Mark of Dean escrita por DeanandhisImpala


Capítulo 9
Capítulo 9 - Talvez Milagres Aconteçam




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[Castiel]

A ausência da Hannah estava a afetar as coisas cá em cima. Ainda não tinha contado tudo o que se tinha passado aos Anjos, apenas que a Hannah se encontrava na Terra. Precisava de arranjar uma maneira de lhes contar e que eles percebessem; se dissesse apenas que o Dean me atacou e que ela me ofereceu a Graça para me salvar eles iriam dizer que a situação tinha sido minha culpa pois já tive imensas oportunidades para travar o Dean e que poderia ter evitado toda esta situação.

Decidi que seria boa ideia voltar a falar com o Metatron. Era essencial saber o que ele sabia e se isto fazia parte do plano dele. Agora que não tinha a Hannah comigo, o Neemias acompanhava-me para me ajudar. Fomos os dois para a cela onde o Metatron estava.

–Outra visita? É sempre um prazer rever-te, Castiel. Vejo que estás melhor que da última vez que falamos. – Cumprimentou aproximando-se das grades. Reparou no Neemias. – Onde está a doce Hannah? – Perguntou.

–Ela… está na Terra. – Respondi inseguro. – O Neemias está-me a ajudar na sua ausência.

O Metatron encostou a cara às grades. Inspirou.

–Estás diferente, Castiel. – Comentou. O Neemias olhou para mim. Não mudei de expressão. Ele sorriu. – Já percebi tudo…

–Tu sabes como posso encontrar o Dean? – Perguntei. Quanto mais cedo o encontrasse, melhor.

O Metatron fechou os olhos.

–Sinto falta da Hannah. – Divagou. – Vocês faziam uma dupla interessante. Não que eu não goste do Neemias… Apenas preferia-a a ela. O que faz ela lá em baixo, mesmo? – Perguntou-me sorrindo.

–Ahm… Coisas… - Não sabia o que responder. Mais uma vez o Metatron estava a conseguir mudar o rumo da conversa. – Mas essa não é a razão de eu estar aqui. O que é que tu sabes sobre o Dean? Podemos pará-lo? Curá-lo? Matá-lo? Sabes de alguma coisa?

–Dean… Dean…Dean… Sempre o Dean. – Respondeu aborrecido. – Eu podia ajudar-te, Castiel… Se tivesses aceitado o meu acordo… Pobre Hannah… Estás a usar a graça dela, não é? Pude sentir a diferença mal entraste aqui. – Acusou agarrando as grades com as mãos. Estava a forçar um tom de indignação na voz.

–Eu não… - Estava desamparado. Como é que ele sabia isso? – Eu… - olhei para o Neemias que estava a olhar para mim não muito certo se deveria acreditar no que Metatron tinha acabado de dizer.

–É por isso que ela não está aqui, não estou certo? É por isso que estás mais forte… Ou menos fraco que estavas antes. Tu mataste-a, para viveres… - Continuou ele com os olhos arregalados.

Estava com a respiração acelerada. Dei uns passos em frente agarrando também as grades da cela dele. O Neemias não se mexia.

–Eu não matei ninguém! – Expliquei ofendido. – O Dean apareceu e… aconteceu tudo tão depressa… Eu… Ela salvou-me! – As palavras não me saiam direitas.

–Mais uma vez com o Dean… Cas, Cas, sempre com o Dean. É uma pena… Não tenho como te ajudar. – Afastou-se das grades, sentando-se. – Adeus, Castiel. – Despediu-se acenando lentamente com a mão.

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[Dean]

Estava numa casa de banho pública. Precisava de retirar as balas do meu peito. Por sorte tinha no saco um kit de primeiros socorros; ainda bem que nunca me livrei dele. Retirei-as com facilidade, não tinham estilhaçado nem perfurado muito o músculo. Limpei as feridas e troquei de camisa.

Estava finalmente livre, sem ninguém a quem justificar o que fazia ou deixava de fazer. Talvez aproveitasse a ocasião e viajasse até Las Vegas para fazer rolar uns dados. Mas primeiro tinha que me encontrar com a Lia para ver como as coisas iam correr dali em diante.

Entrei no Impala. Ainda gostava da sensação de estar sentado ao volante a conduzir. E o carro era bem bonito pelo que decidi continuar com ele em vez de o abandonar num canto qualquer. Hurricane não tinha mais nada para me oferecer. Apenas um irmão irritante atrás de mim, e um conjunto de corpos por enterrar. Estava na altura de avançar, arranjaria forma de chamar a Lia até mim, já longe dali.

