Malditos Cromossomos escrita por Felipe Arruda


Capítulo 14
Projeto Cromossomo




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Quatro dias após o aparecimento de Caio em seu trailer, Demétrio, Rafael e Rebeca, juntamente com os pais dos gêmeos e do avô geneticista, estavam no pequeno escritório da casa da família Oliveira. Os pais dos gêmeos ficaram surpresos ao ver Demétrio junto dos filhos, já o avô dos dois, um senhor idoso de cabelos bem brancos, pareceu mais preocupado do que surpreso.

— Então aquilo que eu mais temia aconteceu – ele olhou para os três adolescentes e se sentou numa das cadeiras da escrivaninha. Paola, a mãe dos gêmeos se sentou ao lado do pai.

Do outro lado da escrivaninha, Rebeca estava sentada de frente ao avô com um sósia de cada lado. Conrado se aproximou da mulher e colocou a mão sobre seu ombro.

— Quem é ele? – Perguntou Paola extremamente sem reação.

— Caio – disse Rebeca. Ela olhou de soslaio para ele e ele retribuiu o olhar. – Um dos clones do vovô. – Ela olhou para o senhor de idade com a chama do desafio queimando nos olhos.

Tanto Paola quanto Conrado encheram a sala de perguntas em tom de indignação. Francisco, o avô dos gêmeos encarou Demétrio e permaneceu pensativo.

Demétrio nunca havia estado num escritório tão sofisticado quanto aquele. Ele já imaginava que a família Oliveira tivesse dinheiro, mas não imaginou que fosse tanto. Conrado era advogado e sua esposa Paola era dona de uma loja muito cara no centro da cidade.

Ele olhou para o casal tão sofisticado e tão bem vestido e logo notou as semelhanças deles com Rafael. Eles não eram parecidos fisicamente, mas o modo como falavam e mexiam com as mãos eram exatamente iguais aos de seu clone, inclusive aquele olhar de repugnância sobre ele.

Desde seu último contato com o Caio, Demétrio alugou um quarto numa pensão velha e esperou por notícias do irmão, mas não obteve alguma. Ele então leu a agenda e depois de uma rápida reflexão contatou os gêmeos que tiveram a ideia daquela reunião surpresa.

— Pai! – Disse Paola irritada. – O senhor pode nos contar o que está acontecendo aqui? – Ela olhou para os clones. – Como isso é possível?

— Isso teve início há muitos anos atrás... – Disse o senhor com um tom de voz melancólico. Era como se ele estivesse contando uma história para uma criança. – Têm mais ou menos uns 180 anos.

Os clones se entreolharam.

— Quando o Rio Grande do Sul declarou independência, os farrapos estavam dispostos a lutar contra o governo Imperial e aquilo era como uma fagulha num barril de pólvora. Luís José dos Reis fundou o partido Farroupilha no Rio de Janeiro e por isso foi deportado a Porto Alegre... – ele fez uma pausa. – Os farrapos estavam por toda parte.

Demétrio não sabia direito o que aquilo significava.

— O que a guerra dos Farrapos tem a ver com isso? – Perguntou Paola olhando para Demétrio ao pronunciar a palavra isso.

— A questão é – continuou Francisco. – O Brasil estava em guerra, pelo menos o sul do Brasil estava e muita gente naquela época já pensava na evolução humana como uma arma de guerra.

— Evolução humana? – Perguntou Conrado.

Francisco assentiu.

— Uma série de estudos poderosíssimos surgiu desde que um pensamento foi mentalizado a mais de cem anos. Um pensamento que caminhou por anos e anos e passou pela cabeça de inúmeras pessoas até que virou uma ideia na cabeça de um deles e se transformou num Projeto com falhas e vitórias.

— O Projeto dos clones? – Perguntou Rafael – O Projeto DNA? – Rafael usava uma calça jeans justa, um tênis de marca e uma camiseta branca com um pequeno jacaré bordado no peito.

Francisco riu.

— Não. – disse ele. – O objetivo nunca foi criar pessoas clonadas. O Projeto DNA se referia a outra coisa.

Paola parecia não entender nada. A mulher que usava uma saia social e sapatos de salto estava com as pernas cruzadas. A blusa branca de botão parecia servir perfeitamente a estrutura corporal dela. Seus cabelos castanhos claros estavam cortados na altura do queixo de forma assimétrica lhe dando um ar despojado e moderno.

— Que raio é Projeto DNA? – Perguntou ela.

— Tito Livio Zambeccari era o cientista na época da guerra – disse Francisco. – Um italiano que lutou no Brasil. Ele teve o primeiro pensamento, o precursor de uma ideia que, aposto, jamais imaginou que um dia daria certo e que não viveu o suficiente para ver que aquilo que imaginou se tornar real.

