Cacos de vidro escrita por Sakeria


Capítulo 5
Ciúmes ?


Notas iniciais do capítulo

Novo capitulo postado amores espero que gostem



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Perguntava-me o que havia feito Sasuke-kun ter me trazido para o quarto, afinal por que ele simplesmente não me deixou lá no sofá?

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Aquela irritante, ela me tira do foco, sempre foi assim. Por esse motivo, eu sempre me mantinha afastado dela. Quando me abraçava sentia que de maneira alguma poderia retribuir, seria como deixar a vingança de lado, só para sentir o amor dela, e isso de forma nenhuma poderia acontecer, pelo menos não antes... Mas e agora? Agora que eu não penso mais na vingança? Por que não me entregar ao sentimento tão puro e verdadeiro da mesma?

No que estava pensando? É claro que eu não posso! Não posso simplesmente me jogar nos braços dela e de bom grado receber seu amor, afinal eu iria ferí-la, pois eu não sinto o mesmo ou sinto? Talvez todo esse tempo buscando a mais dura e cruel vingança tenha perturbado minha mente de uma forma que eu simplesmente não consiguo mais entender meus próprios sentimentos. Bom, tenho que admitir que por um lado, não poder aceita aquele amor que ela sempre me ofereceu, era doloroso, pois eu mesmo tendo me tornado o que me tornei, ainda tenho a consciência de que todos no mundo merecem e precisam ser amados, mas não posso me entregar aos seus sentimentos quando nem ao menos tenho certeza sobre os meus.
A única coisa que não quero é vê-la sofrer e chorar por mim novamente e para isso, tentarei ser menos frívolo com ela, já que Sakura é a única pessoa que nunca mereceu ser tratada assim.

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É tão incrível a forma como aquelas palavras vinham cada vez mais vivas em minha mente, a forma como eu me declarei a anos atrás a Sasuke-kun. Mesmo tendo sofrido várias e várias vezes pelo mesmo, não me arrependia nem um pouco das palavras que proferi àquela noite, era tudo tão triste, ver que o homem que eu amava... Ou melhor, ainda amo, estava indo embora e eu só queria convencê-lo a ficar comigo e aceitar meu amor, pedindo, implorando para que ficasse por mais que não me não me amasse, e ainda assim eu queria, aliás, ainda quero fazê-lo feliz. Eternamente feliz, pois com Sasuke ao meu lado tenho certeza de que sempre serei feliz, mas claro que para isso ele deve aceitar meu amor, nossa convivência não seria tão ruim se o mesmo não me tratasse com tamanha frieza.
Sasuke podia não perceber, mas a única coisa que eu realmente queria, era que ele demonstrasse um pouco de carinho por mim.

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Minutos mais tarde nos encontramos na sala, ambos evitávamos até mesmo o mais breve encontro de olhares. Olhares esses, que mesmo sem querer por muitas vezes, já transbordaram sentimentos.

Esse silêncio era tão perturbador que sem me conter, disparei-lhe uma pergunta:

– Está bem Sasuke-kun? –forcei um sorriso.

– Sim. –respondeu com o mesmo jeito seco de sempre.

Pelo menos dessa vez ele não havia respondido algo como: “não te interessa” ou algo parecido. Senti-me otimista, talvez Sasuke estivesse começando a querer a minha companhia.

– Então Sasuke-kun, está com fome? -fiz questão de ressaltar a doçura em minha voz.

– Sim.

– Bom, vou preparar algo então. –disse indo rumo á cozinha.

Será que Sasuke-kun finalmente vai aceitar minha companhia? Um sentimento de satisfação tomou conta de mim.

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– Olá Sakura-san. -falou um homem que reconheci imediatamente, se tratava do meu antigo colega de trabalho no hospital.

– Olá... Mas o que esta fazendo aqui Akira-san?

– Bom, eu senti sua falta. Perguntei ao Naruto onde você estava e bom aqui estou eu Sakura-san. –ele tinha um sorriso no rosto quando soltou essas palavras.