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[Sam]

Fui ter com o Sebastian ao Royals às 21:40h. Apesar de tudo, estava receoso… Só de pensar que poderia reencontrar o Dean fazia-me sentir um turbilhão de emoções, e a maior parte delas não são positivas. Da última vez que estivemos juntos o Cas quase que morreu e pelo que eu tenho visto nos últimos dias o ritmo dele não está a diminuir: tinha sido encontrado mais um corpo de uma jovem mulher num quarto de Hotel e tudo apontava que tinha sido ele.

Entrei no bar. Na parte mais escura estava o Sebastian sentado numa mesa acompanhado de dois indivíduos. Aproximei-me deles.

–Winchester! – Cumprimentou ele com um cigarro na boca. – Senta-te. – Convidou apontando para um lugar vazio. – Este é o Shawn e este é o Derek. São caçadores de Detroit. Ligaram-me hoje quando souberam do Ryan. Vieram ajudar. – Explicou.

–Não acho que seja necessário andares a contar a toda gente que o meu irmão é um demónio! – Protestei. Ele olhou-me desiludido. – Ele não é o meu irmão… Eu sei, eu sei… Força do hábito. Mas mesmo assim… Não acho que seja algo bom. Podia ter falado comigo.

–Meu, nós viemos aqui pelo Ryan. E estamos aqui para ajudar o Sebastian. Eu não quero saber se queres que se saiba ou não, ele matou um dos nossos, agora é nosso inimigo. E nós não deixamos nada impune, quer ele seja um Winchester ou não. – Disse o mais velho agressivamente. Olhei para ele de lado. O outro acompanhou o Sebastian e acendeu um cigarro. – Agora, vais continuar a reclamar ou vamos caçar, que é para isso que estamos aqui?

Olhei para o Sebastian que estava com uma cara de satisfação na cara. Era óbvio que eles os três eram amigos de longa data e era claro que o Sebastian ia passar a notícia do Dean com todos os contactos que ele conhecesse.

–Ele é mais forte que vocês. – Resmunguei batendo com os dedos na mesa impaciente. O Sebastian ficou muito sério a olhar para a porta. – Que foi? – Perguntei estranhando a reacção dele.

–Ela está aqui… A Lia. – Explicou acenando com a cabeça para a porta. – Nós somos quatro, ela é uma. Nós conseguimos fazer isto. – Começou. – Sam, alguma ideia?

Olhei para trás. Reparei na forma de estar nela. Depois olhei para todas as saídas. Tinha pelo menos três saídas. Olhei para o grupo.

–Vamos fazê-la sair pela porta dos fundos. Assim podemos encurralá-la logo no beco. Um fica na porta principal e outro protege as casas de banho. Eu vou atrás dela e levá-la para o beco. Depois o que sobrar vai ao beco e faz uma armadilha do diabo e que leve o meu carro para lá. Temos que ser rápidos. Shawn, tu levas o carro e tratas da armadilha. Derek ficas com a porta da casa de banho e Sebastian… já sabes. Vamos lá! Shawn vai tu primeiro. 65 Mustang.

O caçador mais velho levantou-se e depois de pegar nas chaves encaminhou-se para a saída. Nós os três esperamos uns momentos e ficamos a vigiá-la. Depois levantaram-se o Sebastian e o Derek e cada um foi cobrir uma porta. Por fim fui eu. Levantei-me e aproximei-me dela, que estava sentada no balcão.

–Lembraste de mim? – Perguntei tocando-lhe no ombro. Ele virou-se e reconheceu-me levantou-se.

Olhou para a porta onde viu o Sebastian. Começou a andar na outra direção, viu outro caçador. Olhou para mim e riu-se. Entrou pela cozinha adentro a correr, eu fui atrás dela, seguido pelos outros dois caçadores. Quando cheguei lá fora estava o Shawn com uma shotgun na mão apontada para a jovem que estava parada a olhar para ele. Voltou-se para mim.

–A sério, Sam? Quatro? São precisos quatro contra mim? Nossa, sinto-me lisonjeada! – Disse com um riso. Olhou para a armadilha no chão. – Já isto… Isto não é jogo limpo. As coisas estão desequilibradas.


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