— A força do pensamento – disse Rebeca. – As pessoas sempre dizem que aquilo que pensamos é de alguma forma possível... – ela encarou o avô. – No que ele pensava?

O escritório bem iluminado ficou em silêncio por uma fração de segundos. Era basicamente possível apalpar a tensão que se formava no ar daquele cômodo.

— Poder – disse Francisco por fim. – Ele pensava em poder. E com base nisso um projeto foi criado na tentativa de dar poder a seres humanos. Seres humanos perfeitos, extraordinários e com habilidades fora do comum... Armas de guerra perfeitas.

Todos se entreolharam.

— Isso é impossível – disse Rafael.

— Da mesma forma que clones também são? – Perguntou Francisco. Todos ficaram em silêncio. – Nos anos 80 tivemos o caso mais famoso de um humano extraordinário. A primeira experiência bem sucedida... Leonice Fitz, a garota Poltergeist.

— Eu me lembro dela – disse Conrado. – Ela passou na TV. Uma garota que podia movimentar as coisas com a força da mente. Todos diziam que ela era possuída por um espírito.

Conrado usava um terno preto elegante. Seus cabelos negros eram curtos e seu olhar expressivo. O sapato italiano em seus pés também parecia ter custado os olhos da cara.

— Na cidade de Santa Rosa, no Rio Grande do sul – disse Francisco – e isso não é uma simples coincidência geográfica, uma garota chamada Leonice Fitz estampou os noticiários da época por diversas vezes mostrando seus superpoderes. – Ele encarou Conrado – Até mesmo um padre na época afirmou que a menina tinha um desequilíbrio físico e mental. O padre afirmou que a garota possuía telergia e tiptologia, nada de espíritos sobrenaturais... ela simplesmente tinha poderes.

— Como ela pode fazer parte de um Projeto? – Perguntou Rebeca. O cabelo da garota estava jogado para o lado da careca para que disfarçasse o corte de cabelo. Ela usava um jeans rasgado e uma camiseta dos Ramones. – Ela pelo menos sabia?

Francisco fez que não com a cabeça.

— De uma forma da qual não sei lhes dizer, a família Fitz foi à primeira experiência genética com sucesso em nosso país. Não sei como ela chegou ao Projeto DNA e nem como fez parte dele, mas seus genes foram modificados pela ciência assim como o de milhares de crianças que nasceram no período dos anos 80 e 90.

— O que aconteceu com a Leonice? – Perguntou Rafael.

— Câncer nos ossos – disse Francisco. – É comum todas as experiências desenvolverem a doença mais cedo ou com mais força. Leonice morreu em 2010 sem imaginar que era a precursora de um trabalho brilhante.

Os clones se entreolharam.

— Somos apenas isso, não é mesmo? – Perguntou Rebeca com fúria nos olhos. – Somo experiências brilhantes e bem sucedidas, não é?

Francisco ficou sério.

— Câncer – disse Demétrio encarando Francisco e ignorando o comentário de Rebeca. Não era como se aquilo fosse importante. Porém, Demétrio notou nas expressões de Francisco que o câncer não parecia de fato preocupá-lo, mas deveria, já que isso colocaria as experiências brilhantes e bem sucedidas em risco. – Esse não parece ser o problema...

Francisco encarou o clone.

— Algumas crianças nasceram com o material genético danificado ou com doenças contagiosas e perigosas – disse o velho. – Nós teríamos um grande problema se essas doenças se espalhassem... Uma epidemia poderia eliminar a população com a mesma rapidez de uma fagulha num depósito de gasolina.

— E porque ainda tem essas crianças? – Perguntou Paola – porque não elimina essas doenças agora enquanto ainda há chances?

Francisco ficou quieto.

— Ai meu Deus! – disse Rebeca se levantando da cadeira – vocês querem usar como arma de guerra uma doença que pode simplesmente matar metade da população mundial num piscar de olhos?

Francisco encarou a neta.

— Eu não concordo com isso – disse ele. – Eu não faço mais parte disso. Mas o governo acredita que em pouco tempo, quando os recursos naturais acabar, um mundo novo terá de ser reconstruído e nem todos farão parte dele, minha querida. Alguns já o chamam de admirável mundo novo.

— Isso é loucura – disse Conrado. – Como o governo pode estar envolvido nisso? Como ele pode apoiar essa loucura?

Francisco riu.

— Você realmente acredita que o governo é cem por cento honesto com o povo brasileiro? Acredite em mim quando digo que a crise econômica é o menor dos problemas desse país.

— Pai – disse Paola um tanto desnorteada – qual o seu envolvimento nessa história?

Francisco suspirou.

