Como se atreveu a dizer isso de mim Sasuke? Parece que as coisas vão mudar entre nós dois agora.

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Ah, me encontro totalmente arrependido do que disse a ela, como eu pude? O ódio simplesmente me cegou.

Mias cedo tinha visto uma cerejeira... Essa árvore me lembra dela... Ah, no que eu estou pensando? Tenha que tirá-la de minha cabeça. Só não sei como farei isso.

Andando lentamente mais a frente eu a avistei calma, mas com o olhar extremamente triste, e me sinto tão culpado por isso. Sem conseguir me conter, não resisti e chamei por seu nome:

– Sakura. –a chamei tentando ao máximo ser calmo, mesmo isso sendo tão difícil para min.

– Sasuke. –a escutei falar meu nome, com tom que demonstrava claramente que ainda estava com raiva, pois nem ao menos usou o “kun” de sempre. Mas mesmo assim, me senti como nas vezes em que a mesma chamou por mim e eu por ela, como quando nos encontramos e eu estava fora de Konoha, e era só um ninja renegado. Quando eu ia pedir lhe desculpas, sim desculpas mesmo sendo difícil para mim fazê-lo, acho que já estava na hora de tomar essa atitude e parar de ser tão frio com a mesma, mas antes que eu pudesse falar algo, percebemos passos em nossa direção e não podia ser pior, o dono dos passos era aquele homem que me causava uma grande raiva só de está perto de dela.

– Olá Sakura-San. –falou acenando e sorrindo. Quem ele pensa que é afinal? Ele não pode vir aqui e arrancar sorrisos dela, sorrisos tão belos que antes eram só para mim. Ah, estou sendo egoísta novamente.

– você é Sasuke certo? Por que ontem você não quis ficar conversando com a gente? -perguntou com um sorriso falso no rosto. A quem ele quer enganar? A mim, Sasuke Uchiha? Como se conseguisse com esse sorriso tão falso quanto o de Sai, posso ver claramente que esse aí não vai com a minha cara, assim como de nenhuma maneira eu vou com a dele. Mas a minha resposta vai ensiná-lo, ou pelo menos vai mantê-lo afastado de Sakura por um tempo.

– Não interessa a você! E não quero de nenhuma forma vê-lo aqui novamente, saia! -falei com frieza e raiva na voz, tinha que fazê-lo sentir medo, e acho que consegui. Não que eu queira que as pessoas tenham medo de mim, claro que não, mas quando se trata de Sakura, tudo se torna diferente por algum motivo, e certamente eu consegui colocar medo no mesmo, só mais um pouco e ele não irá mais querer vê-la, mas claro, não porque não sinta vontade. Mas minha felicidade interna durou apenas até Sakura se pronunciar.

– Não fale dessa maneira com ele Sasuke! –ouvi-a falar com a voz cheia de raiva. – Ele veio aqui para me ver e não para ver você. -eu simplesmente a escutei e o modo como não voltou a me chamar com o “kun” me calou. Mas eu não deixarei barato, não mesmo.

– Olhe Sakura eu te trouxe aqui para ficar comigo me fazendo companhia, não para ficar de papinho com outro homem! –falei com raiva assim como ela.

– Não me importa, está bem? Claro que você não quer minha companhia! -pude ver o quanto eu estava a dando nos nervos. Não queria machucá-la, não mais. Acho melhor deixá-los sozinhos. Mas não sem antes ouvi-la dizer algo mais:

– Isso saia mesmo! –o que ela estava pensando? Essa irritante!

Nesse momento tudo que sei realmente é que me encontro com uma grande raiva dos dois, e dela principalmente, afinal como Sakura ousava falar comigo dessa maneira? Quem ela pensa que é? Em pensar que por um momento pensei em pedir-lhe desculpas, como se eu, Sasuke Uchiha fosse um homem que se presta a isso.

