Mark of Dean escrita por DeanandhisImpala


Capítulo 5
Capítulo 5 – Eu Só Quero Ser Um Anjo Pt. II


Notas iniciais do capítulo

“Well, I don't think you trust
In my self-righteous suicide
I cry when angels deserve to die”



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[Dean]

Estava cansado do Crowley e da mania dele de achar que sabe tudo. Estava farto de trabalhar com ele, de passar 24 sobre 24 horas com ele. Sempre com as conversinhas dele, sempre com os trocadilhos, sempre com as ordens. Eu só queria uma coisa: divertir-me, e ele claro que tinha que reclamar também com isso. Estava farto, a partir dali em diante ia começar a fazer as coisas à minha maneira.

Estava com a Abigail, a empregada do bar. Ela seria um bom começo para a minha diversão. Levei-a até a um armazém abandonado à saída da cidade. Estávamos completamente sozinhos. Ela olhou pela janela para o edifício abandonado meio desiludida.

–Eu estava a espera de… sei lá, um quarto? – Perguntou reticente. Com uma mão virei a cara dela para mim.

–Bebé, isto é muito melhor que um quarto… Anda! – Afirmei beijando-a antes de sair do carro.

Saímos os dois do carro e fomos em direcção do portão para o armazém, pelo caminho coloquei um braço em volta do corpo dela. Queria senti-la, tê-la. E ela queria que eu me apoderasse dela também. Abri o portão e entramos.

Puxei-a para mim agarrando-a. Beijei-a intensamente passando as mãos pelas suas costas. A pela dela quente contra as minhas mãos frias. Olhei-a nos olhos, toda ela me queria. Arrastamo-nos até uma mesa empoeirada pelo tempo abandonada. Sentei-a lá enquanto lhe desapertava a camisa e a beijava no pescoço. Podia sentir as mãos dela a passar pelo meu cabelo. Mordi-lhe ligeiramente o queixo, seguindo para os lábios para a beijar novamente. Ela tirou-me a camisa e puxou-me para ela para me poder sentir. Sorri. Com uma mão agarrei-lhe o cabelo puxando a cabeça para trás e comecei a beijar-lhe o peito, ela era minha, ali, e podia fazer o que quisesse com ela. Passei as mãos nas costas dela para lhe desapertar o soutien, ela seguiu-me, abrindo o meu fecho das calças. Olhei-a nos olhos, acariciando-lhe o corpo com as minhas mãos. Ela riu-se, arranhando-me ligeiramente na barriga. Ela estava-me a deixar louco.

Ouvi um barulho. Eram passos. Larguei-a afastando-me um pouco para trás. Estava ali mais alguém. Ela saiu de cima da mesa.

–Dean? – Perguntou enquanto se aproximava de mim.

–Shhh. – Disse colocando um dedo nos lábios. Estava ali mais alguém, podia sentir. Apertei o fecho das calças e fui ao meu casaco. Peguei na Lâmina. A marca ficou instantaneamente florescente. A mulher arquejou ao ver o meu braço.

–Mas que…? – Ela nem acabou de falar. Paralisou mal viu os meus olhos negros.

–Eu disse para te calares! – Ordenei num tom baixo mas autoritário. Ela agarrou nas roupas dela mas não saiu do lugar.

Estávamos no escuro, algo que não me afetava. Olhei à volta à procura de algum movimento. Podia ouvir uma respiração pesada ao longe. Dei uns passos em frente. Não me sentia 100% seguro, por alguma razão que não conseguia perceber.

–Aparece, aparece, onde quer que estejas! – Incentivei andando à volta. Ouvi passos atrás de mim. Voltei-me. Era o Sam e o Cas. – Vocês. – Disse num tom desinteressado.

–E eu! – Disse o Crowley enquanto entrava pelo portão do armazém. Reparou na rapariga seminua. – Veste alguma coisa, querida, está um frio de rachar lá fora! – Disse esfregando as mãos e rindo-se. Veio ter comigo. – Senhores, que surpresa tão agradável! – Cumprimentou-os. – Que podemos fazer por vocês? – Perguntou. O Cas deu uns passos em frente.