— Quando Zacarias soube que nas Escócia os cientistas estavam tentando clonar uma ovelha, ele começou uma busca frenética de estudos para a clonagem humana. O Projeto DNA era um sucesso, então se ele usasse todos os recursos que tinha para produzir a clonagem, as chances de serem bem sucedidas seriam altíssimas. Ele me chamou para fazer parte desse projeto autointitulado Cromossomo e é claro que eu aceitei participar. A Progênese já estava criando uma super-raça, pense no quão fantástico seria se clones viessem à vida. Seria uma forma de transformar uma pessoa, pelo menos fisicamente, imortal.

Rebeca, que havia levantado da cadeira e ido até as janelas do escritório, encarou o avô.

— Pessoas novas com os mesmo rostos no admirável mundo novo – disse ela. O avô concordou com um aceno de cabeça.

— Foram muitos anos de estudo até encontrar o genoma perfeito. O genoma original que nos permitiu concluir os estudos sobre clonagem. Parece fácil criar um clone, mas não é todo material genético que pode ser clonado.  A matriz a ser clonada doa uma célula qualquer, exceto o ovulo ou o espermatozoide porque esse tipo de célula só tem metade da informação genética, o que não é suficiente para se produzir um indivíduo. Um indivíduo específico doa um ovulo e seu núcleo, onde estava toda a informação genética, é retirado. Assim, o ovulo passa a ficar sem identidade. A célula da matriz é colocada em um ovulo sem núcleo e se mistura a ele. O ovulo é fecundado com um choque de 4.500 volts porque, se isso fosse feito por um espermatozoide, as informações genéticas se misturariam, dando origem a um individuo diferente da matriz. Após a fecundação elétrica, o ovulo começa a se dividir e, geralmente entre cinco e nove dias, é implantado em uma barriga de aluguel, onde permanecerá até o final da gestação.

Francisco olhou para a filha.

— Foi assim que seus filhos nasceram – disse ele.

Paola parecia não acreditar naquilo que ouvia. Ela estava prestes a falar algo, não muito legal de acordo com suas expressões faciais, quando Demétrio falou primeiro.

— Quem está atrás de nós? – Perguntou ele. Francisco o encarou. – Um de nós foi perseguido e até agora não deu notícias. Ele disse que eu precisava fugir e avisar os outros porque havia alguém querendo a nossa cabeça. Ele disse algo sobre Dylan Cooper.

Francisco pareceu confuso.

— Dylan Cooper morreu no ano passado num acidente de carro. Ele era um dos patrocinadores do Projeto Cromossomo. O filho dele mora nos estados unidos e até onde eu sei possui a guarda de um de vocês. Não faria sentido ele querer vocês mortos. Isso é coisa de outra pessoa.

— Quem? – Perguntou Rafael parecendo que daria um chilique a qualquer momento.

— O mesmo que em 5 de julho de 1996 tentou matá-los, quando os bebes começaram a nascer. O genoma original.

— O que a gente faz agora? – Perguntou Rebeca.

— Agora vocês vão ter que fugir.     

♦♦♦

Demétrio nem se incomodava mais com o calor fulminante daquela tarde de segunda-feira. Ele estava sentado numa das mesas do lado de fora de uma cafeteria o mais distante possível da porta de entrada. A sua frente estava Rafael e ao seu lado Rebeca, os dois pareciam não dormir a muito tempo.

— E então? – Perguntou Demétrio. Já fazia quase uma semana desde o encontro no escritório da família Oliveira.

— Eu achei que minha mãe ia matar meu avô – disse Rebeca rindo. – Eu quase o matei...

Demétrio esboçou um sorriso. Uma criança passou por eles com uma lata de refrigerante nas mãos.

— Mas nosso perseguidor continua por ai – disse Demétrio. – A gente não está seguro.

Rebeca olhou para Rafael.

— Nós vamos sair do país – disse ele desgostoso da ideia. – Meu pai conseguiu enfiar a gente num intercambio pro Canadá – ele encarou o clone. – Nós partiremos em dois dias no máximo.

— Pelo menos vocês vão estar seguros – disse Demétrio. Rafael lhe lançou um olhar frio.

— Isso nunca teria acontecido se aquele imbecil do seu amigo não tivesse nos encontrado! – Explodiu ele.  – Francamente! Você acha mesmo que eu quero abandonar minha vida aqui e ir para um lugar onde, definitivamente, eu não quero estar?!

— Cala a boca – disse Rebeca. – Se não fosse pelo Caio a gente nunca saberia a verdade.

Rebeca usava suas habituais roupas rasgadas com uma maquiagem preta bastante grotesca enquanto o irmão continuava parecendo um mauricinho bobo.

Rafael revirou os olhos.

— Eu não queria saber de verdade alguma! – Disse ele ainda mais exaltado. – Eu queria continuar com a minha vida do jeito que ela estava! Com tudo em seu devido lugar. – Ele encarou Demétrio. – E agora eu preciso ir pro Canadá se não nem uma vida eu corro o risco de ter!

