto afirmativo com a cabeça e sorriu.

Depois do rápido banho, Samuel encontrou o quarto vazio e porta estava aberta. Ele secou o cabelo com a toalha macia e a colocou novamente no banheiro. Ele foi até ao corredor e percebeu que uma voz abafada vinha da biblioteca. Ele imaginou que fosse Helena já seu material do colégio ainda estava lá.

Samuel andou pelo corredor e se aproximou da biblioteca onde a voz de Helena ficava mais nítida.

­– Não Dan – dizia ela. – Não, ele não sabe sobre o Projeto DNA. Não é ele e ele também não me disse onde pode estar o verdadeiro. – Ela fez uma pausa. – Eu sei... Eu sei! Olhe, eu encontrei um celular amarelo com ele, mas estava bloqueado. – Outra pausa. – Acredite em mim, ele não sabe onde o... – Helena parou de falar assim que viu Samuel parado na porta da biblioteca. – Eu te ligo depois... – Ela então desligou o celular e encarou Samuel.

 O ambiente era composto por uma escrivaninha grande de madeira com uma cadeira estofada, já no restante do espaço se encontravam prateleiras de madeiras parafusadas nas paredes que faziam uma volta por todo o perímetro das paredes formando três lances de prateleiras repletas de livros. No meio do escritório estava uma mesa pequena de madeira com duas cadeiras, era ali que ele e Helena haviam passado a noite no dia anterior fazendo suas teses sobre clones.

As paredes brancas e o carpete no chão não combinavam da mesma forma que aquela escrivaninha parecia fora de contexto com a mesa de madeira no centro do ambiente. Tudo era bem iluminado e as janelas tinham vista para uma quadra de tênis que estava sempre vazia.

— Que merda é essa? – Perguntou Samuel. – O que está acontecendo? Com quem você estava falando? Quem é você? – Ele entrou na biblioteca.  Helena não respondeu. A raiva foi dominando Samuel lentamente. – Quem é você?! – Gritou ele batendo o punho na mesa fazendo um estrondo ecoar pelo cômodo. Helena se assustou com o barulho e automaticamente começou a chorar com os ombros encolhidos.

— Sou a Helena. – Disse ela depois de um minuto de silêncio. Ela agora estava com os braços cruzados sobre o peito. – A garota que você conheceu. Acredite em mim!

Samuel balançou a cabeça como se não acreditasse no que ouvia.

— Quantos anos você tem? – Perguntou ele. – Porque eu aposto que você não é uma estudante do colegial.

Helena respirou e encarou o garoto a sua frente.

— Não. – Disse ela. – Eu tenho vinte anos. Já me formei no colégio há muito tempo. Olhe, eu não queria fazer isso com você, mas ele corria perigo e eu precisava ajudá-lo. – Ela andou até onde o Samuel estava e encostou a mão em seu braço.

— Não encoste em mim! – Vociferou Samuel. Ele andou até o outro lado da mesa deixando o móvel de madeira separando os dois. – Fala! – Gritou ele descontrolado. – Por quê?! Porque você fez isso?! O que está acontecendo?! De quem você está falando? – Ele suplicava por alguma resposta coerente e não por metade de coisas que não explicavam nada.

— É complicado... – disse Helena aos prantos. – Você precisa confiar em mim...

— Confiar?! – Gritou ele. Samuel riu em desdém. – Eu confiei em você! – Disse ele. – Eu me entreguei para você... – Ele abaixou o tom e deixou uma lágrima escorrer de seu rosto. – Você foi à primeira mulher que entrou na minha vida e eu achei que havia tido algo especial entre nós... – Helena chorava em silêncio. – Você é o que? Uma espiã? E o que é esse Projeto DNA? – Samuel implorava por uma resposta.

— Eu nunca teria feito amor com você se eu não sentisse uma conexão especial entre nós... – Tentou dizer ela. – Você precisa acreditar em mim.

