Mas... e se eles quiserem ficar juntos? Eu nada poderei fazer.

E o pior é que eu acho que ele me viu. Ele é muito forte e ela também; não sou páreo para eles!

Melhor ficar longe deles.

Afinal, não quero morrer. Não agora!

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– Sakura - eu a chamei, separando minha boca lentamente da dela.

– Acho que ele já foi - vi-a afirmar num tom de voz doce.

– Sim! O plano do beijo deu certo.

“Ou será que não era só um plano?”

Ah, claro que foi!

– Sasuke-kun, eu preciso ir dormir! - ela me disse enquanto se levantava, indo em direção às escadas. Porém, eu sei que ela está mentindo. Ela está magoada e a culpa é toda minha. Por que tenho que feri-la tanto assim? Tenho que fazer algo!

– Sakura, espere - eu peço, vendo-a parar no meio das escadas.

– O que foi, Sasuke-kun? - perguntou confusa.

– Me desculpe! - falei em seguida, vendo-a totalmente surpresa.

– Pelo quê? - ela me perguntou. Porém, ela sabe do que estou falando. Eu sei que sabe.

– Você sabe - disse-lhe e logo após comecei a subir as escadas rumo ao meu quarto.

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Eu ainda não consigo acreditar no que aconteceu, Sasuke-kun me beijou! Entretanto, será melhor eu não me iludir, pois tudo foi simplesmente um plano!

Mas mesmo assim... foi tão bom, nunca havia sentido nada igual a isso antes. O sabor dos seus lábios, seu corpo bem perto do meu, seu cheiro, seu toque... Tudo causava um grande esquentar em meu coração. Esse amor certamente só aumentou após esse beijo.

Todavia, ele certamente não me ama! E eu tenho que aceitar isso, não importa o quanto vai doer em mim!

Eu nunca serei capaz de esquecê-lo... Nunca! O melhor que eu posso fazer agora é ir dormir.

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O que eu devo fazer? É bem óbvio que isso foi muito mais do que um mero plano. Eu... Eu sinto por ela o que eu nunca senti por outro alguém.

E agora? Devo me entregar a esse sentimento...? Devo!

Não aguento mais sofrer e desde que aquilo aconteceu isso foi tudo o que eu fiz, sofrer!

No entanto, como direi o que sinto? Eu não sou bom com palavras, nunca fui.

Então eu devo demonstrar, demonstrar meus sentimentos a ela.

Ela deve estar em seu quarto.

– Sakura! - chamo-a enquanto bato na porta. A chegada em seu quarto havia sido rápida, já que o meu é ao lado do dela.

Ouço seus passos vindo em direção à porta e percebo-a destrancando, e meu coração cada vez mais aumenta a batida.

– Sasuke-kun, o que quer? - perguntou com sua voz doce e suave que me acalma, que me acalenta.

Eu não poderia responder-lhe nada, eu só sabia e sei demonstrar! Até porque palavras não seriam suficientes para dizer-lhe o quanto eu preciso dela, o quanto meu coração chama por ela.

Então simplesmente lhe toco o rosto de forma gentil e vejo sua expressão serena e calma mudar para uma de confusão e surpresa. Em seguida acaricio uma das maçãs de seu rosto, vendo-a dessa vez fechar os olhos e simplesmente passar a aproveitar a sensação que o toque de minhas mãos em seu macio e delicado rosto lhe proporcionava.

Coloco a outra mão em sua nuca, trazendo em seguida seus lábios para bem perto dos meus. Depois tudo aconteceu de forma natural e nós nos beijamos novamente. Tudo que sei agora é que, depois desse segundo beijo, eu não poderei dizer que foi apenas mais um plano.

As sensações sentidas naquele ato eram sempre as melhores!

Sentia... amor! Então, quando sentimos que o ar começava a faltar em nossos pulmões, nós nos separamos.

Ela me olhava surpresa.

– Sasuke-kun, porque fez isso? - Indagou-me com os olhos fixados nos meus, como se buscasse a resposta dentro deles. E eu sei que ela as encontrará!

– Não é óbvio? Não é óbvio o que eu sinto, Sakura? - pergunto, vendo-a mudar sua expressão para uma de felicidade e em seguida me abraçar.

– Eu também, Sasuke-kun, eu também te amo!