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Sasuke, você tem que me ferir sempre não é mesmo? Mas isso não importa agora, afinal Akira-san é um bom amigo, e eu preciso me desculpar por isso.

– Akira-san, me desculpe por isso. –estava extremamente envergonhada por tudo o que havia acontecido.

– Sakura-san não se preocupe. -ele falou e me deu um sorriso, um sorriso verdadeiro e diferente do que havia dado a Sasuke.

Eu não quero mais me lamentar por Sasuke não sentir o mesmo que eu. E ao mesmo tempo, o amo tanto que não tem como não querer isso, mas eu vou ficar bem, mesmo que não me ame, tenho certeza disso. Estava tão perdida em meus pensamentos que nem havia me dado conta que Akira-san me chamava.

– Sakura-san? Está bem? -perguntava confuso e com um tom de preocupação.

– Akira-san me desculpe, estava pensando em algo, mas estou bem não se preocupe.

– Sakura-san. -disse tocando meu rosto. – Sabe que eu gosto de você não sabe? -ele completou e eu fiquei simplesmente abismada, bom está certo que eu já desconfiava que ele se interessasse por mim, mas eu não queria que ele dissesse, pois não sinto o mesmo. E também a forma como ele me olha com malícia, certamente o que ele sente não é nada de mais, deve só me achar bonita.

– Akira-san. -falei enquanto retirava gentilmente sua mão de meu rosto. – Eu não posso dizer o mesmo, me desculpe. -completei vendo o seu semblante mudar para um sorriso.

– Eu entendo Sakura-san, mas eu posso esperá-la se quiser. -falou e eu o vi em seguida dar uma piscadela para mim.

– Não Akira-san, jamais iria lhe pedir isso. -falei certa de minhas palavras.

– Não se preocupe, eu quero. Você me interessa muito Sakura-san. -falou e novamente eu o vi me olhar com malícia, e como eu odiava aqueles olhares.

– Mas de qualquer forma eu peço que não faça isso. -eu não queria de nenhuma forma que nem ele e nem qualquer outro homem esperasse por mim.

– Me desculpe, mas não posso atender ao seu pedido, vou espera-la de qualquer forma Sakura-san. -ele disse e ao mesmo tempo sorria, mas continuava a me olhar da mesma forma. - Bom eu tenho que ir agora, mas eu voltarei para conversamos mais Sakura-san. -completou alegre.

– Tudo bem Akira-san. -concordei sorrindo, mas claro que falsamente, afinal depois de tudo que ele me disse não tinha muito “clima” para a nossa amizade. Quando acabei de falar o vi seguir para o rumo de Konoha. Ah, que saudades de lá, saudades dos meus pais, de Naruto e claro também de Hinata, os dois fazem um belo casal. A claro também de Ino, Kakashi-sensei, Tsunade-sama, enfim de todos. Meus pensamentos de repente foram interrompidos quando ouvi uma voz muito familiar: a de Sasuke:

– Sakura tenho que admitir que você é bastante inteligente, então você sabe que aquele homem não quer nenhum romance com você, não sabe ? Pois até mesmo eu, que não entendo muito disso, percebo só pelo jeito que ele te olha. -falou com a voz fria de sempre, aquela voz que tira meu sono. Mas como o mesmo disse, sim eu sei que o que ele quer comigo não é nenhum romance.

– Claro que sei. –pronunciei tentando parecer um pouco fria, assim como ele.

– Então por que quer que ele venha aqui? -perguntou me parecendo confuso.

– Por que que saber? -perguntei também confusa. E percebi que ele me olhava atentamente. E logo em seguida, nós dois olhávamos nos olhos um do outro, e era como se o tempo tivesse parado e só existisse eu e Sasuke no mundo.

– Porque me incomoda que ele venha aqui te ver. –respondeu mais calmo do que antes, porém ainda assim mantinha o seu tom cortante. E de repente, vi o mesmo voltar para casa, eu estava simplesmente chocada com o que ele havia acabado de me dizer.