– Fico feliz que tenha sentido minha falta Akira-san. –retribuí da mesma forma.

– Senti sim e muito.

Impressão minha ou havia malícia em suas palavras e a maneira como o mesmo correu os olhos por meu corpo... Não gostei nada daquilo, era tão irritante quando me olhavam assim. Entretanto não disse nada, pois logo o olhar dele saiu de meu corpo para encarar meu rosto e o mesmo tratou de iniciar uma conversa bem humorada que me fez rir muito.

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Senti a raiva me corroendo por dentro. O que Sakura estava fazendo com aquele homem? O que tanto conversavam e riam daquela maneira? Bom, mas o que importa? Pelo menos Sakura parecia muito feliz, feliz como nunca foi perto de mim, afinal como seria feliz perto de alguém que em todo o tempo só a faz sofrer? Assisti o homem a fazendo rir como eu nunca conseguiria fazer nem em mil anos. E mesmo assim não posso e não consigo deixar de sentir raiva em ver isso. O que é isso que sinto afinal, ciúmes? Não, não podia ser.

Sem aguentar mais ver aquela cena, fui na direção deles caminhando com passos pesados e rápidos:

– Sasuke-kun, algum problema? –Sakura soltou inocentemente mesmo com a minha expressão furiosa.

– Quem é ele? –continuei sem ligar para sua fala anterior.

– Ele era um colega de trabalho no hospital e claro, também um amigo. -respondeu com um sorriso bobo na face.

Pensei logo em me afastar, era ruim ficar perto daqueles dois. No entanto, Sakura surpreendeu-me com uma pergunta:

– Já vai? –parecia confusa.

– Sim, não quero atrapalhar você e seu amiguinho. –rebati, fazendo questão de destacar a palavra “amiguinho”.

– Mas não precisar ir, fique conosco. –seu tom era alegre, bem diferente de como me sentia naquele momento.

– Não, fiquem aí a sós. –sei que as minhas palavras foram arrogantes, assim como de costume.

Deixou-os á sós sem deixar de reparar o quanto Sakura permaneceu indiferente, sem nem ao menos se importar comigo ou com qualquer outra coisa se não seu “amiguinho”.

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Logo que entrei em casa o vi sentado na cadeira como sempre, só que dessa vez ele não ficou simplesmente calado como sempre fazia.

– Então, se divertiu muito com o seu amiguinho Sakura? –ótimo, tínhamos retornado á frieza costumeira.

– Ah sim, ele é muito legal. -respondi o mais natural que consegui diante de seu tom estranho.

– Huum. -foi a única coisa que ele pronunciou.

– Por acaso se incomoda que eu tenha outros amigos além de Naruto? –a curiosidade me consumia por dentro, por isso não resisti á perguntar.

– Por que eu teria se para min você é simplesmente uma colega de time? –não tinha emoção alguma em suas palavras.

– Tem razão, que pergunta idiota. –retruquei me encaminhando para o quarto, tendo a leve impressão de que uma careta se formava em seu belo rosto. Acho que estava imaginando coisas.
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De manhã estávamos tomando café no mais absoluto silêncio, quando tomei a iniciativa e coragem de lhe questionar:

– Então sasuke-kun, aquele meu amigo de ontem virá mais vezes aqui. Você não se importa né? –forcei a voz para parecer mais confiante.

– É claro que me importa! –ele me surpreendeu com um grito de raiva.

– Pois não entendo o porquê! –não deixei barato e usei do mesmo tom.

– Qual é o seu problema? Por acaso tem um caso com ele? -não conseguia entender porque ele dissera aquilo, mas foi a gota d’água e quando dei por mim estava deixando um tapa em seu rosto.

– O que você pensa que eu sou?! Uma qualquer?! –sentia ódio por ele insinuar coisas daquele tipo.

– Não. –respondeu recuperando-se do golpe. – Sinto muito. –pronunciou deixando a cozinha, provavelmente havia voltado atrás, afinal eu não fazia o tipo de uma mulher de casos.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e por favor comentem isso me inspira a escrever novos capítulos, preciso saber se estão gostando



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