Samuel não queria acreditar nela. E também não estava com vontade de entender mais nada. Ele estava cansado e demolido. Tudo no que ele conseguia pensar era que estava de saco cheio de toda aquela loucura e que ela daria um ultimato ao Bruno para que as coisas acabassem. Ele não queria mais respostas ele só queria ficar quieto e voltar a ser quem sempre foi. Nada que Helena falasse faria com que ele mudasse de opinião.

— Quando eu voltar – disse ele – eu não quero ver você aqui. – Samuel virou as costas antes que ela pudesse dizer mais alguma coisa, sem mesmo saber se ele voltaria para aquela casa.

Samuel desceu as escadas, atravessou o hall, passou pelo jardim e andou até a rua. Foi quando ele pisou numa poça d’água que percebeu que estava descalço e sem camisa. Estava chuviscando e o frio começou a abraçá-lo, mas ele continuou a andar se negando a voltar para aquela casa com Helena nela.

Um carro prata parou ao lado de Samuel quando ele estava a um quarteirão de distância da casa de Bruno. Samuel parou e cruzou os braços sobre o peito, os vidros do carro eram escuros e desceram lentamente fazendo aquele tradicional barulho de vidro automático.

— Você vai pegar uma pneumonia desse jeito – disse o garoto no banco do carona.

— Isso. Só. Pode. Ser. Sacanagem... – Disse Samuel deixando os braços caírem ao lado do corpo. Ele se aproximou do carro e encarou um garoto de cabelos espetados para o alto que possuía um olho verde e o outro azul. – Não pode ser... – Disse ele. O garoto dos olhos coloridos sorriu. Eles eram idênticos. – O que está acontecendo? Quem é você? – Perguntou Samuel irritado.

— Você não tem ideia, não é? – Dessa vez quem falou foi o motorista do carro. Samuel olhou para um homem barbudo, com dreadlocks no cabelo e exatamente idêntico a ele. – Entra ai – disse o dreadlocks – nós vamos te contar a história de como nós nascemos, irmão.

♦♦♦

A chuva do lado de fora tinha dado uma trégua e as temperaturas estavam um pouco mais baixas naquele momento. Bruno estava deitado em cima do peito de Luan sentindo o movimento que ele fazia com a respiração e ouvindo seus batimentos cardíacos calmos. Luan deslizava as mãos pelas costas de Bruno lentamente até parar em sua bunda nua e voltar lentamente até seu pescoço.

O quarto de Samuel era pequeno e extremamente simples. A cama ficava encostada na parede do lado esquerdo ficando de frente a uma janela com uma cortina branca já amarelada pelo tempo. Na parede esquerda estava um guarda-roupa de quatro portas, sendo duas delas num tom de marrom claro e as outras duas, assim como as duas gavetas, num marrom mais escuro. Ao lado da cama havia um criado mudo com abajur sem lâmpada em cima.

— Acho que estou apaixonado por você – disse Luan. Tudo o que Bruno conseguia ver deitado naquela posição era o criado mudo. Ele levantou lentamente até conseguir encontrar os olhos castanhos de Luan. Agora, Luan estava com as mãos nas costelas de Bruno acariciando-as levemente com a ponta dos dedos. – Não sei quando isso aconteceu e nem como. Não sei como explicar isso e minha sexualidade está bastante confusa em minha mente... Mas depois daquele beijo de ontem tudo o que conseguia pensar era no quanto isso poderia ser real. Como esses sentimentos podiam existir...

Bruno acariciou o canto do lado direito do rosto dele e sorriu.

— Eu não sou gay – disse Luan. – Se alguém me perguntar se eu gosto de homem eu certamente vou dizer que não porque eu não gosto. – Ele ficou sério e desviou o olhar para um ponto qualquer na parede branca. Depois de meio minuto de reflexão ele voltou a olhar para Bruno. – Mas se alguém me perguntar de quem eu gosto... certamente citarei seu nome.