Demétrio não conseguiu olhá-lo nos olhos.

— Caio só queria saber a verdade – disse ele.

— E onde ele está agora que sabe da verdade? – Perguntou Rafael num tom de desafio.

Depois de trinta segundos refletindo sobre aquilo, Demétrio abriu a boca para falar. As palavras saíram rudes, como se uma faca estivesse presa em sua garganta.

— Morto... – respondeu.

Rebeca olhou para Demétrio, assustada. O corte de cabelo dela, raspado do lado, estava à mostra. Ela tinha um brinco enorme num formato de cruz pendurado em uma das orelhas.

— O que? – Perguntou ela incrédula.

Demétrio tirou do bolso um recorte de jornal que havia comprado mais cedo. Nele havia um pequeno parágrafo que dizia:

 

Morador de rua é encontrado morto.

Um corpo foi encontrado num beco de um dos bairros mais violentos de Cascavel. O rapaz foi morto com um tiro na cabeça. O morador de rua que o encontrou, identificou o corpo do jovem chamado Demétrio, alegando que ele morava num trailer velho e abandonado.

O restante da matéria era sobre a violência daquela região.

— Além disso – disse Demétrio – o jornal falava sobre um incêndio no bairro nobre onde dois corpos foram encontrados carburados. Um casal, identificado como Hickmann.

— Tipo o da Ana Hickmann? – Perguntou Rafael.

— Tipo o do Caio – disse Demétrio. – Acho que eram os pais dele.

Rebeca encarou o irmão.

— Não estamos seguros – disse ela preocupada. – Mas nós vamos para o Canadá. – Ela encarou Demétrio. – O que você vai fazer?

Demétrio suspirou.

— Caio me deixou o dinheiro e os documentos dele – disse Demétrio. – Eu vou ir para outra cidade, viver outra vida fora de toda essa confusão. – Ele encarou o recorte do jornal na mesa. – Caio disse para eu viver uma vida normal, a que eu nunca consegui ter direito...

Depois de uma fração de segundos em silêncio, Rafael encarou a irmã.

— Precisamos ir – disse ele. Rebeca assentiu e levantou de onde estava. Demétrio levantou também.

— Bem – disse a garota. – Se cuida. – Ela deu um abraço em Demétrio e em seguida o encarou. – Clones... – ela riu. – Quem diria?

Demétrio sorriu.

— Odeio despedidas... – disse Rafael de longe – então tchau.

Demétrio lhe deu um sorriso e assentiu com um movimento de cabeça. Os dois permaneceram sustentando o olhar um do outro até que Rafael se deu por vencido.

— Ah, whatever— disse ele indo até Demétrio e lhe dando um abraço forte e exagerado com direito a tapinhas nas costas. – Se cuida irmão.

Rebeca encarou Rafael.

Whatever? – Perguntou ela com uma sobrancelha arqueada e com a voz repleta de ironia.

Ele a encarou.

— O que? – Disse Rafael. – Eu estou treinando pra quando a gente chegar ao Canadá!

E daquele jeito os gêmeos deixaram a cafeteria falando da viagem ao Canadá como se fosse uma viagem de férias e não uma fuga para protegerem suas vidas. Demétrio não pode deixar de se sentir um pouco triste pela partida dos dois. De alguma forma eles estariam ligados para sempre. Durante muito tempo, ele achou que estava sozinho no mundo, mas aquilo não era mais uma realidade. Agora ele tinha uma família que precisava proteger. Seus clones. Seus irmãos.

Demétrio pegou o recorte de jornal da mesa e o virou. Na parte de trás estava à notícia que o havia levado a comprar o jornal naquela manhã.

 

Dylan Cooper, empresário magnata retorna ao Brasil com sua mulher e filho para a inauguração de um grande shopping no bairro chique em Foz do Iguaçu, Paraná.

Demétrio não sabia se Dylan Cooper estava por trás dos assassinatos como cúmplice do original, mas Caio havia dito que ele tinha culpa no cartório. E do mesmo jeito que tinham tirado a única pessoa no mundo que havia se importado com ele, ele tiraria uma pessoa daquela família como vingança.

Um garoto com o cabelo platinado, usando um jeans preto e uma camiseta azul escuro com o símbolo da cafeteria se aproximou o tirando dos devaneios.

— Você vai querer mais alguma coisa? – Perguntou ele com um bloquinho e uma caneta em cada mão.

Demétrio o encarou.

— O endereço de onde você pintou o cabelo. – disse ele. – Estou pensando em mudar o meu também.

O garoto riu.

— Você gostou? – Ele enrugou a testa como se tentasse ver a cor do cabelo.

— Sim – disse Demétrio sorrindo. – Prata sempre foi minha cor preferida.


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