–Tu! – Disse num tom de raiva. – Tu… fizeste isto! – Acusou-o. – Tudo que está a acontecer é culpa tua, Crowley, tu … - começou a tossir. – Eu vou-te matar! – Ameaçou mostrando a Lâmina dos Anjos na mão.

–Por favor… Que eu saiba o único que anda a matar pessoas aqui, é ele. – Respondeu apontando para mim. Não levei a mal. – Eu sou um mero espectador. Só lhe dou… conselhos do que fazer a seguir. Não me podem culpar de nada!

–O que estás a fazer aqui, Sam? – Perguntei com uma voz grave.

–O que é que achas, Dean? Deixas uma trilha de corpos para trás, atacas caçadores e esperavas que eu não viesse atrás de ti? Não sei se reparaste mas eu sou um caçador, Dean, e tu és caça! – Respondeu-me abrindo os braços zangado.

Eu sou caça? Eu sou o único predador aqui dentro, Sammy! – Disse com um sorriso.

–Não me chames Sammy. Não tens esse direito! – Atirou ofendido. – Tu mataste o Ryan. E para quê? Ele era nosso amigo, Dean! Nós caçamos com ele…

Suspirei olhando à volta. Não queria estar naquele armazém.

–Tu não me consegues matar, não há uma maneira. Mas eu posso-te matar a ti. – Fiz uma pausa. – Aos dois! – Comentei apontando para eles com a Lâmina. – De facto, eu posso fazer tudo o que me apetecer! – Disse rindo-me. Aproximei-me da rapariga que tentou afastar-se mas com uma mão agarrei-a pelo queixo. – Foge! – Mandei.

O Cas olhou para mim suspirando. Conseguia notar um toque de dor nos seus olhos azuis. Olhei para o Sam que não sabia o que fazer, olhando para a rapariga que corria em direcção à saída. Respirei fundo, depois desapareci e apareci à frente dela, esfaqueando-a no coração. O corpo dela caiu sobre os meus braços e eu ao tirar a Lâmina atirei-o para o chão.

–Estão a ver? – Perguntei levantando os braços ensanguentados. – Tudo! – Disse lentamente, saboreando cada silaba que dizia.

O Sam agarrou na faca e foi em direcção ao Crowley enquanto o pobre doente Cas veio na minha.

–Não, não, alce. Esta não é a minha luta! – Disse o Crowley, desaparecendo antes que o Sam o pudesse atacar.

–Cas, queres mesmo fazer isto? – Perguntei dando um passo para trás antes de ele me tentar esfaquear.

–Não me dás outra escolha. – Respondeu-me aproximando-se.

Deu-me um murro, e depois outro e mais um terceiro. Tentou atirar-me contra uma parede, mas não tinha força que chegasse para o fazer. Cheguei-me a ele e dei-lhe uma cabeçada, agarrando-o pelo colarinho. Ele estava fraco e nunca iria conseguir ganhar uma luta contra mim. Atirei-o contra um armário que caiu para trás devido à força com que o corpo dele ia. O Sam tentou vir contra mim, mas com apenas um movimento da minha mão consegui projectá-lo contra a parede.

–Um de cada vez, rapagão. – Disse olhando para o meu irmão. Aproximei-me do Cas puxando-o para cima. – Um de cada vez…

Dei-lhe um murro na cara. Ele não ofereceu resistência. Dei-lhe outro, começou a sangrar pela boca e a tossir. Senti uma Lâmina a atravessar-me a barriga, olhei e vi a mão do Cas a segurar a Lâmina dele enquanto me trespassava o corpo. Ri-me, aquilo não me fazia efeito nenhum. Afastei-me dele, tirando assim a Lâmina do meu corpo, tinha sangue a escorrer-me também a mim pela boca. Esperei que ele se levantasse e depois pontapeei-o no peito. O Sam tentava libertar-se para ajudar o anjo. Virei-me para o Sam e sorrindo pisquei-lhe o olho antes de me virar e degolar o Cas, que caiu no chão largando sangue pelo pescoço.