Bruno sorriu e Luan levantou o corpo de forma que Bruno ficasse sentado por cima de suas pernas. Os dois estavam nus e permaneceram daquele jeito enquanto trocavam outro beijo ardente.

Aquela havia sido a primeira vez de Luan com outro homem e a primeira vez de Bruno com alguém e tudo havia sido tão sutil que ele tinha medo de pensar em tudo o que os dois haviam feito em cima daquela cama.

— A chuva parou – disse Bruno. – Acho que seria bom nós descermos para a loja entes que alguém chegue.

— Tem razão – disse Luan dando mais um beijo nos lábios de Bruno. Em seguida Bruno saiu de cima de Luan e começou a se vestir, voltou a por as roupas que estava usando antes e que estavam espalhadas pelo quarto. Luan vestiu uma roupa de Samuel já que as suas roupas estavam no chão da lavanderia.

Os dois saíram do quarto abraçados e trocaram alguns beijinhos inocentes. Quando entraram na sala ampla da casa que era basicamente emendada com a cozinha, uma voz os pegou de surpresa.

— O que significa isso? – Perguntou uma voz forte e grave que ecoou como um trovão pela casa.

Bruno desgrudou de Luan assustado e encarou o rosto de Adair e a expressão de choque de Amélia que colocava as sacolas de supermercado em cima da mesa.

— Eu posso explicar... – Tentou dizer Luan, mas Adair gritou para que ele calasse a boca e andou a passos firmes até Bruno e ao se aproximar esbofeteou seu rosto com as costas da mão.

Com o impacto do tapa, Bruno se desequilibrou e caiu próximo aos sofá. Luan tentou impedir que Adair voltasse a bater em Bruno, mas foi jogado em direção à cozinha pelo homem enfurecido.

—Seu. Veado. Filho. Da. Puta – disse Adair com os dentes serrados enquanto chutava Luan no chão. O garoto tentava proteger a cabeça, mas os chutes atingiram suas pernas, costelas e costas. Ele nem conseguia se por em pé quando mais chutes vinham em sua direção o obrigando a ficar deitado e encolhido no chão.

— PARA! – Berrou Bruno tentando impedir o ataque de fúria de Adair. O tapa estava ardendo na lateral de seu rosto esquerdo e um filete de sangue escorria da boca. – PARA! – Implorava Bruno entre lágrimas. – Eu não sou o Samuel! – Gritou. – Eu não sou o Samuel! – lágrimas caiam de seus olhos agora.

Adair parou subitamente ao ouvir aquilo. Amélia que estava estática na cozinha saiu de seu estado de estupor e passou por Luan, que continuava no chão ignorando-o e ficou frente a frente com Bruno.

— O que você disse? – Perguntou ela tremendo. Bruno sentiu os olhos de Adair sobre ele como chamas queimando a palha seca.

Luan se levantou lentamente e tentou andar com dificuldade. Suas pernas, costelas e parte das costas estavam ganhando um tom azulado devido as pancadas. Ele parou e se debruçou sobre a mesa onde ficou parado olhando para algo fora do alcance de visão de Bruno.

— Eu não sou o Samuel – disse o sósia. – Eu me chamo Bruno e conheci o Samuel acidentalmente há um tempo. – Amélia parecia confusa. Bruno sentiu o ar faltar nos pulmões, mas logo eles voltaram ao normal. – Nós trocamos de lugar...

— Inventar uma história sem nexo como essa não vai te livrar da surra que eu vou te dar. – Adair fez menção de iniciar uma nova série de golpes sobre Bruno, mas foi impedido pela voz de Luan.

— Acho que é verdade – disse Luan segurando uma página do jornal aberta. A página mostrava uma foto grande de George, Angelina, o prefeito da cidade e Bruno, só que naquele caso era Samuel, tentando sorrir na foto.

Adair tirou o jornal das mãos de Luan com arrogância e procurou por uma explicação lógica num artigo sobre inauguração de um shopping.

— Acho que vou embora – disse Luan lançando um olhar de desapontado para Bruno.

— Não precisa mais voltar – murmurou Adair.

— Espere! – disse Bruno tentando ir atrás de Luan, mas Amélia o segurou pelo braço.

— Você nos deve uma explicação. – Ela usava um tom de voz ameaçador, completamente diferente do tom usual doce e gentil. Bruno puxou o braço com força e Amélia soltou. Ele sustentou o olhar dela com uma ferocidade que ele não sabia possuir.

— Você também nos deve uma explicação. – Disse Bruno. – Nós sabemos muito bem que você não pode ter filhos e que está metida nisso até o pescoço.

Amélia não respondeu e Bruno andou até a lavanderia onde encontrou Luan recolhendo a roupa molhada do chão. Ele gemia baixinho de dor, os hematomas já começavam a aparecer.

— Espera. – Luan olhou fixamente para Bruno.

— Você mentiu para mim. – Disse Luan depois de um tempo que pareceu ser uma eternidade.

— Eu não queria. – Disse Bruno. – Desde que você me contou sobre o passado entre você e o Samuel eu queria falar quem eu era. Quem eu sou de verdade. – Ele engoliu a saliva da boca. – Mas tinha muita coisa em jogo e eu precisava manter esse segredo para conseguir respostas sobre o que estava acontecendo.

Luan pareceu relutante.

— Eu menti sobre quem eu era. – Disse Bruno. – Mas nunca menti sobre o que sentia por você.

Luan levantou o braço lentamente e colocou a mão sobre o inchaço que levantava do tapa recém levado de Adair. Bruno colocou sua mão sobre a dele.

— Faz sentido. – Disse Luan. – Só em outra dimensão para eu me apaixonar pelo Samuel mesmo. – Bruno riu baixinho. – Eu amo você.

— Eu amo você... – Disse Bruno.

Luan se aproximou lentamente de Bruno e o beijou de leve, em seguida se aproximou do ouvido de Bruno e sussurrou.

— Não confie na Amélia – disse ele. – Ela se encontrava com o homem da foto de jornal. – Bruno olhou para ele com os olhos arregalados. – Eu achei que eles tinham um caso e quando mencionei que havia visto os dois juntos, ela me prometeu o emprego em troca do meu silêncio... E eu precisava de dinheiro.

Bruno estava prestes a questionar aquilo, mas Luan deu outro beijo rápido em seus lábios e andou em direção as escadas descendo-as devagar. Quando Bruno voltou para dentro de casa encontrou Amélia e Adair em pé, na sala, cada um irritado num canto.

— Conta o que está acontecendo! – Disse Adair olhando friamente para ele.

O celular amarelo começou a tocar em seu bolso. Ele havia recolocado o celular no bolso enquanto se vestia instantes antes daquilo tudo começar. Bruno já sabia quem era então ele tirou o celular do bolso e ao atender colocou a conversa no “Viva Voz”.

— Pode falar Samuel. – Disse Bruno com o celular no ar encarando Amélia. Ela e Adair se aproximaram do aparelho.

— Eu tenho uma notícia boa e uma ruim Bruno. – Disse Samuel. – A boa é que eu descobri o que nós somos e adivinha só? – Ele fez uma pausa como se tomasse um ar – nós somos clones!

Adair abriu a boca e olhou para uma Amélia estática e de olhos arregalados.

— A má notícia – continuou o garoto do outro lado da linha. – É que alguém nos criou e agora tem alguém tentando nos matar.

— Merda – sussurrou Amélia andando até um canto da sala perdida em pensamentos. Bruno a seguiu com os olhos e não dispensou a dureza na voz quando falou.

— Venha para cá – disse Bruno – Amélia está bem interessada em nos contar as coisas desde o começo. – A mulher o encarou com um olhar assustado. – Não é, Amélia?


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Notas finais do capítulo

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