–NÃO! – O Sam começou a chorar. – Seu monstro! – Tentou respirar. – Vou ser eu que te vou matar, ouviste? – Praguejava dando uma cabeçada na parede. O Cas continuava no chão.

–Um de cada vez… - repeti, desaparecendo de seguida.

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[Castiel]

Estava deitado no chão. Estava sem forças. Sentia que o que restava da graça estava a desaparecer consoante o sangue jorrava pela minha garganta. Não tinha forças para tentar parar o sangramento. O Sam veio-me socorrer mal conseguiu soltar-se da parede. Segurou-me pela nuca e com uma mão fazia pressão no corte no pescoço.

–Calma, está tudo bem, Cas… Está tudo bem. – Tentava amenizar a situação.

–Estás a mentir. – Disse quase sem voz, a cada palavra que dizia sentia mais sangue a jorrar. – Encontra… a… Hannah. – Tentei respirar. – Ela pode liderar os anjos. – Sentia sangue na garganta. Tossi. – Eu vou morrer de qualquer das maneiras… Já não tenho graça quase nenhuma…

–Não te canses Cas. Eu vou arranjar qualquer coisa. Prometo. Só não te canses. És um maldito anjo, tu tens que aguentar com isto! – Notava-se que ele estava em pânico.

–Um anjo sem… - tentei engolir o sangue que se acumulava dentro da minha boca – sem poder para sobreviver. – Fechei os olhos. Estava demasiado cansado para os manter abertos.

Era ali, naquele armazém, que ia morrer. A pessoa que mais tinha tentado salvar tinha dado o golpe final para a minha morte. Tinha-o tentado salvar e tinha falhado na minha missão; tinha falhado em tudo. Não havia razões para luta, nada para acreditar. A morte era aquilo que eu mais podia desejar naquele momento.

Ficou tudo calmo, podia ouvir a respiração descontrolada do Sam que continuava a fazer pressão na minha ferida. Tentei levantar o braço para o obrigar a parar, mas em vez disso, alguém agarrou o meu. Abri os olhos. Era a Hannah.

–Castiel! – Exclamou desesperada. – Que te aconteceu? – Perguntou tentando sentar-se no chão.

–Dean … Winchester. – Respondi tentando respirar.

–Aqui, deixa-me curar-te. – Disse tentando tirar as mãos do Sam do meu ferimento.

–Não… Não vale a pena… É tarde de mais. – Afirmei olhando-a nos olhos.

Uma lágrima escorreu-lhe pela cara. Respirou fundo.

–Eu dou-te a minha graça. – Disse o mais segura possível.

–O quê? – Perguntou o Sam olhando para ela.

–Não quero, Hannah. – Não podia roubar mais graça nenhuma, não era merecedor disso.

–Mas assim vais morrer, Castiel! – Ela estava a sofrer. – Tu tens que viver! Tu mais que todos… Tu podes mudar o Céu. Eu confio em ti. Eu ofereço-te a minha vida, Castiel, por favor! – Disse pegando na Lâmina dela. Olhou para o Sam. – Fá-lo. Corta-me aqui. – Disse apontando para a garganta. – Ele tem que viver. Ele é mais importante do que eu. – O Sam pegou na espada; tentei pará-lo. – É a minha escolha, Castiel. Não foi o que tu sempre procuraste ensinar-nos? A fazermos as nossas própria escolhas? Pois muito bem, está é a minha. Fá-lo. – E fechou os olhos.

O Sam fez-lhe um pequeno corte no centro do pescoço e a graça começou a sair-lhe do corpo. Agora eu tinha que a puxar para mim, mas não o queria fazer. Não o podia fazer.

–Anda lá, Cas! – Mandou o Sam, puxando-me para cima. Olhei para ele. – Anda lá.

Abri a boca e tentei puxar o ar para mim. Senti a graça dela a invadir o meu corpo, a preencher os vazios que a antiga tinha deixado. Estava a ficar mais forte, podia senti-lo. O ferimento na garganta tinha fechado e sentia o meu corpo a encher-se de poder. Todo o meu corpo começou a brilhar.

–Fecha os olhos, Sam! – Mandei enquanto deixava a graça tomar conta de mim.


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